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Princípio da INTRANSCEDÊNCIA DA PENA (pessoalidade): conquista do período iluminista
Direito Penal Romano: maior fonte de ordenamentos
No período de formação de Roma (753 a.C) a pena era utilizada com caráter sacral – Rei (sacerdote de Deus), tinha poderes ilimitados
 - Lei das XII Tábuas (1º código romano escrito): inicia período dos diplomas legais positivados; impõe limitação à vingança privada, adota a lei do talião e admite a composição
- Posteriormente; desaparece a vingança privada, sendo substituída pelo ius puniendi estatal. Fundamento da pena era retributivo, passando a existir, mesmo que de forma tímida, o postulado da reserva legal
Principais características do direito romano: 
- Afirmação do caráter PÚBLICO e social do direito;
-Amplo desenvolvimento dos conceitos de imputabilidade e antijuridicidade, bem como suas EXCLUDENTES;
-Pena constitui uma reação pública, correspondendo ao Estado sua aplicação;
-Consideração do CONCURSO de pessoas, diferenciando co-autoria de PARTICIPAÇÃO;
-Existência, tímida, do conceito de TENTATIVA;
Direito Penal Germânico
característica: Direito consuetudinário
Perda da paz autorizava a qualquer pessoa matar o agressor. Posteriormente, por influência do direito romano, adotou a pena do talião.
Responsabilidade objetiva –somente importa o resultado causado, sem questionar dolo ou culpa ou consequência de caso fortuito ou de força maior
Direito Penal Canônico
Estendia-se a religiosos e leigos, face a crescente influência da Igreja Católica e o consequente enfraquecimento do Estado
Principais contribuições:
- Contribui para o surgimento da prisão moderna
– primeiras idéias sobre a reforma do delinquente;
- As idéias de fraternidade, redenção e caridade da Igreja foram transplantadas para o direito punitivo, procurando-se corrigir e reabilitar o delinquente; 
- Individualização da pena, conforme o caráter e temperamento do réu
Iluminismo – apogeu na Revolução Francesa – concepção filosófica que ampliou domínio da razão a todas as áreas No direito penal, influência de uma série de pessoas visando a reforma do sistema punitivo, defendendo que a finalidade da pena não deve ser atormentar o indivíduo e que deve ser proporcional ao crime praticado, levando-se em consideração, quando da sua fixação, as condições pessoais do delinquente
Principais filósofos do Iluminismo: Montesquieu, Rousseau ( “contrato social"), Voltaire
Na esfera político-criminal: Beccaria (Dos Delitos de das Penas, 1764-> “melhor prevenir o crime do que castigar"), Howard (preocupação com problemas penitenciários, nasce o penitenciarismo) e Benthan
ESCOLAS PENAIS
Escola Clássica (iluminismo)
1ª fase período teórico-filosófico: Beccaria
2ª fase período ético-jurídico: Carrara
Escola Positiva, fim do século XIX: Lemarck, Haeckel, César Lombroso, Enrico Ferri e Rafaele Garofalo
abandono ao racionalismo
crime como fenômeno natural e social, estando sujeito às influências do meio e aos múltiplos fatores que atuam sobre o comportamento
responsabilidade penal é social, tendo por base a periculosidade do agente
pena é exclusivamente medida de defesa social
criminoso é sempre psicologicamente um anormal
DIREITO PENAL NO BRASIL
Direito Penal Indígena – época do descobrimento
Ordenações Afonsinas – 1446 – Dom Afonso V.
Ordenações Manuelinas – 1521 – Dom Manuel I.
Ordenações Filipinas – 1603/1830 – penas cruéis e desproporcionais, sem qualquer sistematização. Predomínio da pena de morte. Ausência do princípio da legalidade, ficando ao arbítrio do Juiz a escolha da pena aplicada.
CF 1824 aponta necessidade de elaboração de um Código Criminal com base na justiça e equidade
Código Criminal do Império D. Pedro I em 1830 –> Fundou-se nas ideias iluministas de Beccaria e criou dias-multa
Código Penal Republicano, 1890 –> apresentou graves problemas técnicos e atrasado Em virtude de suas deficiências foram editadas diversas legislações extravagantes, sendo substituído pela Consolidação das Leis Penais, em 1932
Código Penal de 40 -> vigora até os dias atuais, com várias reformas (a mais importante: Lei 7209/84 – reformulou toda a parte geral do CP, humanizou as penas e adotou penas alternativas)

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