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Noções Introdutórias
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Noções Introdutórias ao Direito Financeiro
Noções Introdutórias ao Direito Financeiro (Aceleradores de revisão do Valcir sobre noções introdutórias ao 
Direito Financeiro – Teoria e Informativos)
1) Compete privativamente à Mesa da Câmara de 
Vereadores apresentar os projetos voltados à ins-
tituição das leis orçamentárias de interesse do 
Poder Legislativo Local (PPA, LDO e LOA)?
RESPOSTA: FALSA
JUSTIFICATIVA: O item ignora que a iniciativa das 
leis orçamentárias é privativa do Chefe do Poder Exe-
cutivo, conforme dispõe o art. 166, § 6º, da CF/88.
3) Segundo a ordem constitucional vigente, compete 
privativamente à União legislar sobre direito finan-
ceiro, sendo a Lei n. 4.320/1964 (recepcionada mate-
rialmente como lei complementar) e a Lei de Respon-
sabilidade Fiscal (LC n. 101/2000) os dois principais 
exemplos do exercício dessa competência peculiar 
infraconstitucional?
2) Lúcio, Presidente da Câmara de Vereadores do 
Município XXX, excepcionalmente, diante da ine-
xistência de instituições financeiras oficiais no 
município, poderá manter as disponibilidades de 
caixa do Legislativo local, oriundas dos repasses 
de duodécimos feitos pelo setor financeiro do Muni-
cípio, no Banco Bradesco da cidade vizinha?
4) A Constituição Federal exige que as regras gerais 
sobre finanças públicas venham reguladas por lei 
complementar, mas, expressamente, ressalva 
dessa exigência a fixação de parâmetros sobre a 
concessão de garantias pelas entidades públicas?
5) Por força do art. 163, I, da CF (“lei complementar 
disporá sobre... finanças públicas”), é possível afir-
mar que a edição do Plano Plurianual (PPA), da Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orça-
mentária Anual (LOA) está sujeita à reserva de lei 
complementar?
Exercício do Direito Financeiro (teoria e informativos):
Acelerador de revisão
1) Compete privativamente à Mesa da Câmara de Vereadores apresentar os 
projetos voltados à instituição das leis orçamentárias de interesse do Poder 
Legislativo local (PPA, LDO e LOA)?
Resposta INCORRETA
Justificativa O item ignora que a iniciativa das leis orçamentárias é privativa do Chefe do 
Poder Executivo, conforme dispõe o art. 166, § 6º, da CF/88.
Acelerador de revisão
2) Lúcio, Presidente da Câmara de Vereadores do Município XXX, excepcio-
nalmente, diante da inexistência de instituições financeiras oficiais no muni-
cípio, poderá manter as disponibilidades de caixa do Legislativo local, oriun-
das dos repasses de duodécimos feitos pelo setor financeiro do Município, no 
Banco Bradesco da cidade vizinha?
Resposta INCORRETA
Justificativa
O item contraria o art. 164, § 3º, da CF/88, o qual não permite exceções acerca 
da necessidade das disponibilidades de caixa da União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios ficarem depositadas no banco central (caso da União) e em institui-
ções financeiras oficiais, isto é, bancos públicos, nos demais casos.
5m
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Noções Introdutórias
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
1) Noções Introdutórias:
=> ramo do Direito Público (consequências práti-
cas – supremacia do interesse público, poder de 
império etc.);
Art. 165 (CF/88). LEIS de iniciativa do Poder Exe-
cutivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
(...)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações institu-
ídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de INVESTIMENTO das empresas 
em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abran-
gendo todas as entidades e órgãos a ela vincula-
dos, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público.
=> regula atividade financeira do Estado (plane-
jamento, registro da arrecadação tributária ou não, 
formalização dos gastos, etc.);
=> previsão sobre leis orçamentárias desde a 
Constituição do Império;
=> envolve administração DIRETA (total) e 
INDIRETA (autarquias e fundações – empre-
sas públicas e sociedades de economia mista, 
por atuarem no campo da atividade privada, têm 
apenas os INVESTIMENTOS previstos nas peças 
do orçamento – art. 165, §5º, II)
Art. 24 (CF/88). Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econô-
mico e urbanístico;
II – orçamento;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a compe-
tência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre 
normas gerais não exclui a competência suple-
mentar dos Estados. (...)
Art. 30 (CF/88). Compete aos Municípios:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no 
que couber.
=> competência concorrente da União (regras 
gerais) e Estados (CF/88, art. 24);
=> Municípios não possuem competência concor-
rente, podendo apenas SUPLEMENTAR a legis-
lação federal e estadual nos temas de interesse 
local (CF/88, art. 30, I)
=> iniciativa legislativa das leis orçamentárias (CF, 
art. 165) é privativa do Executivo (diferente do Tri-
butário).
10m
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preparada e ministrada pelo professor Rolando Valcir Spanholo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Noções Introdutórias II
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
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NOÇÕES INTRODUTÓRIAS II
1. Noções Introdutórias ao Direito Financeiro
Noções Introdutórias ao Direito Financeiro (Aceleradores de revisão do Valcir sobre noções introdu-
tórias ao Direito Financeiro – Teoria e Informativos)
1) Compete privativamente à Mesa da Câmara 
de Vereadores apresentar os projetos volta-
dos à instituição das leis orçamentárias de 
interesse do Poder Legislativo Local (PPA, 
LDO e LOA)?
RESPOSTA: FALSA
JUSTIFICATIVA: O item ignora que a iniciativa 
das leis orçamentárias é privativa do Chefe do 
Poder Executivo, conforme dispõe o art. 166, § 
6º, da CF/88.
3) Segundo a ordem constitucional vigente, 
compete privativamente à União legis-
lar sobre direito financeiro, sendo a Lei n. 
4.320/1964 (recepcionada materialmente como 
lei complementar) e a Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LC n. 101/2000) os dois principais exem-
plos do exercício dessa competência peculiar 
infraconstitucional?
2) Lúcio, Presidente da Câmara de Vereadores 
do Município XXX, excepcionalmente, diante 
da inexistência de instituições financeiras 
oficiais no município, poderá manter as dis-
ponibilidades de caixa do Legislativo local, 
oriundas dos repasses de duodécimos feitos 
pelo setor financeiro do Município, no Banco 
Bradesco da cidade vizinha?
4) A Constituição Federal exige que as regras 
gerais sobre finanças públicas venham regu-
ladas por lei complementar, mas, expressa-
mente, ressalva dessa exigência a fixação de 
parâmetros sobre a concessão de garantias 
pelas entidades públicas?
5) Por força do art. 163, I, da CF (“lei comple-
mentar disporá sobre... finanças públicas”), é 
possível afirmar que a edição do Plano Pluria-
nual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) está 
sujeita à reserva de lei complementar?
1)A Mesa da Câmara apresenta suas necessidades e forma um projeto de lei unificado, 
chamado de projeto de lei orçamentária. Existe uma unidade, em um único projeto de lei, em 
uma única lei orçamentária e essa iniciativa é do chefe do Poder Executivo.
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Noções Introdutórias II
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
Noções Introdutórias ao Direito Financeiro (Aceleradores de revisão do Valcir sobre noções introdu-
tórias ao Direito Financeiro – Teoria e Informativos)
6) Muito embora envolva hipótese de compe-
tência concorrente (CF/88, art. 24, I), os muni-
cípios podem, excepcionalmente, legislar 
sobre matéria de Direito Financeiro?
9) Decisão judicial pode determinar que chefe 
do Poder Executivo apresente projeto para 
revisão geral de servidores?
7) Para custear programa de pesquisa voltada 
ao combate da pandemia COVID-19, após 
obter manifestação favorável do Ministério da 
Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, 
renomada instituição privada de ensino 
sediada no estado YYY poderá obter finan-
ciamento público junto ao Banco Central, eis 
que é de interesse nacional a descoberta de 
novas tecnologias nesse setor?
8) Invade a competência privativa da União 
(legislar sobre direito processual e direito finan-
ceiro – art. 22, I, CF/88) a lei local que autoriza 
o respectivo Estado a utilizar livremente recur-
sos dos depósitos judiciais efetuados perante 
a Justiça estadual?
10) Segundo o STF, muito embora o §3º do art. 
164 estabeleça a regra de que as disponibili-
dades de caixa da União serão depositadas 
no banco central e as dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos órgãos ou enti-
dades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, 
não há impedimento para que o crédito da 
folha de pagamento dos seus respectivos ser-
vidores se dê por meio de banco privado?
1) Noções Introdutórias:
1) Noções introdutórias
=> ramo do Direito Público (consequências 
práticas – supremacia do interesse público, 
poder de império etc.).
Art. 165. (CF/88) – LEIS de iniciativa do Poder 
Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
(...)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da admi-
nistração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de INVESTIMENTO das empre-
sas em que a União, direta ou indiretamente, dete-
nha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abran-
gendo todas as entidades e órgãos a ela vincula-
dos, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público.
=> regula atividade financeira do Estado (pla-
nejamento, registro da arrecadação tributária 
ou não, formalização dos gastos etc.).
=> previsão sobre leis orçamentárias desde a 
Constituição do Império.
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=> envolve administração DIRETA (total) e 
INDIRETA (autarquias e fundações – empre-
sas públicas e sociedades de economia 
mista, por atuarem no campo da atividade pri-
vada, têm apenas os INVESTIMENTOS pre-
vistos nas peças do orçamento – art. 165, § 5º, 
II).
Art. 24. (CF/88) – Compete à União, aos Estados 
e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, eco-
nômico e urbanístico;
II – orçamento;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a compe-
tência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre 
normas gerais não exclui a competência suple-
mentar dos Estados. (...)
Art. 30. (CF/88) – Compete aos Municípios:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual 
no que couber.
=> competência concorrente da União 
(regras gerais) e Estados (CF/88, art. 24).
=> Municípios não possuem competência con-
corrente, podendo apenas SUPLEMENTAR a 
legislação federal e estadual nos temas de inte-
resse local (CF/88, art. 30, I).
=> iniciativa legislativa das leis orçamentárias 
(CF, art. 165) é privativa do Executivo (diferente 
do Tributário).
Quando se trata de Direito Público, há a supremacia do interesse público, há o interesse 
da coletividade. Deve-se lembrar do conceito de Estado, que é a representação de todos e, 
por isso, fala em nome da coletividade. O Estado está em status de supremacia frente ao 
particular. Esse é o ponto de partida para os estudos.
Esse ramo do Direito regula a atividade financeira do Estado. O Direito Financeiro era, 
originalmente, relacionado ao Direito Tributário, mas ganhou autonomia aos poucos, e hoje, 
se complementam. O Direito Financeiro está no entremeio do Direito Tributário e do Direito 
Administrativo. 
Sempre houve, na Constituição, a previsão sobre leis orçamentárias.
A administração direta envolve a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
Cada um tem suas competências constitucionais, dentro da ideia da autonomia que cada 
ente federativo possui. No campo da arrecadação, o sistema federativo definiu competências 
para criar determinados tributos para a União, para os estados e para os municípios, com a 
noção de que o Distrito Federal soma competências de estado e de município.
Na administração direta ainda estão incluídos os fundos constitucionais. Por exemplo, o 
imposto de renda é um tributo federal, mas a Constituição determina que mais de 50% da 
arrecadação da União com imposto de renda é dividida com estados e municípios. Todas as 
relações de repasses de recursos e o que deve ser feito com esses valores é estabelecido 
pelo Direito Financeiro.
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Noções Introdutórias II
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
Na administração indireta estão as autarquias, fundações, empresas públicas e socieda-
des de economia mista. 
Em relação à competência concorrente, a União define as regras gerais e os estados e o 
Distrito Federal suplementam de acordo com seus interesses. O mesmo raciocínio se aplica 
aos municípios. Quase tudo já está regulamentado por normas gerais. 
Os municípios podem fazer suas leis orçamentárias. As três leis orçamentárias que são 
diferentes das regras gerais estão, cada uma, em suas especificidades.
Normas gerais seguem o processo da Constituição. Mas as três leis orçamentárias só 
podem ser assinadas pelo chefe do Poder Executivo.
1) Noções introdutórias
=> art. 163, I, da CF exige LEI COMPLEMEN-
TAR para REGRAS GERAIS (recepção mate-
rial da Lei n. 4.320/1964 e LC n. 101/2000).
Art. 163. (CF/88) – Lei complementar disporá 
sobre: (Lei n. 4.320/64 e LC n. 101/2000)
I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a 
das autarquias, fundações e demais entidades 
controladas pelo Poder Público;
III – concessão de garantias pelas entidades 
públicas;
IV – emissão e resgate de títulos da dívida 
pública;
V – fiscalização financeira da administração 
pública direta e indireta; (Redação dada pela 
EC n. 40 de 2003)
VI – operações de câmbio realizadas por órgãos 
e entidades da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das institui-
ções oficiais de crédito da União, resguardadas 
as características e condições operacionais 
plenas das voltadas ao desenvolvimento regio-
nal.
VIII – SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA, espe-
cificando: (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 109, de 2021) (...)
=> mas, CUIDADO, pois as LEISORÇAMEN-
TÁRIAS (PPA, LDO e LOA) são LEIS ORDI-
NÁRIAS.
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Noções Introdutórias II
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
MECANISMO DE IMPOSIÇÃO DE SOLIDA-
RIEDADE FEDERATIVA FISCAL: A exigi-
bilidade (LC n. 101/2000, art. 4º, § 2º, II), em 
relação aos Entes subnacionais, de demons-
tração de sincronia entre diretrizes orçamen-
tárias e metas e previsões fiscais MACRO-
ECONÔMICAS definidas pela União não 
esvazia a autonomia daqueles, exigindo que 
sejam estabelecidas de acordo com a realidade 
de indicadores econômicos (ADI 2238, Plená-
rio, Min. Alexandre de Moraes, j. 24/06/20).
Art. 4º (LC n. 101/2900) – A lei de diretrizes 
orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do 
art. 165 da Constituição e:
(...)
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – avaliação do cumprimento das metas relati-
vas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído 
com memória e metodologia de cálculo que jus-
tifiquem os resultados pretendidos, comparan-
do-as com as fixadas nos três exercícios ante-
riores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da POLÍTICA ECO-
NÔMICA NACIONAL.
A definição de um TETO DE GASTOS com 
PESSOAL particularizado, segundo os res-
pectivos poderes ou órgãos afetados (art. 
20 da LRF), não representa intromissão na 
autonomia financeira dos Entes subnacionais 
(corresponsabilidade entre os Poderes.) (ADI 
2238, Plenário, Min. Alexandre de Moraes, j. 
24/06/20)
De acordo com o Art. 165, para as leis orçamentárias basta a lei ordinária. Para as regras 
gerais se aplica a lei complementar.
A Constituição definiu a União como guardiã para estabelecer as regras gerais sobre as 
finanças públicas. Essas regras não representam uma invasão de competência dos municí-
pios e dos estados.
A proposta orçamentária tem como rascunho a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é 
intermediária entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual. Um dos primeiros pilares 
de sua sustentação é a noção do equilíbrio e sustentabilidade da dívida. Isso só será alcan-
çado se for gasto menos do que for arrecadado.
Para ter essa projeção, leva-se em conta os três exercícios anteriores. 
A arrecadação depende, essencialmente, da arrecadação tributária. Isso não muda bru-
talmente de um ano para o outro.
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Noções Introdutórias III
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS III
1) Noções Introdutórias:
1) Noções Introdutórias:
=> distinção entre RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
e RECEITA FINANCEIRA.
Art. 57 (Lei n. 4.320/1964). Ressalvado o dis-
posto no parágrafo único do artigo 3º desta lei 
serão classificadas como RECEITA ORÇA-
MENTÁRIA, sob as rubricas próprias, todas as 
receitas arrecadadas, inclusive as provenientes 
de operações de crédito, ainda que não previs-
tas no Orçamento.
=> distinção entre RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
e RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA.
=> DESPESA FINANCEIRA X DÍVIDA 
PÚBLICA. Art. 56 (Lei n. 4.320/1964). O recolhimento 
de todas as receitas far-se-á em estrita obser-
vância ao princípio de unidade de tesouraria, 
vedada qualquer fragmentação para criação de 
caixas especiais.
=> o recolhimento e o registro das RECEITAS 
(e também os ingressos) deve seguir o PRIN-
CÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA (“caixa 
único”) e da ORDEM CRONOLÓGICA.
=> as DISPONIBILIDADES DE CAIXA devem 
ficar: a) no caso da União, junto ao Banco 
Central; b) no caso da administração indireta 
federal, em bancos oficiais; c) no caso de 
Estados, DF e Municípios (incluindo adminis-
tração indireta), em bancos oficiais.
Art. 43 (LC n. 101/2000). As disponibilidades 
de caixa dos entes da Federação serão depo-
sitadas conforme estabelece o § 3º do art. 164 
da Constituição.
=> conceito de “instituição financeira oficial” 
equivale a banco submetido a controle público 
(STF, ADI 2.661, j. 23/08/2002).
=> problema do BACENJUD/SISBAJUD contra 
a União (BACEN não está no convênio de ope-
racionalização da ferramenta judicial).
Art. 164 (CF/88) – (...). § 3º As disponibilidades 
de caixa da União serão depositadas no banco 
central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder 
Público e das empresas por ele controladas, 
em instituições financeiras oficiais, ressalvados 
os casos previstos em lei.
=> Lei n. 9.703/1998 (depósitos judiciais e 
extrajudiciais de tributos e contribuições fede-
rais).
O comportamento da receita nem sempre é tão preciso. A lei pode prever uma estimativa, 
que é chamada de orçamento, que pode se confirmar ou não. A receita financeira, porém, é 
a que efetivamente entrará no caixa.
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Noções Introdutórias III
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
A ideia central é que deve haver uma possibilidade de, em instantes, conseguir olhar o 
todo. Na medida do possível, tudo deve estar reunido em um caixa único. 
O crédito orçamentário é uma autorização para gastar, mesmo que não haja 
dinheiro em caixa.
Despesa financeira e dívida pública são coisas diferentes. O conceito de dívida pública, 
no Direito Financeiro, está relacionado a uma dívida duradoura e regulada. As coisas do dia 
a dia, que são necessárias para o funcionamento da máquina, são chamadas de despe-
sas. A dívida é extremamente regulada para evitar o desequilíbrio que inviabilize as futuras 
gerações. 
A dívida é regulada pelo Senado. Por exemplo, há uma regulação de que a dívida dos 
municípios não pode passar de 1,2% da receita líquida em um ano. Os estados e o Distrito 
Federal têm um pouco mais de margem, podendo assumir um total de dívida de até 200%.
A receita são os valores que entram com um caráter definitivo, por exemplo, pagamento 
de tributos. O ingresso não tem caráter definitivo.
Deixar de registrar as receitas na ordem cronológica pode ser considerado crime. 
Banco oficial é um banco público, a fim de que haja garantias.
O Banco Central normatizou uma ferramenta em que não há como fazer bloqueio judicial 
de recursos da União. 
1) Noções Introdutórias:
=> As disponibilidades dos REGIMES DE PREVIDÊN-
CIA SOCIAL, não podem:
a) ficar no caixa único do respectivo Ente (precisam ter 
contas próprias);
b) ser aplicadas na compra de títulos da dívida pública 
estadual e municipal, bem como em ações e títulos de 
empresas controladas;
c) ser emprestadas ao Poder Público ou a segurados.
Art. 43 (Lei n. 4.320/1964) – (...).
§ 1º As disponibilidades de caixa dos regimes de previ-
dência social, geral e próprio dos servidores públicos, 
ainda que vinculadas a fundos específicos a que se refe-
rem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão deposita-
das em conta separada das demais disponibilidades de 
cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com 
observância dos limites e condições de proteção e pru-
dência financeira.
§ 2º É vedada a aplicação das disponibilidades de que 
trata o § 1º em:
I – títulos da dívida pública estadual e municipal, bem 
como em ações e outros papéis relativos às empresas 
controladas pelo respectivo ente da Federação;
II – empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e 
ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.
=> Competência para EMITIR MOEDA da União (CF/88, 
art. 21, VII) será feita por meio do Banco Central (e não 
Tesouro Nacional ou Casa da Moeda) – art. 164).
Art.21 (CF/88). Compete à União:
(...)
VII – emitir moeda;
VIII – administrar as reservas cambiais do País e fiscali-
zar as operações de natureza financeira, especialmente 
as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de 
seguros e de previdência privada.
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Noções Introdutórias III
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
=> Não confundir EMITIR MOEDA (Banco Central) com 
IMPRIMIR MOEDA (a cargo da Casa da Moeda – agora 
não mais com exclusividade).
Art. 164. (CF/88) A competência da União para emitir 
moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indire-
tamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular 
a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão deposi-
tadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Fede-
ral, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder 
Público e das empresas por ele controladas, em institui-
ções financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos 
em lei.
=> O BANCO CENTRAL não pode conceder emprés-
timos ao TESOURO NACIONAL, mas pode empres-
tar a outros bancos (só bancos); mas, o Banco Cen-
tral pode COMPRAR TÍTULOS do Tesouro Nacional 
(garantir regulação de moeda e juros).
Sendo expressamente proibido comprar títulos da dívida pública estadual e municipal, 
significa que pode haver a compra a nível federal. 
O Tesouro gerencia o receber e pagar da União. O Banco Central pode emprestar 
para bancos. 
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Noções Introdutórias IV
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS IV
2) Segmento do Equilíbrio e Responsabilidade Fiscal
Atualmente, o grande desafio do Direito Financeiro é conseguir equilibrar. 
Ou seja, fazer com que a realização de despesas fique, de maneira responsável, ajus-
tada à possibilidade de pagar contas. É o equilíbrio entre receita e despesa.
Para isso, é necessário analisar o desempenho da receita nos exercícios anteriores para 
projetar o que pode acontecer no próximo exercício. Excepcionalmente, está sendo aceito 
que o governo federal e alguns estados e municípios trabalhem com déficit. Isso depende de 
autorização.
Deve-se trabalhar com o princípio da responsabilidade fiscal, que é a responsabilidade 
de cuidar bem do que foi arrecadado e aplicar de maneira ainda melhor.
Tudo o que estiver relacionado à gestão orçamentária tem começo, meio e fim. Teorica-
mente, em termos financeiros, o tempo é marcado de 1º de janeiro a 31 de dezembro. No 
Direito Financeiro, esse período é chamado de exercício, que é o ano. 
As novas gestões herdam o histórico dos exercícios anteriores. Exercício financeiro equi-
vale a ano civil. Já o ciclo orçamentário é maior que um ano.
A Lei Orçamentária define os parâmetros do que será arrecadado e do que será gasto e 
de que forma. Essa lei é referente ao exercício. O ciclo orçamentário começa antes e termina 
depois desse período. O ciclo engloba as primeiras tratativas para elaborar o plano pluria-
nual, que é feito no primeiro ano de cada chefe do Poder Executivo.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias é elaborada no primeiro semestre de todo ano e é reno-
vada anualmente. Ela é uma espécie de rascunho de definições, dando um direcionamento e 
começando a quantificar a perspectiva de arrecadação que se terá, baseada nos exercícios 
anteriores e como uma projeção do que serão os gastos. O detalhamento com a oficialização 
do que será feito se dá no segundo semestre, por meio da Lei Orçamentária.
Após o 31 de dezembro (fim do exercício) ainda há prestação de contas, pode haver 
restos a pagar em exercícios futuros, julgamento de contas etc. O ciclo orçamentário, por-
tanto, começa muito antes do exercício e termina depois.
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DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO 
2) Segmento do Equilíbrio e Responsabilidade Fiscal
=> EXERCÍCIO FINANCEIRO equivale a ano civil 
(não confundir com CICLO ORÇAMENTÁRIO (maior 
que um ano).
Art. 4º (LC n. 101/2000) – A lei de diretrizes orça-
mentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da 
Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas.
Art. 34 (Lei n. 4.320/1964) – O exercício financeiro 
coincidirá com o ano civil.
=> PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO (a programação 
das despesas deve respeitar o LIMITE REAL DAS 
RECEITAS) passou a ter também suporte consti-
tucional no art. 164-A da CF/88 (EC 109/21). 
Art. 35 (Lei n. 4.320/1964) – Pertencem ao exercício 
financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas; 
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Art. 163 (CF/88) – Lei complementar disporá sobre: 
(Lei n. 4.320/1964 e LC n. 101/2000) 
(...) 
VIII – SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA, especifi-
cando: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, 
de 2021) (...)
a) Não gastar mais do que arrecada no exercício 
(REGRA DE OURO – art. 167, III, da CF/88).
Art. 164-A. (CF/88) – A União, os Estados, o Dis-
trito Federal e os Municípios devem conduzir suas 
políticas fiscais de forma a manter a dívida pública 
em NÍVEIS SUSTENTÁVEIS, na forma da lei com-
plementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 
desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n. 109, de 2021) 
Parágrafo único. A elaboração e a execução de 
planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade 
dos indicadores fiscais com SUSTENTABILIDADE DA 
DÍVIDA.
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DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO 
b) Não contrair dívidas que não possam ser adim-
plidas nos seus vencimentos e/ou que inviabili-
zem gestões futuras (CF/88, art. 52, VI – limites fixa-
dos pelo Senado).
Art. 27. (Lei n. 4.320/1964) As propostas parciais 
de orçamento guardarão estrita conformidade com 
a política econômica-financeira, o programa anual 
de trabalho do Governo e, quando fixado, o LIMITE 
GLOBAL MÁXIMO para o orçamento de CADA UNI-
DADE administrativa.
Art. 167. (CF/88) São vedados: 
I – o início de programas ou projetos não incluídos na 
lei orçamentária anual; 
II – a realização de despesas ou a assunção de obri-
gações diretas que excedam os créditos orçamentá-
rios ou adicionais; 
III – a realização de operações de créditos que exce-
dam o montante das despesas de capital, ressalva-
das as autorizadas mediante créditos suplementares 
ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta (REGRA DE 
OURO).
Art. 52. (CF/88) Compete privativamente ao Senado 
Federal: (...) 
VI – fixar, por proposta do Presidente da República, 
limites globais para o montante da dívida consoli-
dada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
A noção de exercício é básica: durante o ano tem-se um orçamento de 120 para gastar. 
Tudo deve ser monitorado. Caso os sinais indiquem que será arrecadado menos que 
120, é necessário conter as despesas (contingenciamento de empenhos) para bloquearo 
gasto. A dívida total será equilibrada no final do ano e isso só irá acontecer com a arrecada-
ção e gastos proporcionais durante o ano.
A ideia do equilíbrio é marcada, inicialmente, no Planejamento da Lei Orçamentária e, 
depois, ao longo do exercício, com monitoração. 
A dotação orçamentária é uma numeração extensa, que é um código que faz a destina-
ção para cada área. Nesse ponto, há um limite em que, se gastar mais, incorre em crime.
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2) Segmento do Equilíbrio e Responsabilidade Fiscal
=> DÉFICIT FINANCEIRO (exige indicação de fonte 
de cobertura – art. 7º, § 1º, da Lei n. 4.320/1964) X 
SUPERÁVIT FINANCEIRO.
Art. 43 (Lei n. 4.320/1964) – (...)
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença 
positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicio-
nais transferidos e as operações de crédito a eles vin-
culadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para 
os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças 
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista 
e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do 
exercício.
=> SUPERÁVIT FINANCEIRO X EXCESSO DE 
ARRECADAÇÃO.
A PRUDÊNCIA FISCAL é um objetivo expressa-
mente consagrado pelo art. 165, § 2º, da CF/88, razão 
pela qual não há inconstitucionalidade na exigên-
cia de medidas compensatórias para a criação e/
ou ampliação de despesas continuadas de caráter 
obrigatório (art. 17 e 24 da LRF). (ADI 2238, Plenário, 
Min. Alexandre de Moraes, j. 24/06/20)
Art. 7º (Lei n. 4.320/1964) – (...) § 1º Em casos de 
déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de 
recursos que o Poder Executivo fica autorizado a uti-
lizar para atender a sua cobertura.
É inconstitucional lei estadual que vincula a 
Fundo do Judiciário o SUPERÁVIT ORÇAMENTÁ-
RIO (receita maior que a orçada) alcançado pelo res-
pectivo Estado-membro no exercício anterior, pois 
tal saldo deve ser incorporado à conta única do 
Tesouro, competindo à orçamentária correspondente 
dar a sua devida destinação, pois a CF/88 (artigos 
2º e 167, IV) veda a vinculação automática e com-
pulsória de receitas. (ADI 6045, Plenário VIRTUAL, 
Min. Marco Aurélio, sessão 12 a 19/06/20)
O superávit é a arrecadação maior que prevista.
No caso de excesso de arrecadação, para que esse dinheiro seja gasto, é necessário que 
haja autorização legislativa ou orçamentária. Nesses casos, encaminha-se um projeto de lei 
para elevar o limite inicial de arrecadação. 
Esse ajuste é decorrência do excesso de arrecadação e ele é feito dentro do mesmo orça-
mento, durante o ano. Se o excesso for confirmado apenas em 31 de dezembro, o pedido 
para utilização será feito no próximo ano.
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O superávit é feito orçamentariamente no fechamento do ano. O excesso de arrecadação 
permite a alteração dentro do próprio exercício.
O superávit analisa quanto foi arrecadado e quanto foi gasto. O excesso de arrecadação 
compara receita estimada e receita realizada.
 
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DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS V
2) Segmento do Equilíbrio e Responsabilidade Fiscal:
=> METAS MENSAIS de EXECU-
ÇÃO ORÇAMENTÁRIA (fixadas 
pelo Executivo) e cujo cumpri-
mento deve ser avaliado a cada 
BIMESTRE (para fins de pos-
sível limitação de empenho) e 
demonstrado publicamente a 
cada QUADRIMESTRE (maio, 
setembro e fevereiro).
Art. 8º (LC 101/00) – Até TRINTA DIAS após a publicação dos 
orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orça-
mentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 
4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de EXECUÇÃO MENSAL DE DESEMBOLSO.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade 
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto 
de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em 
que ocorrer o ingresso.
Art. 9º (LC 101/00) – Se verificado, ao final de um BIMESTRE, que 
a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das 
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo 
de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, 
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias sub-
sequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, 
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
(...)
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam 
obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas des-
tinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inova-
ção e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por 
fundo criado para tal finalidade e as ressalvadas pela lei de dire-
trizes orçamentárias. (Redação dada pela Lei Complementar n. 
177, de 2021)
(...)
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder 
Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das METAS FIS-
CAIS de cada QUADRIMESTRE, em audiência pública na comis-
são referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas 
Casas Legislativas estaduais e municipais.
Obs.: STF vedou que o Executivo fizesse a limitação de empe-
nho dos demais Poderes e órgãos (ADI 2238).
O verdadeiro guardião do orçamento é o Executivo. 
A autonomia orçamentária é destinada ao Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministé-
rio Público e às Defensorias Públicas (estaduais e da União).
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DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
Cada município e estado tem sua lei orçamentária para permitir os ajustes de cada parti-
cularidade. Mas, ao ser definido um valor, o Executivo define também as metas. 
No desembolso, projeta-se a arrecadação e os gastos.
As metas devem ser fixadas 30 dias após a publicação da Lei Orçamentária, pelo Execu-
tivo. A análise será feita bimestralmente.
Durante o programa de desembolso mensal deve haver uma análise. Se houver qualquer 
variação expressiva, a solução é fazer o congelamento de despesas. Não há como fomen-
tar o surgimento de dinheiro nas contas de um ente público. A arrecadação é padronizada. 
Portanto, se a arrecadação não se comporta como o previsto e há o desequilíbrio, deve-se 
congelar as despesas.
A cada bimestre é feita a análise, a cada quadrimestre isso é publicizado e, caso não 
se consiga restabelecer o equilíbrio, ocorre o instituto da limitação de empenho, em que se 
deixa de gastar.
Algumas despesas não podem ser cortadas ou congeladas, por exemplo, a folha de 
pagamento ou a despesa da dívida. 
Além dos casos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade, a lei local pode definir outras 
coisas que não podem ser paralisadas.
Tudo isso é para garantir a busca do controle da efetiva responsabilidade no equilíbrio 
fiscal e na responsabilidade da dívida.
Supondo que, na projeção de arrecadação, as receitas não se confirmem e fiquem abaixo, 
o Executivo tem o comando dos Arts. 8º e 9º para fazer os ajustes. Isso é aplicado aos outros 
entes, que têma garantia de que vão receber. Caso não haja o controle, o Executivo poderia 
deixar de repassar o que estava projetado para receber. 
Isso estava na Lei de Responsabilidade Fiscal, porém foi questionado e o Supremo deci-
diu que, neste caso, não cabe ao Executivo fazer limitação de empenho dos demais poderes 
e órgãos, pois isso colocaria em risco o próprio sistema, afetando a independência e autono-
mia dos entes.
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3) Principais Crimes Contra as Finanças Públicas
3) Principais Crimes Contra as Finanças Públicas
=> Principais 
CRIMES contra 
as FINANÇAS 
PÚBLICAS (CP, 
arts. 359-A a 
359-H).
Contratação de operação de crédito
Art. 359-A (CP). Ordenar, autorizar ou 
realizar operação de crédito, interno ou 
externo, sem prévia autorização legislativa:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena 
quem ordena, autoriza ou realiza opera-
ção de crédito, interno ou externo:
I – com inobservância de limite, condição 
ou montante estabelecido em lei ou em 
resolução do Senado Federal;
II – quando o montante da dívida conso-
lidada ultrapassa o limite máximo autori-
zado por lei.
Art. 16. (LC 101/00) – (...). § 1º Para os fins desta Lei Complementar, 
considera-se:
I – adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dota-
ção específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito gené-
rico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, 
realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam 
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;
II – compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamen-
tárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, priori-
dades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer 
de suas disposições.
Assunção de obrigação no último ano 
do mandato ou legislatura
Art. 359-C (CP). Ordenar ou autorizar a 
assunção de obrigação, nos DOIS ÚLTI-
MOS QUADRIMESTRES do ÚLTIMO ANO 
do mandato ou legislatura, cuja despesa não 
possa ser paga no mesmo exercício finan-
ceiro ou, caso reste parcela a ser paga no 
exercício seguinte, que não tenha contrapar-
tida suficiente de disponibilidade de caixa. 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 42. (LC 101/00) - É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no 
art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu MANDATO, contrair obri-
gação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro 
dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem 
que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Ordenação de despesa não autorizada.
Art. 359-D (CP). Ordenar DESPESA NÃO 
AUTORIZADA POR LEI:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos.
Art. 36. (LC 101/00) – É proibida a OPERAÇÃO DE CRÉDITO entre 
uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a con-
trole, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira 
controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para aten-
der investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da 
União para aplicação de recursos próprios.
Aumento de despesa total com pessoal 
no último ano do mandato ou legisla-
tura.
Art. 359-G (CP). Ordenar, autorizar ou 
executar ato que acarrete aumento de 
despesa TOTAL com pessoal, nos cento e 
oitenta dias anteriores ao final do mandato 
ou da legislatura:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos.
Art. 37. (LC 101/00) – Equiparam-se a operações de crédito e estão 
VEDADOS:
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo 
ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem pre-
juízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder 
Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social 
com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou ope-
ração assemelhada, COM FORNECEDOR de bens, mercadorias ou 
serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se 
aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com for-
necedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
 
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS VI
RELEMBRANDO
O Direito Financeiro é um desmembramento do Direito Tributário. Esse novo ramo visa à 
regulamentação do registro e da normatização do gasto das receitas públicas. A competên-
cia para legislar sobre Direito Financeiro é concorrente, sendo que a União legisla sobre as 
regras gerais em Lei Complementar.
A Lei de Responsabilidade impõe que o Poder Executivo, que é o guardião máximo da 
gestão orçamentária, deve fazer um planejamento mensal ao longo dos doze meses. De-
ve-se fazer monitoramento bimestral com publicização a cada quatro meses para que seja 
analisada a relação entre arrecadação e despesa. A depender dessa relação, deve entrar 
em cena o contingenciamento da despesa ou limitação de empenho.
A Lei de Responsabilidade excepciona os casos em que não são possíveis despesas de 
pessoal, serviço da dívida, transferência de recursos de obrigações profissionais dos fun-
dos contitucionais. 
A ideia central de responsabilidade fiscal é que não se deve gastar além do que se arrecada.
Superavit é uma possibilidade de classificação das contas, ao final do exercício, que é 
verificado quando o valor das receitas é maior do que o valor das despesas. Quando isso 
ocorre, é possível aumentar o limite do orçamento.
Por outro lado, se os valores arrecadados forem inferiores ao previsto, devem-se reduzir 
os gastos.
A regra de ouro é que o valor da dívida no início do exercício não pode ser aumentado ao 
final do exercício. Durante a pandemia de Covid-19, essa regra de ouro sofreu suspenção 
temporária.
SEGMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA E DO ENDIVIDAMENTO ESTATAL
• Noções Gerais
DÍVIDA PÚBLICA é toda a obrigação contraída pelo Estado a fim de obter recursos finan-
ceiros adicionais para complementar o custeio de ações estatais; a dívida pública é utilizada 
para complementar a arrecadação.
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
DÍVIDA EXTERNA (compromissos assumidos perante pessoa jurídica ou física do exte-
rior) X DÍVIDA INTERNA (credor é pessoa sediada no Brasil);
CONSOLIDADA/FUNDADA (mais de 12 meses – art. 29, I, da LC 101/00) X FLUTUANTE 
(cotidiano – art. 92 da Lei 4.320/64) X MOBILIÁRIA (títulos - art. 29, II, da LC 101/00);
A máquina pública deve funcionar com recursos arrecadados por meio de tributos (receita 
derivada). Há receitas oriundas de outras fontes que não os tributos (receita originária), como 
por exemplo: venda de bens inservíveis, doação, mensalidade de aluguel de bem público etc. 
A Constituição Federal prevê uma divisão de arrecadação de tributos (tributos munici-
pais, estaduais e federais) e também uma divisão de atuação (prestação de serviço) de cada 
ente. A união, por ter mais tributos de sua competência deve repassar valores arrecadados 
aos Estados e Municípios,para que estes tenham recursos para executarem as atividades 
que lhe são designadas. Também os Estados devem repassar valores (25% do ICMS) arre-
cadados aos Municípios. Metado do valor arrecadado com IPVA deve ser repassado aos 
Municípios.
Muitas vezes, os recursos não são suficientes para suprir os gastos públicos, quando isso 
ocorre, o gestor pode buscar outras fontes de financiamente como a transferência de recur-
ssos que entram a fundo perdido, isso significa que os Municípios e Estados não precisam 
devolver esses recursos recebidos. 
Outra possibilidade é a busca de fontes de financiamento na forma de dívida, isto é, 
transferência de valores que posteriormenete deverão ser devolvidos.
A dívida nasce de duas formas: por meio de empréstimo ou por meio de restos a pagar 
(dívida flutuante), decorrentes de compras ou prestações de serviços não quitadas até o dia 
31 de dezembro.
Os valores não pagos até 31 de dezembro ficam para o próximo exercício, entretanto, 
deve-se atentar para que a regra de ouro seja respeitada. 
A diferença entre dívida flutuante e dívida consolidada é o prazo. A primeira tem prazo 
de 12 meses ou menos para pagamento, e a segunda é uma dívida que tem prazo de pelo 
menos 12 meses e 1 dias.
LC 101/00
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
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Noções Introdutórias VI
DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
I – dívida pública CONSOLIDADA OU FUNDADA: montante total, apurado sem duplicidade, das 
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convê-
nios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 
DOZE MESES;
ATENÇÃO
Cuidado com a questão do prazo nas provas. As bancas costumam alterar esse prazo, 
tentado enganar o candidato.
II – dívida pública MOBILIÁRIA: dívida pública representada por TÍTULOS emitidos pela União, 
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
ATENÇÃO
Dívida Pública: termo geral;
Dívida Pública Consolidada: mais de 12 meses;
Dívida Pública Flutuante: prazo inferior a 12 meses (restos a pagar; final de exercício); 
Dívida Pública Mobiliária: representada por títulos (não são contratos).
III – OPERAÇÃO DE CRÉDITO: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura 
de crédito, emissão e aceite de título, AQUISIÇÃO FINANCIADA de bens, recebimento antecipado 
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras 
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual 
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido 
da atualização monetária.
§ 1º EQUIPARA-SE a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívi-
das pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.
§ 2º Será incluída na dívida pública CONSOLIDADA DA UNIÃO a relativa à emissão de TÍTULOS 
de responsabilidade do Banco Central do Brasil. (...).
§ 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercí-
cio financeiro, o MONTANTE DO FINAL DO EXERCÍCIO ANTERIOR,somado ao das operações 
de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atu-
alização monetária.
Lei 4.320/64
Art. 92. A DÍVIDA FLUTUANTE compreende:
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DISCIPLINA
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I – os RESTOS A PAGAR, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos RESTOS A PAGAR far-se-á por exercício e por credor distinguin-
do-se as despesas PROCESSADAS das NÃO PROCESSADAS. 
Um conceito muito importante no Direito Financeiro é a sustentabilidade da dívida, que é 
a ideia segundo a qual só se deve assumir responsabilidade que podem ser pagas.
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Noções Introdutórias VII
DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS VII
RELEMBRANDO
A dívida flutuante é aquela que diz respeito a restos a pagar. Os restos só são contabili-
zados a partir do dia 31 de dezembro, quando vira o ano. Antes disso, esses valores são 
um empenho.
Operação de crédito é um conceito amplo que absorve o conceito de dívida fundada. Qual-
quer abertura de crédito, emissão de aceite de título, aquisição financiada de bens, recebi-
mento antecipado de valores ou qualquer outra operação assemelhada que gere uma for-
ma de financiamento da máquina pública, comprando à prazo, são consideradas operação 
de crédito. 
Qualquer assunção de obrigação pela Administração Pública é considerada operação 
de crédito.
As operações de crédito de dívidas a serem pagas em prazo superior a 12 meses são 
chamadas de dívida consolidada. Quando a dívida é paga em período inferior a 12 meses, 
tem-se uma dívida flutuante. Se a dívida for representada por títulos de aplicação, que vi-
sam à captação de recursos com pagamento futuro, tem-se dívida pública mobiliária.
LC 101/00
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública CONSOLIDADA OU FUNDADA: montante total, apurado sem duplici-
dade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, con-
tratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em 
prazo superior a DOZE MESES;
II – dívida pública MOBILIÁRIA: dívida pública representada por TÍTULOS emitidos pela 
União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
III – OPERAÇÃO DE CRÉDITO: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, 
abertura de crédito, emissão e aceite de título, AQUISIÇÃO FINANCIADA de bens, rece-
bimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arren-
damento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos 
financeiros;
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Noções Introdutórias VII
DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou 
contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal 
acrescido da atualização monetária.
§ 1º EQUIPARA-SE a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confis-
são de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos 
arts. 15 e 16.
§ 2º Será incluída na dívida pública CONSOLIDADA DA UNIÃO a relativa à emissão de 
TÍTULOS de responsabilidade do Banco Central do Brasil. (...).
§ 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada 
exercício financeiro, o MONTANTE DO FINAL DO EXERCÍCIO ANTERIOR, somado ao das 
operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, 
acrescido de atualização monetária.
Limites da Dívida Pública
O sistema de responsabilização fiscal visa a garantir uma gestão sustentável da dívida, 
de modo que não se gastem alémdo arrecadado. Nessa lógica, medidas como renúncia de 
receita ou gastos além do estipulado são puníveis.
No Federalismo Brasileiro, os municípios também são considerados centros federativos. 
Entretanto, na área financeira as regras gerais são definidas pela União. 
No prática, o controle de gastos deve ser feito frequentemente, para que as dívidas não 
alcancem patamares absurdos que dificultem o pagamento.
Nesse sistema, portanto, a assunção de dívidas tem um tratamento especial, que 
demanda a atuação do Senado:
Competência do SENADO para fixar os limites globais da DÍVIDA CONSOLIDADA (CF/88, 
art. 52, VI):
a) Estados e DF, duas receitas correntes líquidas;
b) Municípios, 120% de uma receita corrente líquida;
Art. 52. (CF/88) Compete privativamente ao Senado Federal: (...) VI - fixar, por proposta 
do Presidente da República, limites globais para o montante da DÍVIDA CONSOLIDADA da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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Noções Introdutórias VII
DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
Receita Corrente Líquida
LC 101/00
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: (...) IV - RECEITA 
CORRENTE LÍQUIDA: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, 
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também 
correntes, DEDUZIDOS:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação consti-
tucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 
195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; 
(exemplo 25% do ICMS e 50% do IPVA devem ser destinados aos municípios) 
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio 
do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensa-
ção financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
§ 1º Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e rece-
bidos em decorrência da Lei Complementar n o 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo 
previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados 
do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas 
de que trata o inciso V do § 1 o do art. 19. § 3 o A receita corrente líquida SERÁ APURADA 
somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas 
as duplicidades.
Obs.: o conceito de receita corrente líquida, por exemplo, é tomado como referência para 
contratar concursados. Consideram-se os valores de 50% para União e 60% para 
estados e municípios, os percentuais são sobre a receita corrente líquida.
A receita corrente líquida é o valor que efetivamente fica no caixa do ente federativo, os 
valores a serem repassados a outros entes ou os valores destinados à previdência de servi-
dores não integram essa receita corrente líquida. 
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
Resolução n. 40/2001 do Senado: Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a 
partir do encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá exceder, respec-
tivamente, a:
I – no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente líquida, 
definida na forma do art. 2; e
II – no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente 
líquida, definida na forma do art. 2.
Base será a RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (média do mês mais os onze anteriores);
Dívida Mobiliária
Competência do CONGRESSO para fixar os limites da DÍVIDA MOBILIÁRIA da União 
(LC 101/00, art. 30, II);
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o Presi-
dente da República submeterá ao:
I – Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida CONSO-
LIDADA da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 
52 da Constituição, bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do 
mesmo artigo;
II – Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida 
MOBILIÁRIA federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado 
da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da União, 
atendido o disposto no inciso I do § 1º deste artigo.
§ 3º Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão fixados em percentual da 
receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes 
da Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.
§ 4º Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida 
consolidada será efetuada ao final de cada quadrimestre. (...)
§ 7º Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houve-
rem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
Obs.: em regra, o serviço público não pode ser interrompido, dessa disposição decorre 
que os bens públicos não podem ser penhorados, pois são destinados à finalidade 
pública. Diante disso, surge a questão sobre qual procedimento os credores devem 
adotar para receberem da administração pública. A CF/88 estabelece, para tanto, o 
instrumento do precatório, que é um título a prazo que atesta o dever de pagamento 
do poder público. O precatório serve, também, para a realização da programação or-
çamentária. Em regra, o pagamento de um precatório deve ser efetuado até o dia 31 
de dezembro do ano seguinte. O descumprimento desse prazo transporta o precató-
rio para a categoria de dívida, que é contabilizada para não permitir que o município 
ou o estado assuma empréstimos posteriores.
Precatórios não pagos integram o cálculo da dívida fundada; 
CF/88
Art. 167. São vedados: (...) III – a realização de operações de créditos que excedam o 
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suple-
mentares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria 
absoluta. (...) X – a transferência voluntária de recursos e a CONCESSÃO DE EMPRÉSTI-
MOS, inclusive por antecipação de receita, PELOS Governos Federal e Estaduais e suas ins-
tituições financeiras, PARA pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Obs.: a Regra de Ouro impõe que o valor da dívida no início do exercício não pode ser 
aumentado ao final do exercício. Isso não significa que a Administração Pública não 
pode assumir dívidas, mas que a assunção de dívidas deve ser autorizada mediante 
créditos suplementares ou especiais. 
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Noções Introdutórias VII
DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
A respeito desse tema, o STF tem o seguinte entendimento:
ESTADOS E MUNICÍPIOS podem contrair EMPRÉSTIMOS para pagamento de DESPE-
SAS COM PESSOAL (ativos e inativos), desde que tais OPERAÇÕES DE CRÉDITO sejam 
contratadas junto a INSTITUIÇÕES PRIVADAS (pois, o art. 167, X, da CF/88 veda apenas 
a contratação perante BANCOS PÚBLICOS) e desde que respeitado o LIMITE DE ENDIVI-
DAMENTO do respectivo Ente (CF/88, art. 167, III) (STF, ADI 5683/RJ,Plenário, relator Min. 
Roberto Barroso, julgado em 20.4.2022).
Nesse julgado, o STF fez uma interpretação literal do inciso X do artigo 167. Essa inter-
pretação, entretanto, não é adequada do ponto de vista da Responsabilidade Fiscal. 
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Noções Introdutórias VIII
DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS VIII
Sustentabilidade da Dívida Pública
Houve muitas alterações constitucionais em relação ao tema da sustentabilidade pública. 
É importante atentar-se a essas modificações, que têm alta incidência em provas.
A garantia da SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA visa garantir a estabilidade das contas 
públicas para as futuras gerações, incluindo população e também gestores. Essa garantia 
passou a ter previsão constitucional expressa.
Não é possível que um gestor faça uma folha de pagamento, com nomeações de pares, 
para o próximo gestor assumir, por exemplo.
Sustentabilidade da dívida não se confunde com mecanismo de ajuste fiscal. 
SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA (obrigatória – “disporá” – art. 163, VIII, CF/88) X MECA-
NISMO DE AJUSTE FISCAL (facultativo – “pode” – art. 167- A da CF/88).
Art. 163. Lei complementar DISPORÁ sobre: (Lei 4.320/64 e LC 101/00) (...) VIII - 
SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA, especificando: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 
109, de 2021)
a) indicadores de sua apuração;
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a TRAJETÓRIA DA DÍVIDA;
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação;
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações;
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida.
Parágrafo único. A LEI COMPLEMENTAR de que trata o inciso VIII do caput deste artigo 
PODE autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (MECA-
NISMO DE AJUSTE FISCAL) (Incluído pela EC n. 109, de 2021).
Obs.: o artigo 163 é uma norma constitucional de eficácia limitada, que deve ser normatiza-
da por lei complementar.
Essa classificação foi teorizada por José Afonso da Silva, que classificou as normas cons-
titucionais em: Norma de Eficácia Plena, a normatização está completa no próprio texto cons-
titucional; Norma de Eficácia Contida, a norma já produz efeitos, mas lei infraconstitucional 
por alterar ou reduzir o alcance da eficácia; Norma de Eficácia Limitada é aquela que precisa 
de uma lei que a regulamente para produzir efeitos.
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
O artigo 167-A foi introduzido pela EC n.109/2021, esse dispositivo dispõe sobre o meca-
nismo de ajuste fiscal. 
O estudo do Direito Financeiro não deve estar restrito à lei seca, pois, a exemplo do artigo 
163, há muita remissão no texto constitucional.
Mecanismo de ajuste fiscal
MECANISMO DE AJUSTE FISCAL (art. 167-A da CF/88 - introduzido pela EC 109/21):
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas cor-
rentes e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, é FACULTADO aos Poderes Executivo, Legislativo e Judi-
ciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto 
permanecer a situação, aplicar o MECANISMO DE AJUSTE FISCAL de VEDAÇÃO da:
I – concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remu-
neração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de mili-
tares, exceto dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação 
legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo;
II – criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (...)
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada BIMESTRALMENTE. (Incluído 
pela EC n. 109, de 2021).
Obs.: o mecanismo de ajuste fiscal não aplica à União. São características desse mecanismo: 
a) integra o rol de “medidas de ajuste, suspensões e vedações” para garantir a “susten-
tabilidade da dívida” (CF, art. 163, VIII, “d”);
b) é calculado no período de 12 meses e revisado a cada BIMESTRE;
c) gatilho quando a relação despesa corrente X receita corrente atingir 95% (limite pru-
dencial); mas, pode ser adotado a partir dos 85% (CF/88, art. 167-A, §1º);
d) adoção facultativa (“facultado”);
e) leva em conta a relação entre as despesas e receitas CORRENTES, conceituadas nos 
arts. 11 e 12 da Lei n. 4.320/1964;
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
f) envolve os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal 
de Contas e a Defensoria Pública (os órgãos que possuem AUTONOMIA ORÇAMENTÁRIA 
– art. 168 da CF/88);
g) veda: medidas que aumentem as despesas com pessoal (nomeações, contratações, 
criação de cargos e ampliação de vantagens); abertura de concursos (exceto para reposi-
ções legais); criação de despesa obrigatória; criação ou ampliação de benefícios tributários; 
criação ou ampliação de programas de subsídios e subvenções;
O artigo 19 da LC 101 dispõe que a União tem como limite de recursos destinado ao 
pagamento de pessoal o percentual de 50% sobre a receita corrente líquida, os estados, o 
DF e os municípios estão sujeitos ao limite de 60% sobre a receita corrente líquida.
LC n. 101/00:
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes 
percentuais:
I – na esfera FEDERAL:
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal 
de Contas da União;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, destacando-se 
3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos 
XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional n o 19, repartidos 
de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em per-
centual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente 
anteriores ao da publicação desta Lei Complementar; (Vide Decreto n. 3.917, de 2001) d) 
0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;
II – na esfera ESTADUAL:
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo; d) 2% (dois por cento) para o Minis-
tério Público dos Estados;
III – na esfera MUNICIPAL:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas DO Município, 
quando houver;
b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo.
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
(...) § 4º Nos Estados em que houver Tribunal de Contas DOS Municípios, os percentuais 
definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzi-
dos em 0,4% (quatro décimos por cento).
Obs.: em regra, as contas públicas devem ser conduzidas com base na sustentabilidade da 
dívida, no equilíbrio,na receita iguala despesa e no respeito aos limites da dívida. 
A finalidade primária da legislação financeira não é punir, mas prevenir o colapso das 
contas públicas. A lei fornece ferramentas para que se identifiquem precocemente os even-
tuais déficits nas contas.
h) exceções: despesas já previstas em lei anterior; decisões judiciais “TRANSITADAS 
EM JULGADO” (e as liminares?); REPOSIÇÕES (cargos comissionados, cargos efetivos, 
contratações emergenciais e militares); recomposição inflacionária (até o limite de índice 
oficial). É importante atentar-se às exceções ao mecanismo de ajuste fiscal.
i) Não pode ser imposto pelo Executivo aos demais Poderes e órgãos com autonomia 
orçamentária, conforme decisão do STF: É inconstitucional o § 3º do referido art. 9º da LRF 
quando autorizava o EXECUTIVO REDUZIR os limites da execução orçamentária do Legis-
lativo, Judiciário e do MP, quando estes não adotassem medidas inerentes ao contingencia-
mento de despesas (violação da autonomia) (ADI 2238, Plenário, Min. Alexandre de Moraes, 
j. 24/06/20).
j) Pode ser adotado por ato administrativo do Executivo, a partir do momento em que a 
relação entre despesa corrente e receita corrente atingir o gatilho de 85% (menor que os 95% 
do caput); mas, terá de ser submetido à análise do Legislativo (que poderá rejeitá-lo). 
Art. 167-A. (...), enquanto permanecer a situação, aplicar o MECANISMO DE AJUSTE 
FISCAL de VEDAÇÃO da:
(...) IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, RESSALVADAS:
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Cons-
tituição; e
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos 
de formação de militares;
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V – realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no 
inciso IV deste caput;
VI – criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de represen-
tação ou benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de 
membros de Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empre-
gados públicos e de militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de 
sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplica-
ção das medidas de que trata este artigo;
VII – criação de despesa obrigatória;
VIII – adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação 
da inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do 
art. 7º desta Constituição;
IX – criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão, 
renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com 
subsídios e subvenções;
X – concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária.
O art. 22 da LC 101/00 já prevê restrição idêntica ao MECANISMO DE AJUSTE FISCAL 
para a ÁREA DE PESSOAL;
Inclusive, o descumprimento dos limites da despesa com pessoal impede:
a) contratar operações de crédito;
b) obter garantias visando a obtenção de empréstimos.
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 (des-
pesa com pessoal) será realizada ao final de cada quadrimestre. Parágrafo único. Se a des-
pesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, SÃO VEDADOS 
ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I – concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qual-
quer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, 
ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;
II – criação de cargo, emprego ou função;
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV – PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO, admissão ou contratação de pessoal a qual-
quer título, RESSALVADA a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servi-
dores das áreas de educação, saúde e segurança;
V – contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6 o do art. 57 
da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. (...)
§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas 
nele previstas tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de 
acordo com declaração do respectivo Tribunal de Contas, é vedada:
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DIREITO FINANCEIRO ORÇAMENTÁRIO
I – a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido;
II – a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Fede-
ração, diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou empresas 
estatais dependentes, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de 
dívida contraída anteriormente, ressalvados os financiamentos destinados a projetos especí-
ficos celebrados na forma de operações típicas das agências financeiras oficiais de fomento.
Obs.: o mecanismo de ajuste fiscal já estava previsto no artigo 22 da LC n. 101. Entretanto, 
esse dispositivo foi muitas vezes questionado, porque é uma lei federal disciplinando 
sobre regras que afetariam a autonomia administrativa de estados e municípios. En-
tretanto, esse dispositivo foi declarado constitucional e, para consolidar essa norma, 
o Constituinte derivado optou por introduzir esse mecanismo na Constituição Federal.
No RMS 66.316-SP, a Primeira Turma do STJ (j. 19/10/2021) decidiu que o ALERTA DA 
CORTE DE CONTAS acerca do atingimento do chamado LIMITE PRUDENCIAL de 95% 
do percentual de DESPESA COM PESSOAL (LC n. 101/00, arts. 19, 20 e 22), não configu-
rava SITUAÇÃO EXCEPCIONAL capaz de justificar a NÃO NOMEAÇÃO de APROVADOS 
DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS oferecidas em concurso público. 
Esse julgado negou vigência ao artigo 22 da LC n. 101.30m
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Valcir Spanholo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ATENÇÃO
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A
N
O
TA
ÇÕ
E
S
Financeiro 
DIREITO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
FINANCEIRO 
RELEMBRANDO
O Direito Financeiro é um ramo do Direito Público. A competência para legislar sobre Di-
reito Financeiro é concorrente. Os Municípios podem, por extensão suplementar (art. 30), 
complementar a legislação. As regras gerais a respeito dessa matéria são reguladas por 
Lei Complementar e as regras comuns são instituídas por meio de lei ordinária.
As três leis orçamentárias são: Plano plurianual (validade de 4 anos), A Lei de Diretri-
zes Orçamentárias (elaborada no primeiro semestre, espécie de rascunho dos parâmetros 
adotados para a elaboração da lei orçamentária) e a Lei Orçamentária Anual.
O princípio da unicidade dispõe que todos os poderes e órgãos que têm autonomia orça-
mentária unificam o orçamento por meio de uma única lei orçamentária de cada esfera 
federativa.
A iniciativa da lei orçamentária é do Poder Executivo.
A disponibilidade de caixa de Estados e Municípios deve ficar em bancos oficiais, que são 
bancos dotados de autonomia patrimonial de um ente público por razões de segurança.
Foi instituída na Constituição a prescrição

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