PARASITOLOGIA - Difilobotríase

Prévia do material em texto

Ana Laura Octávio - TXXII 
 
DIFILOBOTRÍASE 
 
VISÃO GERAL 
 
- Popularmente conhecida como taenia do 
peixe. 
- É um helminto que parasita mamíferos de 
grande porte com hábito de comer peixes crus 
(ex. urso). 
- Esse parasita se instala, principalmente, em 
trutas e salmões. 
OBS.: Esse é o maior verme adulto que pode 
parasitar os seres humanos (até 12 m). 
 
MORFOLOGIA DAS FORMAS EVOLUTIVAS DA Diphyllobothrium latum 
 
VERMES ADULTOS 
- Como todos os cestodas, o verme adulto apresenta corpo divido em três porções: 
escólex, colo e estróbilo (segmentado em proglotes). 
- São hermafroditas e possuem fecundação interna (os dois órgãos sexuais da mesma 
proglote se cruzam). 
- Os vermes adultos possuem o escólex com aspecto de amêndoa, o qual tem fendas 
longitudinais - chamadas bótrias - com função de fixação na mucosa intestinal e 
espoliação. 
OBS.: As proglotes desse verme não sofrem apólice. Elas se atrofiam e se desintegram. 
- Pode apresentar de 3 a 4 mil proglotes. 
 
 
 
 
 
 REINO → Animal 
 GRUPO → Helmintos 
 FILO → Platelmintos 
 CLASSE → Cestoda 
 FAMÍLIA → 
 GENERO → Diphyllobothrium 
 ESPÉCIE → Diphyllobothrium latum 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
OVOS 
- Possuem opérculo que permite a saída do coracídio (larva). 
- Coracídio sai do ovo após 15 dias de formação (ovo no ambiente). 
- Podem ser eliminados cerca de 1 milhão de ovos nas fezes por dia. 
- É a forma evolutiva de diagnostico. 
- Apresentam uma massa de células germinativas em seu interior e são revestidos por 
uma casca fina e transparente. 
 
 
 
CORACÍDIO 
- Primeiro estágio evolutivo do ovo (ovo → coracídio → larva procercóide → larva 
plerocercóide). 
- É uma estrutura cliada e possui acúleos. 
- Larva esférica. 
- É a forma evolutiva infectantes dos crustáceos. Dentro dos crustáceos se tranforma em 
larva procercóide. 
LARVA PROCERCÓIDE – se tranforma em larva plerocercóide na musculatura do 
crustáceo. 
LARVA PLEROCERCÓIDE – é formadno no interior do pexie (na musculatura) e já possui 
escólex invaginado. 
 
 
CICLO EVOLUTIVO 
 
OBS.: O ciclo biológico é poli-heteroxênico, ou seja, possui mais de dois hospedeiros. 
Nesse caso, tem-se dois hospedeiros intermediários e um hospedeiro definitivo 
(crustáceo → peixe → humano). 
 
- O hospedeiro definitivo contaminado elimina ovos nas fezes. 
- Os ovos, quando eliminados no ambiente, formam os coracídios. 
- Após 15 dias de formação e em condições ambientais favoráveis (25 oC), os coracídios 
são eliminados no meio aquático e ingeridos pelos crustáceos. 
- Dentro do organismo dos crustáceos, os miracídios se tranforam em procercóides. 
- Os peixes se alimentam dos crustáceos contaminados com procercóides. Na 
musculatura do peixe, os procercóides transformam-se em plerocercóide. 
- Dessa forma, os peixes contaminados pelos plerocercóides, quando ingeridos pelos 
humanos, os contaminam. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Dentro do organismo humano, o escólex da larva plerocercóide evagina-se e se inicia 
a formação dos vermes adultos. 
 
 
 
 
 
PATOGENIA 
 
- Ação espoliativa: induz uma anemia megaloblástica (ocasionada pela falta de vitamina 
B12 no organismo). As enzimas produzidas pelo verme adulto quebram a ligação entre 
o fator intrínseco e a vitamina B12, impedindo a absorção da vitamina nas células 
intestinais. 
OBS.: B12 é importante para síntese de ácidos nucleicos das hemácias. 
 
- Ação mecânica irritativa: decorrente da movimentação e fixação (ponto fica irritado: 
focos hemorrágicos). 
 
- Ação toxica: explica as manifestações neurológicas. 
 
 
SINTOMATOLOGIA 
 
OBS.: A maioria dos doentes são assintomáticos. 
- Dores epigástricas, apetite aumentado. 
- Náuseas, vômitos esporádicos e perda de peso. 
- Enfraquecimento, desconforto abdominal. 
- Flatulência, diarreia. 
- Anemia megaloblástica. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Obstrução intestinal: infecções severas 
- Sintomas tóxicos → manifestações de caráter neurológico. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
- CLÍNCO: sinais e sintomas característicos e histórico do paciente. 
OBS.: Não é tão eficiente. 
- LABORATORIAL: 
▪ Parasitológico – busca por ovos nas fezes. 
OBS.: A eliminação é irregular, por isso pedir 3 amostras. 
 
 
TRATAMENTO 
 
- PRAZIQUANTEL (alta toxidade): age alterando a permeabilidade da membrana celular 
do parasita. 
Em casos de anemia, repor a vitamina B12 e o ácido fólico. 
 
 
PROFILAXIA 
 
- Saneamento básico. 
- Assegurar a inspeção sanitária do pescado e condenar os peixes contaminados. 
- Cozer bem a carne do peixe.