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O senso de toque dos robôs pode ser tão rápido quanto os humanos mostra estudo

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O senso de toque dos robôs pode ser tão rápido quanto os
humanos, mostra estudo
Imagem óptica da rede aferente tátil tátil artificial implementada por hardware. Crédito da imagem:
Science (2024).
Pesquisadores da Universidade de Uppsala e do Instituto Karolinska fizeram um avanço que poderia permitir
que robôs e mãos protéticas se sentissem em contato como as mãos humanas.
Seu estudo, publicado na revista Science, também pode ajudar a restaurar as funções perdidas dos
pacientes com AVC.
“Nosso sistema pode identificar rapidamente objetos por toque, assim como uma pessoa com os olhos
vendados pode dizer a diferença entre uma bola de tênis e uma maçã”, diz Zhibin Zhang, do Departamento
de Engenharia Elétrica da Universidade de Uppsala.
Zhang e seu colega, Libo Chen, trabalharam em estreita colaboração com especialistas em processamento
de dados e aprendizado de máquina da Universidade de Uppsala e pesquisadores de neurogeriat do
Karolinska Institutet.
Inspirados pela neurociência, eles criaram um sistema de toque artificial que imita como o sistema nervoso
humano responde ao toque.
Este sistema usa pulsos elétricos para processar informações de toque, semelhante à forma como nossos
nervos funcionam.
“Com essa tecnologia, uma mão protética pode parecer uma parte natural do corpo do usuário”, explica
Zhang.
O sistema inclui três partes principais:
https://www.science.org/doi/10.1126/science.adf3708
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1. Pele eletrônica (e-skin): Esta pele tem sensores que detectam pressão.
2. Neurônios artificiais: esses neurônios convertem sinais de toque em pulsos elétricos.
3. Processador: processa os sinais para identificar objetos.
Nos testes, o sistema identificou com sucesso 22 objetos diferentes e 16 superfícies por toque. Os
pesquisadores acreditam que pode aprender a reconhecer muito mais.
“Também estamos explorando como fazer o sistema sentir dor e calor. Também deve ser capaz de dizer que
material é como tocar, como madeira ou metal”, diz Libo Chen, que liderou o estudo.
Os pesquisadores dizem que esse feedback de toque pode tornar as interações entre humanos e robôs, ou
mãos protéticas, mais seguras e naturais. Também daria às mãos protéticas a capacidade de lidar com
objetos tão habilmente quanto as mãos humanas.
“A pele humana tem milhões de receptores de toque. A tecnologia atual de e-skin não pode igualar isso, mas
nossa tecnologia nos aproxima. Nosso objetivo é criar pele artificial para robôs inteiros”, diz Chen.
Esta tecnologia também tem usos médicos. Ele pode monitorar problemas de movimento causados pela
doença de Parkinson ou Alzheimer e ajudar os pacientes com AVC a recuperar as funções perdidas.
“O sistema pode até detectar se um paciente está prestes a cair e, em seguida, estimular os músculos ou
ativar dispositivos assistivos para evitar a queda”, acrescenta Zhang.
Esta nova tecnologia de toque marca um passo significativo na robótica e próteses, prometendo um futuro
onde as mãos artificiais podem sentir e funcionar como as reais.
Fonte: Universidade de Uppsala.

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