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1 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO e SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS AULA 2 O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO Liliane Assumpção Oliveira INTRODUÇÃO A aula será composta pela caracterização dos diferentes tipos de necessidades especiais e suas peculiaridades, além de apresentar as linhas norteadoras do atendimento especializado e as ações necessárias para haver a colaboração desse serviço com o ensino regular. Não são sinônimos de deficiência, mas compõem características temporárias ou permanentes, que influenciam a aprendizagem, podendo ser fatores orgânicos ou de saúde, quadros afetivo-emocionais, culturais e outros. As necessidades educacionais especiais Ocasionada por lesões nos centros e vias nervosas que comandam a função motora. Podem ocorrer por infecções ou lesões parciais ou totais nas estruturas do sistema nervoso central e periférico, ou por degeneração neuromuscular. Deficiência Física Neuromotora A maior incidência em alunos matriculados na educação básica, são: lesão cerebral (paralisia cerebral ou deficiência neuromotora), lesão medular (paraplegia/tetraplegias) ou deficiências neuromusculares (doenças progressivas do sistema músculo esquelético). Deficiência auditiva/Surdez Perda parcial ou total da capacidade auditiva de percepção sonora, variando em graus, desde perda leve até a perda profunda. Enfoque educacional: compreende e interage com o mundo por meios de experiências visuais, manifestando sua cultura por meio da língua de sinais. 1 2 3 4 5 6 2 Deficiência visual Abrange desde a visão subnormal ou baixa visão, até a cegueira, sendo caracterizada pela significativa diminuição da capacidade de enxergar, com importante redução do campo visual e da sensibilidade aos contrastes, limitando a percepção de luzes e formas. Deficiência Intelectual Funcionamento intelectual abaixo da média, coexistindo com limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, participação familiar e comunitária, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, de lazer e trabalho. Surdocegueira É considerada uma deficiência única, que apresenta perdas auditivas e visuais concomitantemente em diferentes graus, levando a pessoa com surdocegueira a desenvolver diferentes formas de comunicação para entender e interagir com a sociedade. Transtornos Globais do Desenvolvimento – TGD Distúrbios nas interações sociais que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida, e se caracterizam por padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades. Os mais comuns encontrados nas escolas são o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Principais implicações: atenção, motivação, organização, comunicação e interação. Altas Habilidades ou Superdotação Apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados, capacidade intelectual geral: aptidão acadêmica específica, pensamento criativo ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes e capacidade psicomotora. 7 8 9 10 11 12 3 Habilidades de maior incidência: Intelectual: flexibilidade e fluência de pensamento, capacidade de pensamento abstrato, rapidez do pensamento, compreensão e memória elevada, capacidade de resolver e lidar com problemas. Acadêmica: aptidão específica, rapidez de aprendizagem, boa memória, gosto e motivação pelas disciplinas acadêmicas de seu interesse; habilidade para avaliar, sintetizar e organizar o conhecimento, e, capacidade de produção acadêmica. Criativa: originalidade, imaginação, capacidade para resolver problemas de forma diferente e inovadora, sensibilidade para as situações ambientais, podendo reagir até de modo extravagante, facilidade de expressão, fluência e flexibilidade. Social: demonstra capacidade de liderança, sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, habilidade de trato com pessoas e grupos estabelecendo relações sociais, capacidade para resolver situações sociais complexas, alto poder de persuasão e de influência no grupo. Talento Especial: destaca-se nas artes: artes plásticas, musicais, dramáticas, literárias ou cênicas. Talento Espacial/Corporal: habilidade e interesse pelas atividades psicomotoras, com desempenho acima da média em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora. O Atendimento na Rede Regular de Ensino Para que a inclusão se efetive a rede regular também tem um papel fundamental promovendo a organização das classes comuns e a disponibilidade dos serviços de apoio. 13 14 15 16 17 18 4 - Capacitação de professores (regular e especializado); - Adaptações curriculares e pedagógicas; - Serviços de apoio – Intérpretes de Libras, conhecimento de Braille, auxílio na locomoção e salas de recursos multifuncionais. O Atendimento Educacional Especializado As principais funções do AEE são de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades individuais e específicas. MEC - o AEE deve ser realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos Multifuncionais da própria escola, ou em outra escola de ensino regular, no contraturno, isto é, no turno inverso ao da escolarização. Institucionalização do AEE nas escolas regulares - Sala de recursos multifuncional; - Matrícula do aluno no AEE; - Plano do AEE; - Professor para docência no AEE; - Profissionais de apoio à educação; - Articulação entre professores do AEE e os do ensino comum. - Especializado em Educação Especial - identificar, organizar, adaptar, acompanhar, orientar professores e famílias, estabelecer os melhores recursos e avaliar. Formação e funções dos professores do AEE Saiba Mais Conheça os dados do último Censo Demográfico do Brasil do IBGE – 2010, e observe a margem de atuação da Educação Especial, os tipos de necessidades especiais. Link:https://educa.ibge.gov.br/jovens/con heca-o-brasil/populacao/20551-pessoas- com-deficiencia.html 19 20 21 22 23 24 https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/20551-pessoas-com-deficiencia.html 5 CONCLUSÃO Conhecer as necessidades educacionais especiais para compreender suas implicações no indivíduo e a influencia no processo de ensino e aprendizagem, bem como, compreender o atendimento educacional especializado, que tem por objetivo complementar o ensino da classe regular, por meio de atividades que resguardem o direito à diferença e ofereça recursos adequados para o pleno desenvolvimento dos alunos. REFERÊNCIAS BEYER, Hugo Otto. A educação inclusiva: incompletudes escolares e perspectivas de ação. In: Cadernos de Educação Especial. Santa Maria: UFSM, 2003. BIANCHETTI, Lucídio. Aspectos históricos da apreensão e da educação dos considerados deficientes. In: Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho e cidadania. Campinas – SP: Papirus, 1998. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Sala de Recursos Multifuncionais- Espaço de atendimento educacional especializado. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2007. CARVALHO, E.N.S. de & MONTE, F.R.F. do. A educação inclusiva de portadores de deficiências em escolas públicas do DF. Temas em Educação Especial III. São Paulo: Universidade de São Carlos, 1995. Conselho Nacional de Educação – Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CNB n.2 de 11 de setembro de 2001 – Brasília. CORREIA, L. M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto: Porto Editora, 1997. MAZZOTA, M. Educação Escolar comum ou especial? São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1986. RODRIGUES, D. Dimensões da formação de professores em educação inclusiva. In: RODRIGUES, D. (Org.). Investigaçãoem educação inclusiva, v. 2. 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