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Atlas Leucocitário

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atlas em hematologia 
 
SÉRIE 
LEUCOCITÁRIA 
MINI ATLAS 
SEGUNDA EDIÇÃO
 
 
 
 
OLÁ 
 
Este mini atlas é um 
documento indispensável 
para você ter na bancada. 
 
Aqui, você vai encontrar, 
além de várias imagens, 
a descrição das células 
precursoras e maduras 
da série leucocitária e, 
ademais, a descrição de 
linfócitos anômalos e de 
diferentes tipos de 
blastos. 
 
Além disso, você também 
encontrará dicas sobre 
alterações que podem ser 
artefatuais e dicas para 
identificar as células que 
mais geram dúvidas. 
 
 
 
 
 
 
atlas em hematologia 
MINI ATLAS 
6 
 
 
A quantificação e a avaliação das células sanguíneas fornecem uma 
série de informações ao médico que auxiliam não só no diagnóstico, 
ou no monitoramento de doenças, mas também na avaliação do 
estado fisiológico do paciente, através da realização de exames de 
rotina. 
 
No setor de hematologia, em um laboratório de análises clínicas, a 
avaliação morfológica é baseada na microscopia da distensão 
sanguínea de sangue periférico. 
 
No entanto, para essa avaliação, é necessário que o analista tenha 
conhecimento, desde as técnicas mais básicas, como a forma 
correta de preparar uma distensão sanguínea, métodos de 
coloração apropriados para observar os elementos celulares, 
conhecimento das características morfológicas das células e a 
fisiopatologia de diferentes doenças que possam causar 
alterações das células sanguíneas, sejam elas quantitativas ou 
qualitativas. 
 
Todo esse conhecimento é crucial para a identificação assertiva 
das células, reconhecimento das alterações que podem estar 
presentes para a correta liberação do laudo, afinal: quem não sabe 
o que procura, não percebe quando encontra. 
 
Esperamos que você aprenda e aproveite o conteúdo desse Mini 
Atlas, que foi pensando para ser um material não só de consulta, 
mas um suporte para o profissional da bancada de hematologia, 
para que ele possa ir adquirindo mais segurança com a avaliação e 
liberação da séria leucocitária. 
 
atlas em hematologia 
THIAGO ALCÂNTARA 
Biomédico, Especialista em 
Hematologia pela Academia 
de Ciência e Tecnologia. Sua 
experiência inclui: Laboratório 
Labchecap, Hospital da Bahia, 
Hospital da Cidade, Hospital 
Agenor Paiva; Curso de 
extensão em Citologia 
Hematológica; Auditor Interno 
da Qualidade – Norma PALC 
2016, ABNT NBR ISO 
9001:2015 e ABNT NBR ISO 
19011:2012. (2017). 
LARISSA SANTANA 
Biomédica, Especialista em 
Hematologia pela Academia 
de Ciência e Tecnologia; 
Especialista em Análises 
Clínica pela Escola Bahiana de 
Medicina e Saúde Pública. Sua 
experiência inclui: Hospital 
Português, Hospital Agenor 
Paiva, Fundação Bahiana de 
Cardiologia e Laboratório de 
Investigação Patológica; 
Curso de extensão em 
Citologia Hematológica; 
Auditora Interna da Qualidade 
– Norma PALC 2016. 
 
THIAGO E LARISSA 
Fundadores da página 
@atlasemhematologia e 
do Time Atlas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
atlas em hematologia 
 
 
CONTEÚDO 
 
07 
CAPÍTULO 1.1 - Células 
precursoras da linhagem 
granulocítica 
 
19 
CAPÍTULO 1.2 - Granulócitos 
maduros 
 
 
34 
CAPÍTULO 1.3 - Alterações 
morfológicas dos neutrófilos 
 
 
53 
CAPÍTULO 2 - Células 
precursoras da linhagem 
monocítica 
 
 
61 
CAPÍTULO 2.1 - Alterações 
morfológicas dos monócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
atlas em hematologia 
 
 
CONTEÚDO 
 
64 
CAPÍTULO 3 - Células 
precursoras da linhagem 
linfocítica 
 
78 
CAPÍTULO 3.1- Alterações 
morfológicas dos linfócitos 
 
 
88 
CAPÍTULO 4 - Linfócitos 
anômalos/neoplásicos 
 
101 
CAPÍTULO 5 - Blastos nas 
leucemias agudas e 
promielócitos anômalos 
 
115 
CAPÍTULO 6 - Imagens de 
distensão sanguínea de 
pacientes com diferentes 
condições clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
 
Células precursoras da linhagem 
granulocítica 
Granulócitos maduros 
Alterações morfológicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS 
PRECURSORAS DA 
LINHAGEM 
GRANULOCÍTICA 
 
CAPÍTULO 1.1 
 
09 
MIELOBLASTO 
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NOTA: As granulações citoplasmáticas, quando presentes, 
podem ser raras ou até mesmo abundantes. 
A primeira célula da sequência maturativa dos granulócitos é o 
mieloblasto que dará origem, sequencialmente, ao promielócito, 
mielócito, metamielócito, bastão e por fim, ao neutrófilo 
segmentado, eosinófilo ou basófilo. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte (15-20μm). 
Geralmente, possui contorno arredondado. 
Relação núcleo:citoplasma alta (o núcleo ocupa grande parte da 
célula). 
Apresenta cromatina frouxa e homogênea. 
Nucléolos evidentes. Em média, de 1 a 3. 
Citoplasma basofílico (azul), podendo ou não conter grânulos. 
Neste último caso, as células são indistinguíveis das células 
blásticas de outra linhagem. 
 
 
 
 
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10 
MIELOBLASTO 
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11 
PROMIELÓCITO 
atlas em hematologia 
 
 
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NOTA: Como diferenciar o mieloblasto com citoplasma granular do promielócito. No 
mieloblasto, as granulações, quando presentes, estão dentro do citoplasma 
basofílico, no qual ainda não se desenvolveu a área perinuclear clara/pálida 
correspondente ao aparelho de Golgi. Já no estágio do promielócito, essa área clara é 
desenvolvida e observável. Este critério, algumas vezes, pode ser o único ponto que 
diferencia a célula blástica do promielócito. 
 
O mieloblasto se desenvolve dando origem ao promielócito. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte (14-24μm), ligeiramente maior do que o 
mieloblasto. 
Relação núcleo:citoplasma menor do que a célula antecessora . 
Núcleo variando de redondo a oval, com cromatina mais 
grosseira do que a do mieloblasto. 
Os nucléolos, geralmente, são evidentes. Em média, de 1 a 3. 
Citoplasma basofílico, com presença de grande quantidade de 
granulações grosseiras (ou primárias). A coloração varia de 
vermelho a azul-violeta . 
Uma área clara/pálida próxima ao núcleo corresponde a zona de 
Golgi. 
 
 
 
 
 
12 
PROMIELÓCITO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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MIELÓCITO 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: A composição das granulações secundárias (específicas) 
vão determinar se o mielócito se transformará em neutrófilo, 
eosinófilo ou basófilo. 
 
A próxima célula da sequência maturativa é o mielócito neutrófilo. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de médio porte (12-18μm), menor do que o promielócito. 
Relação núcleo:citoplasma variando de moderada a baixa (por 
causa da diminuição do núcleo e do citoplasma mais 
abundante). 
O núcleo é menor, comumente excêntrico, redondo ou oval, 
podendo ter um lado achatado. 
Cromatina mais grosseira e condensada que o da célula 
anterior. 
Os nucléolos, geralmente, não são mais visíveis. 
O citoplasma é mais claro, de coloração rosada (acidófilo), com 
uma pequena ou invisível zona de Golgi. Às vezes, a coloração 
basófila persiste em algumas áreas. 
As granulações primárias variam de escassas a ausentes, 
enquanto que as granulações secundárias (ou específicas) são 
abundantes e tornam-se predominantes à medida em que a 
célula amadurece. 
A granulações secundárias neutrofílicas têm coloração 
variando de lilás a rosada. 
 
 
 
 
14 
MIELÓCITO 
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15 
METAMIELÓCITO 
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O próximo estágio de maturação é o metamielócito neutrófilo. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de médio porte (10-15 μm). 
Relação núcleo:citoplasma baixa. 
O núcleo tem uma reentrância, dando a este um formato de rim 
ou grão de feijão. Porém, a reentrância é inferior a 50% da 
largura de um núcleo redondo fictício. 
A cromatina é condensada e grosseira, mas ainda não tem a 
homogeneidade da cromatina madura do neutrófilo. 
O citoplasma é acidófilo (rosa pálido) com numerosas 
granulações típicas de neutrófilo maduros. 
 
16 
METAMIELÓCITO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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BASTÃO 
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Seguindo a sequência maturativa, a célula posterior ao 
metamielócito neutrófilo é o bastão, também chamado de 
bastonete. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula com baixa relação núcleo:citoplasma (citoplasma 
predomina). 
Citoplasma de coloração rosada e homogênea pela presença de 
numerosas granulações secundárias específicas. 
Núcleo com cromatina condensada e em forma de S, C ou U. A 
reentrância observada no núcleo dessa célula é mais da metade 
do diâmetro de um núcleo redondo fictício. 
 
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BASTÃO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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5-6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRANULÓCITOS 
MADUROS 
 
CAPÍTULO 1.2 
 
20 
NEUTRÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
Os neutrófilos são as células mais maduras da série mielóide (junto 
com os eosinófilos e os basófilos). Em adultos saudáveis, os 
neutrófilos representam mais da metade dos leucócitos 
circulantes e são as principais células de defesa do organismo 
contra infecções bacterianas. 
 
Os neutrófilos normais são de tamanho uniforme, com um diâmetro 
de cerca de 10-15 μm em distensão de sangue periférico. Possuem 
núcleo segmentado e, quando corados, seu citoplasma é rosado 
devido a presença de granulação fina. 
 
A maioria dos neutrófilos tem de três a quatro segmentos 
nucleares (lóbulos) conectados por filamentos de cromatina. A 
cromatina é condensada. Ocasionalmente, cinco lóbulos podem ser 
vistos. 
 
Nas mulheres, pode-se observar, em pequenas quantidades de 
neutrófilos, um apêndice em um segmento nuclear terminal, em 
formato de baqueta de tambor ou de gota, chamada de drumstick. 
Este apêndice está ligado ao núcleo e representa o cromossomo X 
inativo. 
 
 
21 
NEUTRÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
Ocasionalmente, neutrófilos e/ou monócitos podem fagocitar 
eritrócitos, processo por nome de eritrofagocitose. Isso é 
particularmente comum na hemoglobinúria paroxística fria, porém, 
também pode ser observada nas anemias hemolíticas autoimunes, 
em exacerbações da doença de crioaglutininas e em outras 
condições. 
 
A eritrofagocitose é notada, também, em pacientes com eritrócitos 
anormais, como na anemia falciforme e na hemoglobinopatia S/C, 
assim como em qualquer anemia hemolítica severa dependente de 
alterações intrínsecas do eritrócito. 
 
Ademais, foi descrita em pacientes com leucemia mielomonocítica 
crônica (LMMC), na qual os neutrófilos anormais mostraram 
eritrofagocitose. 
 
 
 
22 
NEUTRÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
O aumento do número na contagem de neutrófilos acima dos 
valores de referência para idade e origem étnica (neutrofilia), pode 
estar relacionado a vários fatores, entre eles: infecções, 
bacterianas, algumas infecções virais (varicela, herpes simples, 
raiva, poliomielite) e fúngicas; inflamações agudas e crônicas (ex 
artrite reumatoide, febre reumática), dano tecidual (como trauma, 
cirurgia), uso de corticoides, tratamento com fator estimulador de 
colônias granulocitárias (G-CSF) e doenças mieloproliferativas. 
 
Existem, ainda, estados não relacionados a doenças que podem 
causar neutrofilia — são as chamadas neutrofilias fisiológicas. 
Nesses casos, não há o aumento medular da produção de 
neutrófilos ou dano tecidual, pois seu mecanismo está associado, 
principalmente, a desmarginalização dos neutrófilos do endotélio 
vascular. 
 
As gestantes e os recém-nascidos são as exceções. Em casos 
assim, há um aumento fisiológico na produção medularde 
neutrófilos. 
 
As principais causas da redução da contagem absoluta de 
neutrófilos são: as viroses, efeito secundário a tratamento 
quimioterápico, bloqueio maturativo da medula óssea (devido a 
neoplasia hematológica aguda, por exemplo) e neutropenia 
autoimune (associada a sobrevida intravascular encurtada). 
 
Em casos de infecções bacterianas graves, pode representar uma 
caso de exaustão medular (indicativo mau prognóstico). 
 
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NEUTRÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS: 
Relação núcleo:citoplasma baixa. 
Citoplasma claro, de coloração rosada e homogênea em 
decorrência da presença de granulação secundária específica. 
Segmentação apresentando, geralmente, de 3 a 4 lóbulos, com 
cromatina condensada. 
 
 
 
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NEUTRÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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EOSINÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
O eosinófilo se desenvolve através dos mesmos estágios que o 
neutrófilo, sendo no estágio de mielócito, que as granulações 
específicas — que definem a célula como um eosinófilo —, são 
notadas. 
 
Apesar da diferença nos grânulos, o mielócito eosinófilo, o 
metamielócito e o bastão têm as mesmas características 
estruturais (nucleares) que seus correspondentes neutrofílicos. 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO MIELÓCITO EOSINÓFILO: 
 
Célula de médio porte (12 a 18 μm). 
Núcleo variando de redondo a oval, podendo um 
lado ser achatado. 
Cromatina grosseira e mais condensada do que 
a do promielócito. 
Nucléolos não são observados. 
As granulações primárias variam de escassas a 
ausentes, e as granulações secundárias 
(eosinofílicas) são numerosas, grosseiras e com 
tonalidade que varia de laranja pálido a laranja 
escuro. 
 
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EOSINÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSITCAS DO METAMIELÓCITO 
EOSINÓFILO: 
 
Célula de médio porte (10-15 μm). 
Relação núcleo:citoplasma baixa. 
Núcleo com cromatina mais condensada do 
que a do mielócito, em forma de rim ou grão de 
feijão. 
O citoplasma apresenta numerosas 
granulações grosseiras de coloração 
alaranjada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO BASTÃO MIELÓCITO: 
 
Célula de médio porte (10 a 15 μm). 
Baixa relação núcleo:citoplasma (o citoplasma 
predomina). 
Núcleo com cromatina condensada e em 
forma de U, C ou S. 
Citoplasma com numerosas granulações 
alaranjadas. 
 
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EOSINÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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Os eosinófilos são um pouco maiores que os neutrófilos, com 12 a 
17 μm de diâmetro. O núcleo é lobulado, podendo apresentar de 
dois a três lóbulos ou segmentos nucleares. Todavia, a maioria das 
células maduras apresentam apenas dois lóbulos. 
 
O citoplasma é repleto de grânulos esféricos e alaranjados. 
 
O citoplasma é azul pálido, entretanto, geralmente, é obscurecido 
pelos grânulos. 
 
 
 
 
 
 
28 
EOSINÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
O uso prolongado de esteroides pode causar eosinopenia. Além 
disso, a redução de eosinófilos é comumente observada nos 
processos infecciosos agudos com neutrofilia acentuada. 
 
A eosinofilia moderada ocorre em condições alérgicas; eosinofilia 
mais grave pode ser observada em infecções parasitárias, e 
números ainda maiores, podem ser observados em processos 
reacionais, leucemia eosinofílica e síndrome hipereosinofílica 
idiopática. 
 
Os eosinófilos, comumente, aparecem aumentados na leucemia 
mieloide crônica e podem apresentar desvio à esquerda notório até 
formas mais imaturas como mielócito. 
 
Algumas causas raras e menos comuns de eosinofilia, incluem: 
linfoma de células T, linfoma de células B, linfoma de Hodgkin, 
leucemia linfoblástica aguda e síndrome de Sezary. 
 
 
 
 
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EOSINÓFILO 
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RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: 
Relação núcleo:citoplasma baixa. 
Citoplasma com grânulos esféricos e alaranjados (maiores que 
os dos neutrófilos). 
Geralmente, o núcleo bilobulado e excêntrico. 
 
 
 
 
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EOSINÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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BASÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
O basófilo se desenvolve através dos mesmos estágios que o 
neutrófilo e o eosinófilo. Da mesma forma, os grânulos específicos 
aparecem no estágio de mielócito. 
 
O basófilo é uma célula redonda de aproximadamente 10-14 μm de 
diâmetro e seu núcleo é lobulado. Os segmentos nucleares tendem 
a dobrar-se uns sobre os outros, resultando em um núcleo irregular 
com aspecto bizarro. 
 
Os grânulos citoplasmáticos coram-se de púrpura, são grandes, de 
tamanho variado e muitas vezes obscurecem o núcleo. 
 
Os basófilos são os leucócitos circulantes mais raros de serem 
observados, estando presente em maior número nas neoplasias 
mieloproliferativas (como por exemplo na leucemia mieloide 
crônica), o aumento de basófilos nesses casos, muitas vezes, é 
indicativo de fase acelerada ou criseblástica iminente. 
 
 
 
32 
BASÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS: 
Relação núcleo:citoplasma baixa. 
Citoplasma com a presença de numerosos grânulos grosseiros, 
de coloração escura, púrpura. 
Núcleo com cromatina condensada, lobulação de aspecto 
bizarro e de difícil visualização pela presença dos grânulos. 
 
 
 
33 
BASÓFILO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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NOTA: Os grânulos dos basófilos são solúveis em água e 
podem se dissolver na coloração deixando áreas claras no 
citoplasma. Então, atenção na avaliação. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES 
MORFOLÓGICAS 
DOS 
NEUTRÓFILOS 
CAPÍTULO 1.3 
35 
HIPERGRANULAÇÃO 
atlas em hematologia 
 
 
 
Hipergranulação, ou granulação tóxica, são termos usados para 
caracterizar um exagero na granulação citoplasmática dos 
neutrófilos, com grânulos que aparentam ser maiores e mais 
basofílicos do que os normais. Por vezes, a hipergranulação é 
notada nos bastões e metamielócitos. 
 
Essas granulações grosseiras nada mais são do que os grânulos 
primários dos promielócitos, que permanecem no neutrófilo devido 
a um acelerado processo de maturação. 
 
Quando a granulopoiese é constantemente estimulada/requerida, 
geralmente por causa da extensão e da duração de um processo 
inflamatório, ocorre o encurtamento do estágio intermitótico e a 
redução do tempo de maturação das células precursoras, e isto, por 
consequência, acaba fazendo com que os neutrófilos passem para 
o sangue periférico com a persistência da granulação primária. 
 
36 
HIPERGRANULAÇÃO 
atlas em hematologia 
 
 
 
Frequentemente, ocorre nas infecções bacterianas, e, muitas 
vezes, em outras causas de inflamação. Também pode ser uma 
característica da administração de fator estimulador de colônias de 
granulócitos (G-CSF), reações leucemoides neutrofílicas, gravidez, 
queimaduras e outras condições. 
 
 
 
 
37 
atlas em hematologia 
 
 
DICA: Algumas vezes, a depender do corante utilizado, as células 
não preservam suas características tintoriais, dando a falsa 
impressão de hipogranulação. Na dúvida, refaça a lâmina com um 
novo corante. 
 
 
 
Os neutrófilos hipogranulares são células que têm as granulações 
reduzidas ou ausentes. Esta alteração causa uma coloração azul 
clara ou cinza no citoplasma, diferente das células que apresentam 
o seu conteúdo de granulação normal. 
 
A hipogranulação é mais frequente na síndrome mielodisplásica, 
podendo ser observada, também, na leucemia mielóide aguda, na 
deficiência congênita de grânulos específicos, entre outras. 
 
 
HIPOGRANULAÇÃO 
 
38 
atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
Nos neutrófilos, as vacuolizações citoplasmáticas ocorrem da 
fusão entre os grânulos com vacúolos fagocíticos, com perda do 
conteúdo lisossomal secundário. Os vacúolos podem ter tamanhos 
diferentes e aparecem como áreas circulares brancas no 
citoplasma da célula. 
 
Em esfregaços sanguíneos confeccionados sem demora, a 
presença de vacúolos nos neutrófilos costuma ser indicativo de 
sepse grave, e geralmente, há granulações tóxicas. 
 
As vacuolizações podem ainda ser decorrentes do efeito tóxico da 
ingestão do álcool. 
 
 
VACUOLIZAÇÃO 
 
39 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: Na maioria das vezes, trata-se de um corpúsculo único e 
representa a liquefação do retículo endoplasmático do neutrófilo. É 
frequente haver granulação tóxica e vacuolização citoplasmática na 
mesma célula. 
 
 
 
Os corpos de Döhle são estruturas pequenas, redondas ou ovais, 
cinza-azuladas pálidas. Normalmente, estão localizados na 
periferia do neutrófilo. 
 
Podem ser notados nas infecções bacterianas, após lesão 
tecidual, incluindo queimaduras, inflamação, após administração de 
G-CSF, em reações leucemoides neutrofílicas e durante a gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
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CORPOS DE DÖHLE 
 
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atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
 
May-Hegglin é uma condição hereditária genética caracterizada por 
apresentar trombocitopenia, plaquetas gigantes e inclusões azuis- 
acinzentadas em todos os tipos de leucócitos, exceto nos 
linfócitos. 
 
Nos neutrófilos, essas inclusões têm estrutura morfológica 
semelhante aos corpos de Döhle, porém não idênticas. Nessa 
condição, as inclusões tendem a ser maiores e, geralmente, se 
distribuem ao acaso na célula, não na periferia, e coram-se mais 
intensamente do que os corpos de Döhle. 
 
 
MAY-HEGGLIN 
 
41 
atlas em hematologia 
 
 
HOWELL-JOLLY LIKE 
Raramente, pode-se observar nos neutrófilos inclusões esféricas e 
basofílicas de fragmento nuclear, semelhantes aos corpúsculos de 
Howell-Jolly das hemácias. Essas inclusões são chamadas de 
Howell-Jolly Like. 
 
Apesar de serem mais presentes em neutrófilos, de forma 
ocasional, podem ser observados em outros leucócitos. 
 
Estas inclusões aparecem nos granulócitos por causa de uma 
granulopoiese displásica, ou estressada, induzida por drogas 
imunossupressoras, infecção viral ou quimioterapia. 
 
 
 
Os corpúsculos de Howell-Jolly Like devem ser distinguidos do 
corpúsculo de Barr (cromatina sexual) e de outras inclusões que 
podem ser observadas em neutrófilos, como por exemplo, 
microrganismo intracelulares, corpos de Döhle ou as inclusões da 
síndrome de Chediak-Higashi. 
 
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HOWELL-JOLLY LIKE 
 
 
 
 
 
 
 
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NOTA: Os cristais da morte, quando presentes em sangue 
periférico, devem ser considerados um achado crítico e o médico 
deve ser notificado o mais breve possível. Além disso,essas 
inclusões também devem reportadas em laudo com uma 
observação adequada. 
CRISTAIS DA MORTE 
São inclusões azul-esverdeadas, refringentes e que podem ser 
vista no citoplasma de neutrófilos ou monócitos. 
 
Essas inclusões são consideradas prenúncios de mau prognóstico 
e morte, pouco tempo depois da sua identificação, e, por isso, 
foram chamadas de “cristais verdes da morte” ou "inclusões verdes 
críticas". 
 
Esses cristais representam um achado clínico raro e já foram vistos 
no sangue periférico de pacientes criticamente enfermos, com 
doenças hepáticas, acidose lática com falência múltipla de órgãos e 
choque séptico. 
 
A patogênese dos cristais da morte ainda é pouco compreendida. 
No entanto, estudos sugerem que a presença dessas inclusões, no 
interior da célula, podem ser derivadas da lipofuscina, um tipo de 
pigmento de desgaste celular, liberado das células do parênquima 
hepático necrosado e captada por fagocitose. 
 
Mais recentemente foram relatados em pacientes graves com 
COVID-19. 
 
 
 
 
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atlas em hematologia 
 
 
CRISTAIS DA MORTE 
 
 
 
 
 
 
 
45 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: É de fundamental importância que os microrganismos livres na 
distensão sejam cuidadosamente avaliados, pois devemos distinguir se 
os microrganismos realmente estão presentes na amostra dos 
pacientes ou se são provenientes de equipamentos, lâminas ou corante 
contaminando. Bactérias e leveduras com a coloração de Wright 
apresentam tonalidade basofílica. 
FUNGO HISTOPLASMA 
Na maioria das infecções, incluindo a septicemia, os agentes 
causadores, de modo geral, não são notados no sangue periférico. 
No entanto, em algumas condições específicas pode-se observar o 
microrganismo no interior das células. Este achado é significativo e 
o médico deve ser notificado. 
 
O Histoplasma spp., por exemplo, é um fungo que pode ser 
observado em distensão de sangue periférico, principalmente em 
pacientes neutropênicos ou imunocomprometidos, com cateteres 
venosos implantados. Podem ser observados livres ou no interior 
de neutrófilos ou monócitos. 
 
 
 
 
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FUNGO HISTOPLASMA 
 
 
 
 
 
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 HIPERSEGMENTAÇÃO 
Geralmente, os neutrófilos normais apresentam de 3 a 4 lóbulos 
(raramente de 2 a 5 lóbulos). Os neutrófilos hipersegmentados têm 
um número de lóbulos aumentado. 
 
A hipersegmentação de neutrófilos em laudo, é definida quando 
qualquer neutrófilo exibe 6 ou mais lóbulos, ou quando mais de 3% 
dos neutrófilos apresentam 5 lóbulos em 100 neutrófilos. 
 
Podem ser observados na anemia megaloblástica, após tratamento 
citotóxicos, e ocasionalmente em pacientes com infecção, uremia, 
síndromes mielodisplásicas e na deficiência de ferro. 
 
 
 
48 
atlas em hematologia 
 
 
DICA: Os neutrófilos hipersegmentados têm uma quantidade 
maior de lóbulos, que estão conectados por filamento de 
cromatina. Já a célula em apoptose, tem o núcleo fragmentado e 
que, geralmente, forma massas esféricas, isoladas e compactas. 
 
Não confunda apoptose com hipersegmentação! 
 
 
 
Apoptose: 
 
 
 
Neutrófilos hipersegmentados: 
 
49 
atlas em hematologia 
 
 
 HIPOSSEGMENTAÇÃO 
 
Os neutrófilos hipossegmentados são caracterizados pela falha no 
desenvolvimento normal da lobulação nuclear, ou seja, a 
segmentação nuclear não ocorre como deveria. O núcleo pode 
apresentar-se bilobulado, bastonado, em forma de halteres, 
arredondado ou oval. 
 
Estas células não devem ser confundidas com células jovens como 
mielócitos, metamielócitos ou bastões. 
 
São neutrófilos maduros, que apenas não segmentaram o núcleo 
corretamente e podem ser diferenciados de células mais imaturas 
pelo núcleo pequeno, com menor relação núcleo:citoplasma e 
cromatina mais condensada. 
 
Recomenda-se que os neutrófilos hipossegmentados sejam 
contados como neutrófilos segmentados maduros e reportados 
com observações adequadas. 
 
 
50 
atlas em hematologia 
 
 
 HIPOSSEGMENTAÇÃO 
A segmentação nuclear reduzida é característica da anomalia de 
Pelger-Huët, uma condição hereditária autossômica dominante que 
é benigna em heterozigotos. Homozigotos podem apresentar 
retardo de desenvolvimento, epilepsia e anormalidades 
esqueléticas, porém, a maioria não apresenta. 
 
Pessoas com a anomalia também mostram lobulação reduzida dos 
eosinófilos e basófilos. 
 
Alterações morfológicas semelhantes também podem ser vistas 
em outras condições, como na síndrome mielodisplásica, leucemia 
mieloide aguda e, ocasionalmente, na leucemia mieloide crônica 
(durante a evolução). Essas condições são chamadas de pseudo- 
Pelger. 
 
 
 
 
 
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São neutrófilos que apresentam o núcleo em formato de anel ou 
rosquinha. Ocasionalmente, podem ser notados em distensões 
sanguíneas de pacientes normais. 
 
São mais frequentes em pacientes com leucemia mieloide crônica, 
na leucemia neutrofílica crônica e também podem ser visto nas 
síndromes mielodisplásicas e leucemia mieloide aguda. 
 
 
 
NEUTRÓFILO COM 
NÚCLEO EM ANEL 
 
52 
atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
É um distúrbio autossômico recessivo raro, no qual observamos a 
presença de grânulos gigantes no citoplasma dos granulócitos, 
monócitos e linfócitos. Estes grânulos apresentam características 
tintoriais variáveis (variando do cinza ao vermelho). 
 
Os portadores exibem hipopigmentação cutânea e ocular, cabelos 
prateados e fotofobia. 
 
A neutropenia e a trombocitopenia são complicações frequentes à 
medida que a doença progride. 
 
 
CHÉDIAK-HIGASHI 
 
 
-6 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
 
Células precursoras da linhagem 
monocítica 
Monócitos maduros e suas 
características 
 
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A maturação dos monócitos é dividida em três estágios: 
monoblasto, promonócito e monócito maduro. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte (12-18 μm). 
Com relação núcleo:citoplasma de moderada a baixa. 
O núcleo, frequentemente, é redondo ou oval, mas pode terforma irregular. 
Cromatina delicada e nucléolos evidentes. Em média, de 1 a 3. 
O citoplasma tem coloração que varia do cinza claro a azul 
intenso. 
Granulações finas são escassas ou ausentes. 
 
 
MONOBLASTO 
 
55 
atlas em hematologia 
 
 
PROMONÓCITO 
 
O promonócito é a célula intermediária entre o mieloblasto e 
monócito. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte (12-20μm). 
Apresenta relação núcleo:citoplasma de moderada a baixa. 
Núcleo convoluto, assumindo formato em alto relevo, com 
bordas mais irregulares. 
Cromatina relativamente delicada, todavia, mais grossa do que 
a do mieloblasto. 
Nucléolos podem ou não serem visíveis. 
O citoplasma é mais abundante, com coloração entre 
discretamente basofílico a azul-acinzentado fosco. 
Grânulos azurófilos finos, normalmente, estão presentes. 
 
 
 
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NOTA: Os promonócitos são células consideradas blastos 
equivalentes, portanto, quando observados na distensão são 
incluídos na contagem de blastos e reportados em laudo com uma 
observação adequada. 
 
Por exemplo: 
 
Presença de x% de promonócitos incluídos na contagem de blastos. 
 
Foram encontrados x% de promonócitos acima incluídos na 
contagem de blastos. 
PROMONÓCITO 
 
 
 
 
 
57 
atlas em hematologia 
 
 
MONÓCITO 
Os monócitos são os maiores leucócitos circulantes, com 12 a 20 
μm de diâmetro aproximadamente. 
 
O citoplasma é azul-acinzentado com numerosos grânulos 
azurófilos finos, semelhantes a poeira. A vacuolização é uma 
característica do monócito maduro, mas pode não estar presente. 
 
O núcleo é grande e irregular; muitas vezes em forma de rim, mas 
pode ser dobrado ou enrolado, sem sofrer segmentação. A 
cromatina é mais fina e com distribuição mais uniforme do que a 
dos neutrófilos. 
 
O aumento do número de monócitos ocorre em algumas condições, 
tais como: infecções crônicas e condições inflamatórias, como 
tuberculose e doença de Crohn, em leucemias mieloides crônicas 
(principalmente na leucemia mieloide crônica atípica e leucemia 
mielomonocítica crônica) e em leucemias agudas com um 
componente monocítico. 
 
Na leucemia mielomonocítica crônica, a contagem de monócitos 
maduros no sangue periférico é maior que 1.000 cels/mm³. 
 
A redução da contagem de monócitos é notada consideravelmente 
na leucemia de células cabeludas. O número de monócitos também 
pode estar diminuído na leucemia aplástica, leucemia linfoide 
crônica, artrite reumatoide, lúpus eritrematoso sistêmico, infecção 
por HIV e outros. 
 
58 
atlas em hematologia 
 
 
MONÓCITO 
 
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte e de grande variedade morfológica. 
Baixa relação núcleo:citoplasma. 
Citoplasma com coloração que varia de azul claro ao 
acinzentado e com grânulos azurófilos bastante finos, com 
aspecto de vidro moído ou areia fina. 
Vacúolos são frequentemente observados. 
O núcleo pode apresentar as mais variadas formas, mas, 
classicamente, é reniforme. 
Cromatina mais condensada do que a dos seus precursores, 
porém, ainda delicada em comparação aos demais leucócitos 
maduros. 
 
 
 
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59 
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NOTA: A migração dos monócitos para os tecidos leva à sua 
transformação em macrófagos, que são células teciduais e 
representam o último estágio de maturação da linhagem 
monocítica. 
MONÓCITO 
 
 
 
 
 
 
60 
atlas em hematologia 
 
 
MONÓCITO 
 
 
 
 
 
L 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES 
MORFOLÓGICAS 
DOS MONÓCITOS 
CAPÍTULO 2.1 
 
62 
 MONÓCITO ANORMAL 
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______ 
 
Monócitos anormais, ou displásicos, são células que fogem à sua 
característica normal. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Geralmente, possui a cromatina mais condensada do que a dos 
promonócitos, núcleos dobrados com recortes variados, 
podendo ter aspecto bizarro. 
O citoplasma é cinza com grânulos de cor lilás mais abundantes 
e, por vezes, pode ser agranular. 
Os nucléolos, geralmente, estão ausentes ou indistintos. 
 
 
 
 
 
 
63 
 MONÓCITO ANORMAL 
atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA: Os monócitos anormais não têm valor equivalente a blastos, 
portanto, é muito importante que essas células não sejam incluídas na 
contagem de blastos. Esses monócitos anormais são vistos em 
quantidade aumentada, por exemplo, na leucemia mielomonocítica 
crônica. As principais características nas quais a diferenciação dos 
monócitos anormais se baseia são: maior condensação da cromatina, 
contorno nuclear mais irregular e o citoplasma acinzentado turvo. 
 
 
Li6 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
 
Células precursoras da linhagem linfocítica 
Linfócitos maduros e suas características 
Linfócitos reativos 
Plasmócitos 
Célula de Mott 
 
65 
LINFOBLASTO 
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A sequência maturativa dos linfócitos é dividida em três estágios 
morfológicos: linfoblasto, prolinfócitos e linfócitos (pequenos e 
grandes). 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de tamanho variado (10-20 μm). 
Relação núcleo:citoplasma de alta a moderada. 
O núcleo, geralmente, é arredondado e central. 
Cromatina delicada e homogênea, podendo exibir nucléolos (de 
0 a 2). 
Citoplasma escasso e com tonalidade de ligeiramente a 
moderadamente basofílico. 
 
 
 
 
 
 
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LINFOBLASTO 
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NOTA: Quando estão presentes em sangue periférico, 
geralmente, estão associados a doenças linfoproliferativas 
crônicas, como na LLC típica, a LLC mista ou na leucemia 
prolinfocítica. Conhecer as condições em que essas células 
aparecem é extremamente importante, pois isso nos ajuda na 
avaliação e identificação assertiva da célula. 
PROLINFÓCITO 
O prolinfócito é a célula intermediária entre o linfoblasto e o 
linfócito. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Médio a grande porte. 
A relação núcleo:citoplasma, de modo geral, é menor em 
relação aos linfoblastos. 
Núcleo redondo e central, algumas vezes deslocado. Cromatina 
mais grosseira do que a do linfoblasto. 
Nucléolo presente, caracteristicamente único e proeminente. 
Citoplasma azul claro e sem presença de granulação. 
 
 
 
 
 
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PROLINFÓCITO 
 
 
 
 
 
 
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LINFÓCITO 
O linfócito maduro tem uma grande variabilidade de tamanho (7- 
18μm) quando achatado em uma lâmina de vidro. O tamanho 
depende, principalmente, da quantidade de citoplasma presente na 
célula. 
 
CARACTERÍSTICAS (LINFÓCITO PEQUENO): 
Os linfócitos pequenos tem tamanho entre 7-10μm. 
Núcleo redondo ou oval, podendo ser ligeiramente endentado. 
O núcleo tem cromatina condensada e seu tamanho é 
aproximadamente o de um eritrócito normal, ocupando cerca de 
90% da área da célula. 
Os nucléolos, embora presentes na célula, raramente são 
visíveis ao microscópio óptico, devido a condensação da 
cromatina. Se vistos, eles aparecem como pequenas áreas 
claras dentro do núcleo. 
Citoplasma escasso e discretamente basofílico. 
 
 
 
 
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LINFÓCITO 
 
 
 
 
 
 
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NOTA: Os linfócitos de crianças, caracteristicamente, são 
maiores e mais pleomórficos do que os de adultos. 
LINFÓCITO 
 
CARACTERÍSTICAS (LINFÓCITOS GRANDES): 
Os linfócitos grandes têm morfologia heterogênea e o tamanho 
varia entre 11-16 μm. 
Possui cromatina menos densa do que a linfócito pequeno e 
citoplasma mais abundante. 
O núcleo pode ser ligeiramente maior do que o do linfócito 
pequeno, porém, a diferença no tamanho da célula é atribuída, 
principalmente, a uma quantidade maior de citoplasma. 
Apresentam contorno mais irregular, diferente dos linfócitos 
pequenos que têm um contorno circular. 
Citoplasma discretamente basofílico; cora-se de azul claro. 
 
 
 
 
 
 
 
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LINFÓCITO 
 
 
 
 
 
 
 
73 
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NOTA: Essas células consistem em uma população mista de 
células Natural Killer e algumas células T citotóxicas. 
 
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GRANDE LINFÓCITO GRANULAR 
CARACTERÍSTICAS: 
Os grandes linfócitos granulares têm características 
morfológicas semelhantes a dos linfócitos grandes. A diferença 
consiste na presença de grânulos citoplasmáticos grosseiros, 
bem visíveis e que se coram de vermelho-arroxeado ou 
azurófilo. 
 
 
 
74 
atlas em hematologia 
 
 
GRANDE LINFÓCITO GRANULAR 
 
 
 
Essas células podem representar de 10 a 20% dos linfócitos do 
sangue periférico em indivíduos normais. 
 
Os GLGs, rotineiramente, não são contados como uma população 
separada de linfócitos. 
 
Recomenda-se que os GLGs sejam contados como linfócitos, mas 
devem ser comentados se estiverem em quantidade aumentada, 
pois isso pode levar o médico a realizar investigações adicionais, 
como a citometria de fluxo. 
 
75 
atlas em hematologia 
 
 
 
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GRANDE LINFÓCITO GRANULAR 
 
 
 
 
 
 
76 
atlas em hematologia 
 
 
LINFÓCITO 
 
Em adultos, os linfócitos são o segundo tipo de leucócitos mais 
frequentes em sangue periférico. Já em criança e lactantes, o 
número dessas células é consideravelmente mais alto e se mantém 
assim até aproximadamente os 6 anos de idade. Dos 7 aos 13 
anos, os linfócitos vão tendendo aos valores da fase adulta e,dessa forma, é essencialmente importante usar valores de 
referência específicos para a idade. 
 
As linfocitoses, ou seja, aumento do número absoluto de linfócitos 
acima do esperado para idade, quando observadas, devem ser 
avaliadas levando em consideração não só a contagem, mas 
também as características morfológicas dessas células e os 
aspetos clínicos do paciente. 
 
As crianças, em relação aos adultos, são mais propensas a 
apresentarem linfocitose e também alterações reacionais, 
podendo aparecer linfócitos reativos mesmo em crianças 
aparentemente sadias. 
 
As principais causas de linfocitose são: infecções virais (incluindo 
sarampo, rubéola, caxumba, influenza, hepatite A, mononucleose 
infecciosa, citomegalovírus, dengue, infecção por HIV, certas 
infecções bacterianas (por exemplo, coqueluche, tuberculose, 
sífilis), pós esplenectomia, distúrbios linfoproliferativos (como 
leucemia linfoide crônica). 
 
77 
atlas em hematologia 
 
 
 
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LINFÓCITO 
Linfocitoses transitórias também podem ser notadas, e geralmente 
estão relacionadas com o estresse, ao infarto agudo do miocárdio, 
parada cardíaca, trauma, entre outras condições. 
 
A linfopenia, diminuição do número absoluto de linfócitos para 
abaixo do valor de referência do esperado para a idade, é comum 
como parte da resposta aguda ao estresse, embora seja 
comumente ofuscada pelas alterações neutrofílicas coexistentes. 
 
Pode ocorrer, também, em um grande número de condições, tais 
como: insuficiência renal aguda e crônica (incluindo pacientes em 
diálise), em terapias com drogas citotóxicas e imunossupressores, 
infecção aguda por HIV, artrite reumatoide, lúpus eritematoso 
sistêmico, tuberculose, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES 
MORFOLÓGICAS 
DOS LINFÓCITOS 
CAPÍTULO 3.1 
 
79 
LINFÓCITO REATIVO 
atlas em hematologia 
 
 
 
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Linfócitos quando reagem a estímulos imunológicos, como os que 
ocorrem em casos de processos inflamatórios ou infecciosos 
(principalmente os virais), podem apresentar diversas alterações 
morfológicas e também aumentar em quantidade. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Aumento do tamanho da célula para 16-30 μm, com relação 
núcleo:citoplasma diminuída. 
Núcleo arredondado, alongado ou irregular. 
A cromatina fica mais dispersa e clara do que a cromatina de 
um linfócito em repouso e os nucléolos podem ser notados. 
O citoplasma apresenta uma variação de cores desde o azul 
pálido até o azul intenso. Frequentemente ocorre o aumento da 
basofilia, que pode ser difusa (por todo o citoplasma), ou 
localizada no citoplasma (principalmente nos pontos de 
contato com as células adjacentes). 
Vacúolos podem estar presentes. 
 
LINFÓCITO REATIVO 
 
80 
LINFÓCITO REATIVO 
atlas em hematologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
*ICSH (International Council for Standardization in Hematology). 
NOTA: Várias terminologias têm sido utilizadas para se referir aos 
linfócitos reativos, tais como linfócitos atípicos, variantes, 
estimulados, ativados, virócitos, entre outros. 
 
No entanto, alguns hematologistas preferem não usar o termo atípico 
para descrever os linfócitos normais (benignos) que estão reagindo a 
um estimulo antigênico porque a palavra atípico traz uma conotação de 
anormal. 
 
O ICSH* recomenda que o termo linfócito reativo seja usado para 
descrever os linfócitos com etiologia benigna, e o termo linfócito 
anormal, para descrever linfócitos com suspeita de etiologia maligna 
ou clonal, juntamente com uma descrição da célula. 
 
81 
atlas em hematologia 
 
 
LINFÓCITO REATIVO 
 
 
 
 
 
 
82 
atlas em hematologia 
 
 
LINFÓCITO REATIVO 
 
 
 
 
 
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atlas em hematologia 
 
 
NOTA: Ocasionalmente, esta célula é vista no sangue periférico de 
paciente com infecções virais. 
 
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O linfócito plasmocitário, ou plasmocitoide, é uma célula 
intermediária entre o linfócito B e o plasmócito. A célula recebe 
esse nome devido a sua semelhança morfológica com o linfócito, e 
por causa da basofilia citoplasmática intensa semelhante ao do 
plasmócito. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de tamanho variável. 
O núcleo é central ou levemente lateralizado (excêntrico). 
A cromatina é menos aglomerada (mais imatura) do que a de um 
plasmócito. 
Um único nucléolo pode ser observado. 
O citoplasma é intensamente basofílico. 
 
 
LINFÓCITO 
PLASMOCITÁRIO 
 
84 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: O linfócito reativo, geralmente, tem o citoplasma limpo, 
enquanto que o monócito tem o citoplasma “sujo”, com o aspecto de 
vidro fosco. 
Linfócitos Reativos Monócitos 
 
Não confunda: Linfócitos Reativos e Monócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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atlas em hematologia 
 
 
 
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NOTA: De uma forma geral, os plasmócito são células teciduais, 
porém, podem aparecer em sangue periférico como um aspecto do 
mieloma múltiplo ou como fenômeno reacional. Em casos reacionais, 
os plasmócito surgem, por exemplo, como resposta ao aumento da 
secreção de interleucina 6 em infecção, inflamação ou após 
vacinação. 
PLASMÓCITO 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula geralmente oval, com baixa relação núcleo:citoplasma. 
Núcleo arredondado e excêntrico. 
Nucléolos não estão presentes. 
Cromatina densa. 
Citoplasma intensamente basofílico, com área clara e 
perinuclear evidente, que corresponde ao complexo de Golgi. 
Os vacúolos variam de ausentes a numerosos. Quando 
numerosos, o plasmócito recebe o nome de célula de Mott. 
 
 
 
 
 
 
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atlas em hematologia 
 
 
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PLASMÓCITO 
 
 
 
 
 
 
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atlas em hematologia 
 
 
NOTA: Podem aparecer no sangue periférico em condições 
reacionais e, também, nas doenças de células plasmáticas. 
 
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Como dito anteriormente, a célula de Mott, nada mais é do que um 
plasmócito com diversos vacúolos ricos em imunoglobulinas do 
tipo M (IgM). Os vacúolos têm tamanho e quantidade variável e 
essa célula também é chamada de célula morular, célula em uva ou 
em amora. A célula de Mott pode ter os vacúolos de tamanho e 
quantidade variável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CÉLULA DE MOTT 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
 
 
Linfócitos anômalos/neoplásicos 
em algumas doenças 
linfoproliferativas crônicas 
 
89 
LINFOMA FOLICULAR 
atlas em hematologia 
 
 
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O linfoma folicular é uma doença linfoproliferativa crônica da 
linhagem B, que origina-se no centro germinativo. 
 
É uma doença caracteristicamente de adultos e apresenta 
predominância no sexo feminino. Ao diagnóstico, o paciente tem 
em média mais de 60 anos de idade. 
 
Cerca de 35% dos casos se infiltram na medula óssea e 15% em 
sangue periférico. 
 
Ocasionalmente, a doença é diagnosticada após um esfregaço de 
sangue casual quando não existem anormalidades no exame físico. 
 
A quantidade de células linfomatosas circulantes pode ser raras ou 
numerosas. 
 
 
 
90 
LINFOMA FOLICULAR 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: As células do linfoma folicular são mais resistentes a danos 
mecânicos do que os linfócitos da leucemia linfoide crônica (LLC), e 
por isso, na distensão sanguínea, geralmente, não são observados 
frequentes restos celulares, como nos casos LLC, condição na qual 
a fragilidade celular dos linfócitos é maior e se rompe no momento da 
confecção do esfregaço sanguíneo. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS: 
As células linfomatosas, geralmente, apresentam-se como 
células linfoides pequenas (algumas vezes podendo ser 
menores do que as da LLC), com núcleo pequeno, cromatina 
uniformemente condensada e citoplasma escasso. 
Uma quantidade variável de células tem o núcleo com fendas ou 
fissuras profundas e estreitas (núcleo clivado). 
Em alguns casos, as células podem ser mais pleomórficas, 
algumas maiores, com menos condensação de cromatina, 
núcleo clivado e citoplasma mais abundante. Nestes casos, 
nucléolos pequenos, mas distintos, podem ser observados. 
Raramente as células do linfoma contêm inclusões cristalinas. 
 
 
 
 
 
91 
atlas em hematologia 
 
 
LINFOMA DO MANTO 
 
 
 
O linfoma de células do manto é um distúrbio linfoproliferativo 
crônico da linhagem B com citologia variável, tem incidência maior 
aos 60 anos e é predominante no sexo masculino. 
 
O envolvimento do sangue periférico ocorre em cerca de 2/3 dos 
pacientes, e isso tem sido considerado indicativo de pior 
prognóstico. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS: 
As células são pleomórficas, de pequeno a grande porte e com 
núcleo irregular. 
Cromatina moderadamente densa (porém menos condensada 
do que de um linfócito pequeno). 
Nas células pequenas, o nucléolo é indistinto e o citoplasma 
escasso. 
As células de médio porte, por sua vez, apresentam nucléolo 
pequeno, mas distinto, e ocasionalmente na periferia 
(lateralizado). 
Algumas células podem apresentar núcleo e cromatina 
semelhantes a dos blastos. 
 
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atlas em hematologia 
 
 
 
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LINFOMA DO MANTO 
 
 
 
 
 
 
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O linfoma de Burkitt é uma neoplasia caracterizada pela proliferação 
de células B imunologicamente maduras. 
 
É um linfoma altamente agressivo, mas que muitas vezes é curável 
com esquemas de tratamento específicos, portanto, o seu rápido 
reconhecimento é extremamente importante. 
 
Muitos casos em adultos ocorrem em indivíduos 
imunocomprometidos, como os infectados pelo vírus HIV. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS: 
Célula de médio a grande porte. 
Relação núcleo:citoplasma variável. 
Núcleo geralmente redondo, com cromatina finamente 
aglomerada e nucléolos visíveis. 
O citoplasma é intensamente basofílico e moderadamente 
vacuolizado. 
Os vacúolos também podem ser observados no núcleo. 
 
 
 
LINFOMA DE BURKITT 
 
94 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: Variante leucêmica do linfoma de Burkitt, foi por muito tempo 
classificada como LLA-L3, na classificação FAB. Mas não é mais 
classificada dessa maneira, porque as células leucêmicas são células 
B imunologicamente maduras e, por este motivo, não são células 
precursoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULA DE BURKITT 
 
95 
atlas em hematologia 
 
 
 
A leucemia de células pilosas é uma neoplasia linfoproliferativa 
crônica que resulta da proliferação clonal de células B. Ocorre ao 
longo da vida adulta e é quatro vezes mais comum em homens do 
que em mulheres. 
 
As células presente na circulação, nessa condição, são 
caracteristicamente mononucleares e com prolongamentos 
citoplásticos que dão à doença o nome de “Tricoleucemia”, 
"leucemia de células pilosas" ou “leucemia de células cabeludas” 
 
A porcentagem de células pilosas circulantes é muito variável e às 
vezes estão ausentes. Ocasionalmente, em casos mais típicos, são 
escassas e em outros casos são numerosas, causando um 
aumento moderado na contagem de leucócitos. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS: 
São maiores do que os linfócitos típicos pequenos. 
O núcleo é central ou ligeiramente excêntrico, porém, 
geralmente, não entra em contato com a membrana 
citoplasmática. 
O formato do núcleo é comumente redondo a oval, mas pode 
ocorrer alguma heterogeneidade. 
A cromatina é parcialmente condensada. e os nucléolos 
normalmente, não são visíveis. 
Em algumas células particularmente espalhadas, pode-se notar 
um nucléolo pequeno e indistinto com um contorno borrado. 
Citoplasma basofílico, moderadamente abundante e com 
projeções finas, comumente numerosas e ocupandotoda a 
circunferência da célula. 
LEUCEMIA DE CÉLULAS 
PILOSAS 
 
96 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: Em caso de suspeita de tricoleucemia e não sendo 
encontradas células pilosas na distensão, pode-se preparar 
uma concentração leucocitária (buffy coat) para uma melhor 
avaliação. 
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LEUCEMIA DE CÉLULAS 
PILOSAS 
 
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atlas em hematologia 
 
 
LEUCEMIA/LINFOMA DE CÉLULAS T DO ADULTO A leucemia de células T do adulto é uma neoplasia linfoproliferativa 
crônica associada à infecção pelo HTLV-1 (vírus linfotrópico de 
células T humanas). A doença ocorre, principalmente, em adultos 
com mais de 40 anos de idade. 
 
Apesar dessa associação com o HTLV-1, apenas uma pequena 
porcentagem dos indivíduos infectados desenvolvem a doença. 
 
Cerca de 80% dos casos apresentam, no hemograma, células 
neoplásicas circulantes. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS: 
Células pleomórficas de médio a grande porte. 
Núcleo multilobulado, dando a célula uma aparência de flor ou 
trevo. 
A cromatina geralmente é condensada e sem nucléolos visíveis. 
Algumas células, no entanto, podem apresentar cromatina 
pouco densa e nucléolos. 
O citoplasma é basofílico e com coloração de intensidade 
variável. 
 
 
98 
atlas em hematologia 
 
 
 
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LEUCEMIA/LINFOMA DE CÉLULAS T DO ADULTO 
 
 
 
 
 
99 
atlas em hematologia 
 
 
SINDROME DE SÉZARY 
A síndrome de Sézary é uma neoplasia de células T maduras, que é 
definida pela combinação de eritrodermia, linfoadenopatia 
generalizada e presença de células T clonais neoplásicas (células 
de Sézary) no sangue periférico, na pele e linfonodos. Ocorre 
caracteristicamente em adultos com mais de 60 anos e é 
predominante no sexo masculino. 
 
As células de Sézary são linfócitos T neoplásicos que têm um 
contorno nuclear muito irregular e convoluto (cerebriforme). 
 
A síndrome de Sézary está intimamente relacionada à micose 
fungoide (linfoma cutâneo primário de células T), mas são 
consideradas entidades separadas com base na diferença do 
comportamento clínico e origem celular. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS: 
As células neoplásicas podem ser grandes ou pequenas e, em 
alguns casos, apenas células pequenas ou células grandes 
predominam em um mesmo paciente, e em outros casos, há 
uma mistura dessas células. 
As células pequenas de Sézary são semelhantes, em tamanho, 
a um linfócito pequeno normal, têm citoplasma escasso, núcleo 
com cromatina densa, superfície sulcada ou cerebriforme 
(semelhante à superfície do cérebro) e nucléolo não visível. 
As grandes células de Sézary têm mais citoplasma, núcleo 
maior, convoluto ou cerebriforme (as alterações do núcleo são 
mais evidentes). 
O citoplasma varia de discreto a moderadamente basofílico, 
com ou sem vacúolos. 
 
100 
atlas em hematologia 
 
 
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SINDROME DE SÉZARY 
 
 
 
 
 
 
L6 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
 
 
Blastos nas leucemias agudas e 
promielócitos anômalos 
atlas em hematologia 
 
 
 
102 
BLASTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Os blastos são células imaturas que 
apresentam algumas características 
clássicas, tais como: alta relação núcleo: 
citoplasma, cromatina frouxa, nucléolo 
evidente e citoplasma basofílico, que pode 
ou não ter grânulos. Porém, a depender do 
tipo de leucemia, na qual esses blastos 
são observados, variações dessas 
características padrão podem ser 
notadas, incluindo a presença de 
inclusões. 
 
Por isso, neste módulo você encontrará 
várias imagens de blastos em diferentes 
tipos de leucemias. 
 
103 
BLASTOS 
atlas em hematologia 
 
 
Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia 
aguda. 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte. 
Alta relação núcleo:citoplasma. 
Citoplasma basofílico. 
Núcleo regular. 
Cromatina frouxa e homogênea com nucléolo evidente. 
 
104 
BLASTOS 
atlas em hematologia 
 
 
Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia mieloide 
aguda monoblástica sem maturação (LMA-M5a). 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de grande porte. 
Relação núcleo:citoplasma variando de alta a moderada. 
Citoplasma basofílico. 
Cromatina frouxa, apresentando nucléolos. 
 
105 
BLASTOS 
atlas em hematologia 
 
 
Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia mieloide 
aguda mostrando blasto com morfologia Cup-Like (blastos com 
morfologia nuclear semelhante a uma xícara ou boca de peixe). 
NOTA: Os blastos com morfologia cup-like estão associados a 
leucemia mieloide aguda e quando observados na distensão 
sanguínea, além de serem quantificados como blastos, as suas 
características devem ser descritas no laudo. 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Células, geralmente, de médio porte. 
Citoplasma variável, podendo ter grânulos azurófilos finos. 
Núcleo com invaginação nuclear proeminente. 
 
 
106 
atlas em hematologia 
 
 
Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia 
linfoblástica aguda (LLA-L1) mostrando um linfoblasto. 
DICA: A identificação de blastos de pequeno porte, por vezes, é complexa. 
Em casos de dúvidas, compare as características da célula de difícil 
classificação com uma célula que já foi identificada, dessa forma será mais 
fácil perceber as alterações sutis e, juntamente com a avaliação do 
hemograma e da clínica do paciente, chegar a classificação assertiva da 
célula. 
BLASTOS 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de pequeno porte. 
Alta relação núcleo:citoplasma. 
Núcleo regular, com cromatina pouco frouxa. 
Nucléolo pouco evidente ou ausente. 
Citoplasma basofílico, escasso e raramente apresentam 
vacuolização. 
 
 
107 
atlas em hematologia 
 
 
Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia 
linfoblástica aguda (LLA-L2) mostrando dois linfoblastos. 
BLASTOS 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Célula de pequeno porte, com tamanho e relação 
núcleo:citoplasma variáveis. 
Núcleo irregular com reentrâncias ou clivações. 
Cromatina frouxa e nucléolos visíveis. 
Citoplasma basofílico, raramente com vacúolos. 
 
108 
atlas em hematologia 
 
 
NOTA: A presença dessas inclusões nos blastos é indicativo 
de neoplasia da linhagem mieloide, portanto, quando 
observadas, devem ser reportadas em laudo com uma 
observação adequada. 
 
 
 
Os bastonetes de Auer

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