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Aula 03 FUNCIONAMENTO DO MERCADO O QUE É “MERCADO”? • O “mercado”, é um dos mecanismos econômicos mais importantes do nosso cotidiano. • Não existe uma definição rigorosa, em termos básicos, mas o mercado pode ser visto como uma “instituição” na qual ocorre a interação entre compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) • No mercado acontece a interação entre agentes interessados em adquirir um bem (produto ou serviço) e agentes dispostos a vender esse mesmo bem. COMPRADORES VENDEDORES MERCADO QUANDO O MERCADO NÃO REPRESENTA UMA “INSTITUIÇÃO” FORMAL? Quando os dois agentes (comprador e vendedor) estão dispostos a realizar uma transação econômica e não precisam necessariamente estar em um estabelecimento, como um supermercado ou uma loja específica, para efetuá-la. Em geral, ela ocorre conforme questões normativas (ou legais), mas mesmo o mercado ilegal é um mercado – o comércio de produtos piratas e até o contrabando de drogas e armas ocorrem por via do mercado. MERCADO FORMAL MERCADO INFORMAL MERCADO FORMAL INTERNET SHOPPING CENTER CONTRABANDO “MERCADO” COMO MEIO DE TROCA • Nas sociedades contemporâneas, as trocas ocorrem mediante o uso de moeda como meio de troca. E uma das funções da moeda é, justamente, servir como intermediário das trocas. • Na antiguidade o escambo era a forma de efetuar a troca direta entre os agentes (indivíduos) sem a necessidade do uso da moeda. IMPORTÂNCIA DO “MERCADO” MERCADO • Permite a interação e realização das transações entre agentes econômicos (famílias-governo- empresas). • É justamente por permitir e facilitar a ocorrência dessas transações que o mercado é uma “instituição” importante para o funcionamento da economia, e quanto mais rápido e mais simples o mercado funcionar, mais transações serão realizadas e, consequentemente, mais produção e renda a sociedade tende a gerar. AGILIDADE FACILIDADE TRANSAÇÕES REALIZADAS AUMENTO DA PRODUÇÃO E RENDA O CONCEITO DE “UTILIDADE” PARA A ECONOMIA O QUE REPRESENTA O CONCEITO SUBJETIVO DE UTILIDADE? A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. Como está baseada em aspectos psicológicos ou preferências subjetivas, a utilidade difere de consumidor para consumidor (uns preferem uísque, outros, cerveja). A teoria do valor-utilidade contrapõe-se à chamada teoria do valor-trabalho,desenvolvida pelos economistas clássicos (Malthus, Adam Smith, Ricardo, Marx). A teoria do valor-utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Ela é, portanto, subjetiva e considera que o valor nasce da relação do homem com os objetos. Representa a chamada visão utilitarista, em que prepondera a soberania do consumidor, pilar do capitalismo. A teoria do valor-trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, por meio dos custos do trabalho incorporados ao bem. Os custos de produção seriam representados basicamente pelo fator mão de obra, em que a terra era praticamente gratuita (abundante) e o capital pouco significativo. Pela teoria do valor-trabalho, o valor do bem surge da relação social entre homens, dependendo do tempo produtivo (em horas) que eles incorporam na produção de mercadorias. Nesse sentido, a teoria do valor-trabalho é objetiva (depende de custos de produção) QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES DAS TEORIAS PARA O ENDENDIMENTO QUANTO AO FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS? • A teoria do valor-utilidade veio complementar a teoria do valor- trabalho, pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos da mão de obra (ou mesmo custos em geral) sem considerar o lado da demanda (padrão de gostos, hábitos, renda e outros). • A teoria do valor-utilidade permitiu distinguir o valor de uso do valor de troca de um bem. O valor de uso é a utilidade que ele representa para o consumidor. O valor de troca se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem. www.nreeducacional.com.br