Prévia do material em texto
MBA em Qualidade, Meio Ambiente e Segurança. IEC PUC MINAS Professora: Adriana Miranda de Souza Gestão de Pessoas e Coaching Disciplina: Prof. Adriana Miranda S. é Mestre em Administração pela Universidade Fumec. Possui especialização em Gestão de Recursos Humanos e em Gestão Estratégica de Negócios. É consultora em programas de desenvolvimento organizacional e gestão de pessoas, atuando em todos os subsistemas de RH. Atua como coach e mentora de empresários e líderes de vários segmentos. Consultora no processo de implantação de Universidade Corporativa e gestão de conhecimento. É autora e consultora de livros publicados, em 2012 via lei de incentivo com patrocínio da empresa Kinross na cidade de Paracatu MG. É autora de projetos sociais aprovados em consulta pública (2016/2017) em parceira com o município de Belo Horizonte MG. É vice presidente do Centro de Chauffeurs na cidade de Belo Horizonte MG desde 2018. Grupos ou equipes? Autoconhecimento Gestão de equipes por competência Grupos ou Equipes? Equipe é... ... Um conjunto de pessoas que realizam uma tarefa para alcançar resultados, possui habilidades complementares, com metas especificas de desempenho, possuem responsabilidade mútua. O trabalho em equipe possibilita... Troca de conhecimento. Agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados. Otimização do tempo. Grupo: Somatório de duas ou mais pessoas que interagem para atingir um objetivo, são interdependentes. O grupo pode ser: Formal: Definidos pela empresa, o comportamento são estabelecidos em regulamentos e possui objetivos definidos. Informal: Não são determinados pela empresa, se forma naturalmente devido a socialização, os objetivos não são claros. TODA EQUIPE É UM GRUPO, MAS NEM TODO GRUPO É UMA EQUIPE! O trabalho em equipe é diferente do trabalho em grupo, por mais que possam ter similaridade, tem objetivos distintos. Trabalham juntos. Ênfase nas habilidades interpessoais. Tarefas com conhecimento e habilidades amplas. Coordenação e equipe agem juntos. Informações são compartilhadas. Recompensas individuais e de equipe. É encorajado a assumir riscos. Trabalha sozinho. Ênfase nas habilidades técnicas. Atividades e tarefas estritamente definidas. Coordenadores determinam o trabalho. Informações restritas ao coordenador. Recompensa individual. Não assume riscos. EQUIPE GRUPO Um grupo de trabalho é aquele que interage basicamente para compartilhar informações e tomar decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na área de responsabilidade. Os grupos de trabalho não têm necessidade nem oportunidade de se engajar em um trabalho coletivo que requeira esforço conjunto. Assim, seu desempenho é apenas o somatório das contribuições individuais de seus membros. Não existe uma sinergia positiva que possa criar um nível geral de desempenho maior do que a soma das contribuições individuais. Uma equipe de trabalho, por sua vez, gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um nível de desempenho maior do que a soma de suas contribuições individuais. Equipes de resolução de problemas. Tipos de equipes. As equipes podem produzir bens, prestar serviços, negociar acordos, coordenar projetos, oferecer aconselhamento ou tomar decisões. Quatro tipos mais comuns de equipes em uma organização: Equipes Autogerenciadas. Equipes Multifuncionais. Equipes Virtuais. Equipes de resolução de problemas. Tipos de equipes. Os membros trocam ideias ou oferecem sugestões sobre os processos e métodos de trabalho que podem ser melhorados. As equipes de resolução de problemas somente fazem recomendações. Na fábrica da Louis Vuitton em Ducey, na França, todos os empregados trabalham em equipes de resolução de problemas, com cada equipe focando um produto por vez. Seus membros são encorajados a sugerir melhorias em métodos de fabricação e processos, bem como na qualidade dos produtos. Quando uma equipe foi solicitada a fazer um teste em um protótipo de uma nova bolsa, seus membros descobriram que alguns pinos decorativos estavam fazendo que o zíper da bolsa emperrasse. A equipe alertou os gestores, que fizeram os técnicos mudarem os pinos para longe dos zíperes, resolvendo o problema. Tipos de equipes. Equipes Autogerenciadas. As equipes autogerenciadas são grupos de funcionários que realizam trabalhos muito relacionados ou interdependentes e assumem muitas das responsabilidades que antes eram de seus antigos supervisores. Normalmente, isso inclui o planejamento e o cronograma de trabalho, a delegação de tarefas aos membros, a tomada de decisões operacionais e a implementação de ações para solucionar os problemas do trabalho com fornecedores e clientes. As posições de supervisão perdem sua importância e até podem ser eliminadas. Essas equipes em geral não administram bem os conflitos. Quando surgem disputas, os membros deixam de cooperar e passam a ocorrer lutas de poder, que prejudicam o desempenho de grupo. Tipos de equipes. Equipes Multifuncionais. É formada por funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da empresa, que se juntam para cumprir uma tarefa. Hoje, o modelo de equipes multifuncionais é tão amplamente usado que torna-se difícil imaginar uma organização de grande porte sem ele. Todas as principais indústrias automobilísticas, Toyota, Honda, Nissan, BMW, General Motors e Ford adotam atualmente essa forma de equipe para coordenar projetos complexos. A Harley-Davidson conta com equipes multifuncionais específicas para administrar cada uma de suas linhas de motocicletas. Tipos de equipes. Equipes Virtuais. Usam a tecnologia da informática para reunir seus membros fisicamente dispersos e atingir um objetivo comum.1 Elas permitem que as pessoas colaborem on- line, usando os links de comunicação. Elas podem sofrer, pois há menos compatibilidade social e menos interação direta entre os membros.Não conseguem reproduzir trocas pessoais que ocorrem em uma discussão face a face. Quando os membros não se conhecem pessoalmente, as equipes virtuais tendem a se voltar mais para o cumprimento de tarefas e a apresentar menor troca de informação socioemocional do que as presenciais. Seus membros demonstram menor satisfação com a interação de grupo do que as equipes presenciais. Tipos de equipes. Equipes Virtuais. Para que as equipes virtuais sejam eficazes, a administração precisa garantir que: Haja confiança entre os membros (um comentário inflamado em um e-mail de um deles pode enfraquecer gravemente a confiança da equipe). O progresso da equipe seja monitorado de perto (de modo que ela não perca de vista seus objetivos e que nenhum membro fique ‘oculto’). Os esforços e produtos da equipe virtual sejam divulgados para a organização (de modo que a equipe não fique invisível). Os resultados de uma organização é a somatória dos esforços de todos, portanto, trabalhar em equipe é uma necessidade e um diferencial em qualquer ambiente de trabalho. Atitudes individualistas e falta de objetivos: Quando os interesses não estão alinhados, dificilmente a empresa consegue alcançar os resultados esperados. Liderança despreparada: Saiba unir no momento certo as pessoas certas, não desenvolva fraquezas, desenvolva uma força. Falta de comprometimento: Proponha mudanças positivas, contribua para o alcance dos resultados, seja comprometido, busque se motivar. Algumas atitudes podem prejudicar a equipe. Inflexibilidade: Concilie ideias, experiências e conhecimentos. Comunicação ineficiente: Evite informações desencontradas, trabalhos duplicados e/ ou duvidas sobre o trabalho desenvolvido. Desvalorização do trabalho docolega: Seja maduro, não gere desunião, improdutividade ou competição, seja parceiro. Algumas atitudes podem prejudicar a equipe. Falta de sinergia no grupo: Tenha um comportamento positivo e aglutinador. Utilize o seu conhecimento para a evolução do time, partilhe informações, habilidades em busca de um objetivo comum. Na sua opinião você faz parte de um grupo ou uma equipe? AUTOCONHECIMENTO Autoconhecimento Os indivíduos são convidados para construir autoconceitos a partir das informações contidas em seus desdobramentos de experiências de vida. Ao fazer isso, eles ganham uma base impressionante de conhecimento, e às vezes uma experiência genuína, sobre suas habilidades, realizações, preferências, valores e objetivos. Variação no conteúdo e organização de autoconhecimento reflete diferenças significativas e duradouras entre as pessoas e em histórias sociais, percepções e ações. A natureza do autoconhecimento é, visto como um componente crítico da personalidade. O autoconhecimento é uma construção central da teoria cognitiva da personalidade (Combs & Snygg, 1959; Kelly, 1955; Lewin, 1935; Rogers, 1951). O comportamento social humano é considerado regulado por ambiente e personalidade. Cada comportamento do indivíduo (seja uma ação aberta ou um pensamento, sentimento ou reação interna oculta) podem ser vistos em função das próprias necessidades, desejos, objetivos e expectativas e às restrições fornecidas pelo ambiente social. Autoconhecimento Cada aspecto do comportamento social, envolve alguma coordenação de forças no comportamento. Socialmente, comportamento regulado é aquele que parece ser controlado principalmente por outras pessoas. Está em contraste com o comportamento que reflete uma interdependência de forças do ambiente social, ou ao comportamento que parece ser uma função das próprias necessidades e expectativas. Sempre que uma situação é interpretada como auto relevante ou auto reveladora, um indivíduo será investido em seu comportamento e tentará regular. Autoconhecimento Autoconhecimento Na medida em que o comportamento é auto regulado (monitorado, controlado ou dirigido pelo indivíduo), o conhecimento terá um papel significativo na determinação da natureza, direção, e intensidade do comportamento. A reserva de autoconhecimento de uma pessoa fornece objetivos, padrões e as estratégias pelas quais o indivíduo pode exercer alguma influência sobre o resultado do comportamento. Indica quais características do ambiente ao qual os indivíduos são especialmente sensíveis, o que eles esperam ou pretendem fazer e como pretendem fazê-lo. Cinco tipos de autoconhecimento Self ecológico Self interpessoal É o self percebido em relação ao físico ambiente: Eu sou a pessoa aqui neste lugar, envolvida nesta particular atividade Aparece desde a primeira infância, assim como o eu ecológico. É delineado por sinais específicos da espécie de relacionamento emocional e comunicação: eu sou a pessoa que está envolvida, aqui, neste particular intercâmbio humano. Cinco tipos de autoconhecimento Self estendido É baseado principalmente em nossas memórias pessoais e antecipações de ações. Eu sou a pessoa que teve certas experiências específicas, que regularmente engaja-se em certas rotinas específicas e familiares. Aparece quando os indivíduos percebem que algumas de suas experiências não são compartilhadas diretamente com outras pessoas: eu sou, em princípio, a única pessoa que pode sentir essa dor única e particular. Self privado Cinco tipos de autoconhecimento Self conceitual ou autoconceito Extrai seu significado da rede de suposições e teorias nas quais está embutido, assim como todos os outros conceitos. Algumas dessas teorias dizem respeito a papéis sociais (marido, professor, americano, brasileiro). Outros postulam questões internas mais ou menos hipotéticas (a alma, a mente inconsciente, energia mental, o cérebro, etc). Alguns estabelecem dimensões socialmente significativas (inteligência, atratividade, fortuna). Existe uma variedade notável no que as pessoas acreditam sobre si mesmas, e nem tudo é verdade Afirmar significa “tornar firme”. Uma afirmação é uma declaração enfática e categórica de que alguma coisa já está acontecendo. É uma maneira de “tornar firme” aquilo que se está imaginando. O que “dizemos a nós mesmos” mentalmente sirva de base para o modo como percebemos a realidade. Ser, fazer e ter O ser é a experiência básica de estar vivo e consciente. O fazer consiste em movimento e atividade. O ter refere-se ao modo como nos relacionamos com as pessoas e as coisas. É a capacidade que temos de admitir e aceitar pessoas e coisas em nossas vidas e de conviver com elas. Primeiramente precisa-se ser quem você é para então fazer o que precisa ser feito, a fim de ter o que deseja. Análise SWOT na avaliação pessoal Força Fraqueza Oportunidades Ameaças GESTÃO POR COMPETÊNCIAS O conceito de competência está no cerne da gestão de recursos humanos, proporcionando uma base para integrar as principais atividades de RH, como seleção e avaliação, desempenho, gestão, treinamento, desenvolvimento e gestão de recompensas. A abordagem de competências para a gestão de recursos humanos é baseada na identificação, definição e medição das diferenças individuais em termos de atividades específicas relacionadas ao trabalho, especialmente as habilidades que são críticas para o desempenho bem sucedido do trabalho. A Prática de recrutamento e seleção de pessoal é responsável por suprir as necessidades de recursos humanos para a organização. Pode-se dizer que o maior objetivo da área de Recrutamento e Seleção nos tempos atuais é encontrar as pessoas certas, “que se adequem à organização e que tenha todas as qualidades necessárias exigidas”. O processo de seleção por Competências vem para contribuir com esse objetivo, pois a seleção por Competências tem como objetivo buscar e manter “pessoas capazes de desempenhar determinada atividade com eficácia, em qualquer situação” dentro da organização. Ao longo dos anos, as abordagens baseadas em competências provaram ser um fator crítico em muitas funções organizacionais, como força de trabalho e planejamento de sucessão e avaliação de desempenho. As principais razões para selecionar essas abordagens são: Elas podem fornecer identificação das habilidades, conhecimentos, comportamentos e capacidades necessárias para atender às necessidades atuais e futuras de seleção de pessoal, em alinhamento com as diferenciações nas estratégias e prioridades organizacionais. Elas podem enfocar os planos de desenvolvimento individual e de grupo para eliminar a lacuna entre as competências solicitadas por um projeto, função ou estratégia empresarial e aqueles disponíveis. Compreendida a maneira correta de se trabalhar as competências dentro da visão estratégica da gestão de pessoas, faz-se necessário que a organização escolha uma metodologia eficaz para começar a desenvolvê-la na empresa, essa etapa é fundamental para se evitar possíveis desvios durante o processo, diminuindo as chances de erro de operacionalização. Metodologia de Trasatti e Costa (2010) que torna possível a implantação do modelo de gestão por competências mesmo em organizações que não possuem um planejamento estratégico e competências essenciais definidas. Propõe-se 04 (quatro) fases na implantação. Fase 01 (Descoberta): Nesta fase preliminar, a empresa deverá fazer um levantamento das opiniões dos encarregados dos diversos setores da organização por meio da técnica de “vozes”, ou seja, a empresa coletará asinformações sobre o contexto organizacional através de entrevistas com pessoas que representem as várias interfaces da organização, expondo as circunstâncias específicas do negócio. Fase 02 (Construção): Fase que serão definidas as competências organizacionais, dentre elas as competências essenciais, (caso a empresa não tenha definido anteriormente) de acordo com as necessidades estratégicas e as circunstâncias levantadas nas entrevistas da fase anterior, é importante que a diretoria da empresa possa legitimar essa atividade, pois ela será o fundamento de todo o processo. Com base na definição das competências organizacionais, será construído o quadro de competências funcionais, na elaboração desse quadro, será novamente requisitada a participação de todos os envolvidos na fase anterior e a legitimação de todo esse trabalho pela diretoria. Fase 03 (Assessment): Uma vez construídos os quadros das competências funcionais, a empresa deverá realizar um mapeamento (assessment) das pessoas para que se encontre a lacuna (gap) ente as competências operacionalizadas nos quadros e a situação atual dos funcionários. Para realizar o assessment será imprescindível que se escolha as técnicas adequadas de mapeamento, como o uso de estudo de caso para cada situação, no caso de testes, inventários etc., é importante que a escolha seja criteriosa Fase 04 (Implantação): É nessa etapa que se desenvolve o detalhamento do plano de implantação do modelo de gestão de pessoas com base em competências, por isso, a direção deverá ter consciência da necessidade de saber mobilizar as pessoas, estimulando-as e orientando sobre a maneira de cada qual dar sua contribuição no processo de implantação. As frentes de trabalho, poderão ser compostas por diretores e colaboradores, dentre as quais se destacam, a frente de divulgação, que exercerá a função de explicar como o processo será desenvolvido; a frente do plano diretor de recursos humanos, na qual caberá a função de integrar as políticas e diretrizes de todos os subsistemas de recursos humanos; a frente dos indicadores de desempenho, que deverá alinhar os indicadores ao quadro de competências e a frente de acompanhamento e revisão da implantação da gestão de pessoas baseada em competências. Processo de gestão de desempenho baseado nas competências. RODA DO DESENVOLVIMENTO Desenvolvimento da competência Desenvolvimento da consciência “Gestão, treinamento e desenvolvimento são iguais a um videogame. A próxima fase pode ser mais difícil, mas é também mais desafiadora, mais emocionante...” Autor desconhecido