Buscar

PRÁTICA 5- ESTUDO DE OSMOSE EM CÉLULAS VEGETAIS

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA- BACHARELADO 
BIOLOGIA CELULAR 
 
 
 
 
 
 
Acadêmico: Michele Poliana Gomes Dos Santos - P1 
 
 
 
 
 
 
 
 
CITOSOL E CITOESQUELETO 
 
 
 
 
 
 
Relatório da disciplina de biologia celular 
para registro da aula prática, estudo de 
osmose em célula vegetais do Curso de 
Biotecnologia, da Universidade Federal 
da Grande Dourados, sob a orientação da 
Prof. Dr. Marcos Gino Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dourados 
2024 
Introdução: 
Osmose é um fenômeno crucial na fisiologia celular vegetal, que 
desempenha função primordial para regular o equilíbrio hídrico e manter a turgidez 
das células. Esse processo é fundamental no correto funcionamento das plantas, 
influenciando seu crescimento e desenvolvimento, bem como sua resposta aos 
estresses ambientais. A compreensão da osmose nas células de plantas não só 
aumenta nosso conhecimento sobre biologia vegetal, mas também tem implicações 
práticas significativas em áreas diversas como agricultura, biotecnologia e 
conservação do meio ambiente (Taiz & Zeiger 2010). 
A definição de osmose consiste no movimento passivo da água através de 
uma membrana semipermeável, do meio menos concentrado em solutos para o 
mais concentrado. Nas células vegetais, a parede celular funciona como barreira 
regulando a troca de água e solutos entre o citoplasma e ambiente externo. Este 
processo é essencial na manutenção da pressão turgor das células vegetais que 
lhes confere rigidez estrutural e suporte (Raven et al., 2014). 
 
Objetivo: 
 
Investigar as modificações celulares de plasmólise e desplasmólise em 
células vegetais; 
Verificar se a membrana plasmática está presente e intacta; 
Analise a profundidade de foco para visualização tridimensional das células. 
 
Materiais: 
- Microscópio de luz; 
- Elodea sp; 
- Lâmina e lamínula; 
- Água destilada; 
- Solução salina 2%; 
- Papel filtro; 
- Conta-gotas ou pipeta de Pasteur; 
- Óleo de imersão. 
 
 
Procedimento: 
- Em uma lâmina de vidro, um folíolo de Elodea foi colocado; 
- Em seguida, uma gota de solução salina 2,0% foi adicionada sobre o folíolo; 
- Após um minuto, as células foram observadas ao microscópio e desenhadas 
em ampliações de 40x, 100x, 400x e 1000x; 
- Depois disso, a água destilada foi adicionada ao preparado por meio de 
capilaridade (uma gota da solução foi colocada na borda da lamínula e, com 
o auxílio de um papel filtro, absorvida para dentro do preparado); 
- As células foram observadas e desenhadas em ampliação de 400x. 
 
Resultados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40x 100x 
 
 
 
Nessas imagens, é possível observar que os cloroplastos 
se encontram próximos à parede celular devido ao 
aumento do vacúolo, o que resulta em um citoplasma 
periférico. É nessa região que ocorre o movimento de 
ciclose. Além disso, nota-se também, por meio da 
profundidade de foco, a sobreposição das camadas de 
células.1-Parede celular 2-cloroplasto 
 
 
 
 
400x 1000x 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No aumento de 400xà desplasmólise, observa-se que os cloroplastos 
retornaram à sua posição inicial, isto é, próximos à parede celular.1-
Cloroplasto 2-parede celular 
 
 
 
 400x 
 
 
DISCUSSÃO: 
1. Descreva o que ocorreu com as células colocadas em diferentes soluções? 
No procedimento A a célula vegetal foi colocada em um meio hipertônico causando 
assim a plasmólise celular onde a célula perde água e tem sua membrana 
celulósica retraída. No procedimento B a solução hipertônica foi trocada pela água 
destilada para que a célula fosse desplamolisada, fazendo assim que a célula 
voltasse a ganhar água e retornasse ao seu formato normal. 
2. Em qual solução ocorreu a plasmólise? Explique esse termo. 
A plasmólise ocorreu no primeiro procedimento, em solução salina 2%. O termo 
plasmólise se origina no fato de quando a célula é exposta a um meio hipertônico, 
a célula perde água e ocorre a retração da massa citoplasmática, assim, lise do 
plasma. 
3. Em que momento ocorreu a desplasmólise? Explique o termo. 
A desplasmólise ocorreu durante o segundo procedimento após a solução salina 
2% ser substituída por água. A célula plasmolisada é colocada em uma solução 
hipotônica e recupera água e seu volume original, sendo assim o oposto da 
plasmólise e por isso leva o nome de desplasmólise. 
4. Qual das soluções é a isotônicas? Por quê? O que é solução hiper e 
hipotônica? 
Nenhuma das soluções é isotônicas pois nessa solução a concentração de soluto 
da célula e do meio estão em equilíbrio, a velocidade de saída e entrada de solutos 
e solventes é a mesma, não ocorrendo mudança significativa na célula. Solução 
hipertônica possui concentração de soluto maior quando comparada à célula 
enquanto a hipotônica tem concentração menor. 
5. Por que a célula vegetal não se rompe em meio hipotônico? 
A célula vegetal possui maior resistência em meio hipotônico pela presença da 
parede celular, que impede a entrava excessiva de água pela ação da pressão de 
tugor. 
6. Por que é possível, nesse experimento, demonstrar a existência da 
membrana plasmática, mesmo sem conseguirmos vê-la? 
Durante a plasmólise a membrana plasmática, total ou parcialmente, se solta da 
parede celular assim é possível visualizar uma figura irregular no interior da célula. 
Conclusão: 
 
O estudo da osmose vegetal nos permitiu ampliar nossa compreensão da 
importância das paredes celulares e compreender melhor o funcionamento das 
estruturas dentro das células. No procedimento A, utilizando uma solução 
hipertônica, pudemos observar o processo de transporte passivo conhecido como 
osmose. Durante esse processo, a água se move de um ambiente hipotônico para 
um hipertônico, a fim de equilibrar as concentrações entre as soluções. Como 
resultado, a água foi perdida da célula para o seu entorno, levando à redução da 
massa e descolamento da membrana plasmática da parede celular. 
 
Durante o procedimento 400x, observou-se uma reversão do processo anterior. 
Com o uso de água destilada - solução hipotônica -, a água era transportada para 
dentro da célula por osmose, devolvendo-a ao seu estado natural. Essa prática nos 
permitiu obter melhor compreensão tanto da estrutura celular vegetal quanto do 
transporte passivo via osmose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
Taiz, L., & Zeiger, E. (2010). Fisiologia Vegetal (5a ed.). Artmed Editora. 
Raven, P. H., Evert, R. F., & Eichhorn, S. E. (2014). Biologia Vegetal (8a ed.). 
Editora Guanabara Koogan. 
Lodish H, Berk A, Zipursky SL, et al. (2000). Molecular Cell Biology. 4th 
edition. New York: W. H. Freeman. Section 18.1, The Actin

Mais conteúdos dessa disciplina