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A Abordagem 
Contingencial da 
Administração
Erica Sarraf Fernandes Biondo
A Abordagem 
Contingencial da 
Administração
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Introdução
Neste conteúdo, estudaremos a origem e os principais conceitos relacionados à 
abordagem contingencial das organizações. Por meio de uma perspectiva teórica, 
veremos que não existe uma única e melhor maneira de administrar e de organizar.
Conheceremos também que fatores como o ambiente externo e a tecnologia 
influenciam fortemente uma organização, bem como as pessoas que nela trabalham 
e sua estrutura. Bons estudos!
Objetivos da Aprendizagem
• analisar as origens da teoria contingencial, considerando o ambiente, o am-
biente geral e o ambiente tarefa;
• analisar a importância da competitividade para as organizações;
• compreender a relevância das tecnologias de informação e das estratégias 
e processos organizacionais para a obtenção de vantagem competitiva no 
âmbito da administração das organizações.
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Teoria contingencial
Chiavenato (2014) destaca que a teoria contingencial enfatiza que não há nada 
de absoluto nas organizações ou na abordagem administrativa. Tudo é relativo, 
tudo depende. A teoria contingencial explica que existe relação funcional entre as 
condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance 
eficaz dos objetivos das organizações.
Nesse estudo, Chiavenato (2014) nos apresenta o teórico Alfred Chandler, que 
pesquisou como as estruturas das empresas se adaptam e se ajustam continuamente 
às suas estratégias organizacionais. Esse processo envolve quatro fases, a saber:
• Acumulação de recursos.
• Racionalização do uso de recursos.
• Continuação do crescimento.
• Racionalização do uso de recursos em expansão.
Depois de Alfred Chandler e de suas contribuições para a teoria contingencial, surgiram 
os pesquisadores Tom Burns e George Stalker, dois sociólogos que investigaram 
indústrias inglesas, a fim de verificar a relação entre as práticas administrativas e o 
ambiente externo, chegando à conclusão de que existem dois tipos de organização: 
a mecanicista e a orgânica.
Figura 1: Mecanicista e orgânica
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
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Estudo realizado por Alfred Chandler, concluiu que grandes 
empresas da época passaram por ajustes nas áreas de acumulação 
de recursos, racionalização do uso de recursos, continuação do 
crescimento e racionalização do uso de recursos em expansão.
Atenção
Ações 
administrativas
Características
situacionais
Resultados
organizacionais
São continentes das: Para obter:
Figura 2: Abordagem contingencial
Fonte: Chiavenato (2014).
Na sequência, Chiavenato (2014) dá ênfase à pesquisa de Paul Lawrence e de Jay 
Lorsch sobre organização e ambiente. Esses teóricos concluíram que os problemas 
organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.
Diferenciação
A organização é fragmentada em subsistemas ou departamentos, cada um 
realizando uma tarefa especializada para um determinado contexto. Caso 
haja diferenciação nos ambientes de tarefa, consequentemente aparecerão 
diferenciações na estrutura e na abordagem dos departamentos.
Integração
É um processo oposto à diferenciação, gerado por pressões oriundas do 
ambiente da organização, no sentido de adquirir esforços e coordenação entre 
vários subsistemas da organização.
As empresas que mais se aproximam das características que o ambiente impõe terão mais 
chances de sucesso em relação às organizações que se afastam dessas características.
Joan Woodward, pesquisadora e socióloga industrial, realizou um estudo para avaliar 
as práticas em cem empresas de ramos e tamanhos diversos. Essa autora classificou 
as organizações pesquisadas em três grupos de tecnologia de produção, conforme 
quadro a seguir.
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Tecnologia de pro-
dução Tecnologia utilizada Resultado da produ-
ção
Produção unitária ou 
oficina
• Habilidade manual ou 
operação de ferramentas.
• Artesanato.
• Pouca padronização e 
pouca automatização.
• Mão de obra intensiva e 
não especializada.
• Produção em unidaes.
• Pouca previsibilidade 
dos resultados e 
imprevisibilidade quanto à 
incerteza das operações.
Produção em massa
• Máquinas agrupadas 
em baterias do mesmo 
tipo (seções ou 
departamentos).
• Mão de obra intensiva 
e barata, utilizada com 
regularidade.
• Produção em lotes e 
em quantidade regular 
conforme cada lote.
• Razoável previsibilidade 
dos resultados.
• Certeza quanto à 
sequência das operações.
Produção contínua
• Processamento contínuo 
por meio de máquinas 
especializadas e 
padronizadas, dispostas 
lineamente.
• Tecnologia intensiva.
• Pessoal especializado.
• Produção contínua e em 
grande quantidade.
• Fonte previsibilidade dos 
resultados.
• Certeza quanto à 
sequência das operações.
Quadro 1: Os três grupos de tecnologia de produção
Fonte: Chiavenato (2014, p. 510).
A partir dos tipos de tecnologia de produção, os pesquisadores identificaram as 
consequências de cada tecnologia apresentada. Observe no quadro a seguir.
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Tecnologia 
de produ-
ção
Previsibili-
dade
Níveis hie-
rárquicos
Padroni-
zação e 
automo-
ção
Áreas pre-
dominantes
Produção 
unitária ou 
oficina
Baixa 
previsibilidade 
dos resultados.
Poucos níveis 
hierárquicos.
Pouca 
padronização 
e automação.
Engenharia 
(pesquisa e 
desenvolvimento)
Produção em 
massa
Média 
previsibilidade 
dos resultados.
Médio número 
de níveis 
hierárquicos.
Média 
padronização 
e automação.
Produção 
(operações).
Produção 
contínua
Elevada 
previsibilidade 
dos resultados.
Muitos níveis 
hierárquico.
Muita 
padronização 
e automação.
Marketing 
(vendas).
Quadro 2: Tecnologia e suas consequências
Fonte: Chiavenato (2014, p. 510).
Lacombe e Heilborn (2015, p. 114) enfatizam que a essência dos estudos de Woodward, 
principal autora da teoria contingencial, é que não existe uma maneira certa e única 
de montar uma estrutura organizacional: há sempre várias alternativas, e a melhor 
depende de cada caso, sendo que um aspecto importante é a conclusão de que as 
condições do ambiente é que causam as transformações no interior das organizações. 
Além disso, não há como conseguir um alto nível de sofisticação organizacional por 
meio da aplicação de um único modelo, isto é, o melhor estilo gerencial e as melhores 
decisões dependem, em cada caso, de fatores que estimulem os administradores a 
diagnosticar cuidadosamente as situações antes de tomar decisões.
Os três tipos de tecnologia (produção unitária, mecanizada e automatizada) envolvem 
diferentes abordagens de manufatura de produtos, pois a tecnologia perpassa toda 
a produção, influenciando a empresa inteiramente. 
As conclusões de Woodward foram as seguintes:
• o desenho organizacional é afetado pela tecnologia utilizada pela organização;
• há forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das técni-
cas de produção;
• as empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes 
das organizações que possuem tecnologia mutável;
• sempre há predomínio de alguma função na empresa.
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Chiavenato (2014) define o ambiente como o contexto que envolve externamente 
a organização (ou o sistema), isto é, a situação dentro da qual está inserida. Como 
a organização é um sistema aberto, ela mantém transações e intercâmbios com o 
ambiente externo. Isso permite que tudo que ocorra externamente no ambiente passe 
a influenciar internamente a organização.
As medidas apresentadas por Chandler, Burns, Stalker, Lawrence, Lorsch e Woodward 
revelaram como as organizações dependem da relação de seus ambientes com as 
tecnologias adotadas. Ou seja, as características de uma organização não depende 
dela própria, e sim de sua interação com o ambiente e a tecnologia que utiliza.
Observe que os resultados desses estudos produziram uma nova concepção de 
organização: a estrutura de uma organização e o seu funcionamento são dependentes 
da interface com o ambiente externo.
Então, segundo Chiavenato (2014), ficou provado que não há uma única e melhorforma de organizar (the best way), conforme preconizava Frederick Taylor, idealizador 
da abordagem científica da administração. Os estudos dos autores da escola 
contingencial sugerem que duas variáveis principais determinam a organização da 
empresa e os relacionamentos entre suas partes. São elas:
• o ambiente;
• a tecnologia.
Figura 3: O ambiente e a tecnologia
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
O mapeamento ambiental
Chiavenato (2014) discrimina como ambiente aquilo que é extremamente vasto e 
complexo. As organizações não podem absorvê-lo, conhecê-lo e compreendê-lo em sua 
totalidade e complexidade, o que seria inimaginável. Nesse sentido, o ambiente é um 
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contexto externo que apresenta diversas condições variáveis e complexas, difíceis de 
serem abordadas em seu conjunto e analisadas com objetividade. Assim, as organizações 
precisam tatear, explorar e discernir o ambiente para reduzir as incertezas a seu respeito. 
O mapeamento ambiental não é feito pela organização em si, mas por pessoas – sujeitas 
ao subjetivismo e às diferenças individuais – que são seus dirigentes.
Esse autor destaca, ainda, a seleção ambiental e a percepção ambiental.
• Seleção ambiental: as organizações não têm capacidade de compreender as 
variáveis do ambiente de uma só vez. Sendo assim, selecionam os ambien-
tes e passam a visualizar seu mundo exterior apenas nas partes escolhidas 
e selecionadas desse enorme conjunto. Essa ação das empresas é chamada 
de seleção ambiental, em que o ambiente significativo para a organização é 
descrito por meio de informações selecionadas.
• Percepção ambiental: as organizações percebem seus ambientes de maneira 
subjetiva, de acordo com expectativas, experiências, problemas, convicções e 
motivações, interpretando, de forma própria e peculiar, o contexto ambiental.
Com base nessas informações, temos que as teorias da administração apresentam 
um continuum em relação ao ambiente. Observe a figura a seguir e compreenda 
melhor essa ideia.
Ênfase
intraorganizacional
Clássica
Relações humanas
Burocracia
Comportamental Estruturalista Sistemas Desenvolvimento
organizacional
Contingência
Ênfase no
ambiente
Figura 4: Continuum das teorias da administração em relação ao ambiente
Fonte: Chiavenato (2014, p. 512).
Ambiente geral
Podemos entender o ambiente geral como um ambiente genérico e comum a todas as 
organizações, isto é, o macroambiente. Tudo que acontece nesse ambiente afeta de 
alguma forma todas as organizações, sendo constituído de um conjunto de condições 
comuns. Chiavenato (2014) explica essas condições, que são sete. Vamos conhecê-las:
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Condições gerais:
o desenvolvimento que ocorre nas organizações influencia profundamente 
outras organizações, principalmente quando se trata de tecnologia sujeita 
a inovações, ou seja, dinâmica e de futuro imprevisível. As organizações 
precisam incorporar a tecnologia que provém do ambiente geral, a fim de não 
perderem competitividade.
Condições legais:
constituem a legislação vigente, que afeta direta ou indiretamente as 
organizações. Essas leis são de caráter comercial, trabalhista, fiscal, civil etc. 
São os elementos normativos para a vida das organizações.
Condições políticas:
são decisões e definições políticas tomadas em nível federal, estadual 
e municipal que influenciam as organizações e orientam as condições 
econômicas.
Condições econômicas:
constituem a conjuntura que determina o desenvolvimento econômico 
ou a retração econômica. A inflação, a balança de pagamentos do país, a 
distribuição de renda interna, entre outros, são aspectos que não devem ser 
ignorados pelas organizações.
Condições demográficas:
taxas de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, 
distribuição por sexo e idade, entre outros, são aspectos demográficos que 
determinam as características do mercado atual e futuro das organizações.
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Condições ecológicas: 
relacionadas com o quadro demográfico que envolve as organizações. O 
ecossistema é o intercâmbio entre os seres vivos e o meio ambiente. No 
caso das organizações, existe a chamada ecologia social: as organizações 
influenciam e são influenciadas por aspectos como poluição, clima, transportes, 
comunicações etc.
Condições culturais:
a cultura de um povo penetra nas organizações por meio das expectativas de 
seus participantes e de seus consumidores.
Ambiente tarefa
Chiavenato (2014) entende como sendo o ambiente mais próximo e imediato de 
cada organização. Constitui o segmento do ambiente geral do qual as organizações 
extraem suas entradas e depositam suas saídas. É o ambiente de operações de cada 
organização, constituído por:
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Fornecedores de entradas:
são os fornecedores de todos os tipos de recursos que uma organização 
necessita para trabalhar: matérias-primas, financeiros, humanos etc.
Clientes ou usuários:
consumidores das saídas da organização.
Concorrentes: 
empresas concorrentes quanto a recursos e consumidores.
Entidades reguladoras:
cada entidade tem várias outras organizações que trabalham para regular 
ou fiscalizar suas atividades. Como exemplo, podemos citar: sindicatos, 
associações de classe, órgãos regulamentadores do governo, órgãos protetores 
do consumidor etc.
É por meio do reconhecimento do ambiente tarefa que conseguimos identificar quais 
elementos podem ser oportunidades ou ameaças para as organizações. Nessa 
análise, podemos nos perguntar:
• Quais são os clientes reais e potenciais para a empresa?
• Quais são os fornecedores reais e potenciais?
• Quais são os concorrentes?
• Quem são os elementos regulamentadores?
Chiavenato (2014) afirma que cada um desses elementos ambientais poderá ser 
uma organização, grupo ou indivíduo. Essa característica de ser uma ameaça ou 
oportunidade dependerá do papel que cada elemento vai desempenhar no ambiente.
A incerteza da organização é a de conseguir identificar quais as oportunidades e 
ameaças existentes no ambiente e como utilizá-las ou evitá-las.
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Condições
tecnológicas
Condições
culturais
Condições
ecológicas
Condições
demográficas
Condições
econômicas
Condições
políticas
Condições
legais
Ambiente tarefa
Concorrentes
Clientes
Entidades
reguladoras
Fornecedores Empresa
Figura 5: Ambiente geral e ambiente tarefa
Fonte: Chiavenato (2014, p. 514).
Tipologia de ambientes
Sabemos que o ambiente é um só, mas cada organização está exposta a apenas 
uma parte dele. Para facilitar a análise ambiental, o ambiente tarefa foi classificado 
em tipologias de ambientes. Conheceremos a seguir algumas dessas classificações:
• Quanto à estrutura: podem ser classificados em homogêneos e heterogêneos:
Ambiente homogêneo: 
quando há pouca segmentação ou diferenciação nos mercados; composto por 
fornecedores, clientes e concorrentes semelhantes.
Ambiente heterogêneo: 
quando há muita diferenciação nos mercados, o que provoca uma diversidade 
de problemas para as organizações.
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• Quanto à dinâmica: podem ser classificados em estáveis e instáveis:
Ambiente estável:
caracterizado por pouca ou nenhuma mudança, sendo um ambiente tranquilo 
e previsível.
Ambiente instável: 
dinâmico e caracterizado por muitas mudanças, o que gera instabilidade e 
incerteza para as organizações.
Construindo vantagens competitivas
Chiavenato (2014) explica que o maior influenciador do funcionamento das 
organizações é a tecnologia, com início a partir da Revolução Industrial. A invenção 
do computador, que ocorreu na segunda metade do século XX, permitiu as atuais 
características de automatização e automação de atividades, sem ele, não seria 
possível administrar grandes organizações.
A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da 
informação, segundo Chiavenato (2014). Não devemos confundir informática com 
computadores, pois a primeira é a parte da cibernética que trata das relações entre 
as coisas e suas características, de maneira a representá-las por meio de suportes 
de informação, sendo um dos fundamentosda teoria e dos métodos que fornecem 
as regras para o tratamento da informação.
As consequências da informática na administração
Marcando o início da era eletrônica nas organizações, está a cibernética, que, até então, 
era restrita a máquinas elétricas ou a manuais associados ao conceito de automação. 
Com a Revolução Industrial, o esforço muscular do homem foi transferido para a máquina.
A segunda Revolução Industrial, provocada pela cibernética e pela informática, está 
substituindo o cérebro humano por softwares cada vez mais complexos, em uma gama 
crescente de atividades. 
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Chiavenato (2014) afirma que os equipamentos automatizados podem cuidar das 
funções de observação, memorização e decisão, abrangendo três setores bem distintos:
• integração em cadeia contínua de diversas operações realizadas separada-
mente, como o processo de fabricação, a automação bancária, a automação 
no comércio, por exemplo;
• utilização de dispositivos de retroação e regulagem automática para que as 
próprias máquinas corrijam seus erros, como é o caso da indústria petroquí-
mica e da robotização;
• utilização do computador ou de rede de computadores para acumular volu-
mes de dados em bancos de dados; a análise é feita por meio de operações 
lógicas complexas, com incrível rapidez, inclusive nas tomadas de decisão 
programadas, como é o caso do cadastro de clientes dos bancos e de contri-
buintes da Receita Federal.
Na era da informação, a tecnologia passou ser a principal ferramenta 
a serviço do homem, tendo como função o armazenamento, a 
recuperação e o processamento de informações. É a informação 
instantânea, com ela, tudo muda rapidamente. Na sua opinião, essa 
rapidez é somente benéfica ou temos algo a mudar para melhorar? 
Reflita
Na era digital, o uso de tecnologias gera soluções para e-business e e-commerce, 
conforme destacamos na figura a seguir.
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Entradas
Fornecedores
e parceiros 
do negócio
Organização
interna
Saída
Clientes e
consumidores
Supply
chain
Enterprise 
resource 
management
Customer
relationship
management
e-business
Business information 
management (BIS)
Figura 6: Soluções da era digital para e-business e e-commerce
Fonte: Chiavenato (2014, p. 431).
Chiavenato (2014) lembra que a administração científica enfatizou o homo economicus; 
a escola das relações humanas enfatizou o homem social; o estruturalismo enfatizou o 
homem organizacional; e a teoria comportamental enfatizou o homem administrativo. 
Não é de se estranhar que muitos autores estejam falando atualmente do homem 
digital, cujas transações são realizadas por intermédio do computador e da internet.
Apreciação crítica da tecnologia e administração
Desde os tempos da cibernética até os tempos atuais, a tecnologia trouxe muitas 
contribuições para a administração, facilitando a vida do administrador de maneira geral.
Essas contribuições vão desde conceitos básicos de sistemas, como entrada, saída, 
processamento, retroação, homeostasia, informação, sinergia, entropia e informática, 
passando por tecnologia da informação, integração do negócio, inteligência 
competitiva, e-business e organização digital e virtual. Isso tudo é possível graças à 
área de Tecnologia da Informação (TI). que contribuiu para o mundo todo ficar mais 
próximo e acessível, gerando a era da informação.
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A palavra “cibernética” tem origem no grego “kybernytiky”. Segundo 
a mitologia grega, Teseu, herói ateniense, em viagem à Ilha de Creta, 
conduzido por dois pilotos de barco pelo mar, glorificou o feito por 
meio de uma festa aos “cibernéticos”, isto é, aos pilotos.
Curiosidade
Figura 7: Era da informação
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Chiavenato (2014) alerta que, hoje em dia, o capital não se acumula mais no dinheiro, 
mas, sim, na informação. Quem tem informação tem poder. Antes da Revolução 
Industrial, o moinho de vento representava o mundo agrário e primitivo, enquanto 
a máquina a vapor e a lâmpada elétrica marcaram a era industrial. O emblema do 
mundo, atualmente, é o computador. A informática é a responsável pela reestruturação 
do capitalismo. É ela que dinamiza os processos de produtividade, competitividade, 
circulação de mercadorias, administração de organizações, respondendo pelo 
fenômeno da globalização do mercado, fato que não seria possível sem a rede de 
conexões entre os agentes econômicos e financeiros do mundo todo.
O volume crescente de informações que cruzam o planeta na velocidade da luz serve 
para organizar a vida humana em todos os setores. O sucesso da informática reside 
no espetacular aumento da eficácia de todas as operações que dependam dela. A 
informática é um poderoso instrumento de produção e de dinamização das informações.
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Conclusão
Neste conteúdo, vimos que não existe nada absoluto nas organizações ou na teoria 
administrativa; tudo é relativo, conforme orientação da teoria da contingência. 
Estudamos sobre a organização e o ambiente de trabalho, bem como conhecemos o 
ambiente geral que tem na sua constituição as:
• condições gerais;
• condições legais;
• condições políticas;
• condições econômicas;
• condições demográficas;
• condições ecológicas; e
• condições culturais.
Além disso, vimos que o ambiente tarefa é constituído por fornecedores de entradas, 
clientes ou usuários, concorrentes e entidades reguladoras. Finalizamos, ainda, com a 
tipologia de ambientes e as vantagens competitivas após a tecnologia de informação.
Apresentamos a gestão do conhecimento como uma vantagem 
competitiva para as organizações modernas. Essa prática torna-
se relevante para a conquista de diferenciais frente à concorrência. 
Veja o link: http://periodicosfmg.granbery.edu.br/index.php/CAT/
article/view/30/28
Saiba mais
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Referências
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. São Paulo: 
Manole, 2014.
LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. 3. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2015.