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Ideias de Filósofos Políticos

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Lic . em História
Profa Ana Flávia
*Exercícios.
*Aula: 
(Enem – MEC)
I. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), o estado de natureza é um estado de guerra universal e perpétua. Contraposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o estado de paz é a sociedade civilizada.
Dentre outras tendências que dialogam com as ideias de Hobbes, destaca-se a definida abaixo.
II. Nem todas as guerras são injustas e, correlativamente, nem toda paz é justa, razão pela qual a guerra nem sempre é um desvalor, e a paz nem sempre um valor.
BOBBIO, N. MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G. Dicionário de Política. 5ed. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000.
Comparando as ideias de Hobbes (texto I) com a tendência citada no texto II, pode-se afirmar que:
a) em ambos, a guerra é entendida como inevitável e injusta.
b) para Hobbes, a paz é inerente à civilização e, segundo o texto II, ela não é um valor absoluto.
c) de acordo com Hobbes, a guerra é um valor absoluto e, segundo o texto II, a paz é sempre melhor que a guerra.
d) em ambos, a guerra ou a paz são boas quando o fim é justo.
e) para Hobbes, a paz liga-se à natureza e, de acordo com o texto II, à civilização.
(FGV-SP) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se pode ser uma delas [...]”
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Ed. Europa-América, 1976. p. 89.
A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar que:
a) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo.
b) Apresentava uma clara defesa da representação popular e dos ideais democráticos.
c) Servia de Base para a ofensiva da Igreja em confronto com os poderes civis na Itália.
d) Sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a manutenção do poder.
e) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos governantes contra seus súditos.
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. [...] Três razões fazem ver que este governo [o da monarquia hereditária] é o melhor. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio [...] A segunda razão [...] é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para seu estado, trabalha para seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem por sua família, torna-se-lhe natural [...]. A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais [...]. A inveja, que se tem naturalmente daqueles que estão acima de nós, torna-se aqui em amor e respeito; os próprios grandes obedecem sem repugnância a uma família que sempre viram como superior e à qual se não conhece outra que a possa igualar.”
As ideias presentes no texto acima podem ser associadas à qual teórico?
a) Jacques Bossuet, teórico do absolutismo francês que divergia da Teoria do Contrato Social.
b) Nicolau Maquiavel, italiano que defendia valores como virtude e fortuna para a manutenção do poder do príncipe.
c) Thomas Hobbes, inglês que defendia que a sociedade civil deveria se organizar politicamente para sair do estado de natureza, associada à guerra.
d) Hugo Grotius, que preconizava a existência de um Estado forte para controlar a sociedade civil.
Os teóricos do absolutismo, geralmente, ou teciam suas perspectivas com base em experiências e conflitos vividos no interior de determinadas monarquias ou legitimavam o poder real por meio de uma análise comparativa entre as diferentes formas de governo já experimentadas. Nesse sentido, Nicolau Maquiavel escreveu seu livro mais famoso, O príncipe, dedicado a:
a) Luís XI, rei da França.
b) Henrique VIII, Rei da Inglaterra.
c) Fernando, rei de Espanha.
d) Lorenzo de Médici, estadista florentino.
e) D. João III, rei de Portugal.
(Fgv 2017) Perante esta sociedade, a burguesia está longe de assumir uma atitude revolucionária. Não protestarem contra a autoridade dos príncipes territoriais, nem contra os privilégios da nobreza, nem, principalmente, contra a Igreja. (...) A única coisa de que trata é a conquistado seu lugar. As suas reivindicações não excedem os limites das necessidades mais indispensáveis.
Henri Pirenne. História econômica e social da Idade Média,1978.Segundo o texto, é correto afirmar que
a) a burguesia, nascida da própria sociedade medieval, nela não tem lugar; para conquistá-lo, suas reivindicações são a liberdade de ir e vir, elaborar contratos, dispor de seus bens, fazer comércio, liberdade administrativa das cidades, ou seja, não tem o objetivo de destruir nobreza e o clero.
b) os burgueses, enriquecidos pelo comércio, reivindicam privilégios semelhantes aos da nobreza e do clero na sociedade moderna; acentuadamente revolucionários, os seus interesses significam título, terras e servos para garantirem um lugar compatível com sua riqueza.
c) o território da burguesia é o solo urbano, a cidade como sinônimo de liberdade, protegida da exploração da nobreza e do clero; para isso, cria o direito urbano, istoé, leis para o comércio, a justiça e a administração que, de forma revolucionária, asseguram-lhe um lugar na sociedade moderna.
d) a sociedade medieval tem um lugar específico para os burgueses, pois as liberdades, as leis, a justiça e administração estão em suas mãos; tal situação tem o objetivo de brecar o poder político e econômico dos nobres e da Igreja, fortalecidos pela expansão da servidão e pelo declínio do comércio.
e) com exigências revolucionárias, como liberdade comercial, jurídica e territorial, a burguesia, cada vez mais rica, visa destruir a sociedade medieval; esta, por sua vez, barra a ascensão econômica e política da burguesia, ao fortalecer a servidão no campo e impediras transações comerciais na cidade.
Acafe 2017) A formação dos Estados Modernos, o Absolutismo Monárquico e o Mercantilismo caracterizaram a centralização política em várias partes da Europa, em oposição ao poder político descentralizado do sistema feudal. Nesse sentido é correto afirmar, exceto:
a) O mercantilismo foi caracterizado pelo controle estatal da economia e priorizava o domínio de colônias para fornecer matérias-primas e criar mercados consumidores para a metrópole.
b) O casamento de Fernando, herdeiro do trono de Aragão, com Isabel, do trono de Castela, consolidou a formação do território que corresponde à Espanha.
c) O processo de fortalecimento do poder real atingiu seu ápice com o absolutismo. O monarca passou a exercer controle total sobre o comércio, as manufaturas e sobre a máquina administrativa.
d) As Guerras da Reconquista, ao expulsarem os muçulmanos da Europa, contribuíram decisivamente para a formação da Monarquia francesa numa aliança com setores da nobreza.
(UNICENTRO) Assinale a alternativa correta sobre as principais características do mercantilismo como política econômica do Estado Absolutista. 
A. Balança comercial favorável, bulionismo e sistema colonial. 
B. Liberalismo econômico, especulação financeira e balança comercial deficitária. 
C. Hegemonia da Igreja, contrarreforma e reforma protestante. 
D. Livre comércio, estado mínimo e incentivo ao empreendedorismo. 
E. Desemprego estrutural, degradação da natureza e flexibilização das leis trabalhistas. 
(IFSudMinas) A aliança entre os ideais filosóficos do Iluminismo e o poder monárquico deu origem ao chamado despotismo esclarecido. Sobre esse regime de governo, podemos afirmar que: 
A. todo monarca devia ser também formado em filosofia. 
B. estabelecia que todo Estado devia se transformar numa monarquia parlamentarista. 
C. Voltaire se opunha ao despotismo esclarecido porque não permitia a liberdade de crença religiosa. 
D. foi a tentativa de colocar em prática alguns princípios do Iluminismo sem, entretanto, abandonar o poder absoluto. 
E. Rousseau foi seu principal defensor, pois acreditava que, desta forma, os reis ficariam submetidos à soberania popular. 
(FGV-SP) O Estado eratanto o sujeito como o objeto da política econômica mercantilista. O mercantilismo refletia a concepção a respeito das relações entre o Estado e a nação que imperava na época (séculos XVI e XVII). Era o Estado, não a nação, o que lhe interessava. 
(Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques e et alii (seleção), História moderna através de textos, 1989, p. 85. Adaptado)
Segundo o autor 
A. as relações profundas entre o Estado absolutista e o nacionalismo levaram à intolerância e a tudo o que impedia o bem-estar dos súditos, unidos por regulamentações e normas rígidas. 
B. as práticas econômicas intervencionistas do Estado absolutista tinham o objetivo específico de enriquecer a nação, em especial, os comerciantes, que impulsionavam o comércio externo, base da acumulação da época. 
C. o mercantilismo foi um sistema de poder, pois o Estado absolutista implantou práticas econômicas intervencionistas, cujo objetivo maior foi o fortalecimento do poder político do próprio Estado. 
D. o Estado absolutista privilegiou sua aliada política, a nobreza, ao adotar medidas não intervencionistas, para preservar a concentração fundiária, já que a terra era a medida de riqueza da época. 
E. a nação, compreendida como todos os súditos do Estado absolutista, era o alvo maior de todas as medidas econômicas, isto é, o intervencionismo está intimamente ligado ao nacionalismo. 
(Cesgranrio - 1990) A frase de Luís, “L’Etat c’est moi” (o estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava:
a) A unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma igreja Francesa (nacional).
b) A superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida.
c) A submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais.
d) A centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos.
e) O desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e campesinato.
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