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Influência dos Níveis de Irrigação no Algodoeiro

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1 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-20, 2024 
 
 jan. 2021 
Desempenho agronômico de algodoeiro sob níveis de irrigação por 
gotejamento 
 
Growth and yield of cotton cultivars under different levels of drip irrigation 
 
Rendimiento agronómico del algodón bajo niveles de riego por goteo 
 
DOI: 10.55905/revconv.17n.6-117 
 
Originals received: 05/10/2024 
Acceptance for publication: 05/31/2024 
 
Bruno Soares de Souza 
Mestre em Produção Vegetal no Semiárido 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: bruno160995@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0300-9532 
 
Silvânio Rodrigues dos Santos 
Doutor em Engenharia Agrícola 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: silvanio.santos@unimontes.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0245-9184 
 
Luckas Eugênio de Sousa 
Mestre em Produção Vegetal no Semiárido 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: luckas_agro@hotmail.com 
 
Diogo Barreto Magalhães 
Doutorando em Produção Vegetal no Semiárido 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: diogobarretoif@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0800-9136 
 
Abner José de Carvalho 
Pós-Doutor em Fitotecnia 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: abner.carvalho@unimontes.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6644-5307 
 
mailto:bruno160995@gmail.com
mailto:silvanio.santos@unimontes.br
mailto:luckas_agro@hotmail.com
mailto:diogobarretoif@gmail.com
mailto:abner.carvalho@unimontes.br
 
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Victor Martins Maia 
Pós-Doutor em Fitotecnia 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: victor.maia@unimontes.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6624-8805 
 
Willer Fagundes de Oliveira 
Doutor em Produção Vegetal no Semiárido 
Instituição: Universidade Estadual de Montes (UNIMONTES) 
Endereço: Janaúba – Minas Gerais, Brasil 
E-mail: willer.oliveira@unimontes.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4120-0573 
 
Polyanna Mara de Oliveira 
Doutora em Engenharia Agrícola 
Instituição: Empresa de Pesquisa de Minas Gerais (EPAMIG) 
Endereço: Lavras - Minas Gerais, Brasil 
E-mail: polyanna.mara@epamig.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9892-373X 
 
RESUMO 
Objetivou-se avaliar a influência dos níveis de reposição de água no crescimento e na 
produtividade de cultivares de algodoeiro no norte de Minas Gerais. Para isso, foi conduzido um 
experimento de campo em Janaúba – MG, envolvendo cinco tratamentos de níveis de reposição 
de água no solo via demanda evapotranspirométrica (T1 = 100; T2 = 85; T3 = 70; T4 = 55 e T5 = 
40% da ETc) e quatro cultivares (Delta Pine 1746 B2RF®; TMG 44 B2RF®; FM985 GLTp® e 
FM983 GLT®). Os tratamentos foram dispostos em arranjo experimental de parcelas 
subdivididas, ficando as reposições nas parcelas e as quatro cultivares nas subparcelas, no 
delineamento em blocos casualizados, com 4 repetições. Os níveis de irrigação abaixo de 85% 
da ETc reduzem o crescimento do algodoeiro. Já niveis de irrigação abaixo de 98,5% da ETc 
reduzem a produtividade de algodão em caroço das cultivares. As cultivares de algodoeiro FM 
985GLTP e FM 983GLT foram as mais produtivas. Não houve diferença entre as cultivares para 
a produtividade de algodão em caroço com a redução dos niveis de irrigação. 
 
Palavras-chave: estresse hídrico, evapotranspiração, produtividade, Gossypium hirsutum. 
 
ABSTRACT 
Irrigation can make it possible to increase cotton production even in regions with low water 
availability. Thus, the objective was to evaluate the influence of water replacement levels on the 
growth and productivity of cotton cultivars in the northern region of Minas Gerais. For this, a 
field experiment was carried out in Janaúba - MG, involving five treatments of water replacement 
levels in the soil via evapotranspirometric demand (T1 = 100; T2 = 85; T3 = 70; T4 = 55 and T5 
= 40% of the ETc) and four cultivars (Delta Pine 1746 B2RF®; TMG 44 B2RF®; FM985 
GLTp® and FM983 GLT®). The treatments were arranged in an experimental arrangement of 
split plots, with replacements in the plots and the four cultivars in the subplots, in a randomized 
block design, with 4 replications. Levels of irrigation below 85% ETc reduce cotton growth. 
mailto:victor.maia@unimontes.br
mailto:willer.oliveira@unimontes.br
mailto:polyanna.mara@epamig.br
 
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Irrigation levels below 98.54% of ETc reduce seed cotton productivity of cotton cultivars. The 
cotton cultivars FM 985GLTP and FM 983GLT were the most productive. There was no 
difference between cultivars for seed cotton yield with reduced irrigation levels. 
 
Keywords: water stress, evapotranspiration, production, Gossypium hirsutum. 
 
RESUMEN 
El objetivo de este estudio fue evaluar la influencia de los niveles de reposición hídrica sobre el 
crecimiento y la productividad de cultivares de algodón en el norte de Minas Gerais. Para ello, 
se realizó un experimento de campo en Janaúba - MG, involucrando cinco tratamientos de niveles 
de reposición hídrica del suelo vía demanda evapotranspirométrica (T1 = 100; T2 = 85; T3 = 70; 
T4 = 55 y T5 = 40% de la ETc) y cuatro cultivares (Delta Pine 1746 B2RF®; TMG 44 B2RF®; 
FM985 GLTp® y FM983 GLT®). Los tratamientos se dispusieron en parcelas subdivididas, con 
los sustitutos en las parcelas y los cuatro cultivares en las subparcelas, en un diseño de bloques 
al azar con 4 repeticiones. Los niveles de riego inferiores al 85% de la ETc reducen el crecimiento 
del algodón. Los niveles de riego inferiores al 98,5% de la ETc reducen el rendimiento de algodón 
de siembra de los cultivares. Los cultivares de algodón FM 985GLTP y FM 983GLT fueron los 
más productivos. No hubo diferencias entre los cultivares en el rendimiento de algodón en semilla 
con la reducción de los niveles de riego. 
 
Palabras clave: estrés hídrico, evapotranspiración, productividad, Gossypium hirsutum. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Brasil atualmente é o quarto maior produtor mundial de algodão em caroço e o segundo 
maior exportador. O estado de Minas Gerais é o sexto maior produtor, com estimativa de 
participação na safra 2021/22 de 1,7% da produção, sendo o norte de Minas Gerais responsável 
por 16,16% da produção do estado (IBGE/LSPA, 2022). 
A região norte de Minas Gerais em quase toda a sua extensão é caracterizada por clima 
ao longo do ano com dois períodos hídricos distintos: chuvoso e seco. Até mesmo no período 
chuvoso é alto o risco de redução na produção de cultivos agrícolas de sequeiro, devido à 
ocorrência de veranicos (Medeiros et al., 2011). Esse risco é muito maior com o uso de materiais 
genéticos melhorados, uma vez que no processo de seleção são priorizadas as características 
produtivas e que conferem tolerância a pragas e doenças, em detrimento daquelas que conferem 
tolerância ao déficit hídrico. 
Neste contexto, é de extrema relevância o estudo envolvendo cultivares de algodoeiro 
tolerantes ao déficit hídrico controlado, já que em sua grande maioria foram desenvolvidas para 
 
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o plantio no cerrado, podendo apresentar respostas diferentes ao serem submetidas ao estresse 
em condição semiárida (Oliveira; Bezerra; Oliveira, 1999; TAN et al., 2018). Isso é importante 
ser analisado não somente no cultivo de primavera/verão (novembro a março)como também 
possibilitar o cultivo no período seco (maio a setembro), com irrigação plena ou com déficit 
controlado. Nesse caso, o uso do déficit controlado pode permitir a irrigação em maiores áreas 
de propriedades com baixa vazão explorada, comumente observada em regiões semiáridas, 
elevando, com isso, a eficiência de uso da água (Adu et al., 2018; Santos et al., 2020; Silva et al., 
2010; Zonta et al., 2015a). 
Assim, trabalhos que possam gerar altas produtividades e um menor gasto de água são 
importantes para regiões onde a quantidade desse recurso é limitada. 
Com a técnica da irrigação torna-se possível a manutenção ou melhoria da qualidade da 
fibra e aumento da produtividade (Nunes Filho et al., 1998; Santos et al., 2016a, 2016b; Zonta et 
al., 2015b), fatores que aliados a estratégias de mercado permitem atingir a viabilidade 
econômica com menor risco (Manning et al., 2018), melhorando a qualidade de vida dos 
agricultores familiares da região. 
A irrigação também possibilita dois ciclos anuais e a mudança do período de colheita para 
épocas mais vantajosas e com preços mais atrativos para o produtor, protegendo-o contra as 
oscilações do mercado de commodities agrícolas, do qual faz parte o algodão (Carvalho et al., 
2019). 
Devido à escassez hídrica, alguns produtores têm buscado meios de armazenar a água das 
chuvas bem como captar água subterrânea para a irrigação do algodoeiro, tendo o gotejamento 
como o principal sistema utilizado. 
A irrigação por gotejamento permite uma série de vantagens competitivas para o produtor 
já que o solo se manterá úmido somente próximo das plantas, minimizando as perdas de água 
por evaporação (redução na demanda evapotranspirométrica) e reduzindo a incidência de plantas 
daninhas na área, levando ao menor tempo de bombeamento do sistema de irrigação e barateando 
o custo com controle das referidas plantas daninhas. Além disso, potencializa o uso da 
fertirrigação quando o sistema é corretamente dimensionado, proporcionando elevada 
uniformidade de distribuição de água na lavoura (Mantovani; Bernardo; Palaretti, 2009). A 
fertirrigação permite parcelar a adubação sem onerar o custo de produção, possibilitando nutrição 
adequada para as plantas, desde que bem utilizada. 
 
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É importante destacar que a irrigação por gotejamento quando mal manejada reduz sua 
eficiência, podendo se equivaler até a sistemas de irrigação por superfície (sulcos ou faixas) bem 
manejados (Adviento-Borbe et al., 2018; Paulino et al., 2013), devido às altas perdas de água por 
percolação e lixiviação de nutrientes, sobretudo em solos de textura média e arenosa, comumente 
observados nas áreas de cultivo do algodoeiro na região. 
Com isso, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito dos níveis de reposição de água 
no crescimento e na produtividade de cultivares de algodoeiro na região semiárida. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
O experimento foi conduzido na fazenda experimental da Universidade Estadual de 
Montes Claros (UNIMONTES) em Janaúba - MG cujas coordenadas centrais correspondem a 
15° 43’ 46,3” S e 43° 19’ 25,1” W, com altitude de 532 m. O clima segundo a classificação de 
Köppen (Alvarez et al., 2013) é do tipo Aw (tropical, com inverno seco). 
Antes do plantio do algodoeiro foram feitas coletas de solo para a caracterização físico-
hídrica (textura; curva de retenção às tensões de 6, 10, 33, 100, 500 e 1500 kPa e a densidade do 
solo) e das características químicas para as profundidades de 0-0,2, 0,2-0,4 e 0,4-0,6 m, segundo 
a metodologia descrita por Teixeira et al. (2017). Os resultados estão expressos na Tabela 1. 
 
Tabela 1. Caracterização química e físico-hídrica da área experimental. 
Características físico-hídricas 
 
Prof. (m) 
Textura (dag kg-1) 
Curva de retenção* 
 
R² 
ρs 
(g cm-3) Areia Silte Argila 
0 - 0,2 
0,2 - 0,4 
0,4 - 0,6 
60 5 35 
θ
= 0,1147 + 
(0,4956 − 0,1147)
⌈1 + (0,1402 ∗ 𝜏)2,244⌉0,5545
 
0,9504 1,67 
61 4 35 
θ
= 0,1167 + 
(0,5892 − 0,1167)
⌈1 + (0,1663 ∗ 𝜏)2,1901⌉0,5434
 
0,9594 1,73 
56 9 35 
θ
= 0,1266 + 
(0,5386 − 0,1266)
⌈1 + (0,0887 ∗ 𝜏)3,1837⌉0,6859
 
0,9666 1,72 
Composição química 
Prof. 
(m) 
pH 
MO P K Na Ca Mg Al H+Al B Cu Fe Mn Zn S 
dag kg-1 mg dm-3 .............cmolc dm-3 ............. ........................... mg dm-3 ..................... 
0 - 0,2 5,9 1,6 4,7 168 0,1 3,7 0,5 0,0 1,5 0,3 0,6 27,2 25,8 1,1 0,0 
0,2 - 0,4 5,9 0,7 1,8 112 0,1 2,7 0,3 0,0 1,4 0,3 0,8 28,4 13,0 0,5 0,0 
0,4 - 0,6 5,2 1,0 1,1 103 0,1 2,6 0,2 0,1 1,9 0,3 0,9 19,1 6,7 0,4 0,0 
*θ = umidade volumétrica (cm3 cm-3); 𝜏 = potencial matricial (-kPa); Prof. = profundidade (m). 
Fonte: os autores 
 
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A capacidade total de armazenamento de água, foi determinada considerando-se o 
potencial matricial de 20 kPa para a capacidade de campo e 1500 kPa para o ponto de murcha 
permanente, sendo os valores correspondentes a 19,9 mm, 21,6 mm e 21,3 mm para as respectivas 
camadas 0-0,2, 0,2-0,4 e 0,4-0,6 m, perfazendo o total de 41,5 mm até a profundidade efetiva do 
sistema radicular de 0,4 m. 
Com base nos resultados da análise química do solo (Tabela 1), foram aplicados 100,0 kg 
ha-1 de P2O5, 70,0 kg ha-1 de K2O e 120,0 kg ha-1 de N (Borém e Freire, 2014). Para isto foram 
aplicados no plantio 333,3 kg ha-1 da formulação 4-30-10 (NPK) visando atender todo o P, sendo 
os demais nutrientes complementados via KCl (11,5 kg ha-1) e ureia (59,3 kg ha-1). Também se 
aplicou FTE-BR 12, na dose de 55,6 kg ha-1, como fonte de micronutrientes. Em cobertura foi 
complementada a adubação potássica e nitrogenada em 3 parcelas via fertirrigação até a 
diferenciação dos tratamentos de irrigação, correspondendo ao total de 66,7 kg ha-1 de KNO3 e 
160 kg ha-1 de ureia. 
O preparo de solo consistiu de uma aração e duas gradagens. O plantio do algodoeiro foi 
feito no dia 16 de maio de 2021, sendo a emergência de mais de 50% das plântulas ocorrida aos 
4 dias após o plantio (DAP). Até o estabelecimento da cultura, isto é, até as plantas cobrirem 
10% da área, foram feitas irrigações diárias visando manter a umidade do solo próxima da 
capacidade de campo, por meio da reposição de 100% da demanda evapotranspirométrica da 
cultura (ETc), calculada pelo produto da evapotranspiração de referência (ET0) com os 
coeficientes de cultivo (Kc), de localização da irrigação (KL) e do solo (Ks), conforme Bernardo 
et al. (2019). Para o cálculo da ET0 foi utilizado o modelo de Penman-Monteith-FAO (Allen et 
al., 2006), cujos dados foram coletados da estação meteorológica localizada na Fazenda 
Experimental, próxima do experimento. 
As parcelas experimentais foram constituídas pelos tratamentos correspondentes aos 
níveis de reposição de água no solo (RAS), sendo o tratamento 1 correspondente a reposição total 
(T1 = 100% da ETc) e os demais sob condições de déficit hídrico (T2 = 85%; T3 = 70%; T4 = 
55% e T5 = 40% da ETc ) com turno de rega de 2 dias. 
Nas subparcelas ficaram dispostas quatro cultivares, sendo elas: três de ciclo médio Delta 
Pine 1746 B2RF®, FM985 GLTp® e FM983 GLT® e uma de ciclo médio/precoce TMG 44 
B2RF®. Sendo a subsubparcela composta pelas avaliações no tempo (dias após a emergência, 
DAE) para as variáveis de crescimento. Deste modo, os tratamentos foram dispostos em arranjo 
 
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experimental de parcelas subsubdivididas, ficando as cinco reposições de água nas parcelas, 
quatro cultivares nas subparcela e as avaliações no tempo nas subsubparcelas no delineamento 
em blocos completos casualizados, com 4 repetições. As subparcelas foram constituídas de duas 
fileiras de plantas (6,4 m2), com espaçamento entrefileiras de 0,8 m e entre plantas de 0,1 m, 
visando um stand final de aproximadamente 100.000 plantas ha-1. Sendo considerados úteis os 2 
m centrais, desprezando-se 1 m no início e 1 m no final (área útil = 3,2 m2). 
Foi utilizado um sistema de irrigação por gotejamento, semi-automatizado, composto por 
cabeçal de controle constituído por mecanismo de filtragem (filtro de disco de 150 mesh), injetor 
de fertilizantes, válvula reguladora de pressão, controlador e sistema de comando elétrico de 
válvulas. Foi utilizada uma linha lateral para cada fileira de plantas, tendo as linhas laterais 4,0 
m de comprimento, distantes 0,8 m (Figura 1) entre si, sendo compostas por tubo gotejadores de 
vazão nominal igual a 1,8 L h-1 à pressão de 10 m.c.a, com emissores espaçados 0,33 m entre si. 
No início e no meio do ciclo do cultivo foram feitas avaliações do sistema de irrigação, 
com o intuito de se verificar a real intensidade de aplicação e eficiência do sistema de irrigação 
(Bernardo et al., 2019; Merriam; Keller, 1978), concomitante com as avaliações de bulbo úmido 
(Santos et al., 2015). 
Os controles de pragas e plantas daninhas foram feitos em momento oportuno, com uso 
de produtos químicos registrados para a cultura, seguindo as recomendações (Beltrão; Azevedo, 
2008; Borém; Freire, 2014). 
Foi aplicado o regulador de crescimento cloreto de mepiquate, conforme Bélot e Vilela 
(2020), em duas aplicações, sendo a primeira na dose equivalente a 80 mL ha-1, realizada aos 65 
DAE e a segunda, na dose equivalente a 100 mL ha-1, realizada aos 78 DAE. 
Na ocasião da diferenciação dos tratamentos de reposição hídrica (ocorrida aos 23 DAE) 
quando as plantas tinham em média 5 folhas verdadeiras, foram marcadas 6 plantas em cada 
subparcela e iniciadas avaliações quinzenais de crescimento nestas, sendo medida a altura da 
planta, diâmetro transversal da planta, número total de folhas verdadeiras por planta e o diâmetro 
caulinar. Para a altura da planta foi medido do colo até o ápice da planta, o diâmetro transversal 
da planta (perpendicular à linha de plantio), o número de folhas verdadeiras por planta (limbos 
foliares com nervuras principais mais longas que 0,025 m), conforme Beltrão e Azevedo (2008) 
e o diâmetro caulinar a 0,02 m do solo. Para os dados de produção foram colhidas todas as plantas 
da parcela útil e quantificada o peso em relação à área ocupada pelas plantas. 
 
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Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo feito o desdobramento das 
interações significativas a 5% de significância. As fontes de variação quantitativas níveis de 
reposição de água no solo (RAS) e avaliações no tempo (DAE) foram submetidas à análise de 
regressão ao nível de 5% de significância, selecionando-se os modelos que melhor se ajustassem 
ao fenômeno biológico e resultassem nos melhores níveis de significância. A fonte de variação 
qualitativa (Cultivar, CTV) quando verificado efeito significativo na análise de variância, os 
dados foram comparados através do teste de Tukey a 5% de significância. Toda análise de 
variância foi realizada pelo programa estatístico SISVAR. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os totais de reposição de água no solo aplicadas durante o ciclo de cultivo do algodoeiro 
corresponderam a 541,8; 460,6; 379,3; 298,0 e 216,7 mm para os respectivos tratamentos 100, 
85, 70, 55 e 40% da evapotranspiração da cultura (ETc), sendo observadas reduções de até 60% 
dos totais aplicados no tratamento de 40% da ETc em comparação ao tratamento de 100% da 
ETc, como era esperado. 
Na análise de variância (Tabela 2) pode-se observar que não houve interação tripla 
significativa para nenhuma das variáveis avaliadas. Observa-se efeito significativo das interações 
duplas entre as épocas de avaliação (ÉPOCA) e níveis de reposição de água no solo (RAS) e 
entre tempo e cultivar (CTV) para as em relação à altura da planta (AP) e diâmetro da planta 
(DP). O diâmetro do caule da planta (DC) e o número de folhas planta-1 (NF) também foram 
influenciados pela interação ÉPOCA x RAS. De forma isolada, os níveis de reposição de água 
no solo e época de avaliação das plantas foram significativos para todas as variáveis de 
crescimento avaliadas. Já a cultivar não teve efeito apenas no diâmetro do caule. 
Para a variável de produção, produtividade de algodão em caroço, não foi significativo à 
interação RAS x CTV, assim como houve diferença significativa de forma isolada para as RAS 
e CTV, as mesmas foram discutidas de forma separada. 
 
 
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Tabela 2. Resumo da análise de variância para as variáveis de desenvolvimento, altura da planta (AP, cm), 
diâmetro da planta (DP, cm), diâmetro do caule (DC, mm), número de folhas planta-1 (NF) e para a variável de 
produção, produtividade de algodão em caroço (kg ha-1) de diferentes cultivares de algodoeiro (CTV), sob 
diferentes níveis de reposição de água no solo (RAS) ao longo de 153 dias após a emergência (DAE). 
 Quadrados médios 
FV GL AP DP DC NF 
Bloco 3 1972,49** 1375,12** 8,82ns 284,95** 
RAS 4 3611,52** 3235,97** 33,31** 221,17** 
resíduo (a) 12 289,45 148,25 4,36 1.45 
CTV 3 3142,20** 271,51* 2,69 ns 14,11* 
RAS * CTV 12 65,77ns 24,15ns 2,20ns 0,31ns 
resíduo (b) 45 136,08 68,58 3,46 2,29 
ÉPOCA 6 33007,33** 18603,67** 622,01** 7307,95** 
ÉPOCA * RAS 24 227,74** 231,88** 3,77** 35,28** 
ÉPOCA * CTV 18 66,79** 48,14** 2,05 ns 1,03ns 
ÉPOCA * RAS * CTV 72 8,98ns 11,18ns 1,65 ns 0,28 ns 
resíduo (c) 360 5864,55 16,61 1,71 6,68 
CV 1 (%) 29,33 30,28 24,92 8,25 
CV 2 (%) 20,11 20,60 22,19 10,37 
CV 3 (%) 6,96 10,14 15,61 17,71 
Média Geral 58,01 40,21 8,38 14,58 
 Produtividade 
Bloco 3 721666,18ns 
13021219,73** 
486601,61 
899959,55** 
134063,44ns 
171083,76 
RAS 4 
resíduo (a) 12 
CTV 3 
RAS * CTV 12 
resíduo (b) 45 
CV 1 (%) 25,64 
15,20 
2720,89 
CV 2 (%) 
Média Geral 
ns – não significativo; ** - significativo a 1%; * - significativo a 5%, pelo teste F. 
Fonte: os autores 
 
As curvas de comportamento para as variáveis altura da planta, diâmetro da planta, 
diâmetro do caule da planta e número de folhas ao longo do ciclo da cultura em DAE podem ser 
observadas nas figuras 1A, 1B, 1C e 1D. 
 
 
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Figura 1. Altura de planta (A), diâmetro de planta (B), diâmetro do caule (C) e número de folhas por planta (D) de 
algodoeiros sob diferentes níveis de reposição de água no solo ao longo do ciclo do vegetativo (dias após a 
emergência). 
 
 
**Significativo a 1%, pelo teste t. 
Fonte: os autores. 
 
Na primeira avaliação realizada aos 23 DAE, as plantas apresentavam altura média 
estimada (Figura 1A) de 20,6 cm para a RAS de 100% da ETc; 21,2 cm para a RAS de 85%; 21,2 
cm para a RAS de 70%; 22,4 cm para a RAS de 55% e 22,9 cm para a RAS de 40%. 
As maiores taxas de crescimentos diários foram observadas nas RAS de 100, 85 e 70% 
com média no intervalo de tempo dos 23 aos 76 DAE de 0,89 cm dia-1 (1 cm a cada 1,12 dia), 
0,93 cm dia-1 (1 cm a cada 1,08 dia) e 0,83 cm dia-1 (1 cm a cada 1,21 dia) respectivamente. E os 
menores valores respectivos nas de 55 e 40%, com 0,74 cm dia-1 (1 cm a cada 1,35 dia) e 0,57 
cm dia-1 (1 cm a cada 1,75 dia). 
Após os 76 DAE houve redução nas taxas de crescimento das plantas, corroborando com 
Beltrão e Azevedo (2008) que citam que as maiores taxas de crescimentos do algodoeiro 
herbáceo são até aos 70 dias após a emergência e, posteriormente é reduzida pelo surgimento das 
estruturas reprodutivas (flores, botão e maçã), às quais demandam mais fotoassimilados. No 
trabalho em questão as primeiras flores brancas foram identificadas aos 54 DAE. 
 
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As maiores RAS (100, 85 e 70% da ETc) favoreceram uma maior disponibilidade de água 
no solo, consequentemente permitiram uma maior abertura estomática, com isso maior taxa 
fotossintética, contribuindo para uma maior altura de planta (Hu et al., 20015; Taiz et al., 2017). 
O ponto de máximo crescimento em altura de planta (figura 1A) para as RAS de 100%, 
85%, 70%, 55% e 40% da ETc foram alcançados, respectivamente, aos 128,1, 124,6, 126,4, 125,5 
e 130,5 dias após a emergência (DAE), correspondendo a 83,6 cm, 85,5 cm, 79,0 cm, 73,9 cm e 
63,4 cm de altura de planta. 
A RAS de 85% conferiu maior valor de altura de planta em comparação com as outras 
RAS de 100, 70, 55 e 45%, cujos incrementos foram de 2,33%, 7,58%, 13,60 e 25,89%, 
respectivamente. Devido à proximidade das maiores RAS de irrigação, houve pouca variação 
dos valores entre elas, mas é característico que com a diminuição das RAS, ocorre uma 
diminuição do crescimento em altura da planta. Yang et al. (2015), também perceberam 
decréscimo na altura do algodoeiro a medida que aumentou o déficit hídrico. 
Já Zhang et al. (2016) avaliando o crescimento do algodoeiro em regimes de irrigação, 
com 120, 100 e 80% da capacidade de campo, observaram maiores alturas no regime de 120, 
seguidas pela de 100 e 80% da capacidade de campo. 
Para o diâmetro de copa da planta (figura 1B), o ponto de máximo crescimento em 
diâmetro estimado pelas equações de modelo quadrático para as RAS de 100%, 85%, 70%, 55% 
e 40% foram alcançados respectivamente aos 151,6, 154,2, 151,3,145,7 e 194,6 DAE, 
representando, 67,12 cm, 64,18 cm, 58,86 cm, 49,13 cm e 48,51 cm. 
Em comparação no ponto de máximo crescimento, a RAS de 100% da ETc, teve um 
incremento superior as de 85, 70, 55 e 40%, correspondendo a 4,38%, 12,31%, 26,80% e 27,73%, 
respectivamente. 
Como o trabalho em questão foi desenvolvido com quatro cultivares, uma de ciclo 
médio/precoces (TMG 44B2RF) e três de ciclo médio (DP 1746B2RF), (FM 985GLTP) e (FM 
983GLT), a tendência é de predomínio de ramos frutíferos, o que garante menores crescimentos 
em diâmetro, devido à diferenciação de gemas para formação de estruturas reprodutivas botão, 
flores e maçãs (Beltrão e Azevedo, 2008). 
Com relação ao diâmetro do caule (figura 1C), podem ser observados os pontos de 
máximo crescimento aos 134,9 DAE (12,0 mm), 130,1 DAE (11,52 mm), 121,6 DAE (11,15 
 
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mm), 118,2 DAP (9,71 mm) e 133,8 DAE (9,69 mm) para as RAS de 100%, 85%, 70%, 55% e 
40% da ETc, respectivamente. 
Observa-se incremento da RAS de 100% da ETc no ponto de máximo crescimento em 
relação às de 85, 70, 55 e 40% de 4,32%, 7,39%, 19,35% e 19,52%, o que corrobora com os 
estudos de Souza et al. (1999), que constataram diferença significativa para o diâmetro do caule 
de plantas de algodoeiro, em regime irrigado e de sequeiro. 
Na figura 1D são apresentados os resultados para o número médio de folhas planta-1 de 
cada nível de reposição de água em função das épocas. Os pontos de máximo crescimento foram 
observados aos 96,2 DAE (25,6 folhas), 95,1 DAE (26,3 folhas), 107,2 DAE (22,4 folhas), 95,8 
DAE (21,8 folhas) e 93,1 DAE (19,9 folhas) para as RAS de 100%, 85%, 70%, 55% e 40% da 
ETc, respectivamente. 
O incremento no ponto de máximo do número de folhas planta-1 da RAS de 85% da ETc 
em relação com as outras RAS de 100%, 70%, 55% e 40% foi de 2,96%, 15,08%, 17,39% e 
24,46%, respectivamente. 
Assim como para a variável altura, as maiores taxas de folhas dia-1 foram observadas dos 
23 até os 76 DAE, com média de 0,39 folhas dia-1 (1 folha a cada 2,56 dias), 0,41 folhas dia-1 (1 
folha a cada 2,44 dias), 0,37 folhas dia-1 (1 folha a cada 2,70 dias) e 0,28 folhas dia-1 (1 folha a 
cada 3,57 dias) para as RAS de 100%, 85%, 70%, 55% e 40% da ETc, respectivamente. 
Santos et al. (2016), avaliando o crescimento de algodoeiro irrigado com água residuária 
no semiárido de Minas Gerais, também identificaram um aumento em dias para geração de uma 
folha em algodoeiro herbáceo, com o decorrer das fases. 
Outro fator importante é que a planta de algodoeiro herbáceo necessita acumular unidades 
de calor para que ocorra a diferenciação da gema vegetativa para reprodutiva que segundo Baker 
e Landivar (1991), podendo demorar de 49 a 65 DAE a depender da região até a primeira flor 
branca. No trabalho em questão, as primeiras flores brancas foram avistadas aos 54 DAE, sendo 
que em cada ramo reprodutivo simpodial o botão, flor e maçã é acompanhado por uma folha 
responsável pelo fornecimento de fotoassimilados, o que faz com que diminua o crescimento em 
número de folhas no ramo principal, mas aumenta nos laterais reprodutivos. 
Taiz e Zeiger (2004), afirmam que o primeiro efeito do déficit hídrico nas plantas é a 
redução de área foliar, pois é afetado o alongamento das células e faz com que a parede celular 
secundária seja formada, definindo assim seu tamanho. Segundo Silva et al. (1998), as plantas 
 
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de algodoeiro que tenham a divisão celular afetada devido ao agravamento do déficit hídrico 
além de ocorrer redução da área foliar, reduz o número de folhas emitidas. 
Com relação ao comportamento das cultivares, pode-se observar (Tabela 3) que para a 
variável altura média de plantas o efeito significativo foi a partir dos 42 DAE, onde as cultivares 
DP 1746B2RF e TMG 44B2RF sempre apresentaram menores valores em comparação às 
demais, exceto para a cultivar (TMG 44B2RF) aos 76 DAE, sendo igual a cultivar (FM 985GLTP 
e FM 983GLT). Ao final de 153 DAP as cultivares DP 1746B2RF e TMG 44B2RF garantiram 
uma altura de planta de 73,27 e 68,68 cm, não diferindo entre si pelo teste de Tukey a 5% de 
significância. A maior altura de planta foi observada na cultivar FM 985GLTP com 79,61 cm, 
seguida pela cultivar FM 983GLT com 78,84 cm. 
Na Tabela 3 pode ser observado o comportamento das cultivares para o diâmetro médio 
de plantas, onde foi observado efeito significativo a partir dos 93 DAE, sendo que ao final de 
153 DAE o menor valor foi observado na cultivar TMG 44B2RF com 54,06 cm, não diferindo 
das cultivares FM 985GLTP e FM 983GLT com 56,86 e 56,55 cm, respectivamente. A cultivar 
DP 1746B2RF foi a que garantiu maior valor médio de diâmetro da planta com 60,60 cm, 
seguidos pelas cultivares FM 985GLTP e FM 983GLT com 56,86 e 56,55 cm, respectivamente, 
não diferindo entre si estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância. 
 
Tabela 3: Médias de altura (cm) e diâmetro de plantas (cm) de diferentes cultivares (CTV) de algodoeiro ao longo 
de 153 dias após a emergência (DAE), submetidas a níveis de reposição de água via gotejamento. 
ALTURA 
CTV 
DAE 
24 42 58 76 93 114 153 
DP 1746B2RF 19,92 Ae 38,31 Bd 53,71 Bc 65,81Cd 68,98 BCab 69,63 Bab 73,27 BCa 
TMG 44B2RF 19,42 Ad 35,13 Bc 51,57 Bb 62,05 BCa 64,88 Ca 65,71 Ba 68,68 Ca 
FM 985GLTP 21,58 Ad 44,18 Ac 63,53 Ab 74,23 Aa 76,84 Aa 77,12 Aa 79,61 Aa 
FM 983GLT 21,19 Af 45,48 Ae 62,83 Ac 71,65 ABb 73,89 ABea 76,16 Aea 78,84 ABa 
Média 20,53 40,78 57,91 68,44 71,15 72,16 75,10 
DIÂMETRO DE PLANTA 
CTV 
DAE 
24 42 58 76 93 114 153 
DP 1746B2RF 15,33 Af 24,59 Ae 36,41 Ad 45,68 Ac 53,63 Ab 56,83 Aab 60,60Aa 
TMG44B2RF 16,26Af 26,54Ae 33,77Ad 41,20Ac 47,28 Bb 50,22 Bb 54,06Ba 
FM985GLTP 16,56Af 25,80Ae 34,77 Ad 42,61 Ac 50,50 ABb 53,40 ABab 56,86ABa 
FM 983GLT 16,24Af 26,27Ae 35,97 Ad 42,50 Ac 50,28 ABab 55,08 Aab 56,55ABa 
Média 16,07 25,80 35,23 43,00 50,42 53,88 57,01 
Médias seguidas pela mesma letra maiúsculas na coluna e minúsculas nas linhas, não diferem entre si pelo teste de 
Tukey, ao nível de 5% de significância. 
Fonte: os autores. 
 
 
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Como para o número de folhas planta-1 e para a produtividade de algodão em caroço não 
houve efeito significativo para interação CTV x ÉPOCA e RAS x CTV (Tabela 2), foi avaliado 
o efeito isolado das cultivares (Tabela 3), sendo que as cultivares DP 1746B2RF e TMG 44B2RF 
tiveram as menores quantidades de folhas por planta (14,32 e 14,33 folhas planta-1, 
respectivamente), não diferindo entre si e da cultivar FM 985GLTP com 14,78 folhas planta-1. A 
cultivar FM 983GLT teve o maior valor observado com 14,93 folhas planta-1, não diferindo da 
cultivar FM 985GLTP com 14,78 folhas planta-1 e diferindo das demais. 
Cultivares com menores quantidades de folhas podem representar maior sensibilidade ao 
estresse hídrico, pois segundo Silva et al. (1998), as plantas de algodoeiro que tenham a divisão 
celular afetada, devido ao agravamento do déficit hídrico reduzem o número de folhas emitidas. 
Com isso, requer um melhor manejo de pragas e doenças desfolhadoras, visando diminuir perdas 
de folhas. 
Para a produtividade de algodão em caroço (Tabela 4) na condição estudada as cultivares 
FM 985GLTP e FM 983GLT, produziram 2855,61 e 2920,06 kg ha-1, respectivamente. Estes 
valores foram mais produtivos que a cultivar DP 1746B2RF (2450,42 kg ha-1), em 14,19% e 
16,08%, respectivamente. 
 
Tabela 4: Médias de números de folhas planta-1 e produtividade de algodão em caroço de diferentes cultivares de 
algodoeiro ao longo de 153 dias após o plantio (DAE). 
Cultivares Número folhas planta-1 
 Pro
dutividade algodão em caroço 
Produtividade de 
algodão em caroço (kg 
ha-1) 
 
DP 1746B2RF 14,32 B 2450,42 B 
TMG 44B2RF 14,33 B 2657,48 AB 
FM 985GLTP 14,78 AB 2855,61 A 
FM 983GLT 14,93 A 2920,06 A 
Média 14,59 2720,89 
Médias seguidas pela mesma letra maiúsculas na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% 
de significância. 
Fonte: os autores. 
 
Para a produtividade de algodão em caroço em função dos níveis de reposição de água no 
solo (Figura 2), observa-se máximo valor (3518,44 kg ha-1) na RAS de 98,54% da ETc. Ao serem 
impostas as condições deficitárias de 85, 70, 55 e 40% da ETc, as produtividades reduziram para 
3402,70 kg ha-1, 3004,70 kg ha-1, 2321,92 kg ha-1 e 1355,54 kg ha-1, respectivamente, 
representado assim uma redução em termos porcentuais em suas respectivas ordens de 3,39%, 
14,61%, 34,61% e 61,47%. 
 
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Uma redução de 16,54% na RAS no ponto de máxima produtividade, ou seja, da RAS de 
98,54% para 82% da ETc, ocorre um decréscimo na produtividade para 3345,74 kg ha-1, 
representando uma diminuição de 4,90%, mesmo assim ficando ainda acima da média da região 
norte de Minas Gerais na safra de 2020 que foi de 3338,00 kg ha-1 (IBGE/PAM, 2020). 
 
Figura 2. Produtividade de algodão em caroço em função de diferentes níveis de reposição de água (RAS) no solo 
aplicados em quatro cultivares de algodoeiro. 
 
**Significativo a 1%,*significativo a 5%, teste t. 
Fonte: os autores. 
 
Zonta et al. (2015) trabalhando com o efeito da irrigação na produção, no rendimento e 
qualidade de fibras em algodoeiro herbáceo, também identificaram redução da produtividade de 
algodão em caroço em função da lâmina de irrigação, no entanto, a máxima produtividade foi 
alcançada na lâmina de 130% da ETc. 
Onder et al. (2009) também relataram queda na produtividade de algodão em função da 
redução dos níveis de irrigação, com queda de 40% na produtividade ao comparar a lâmina de 
25% com a de 100% da ETc, corroborando com os resultados apresentados no presente trabalho. 
 
4 CONCLUSÕES 
 
Níveis de irrigação abaixo de 85% da Etc reduzem o crescimento vegetativo do 
algodoeiro. 
Niveis de irrigação abaixo de 98,54% da ETc reduzem a produtividade de algodão em 
caroço das cultivares de algodoeiro avaliadas. 
As cultivares de algodoeiro FM 985GLTP e FM 983GLT foram as mais produtivas. 
 
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Não houve diferença entre as cultivares para a produtividade de algodão em caroço com 
a redução dos níveis de irrigação. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), à Coordenação de Aperfeiçoamento 
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas 
Gerais (FAPEMIG), pelo apoio financeiro. 
 
 
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