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Linguística: Funcionalismo 
Aula 01: Pressupostos Teóricos Funcionalistas 
Tópico 02: Competência comunicativa
O Funcionalismo caracteriza-se por considerar a competência comunicativa no uso da 
língua. Para Dik (1997), o usuário assume papel central numa abordagem funcionalista, uma 
vez que a investigação deve voltar-se para o intuito de explicitar como falantes e 
destinatários comunicam-se uns com os outros, de forma eficiente, por meio da expressão 
linguística. 
Ao considerar a competência comunicativa, e não apenas linguística, dos usuários da 
língua, uma gramática funcional procura investigar as relações entre as expressões 
linguísticas e as capacidades:
a) linguística, de produzir e interpretar corretamente as expressões linguísticas em 
diferentes situações de comunicação;
b) epistêmica, por meio da qual o usuário constrói, mantém e explora uma base de 
conhecimento organizado;
c) lógica, que possibilita o emprego de regras de raciocínio para a extração de novos 
conhecimentos a partir de conhecimentos prévios;
d) perceptual, mediante a qual o usuário percebe seu ambiente e dele deriva conhecimentos;
e) social, que determina o uso da linguagem em conformidade com o interlocutor, a situação 
e os objetivos comunicativos.
Esse pressuposto teórico-metodológico tem grande importância para as análises 
funcionalistas. Com efeito, o entendimento (ou desentendimento) entre os indivíduos nas 
interações verbais não depende só dos sentidos que são codificados pela expressão 
linguística, mas dos conteúdos que são socialmente compartilhados (portanto, não 
precisam de explicitação), das informações que podem ser inferidas ou percebidas nos 
gestos, olhares, expressões faciais. 
Uma teoria linguística funcionalista é uma teoria das expressões linguísticas, 
mas é uma teoria das expressões linguísticas em uso. E, no uso efetivo da 
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