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Email: joaopaulojpsoares@hotmail.com Telefone: (38) 9 9952-8258 CONHECIMENTO DE MORADORES DO MUNICÍPIO DE SALINAS, MINAS GERAIS SOBRE DIFILOBOTRÍASE João Paulo Soares Alves1, Johnantan Nunes de Souza1, Alessandra Borges de Oliveira1, Antônio Victor Veloso Ramos1, Ellem Cristina Gomes Damascena1, Éllen Araújo de Deus1, Fernando Gomes Silva1, Jéssica Leal da Silva1, Vanessa Paulino da Cruz Vieira2 ¹Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) Campus Salinas. Rodovia MG-404, Km 02, s/n- Zona Rural, CEP: 39560-000. Salinas, MG, Brasil. ²Docente dos cursos de Medicina Veterinária e Licenciatura em Ciências Biológicas do IFNMG - Campus Salinas, MG, Brasil INTRODUÇÃO A difilobotríase é uma doença parasitária, de distribuição mundial, causada pelo cestódeo do gênero Diphyllobothrium sp., acometendo principalmente gestantes e imunodeprimidos. Se trata de uma zoonose, cujo principal modo de transmissão se dá pela ingestão de peixes crus ou malcozidos, contaminados com a larva plerocercoide do parasito. OBJETIVO Esse trabalho teve como objetivo realizar um levantamento conhecimento dos moradores do município de Salinas, Minas Gerais sobre difilobotríase. METODOLOGIA Em junho de 2018, realizou-se uma pesquisa descritiva, onde a coleta de dados se deu por aplicação de um questionário sobre o tema, com um roteiro de perguntas que buscavam registrar informações a respeito do consumo de carne de peixe, conhecimento sobre a difilobotríase, suas formas de transmissão e possíveis sintomas. O critério de seleção foi o desejo de participar. Responderam o questionário 25 moradores do município, entre homens e mulheres. As entrevistas tiveram duração média de cinco minutos, respeitando o caráter sigiloso da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na população um percentual de 96% (24/25), declararam não saber do que se trata a doença. Em relação ao consumo de carne de peixe crua, 68% (17/25) relataram não ingerir e 28% (7/25) afirmaram o consumo rotineiro. X entrevistados, representando um percentual de 4%, afirmaram comer eventualmente. Sobre o local de aquisição de peixes pelos entrevistados, 36% (9/25) revelaram que compram em supermercados da região, 32% (8/25) no Mercado Municipal de Salinas e 8% (2/25) compram em outras cidades. Um percentual de 24% (6/25) afirmou que só come peixes em restaurantes. A pesquisa também revelou que 88% (22/25) dos moradores entrevistados não têm o conhecimento de que peixes podem trazer doenças aos humanos. Alguns ainda afirmaram durante a realização da pesquisa, terem certeza que peixe seria uma das poucas espécies não prejudiciais ao consumidor. CONCLUSÃO Apesar de ser considerada uma zoonose exótica, o estudo demonstrou que os moradores do município de Salinas que participaram da pesquisa, carecem de informações sobre difilobotríase. Faz parte das atribuições do Centro de Vigilância Epidemiológica do estado manter todos informados sobre os riscos do consumo da carne de peixe crua. Assim, devido ao aumento do consumo de carne de peixe crua nos últimos anos, evidenciado pela literatura disponível sobre o assunto, essa zoonose pode emergir, sendo de suma importância informar a população sobre suas causas e formas de prevenção. REFERÊNCIAS MASSON, M. L.; PINTO, R. A. Perigos potenciais associados ao consumo de alimentos derivados de peixe cru. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos,Curitiba, v. 16, n. 1, p. 71-84, jan./jun. 1998. Pecuária municipal. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. SANTOS, Luana Cristina. Difilobotríase: zoonose de causa alimentar. Importância do pescado na veiculação de parasitas. / Luana Cristina dos Santos. – São Paulo: FMU, 2008. 86% 14% NÃO SIM GRÁFICO AGRÁFICO A GRÁFICO A: Representa a porcentagem de pessoas que disseram ter conhecimento ou não de doenças transmitidas por peixes. 68% 28% 4% NÃO SIM AS VEZES GRÁFICO B: Representa a porcentagem de pessoas que costumam ingerir carne de peixe crua. GRÁFICO B