Buscar

DOENÇA DE CHAGAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - Avaliação 3

Prévia do material em texto

CH000 - DOENÇA DE CHAGAS NA 
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - 
Turma DOENÇA DE CHAGAS 2023-1 
1. Painel 
2. Meus cursos 
3. CH000 - Turma DOENÇA DE CHAGAS 2023-1 (2023/1) 
4. Tópico 1 
5. Avaliação On-line 3 
Iniciado em Monday, 24 Jun 2024, 18:58 
Estado Finalizada 
Concluída em Monday, 24 Jun 2024, 20:20 
Tempo empregado 1 hora 22 minutos 
Notas 9,00/10,00 
Avaliar 36,00 de um máximo de 40,00(90%) 
Questão 1 
Incorreto 
Atingiu 0,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Quais os primeiros exames complementares necessários para investigação da 
disfagia (dificuldade de deglutição) na esofagopatia chagásica? 
Escolha uma opção: 
a. Radiografia contrastada do esôfago e tomografia computadorizada de tórax. 
b. Manometria esofágica e radiografia contrastada do cólon (enema opaco). 
c. Radiografia contrastada do esôfago e endoscopia digestiva alta. 
d. Radiografia contrastada de esôfago e manometria esofágica. 
e. Endoscopia digestiva alta e manometria esofágica. 
Feedback 
Resposta CORRETA: Radiografia contrastada do esôfago e endoscopia digestiva 
alta. Tanto a radiografia contrastada do esôfago quanto a endoscopia digestiva alta 
são essenciais para a investigação inicial da disfagia do paciente. A primeira avalia o 
grau de comprometimento esofagiano, sugerindo o diagnóstico de megaesôfago 
com classificação de Rezende (Ver Figura 1 na Seção 1 da Unidade 3), e a segunda 
https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/my/
https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9
https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9&section=1
https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/view.php?id=972
auxilia no diagnóstico diferencial com outras patologias. Resposta INCORRETA: 
Radiografia contrastada de esôfago e manometria esofágica. A radiografia 
contrastada do esôfago é um dos exames que deve ser solicitado para investigar 
megaesôfago, porém a manometria esofagiana não é o exame inicial para essa 
investigação. A manometria é utilizada nos casos de pacientes com disfagia que 
apresentam a radiografia contrastada de esôfago normal. Resposta INCORRETA: 
Endoscopia digestiva alta e manometria esofágica. A endoscopia digestiva alta é 
um dos exames a ser realizado para diagnóstico diferencial de megaesôfago, mas a 
manometria esofágica deve ser solicitada apenas nos casos em que há suspeita de 
megaesôfago com radiografia contrastada de esôfago normal. Resposta 
INCORRETA: Radiografia contrastada do esôfago e tomografia computadorizada de 
tórax. A radiografia contrastada do esôfago é um exame essencial para avaliar a 
disfagia e estadiar o comprometimento esofagiano pela doença de Chagas, mas a 
tomografia de tórax não é essencial nesse primeiro momento, pois, apesar de 
poder sugerir dilatação esofágica em casos avançados, não avalia as características 
morfológicas e peristálticas do esôfago, não permitindo a classificação de Rezende 
para megaesôfago, além de ter um custo elevado na investigação inicial do quadro. 
Resposta INCORRETA: Manometria esofágica e radiografia contrastada do cólon 
(enema opaco). A manometria esofagiana não é o exame inicial para investigação 
de megaesôfago; ela é utilizada nos casos de pacientes com disfagia que 
apresentam a radiografia contrastada de esôfago normal. A radiografia contrastada 
do cólon é o primeiro exame a ser solicitado para investigação da constipação no 
paciente em questão, mas não para investigar a disfagia. 
Questão 2 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Qual o primeiro exame a ser realizado no paciente 
assintomático, com doença de Chagas confirmada? 
Escolha uma opção: 
a. Nenhum exame adicional 
b. Holter-24h 
c. Eletrocardiograma 
d. Ecocardiograma 
e. Teste de ergométrico 
Feedback 
Resposta CORRETA: Eletrocardiograma. Um paciente assintomático pode estar na 
forma crônica indeterminada da doença de Chagas ou na fase precoce da 
cardiopatia, na qual podem estar presentes apenas alterações eletrocardiográficas, 
sem manifestações clínicas. Assim, o primeiro exame a ser realizado para 
diagnóstico da cardiopatia, que contribui para o estadiamento e a determinação do 
prognóstico, é o eletrocardiograma. A partir desse exame e de acordo com o 
quadro clínico do paciente, podem ser necessários outros exames cardiológicos. 
Resposta INCORRETA: Ecocardiograma. O ecocardiograma está indicado depois de 
confirmada a presença de cardiopatia pelo eletrocardiograma. Resposta 
INCORRETA: Teste de ergométrico. O teste ergométrico (TE) é um exame 
complementar que pode ser solicitado, quando pertinente, após firmado o 
diagnóstico de doença de Chagas, mas não na fase inicial da investigação como é o 
caso da paciente. O TE pode ser necessário para avaliar arritmias e capacidade 
funcional em casos de cardiopatia chagásica crônica. Resposta INCORRETA: Holter-
24h. O Holter de 24 horas é um exame solicitado após realização de ECG e do 
ecocardiograma, quando houver evidências clínicas e/ou eletrocardiográficas de 
presença de arritmias. Resposta INCORRETA: Nenhum exame adicional. Diante da 
suspeita de cardiopatia chagásica, deve-se, primeiramente, fazer o 
eletrocardiograma, exame que permitirá o diagnóstico da cardiopatia e contribuirá 
para estadiamento e determinação de prognóstico da doença. 
Questão 3 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
No megaesôfago chagásico, o tratamento visa à melhora dos sintomas 
apresentados pelo paciente, como a disfagia, e sua qualidade de vida, uma vez que 
não é possível reverter a desnervação provocada pelo T. cruzi no sistema nervoso 
autonômico do trato gastrointestinal. Um dos tratamentos propostos para 
pacientes com poucos sintomas, como disfagia (dificuldade para condução de 
alimentos do esôfago para o estômago) leve para alimentos sólidos e secos é o uso 
de medicamentos que relaxam a musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago, 
facilitando a passagem do alimento do esôfago para o estômago e melhorando a 
disfagia. Esses medicamentos são: 
Escolha uma opção: 
a. dinitrato de isossorbida e amiodarona. 
b. nifedipina e dinitrato de isossorbida. 
c. amiodarona e captopril. 
d. amiodarona e benznidazol. 
e. captopril e nifedipina. 
Feedback 
Resposta CORRETA: nifedipina e dinitrato de isossorbida. Tanto a nifedipina, um 
bloqueador do canal de cálcio, usado também no controle pressórico, quanto o 
dinitrato de isossorbida, um vasodilatador de artérias coronarianas, atuam no 
relaxamento da musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago e podem levar à 
melhora da disfagia em pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta 
INCORRETA: captopril e nifedipina. Captopril é um agente hipertensivo que atua no 
sistema renina-angiotensina-aldosterona para ajuste no controle pressórico e não 
tem função na musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago. A nifedipina é um 
bloqueador do canal de cálcio usado no controle pressórico, mas também tem 
função de relaxar a musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago e leva à 
melhora da disfagia em pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta 
INCORRETA: amiodarona e captopril. A amiodarona é um medicamento 
antiarrítmico e utilizado em algumas formas cardíacas da cardiopatia chagásica 
crônica, como a forma arritmogênica, e não tem função na musculatura lisa do 
esfíncter inferior do esôfago. O captopril, como referido, é um agente hipertensivo 
que atua no sistema renina-angiotensina-aldosterona, para ajuste no controle 
pressórico, e não tem função na musculatura lisa do esfíncterr inferior do esôfago. 
Resposta INCORRETA: dinitrato de isossorbida e amiodarona. A amiodarona é um 
antiarrítmico utilizado em algumas formas cardíacas da cardiopatia chagásica 
crônica, como a forma arritimogênica, e não tem função na musculatura lisa do 
esfíncter inferior do esôfago. Já o dinitrato de isossorbidaé um vasodilatador de 
artérias coronarianas, mas que também atua no relaxamento da musculatura lisa do 
esfíncter inferior do esôfago, podendo levar à melhora da disfagia em pacientes 
com megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: amiodarona e benznidazol. A 
amiodarona é um antiarrítmico usado em formas arritmogênicas da cardiopatia 
chagásica crônica e não atua no relaxamento da musculatura lisa do esfíncter 
inferior do esôfago, não tendo, portanto, ação paliativa na disfagia. O benznidazol, 
por sua vez, é um derivado imidazólico utilizado no tratamento etiológico da 
doença de Chagas para eliminação do protozoário T. cruzi, e também não tem ação 
na musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago. Dessa forma, esses fármacos 
não aliviam a disfagia nos pacientes com megaesôfago chagásico já estabelecido. 
Questão 4 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Quais são as manifestações clínicas mais comuns da 
cardiopatia chagásica crônica (CCC)? 
Escolha uma opção: 
a. Morte súbita, ataque isquêmico transitório e baixa voltagem no 
eletrocardiograma 
b. Acidente vascular encefálico e hipertensão arterial 
c. Fenômenos tromboembólicos, insuficiência cardíaca e arritmias 
d. Fenômenos tromboembólicos e infarto agudo do miocárdio 
e. Insuficiência cardíaca e doença valvar 
Feedback 
Resposta CORRETA: Fenômenos tromboembólicos, insuficiência cardíaca e 
arritmias. As manifestações mais comuns da doença de Chagas com acometimento 
cardíaco são a insuficiência cardíaca por remodelamento resultante de evolução 
lenta e progressiva; arritmias que podem cursar de morte súbita a fibrilação atrial e 
fenômenos tromboembólicos que podem desencadear acidente vascular 
encefálico. Resposta INCORRETA: Insuficiência cardíaca e doença valvar. Doença 
valvar primária não faz parte das manifestações clínicas da CCC. Resposta 
INCORRETA: Acidente vascular encefálico e hipertensão arterial. Hipertensão arterial 
sistêmica não faz parte das manifestações clínicas da CCC. Resposta INCORRETA: 
Morte súbita, ataque isquêmico transitório e baixa voltagem no eletrocardiograma. 
A baixa voltagem no eletrocardiograma é uma manifestação eletrocardiográfica, e 
não clínica. Resposta INCORRETA: Fenômenos tromboembólicos e infarto agudo do 
miocárdio. Infarto agudo do miocárdio não faz parte das manifestações clínicas da 
CCC. 
Questão 5 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Como é realizado o diagnóstico da doença de Chagas? 
Escolha uma opção: 
a. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar 
PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. 
b. Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é 
positiva, confirma-se o caso. 
c. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as 
duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são 
coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. 
d. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso 
as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é 
coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. 
e. Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma 
sorologia, que, se positiva, confirma o caso. 
Feedback 
Resposta CORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas 
sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja 
discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o 
caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; 
caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam 
negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem 
discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, 
uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos 
anteriores para confirmar ou descartar o caso. A PCR não é utilizada na prática 
clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem 
padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. Resposta 
INCORRETA: Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de 
uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. Um teste sorológico apenas não 
confirma o diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após suspeita 
clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o 
caso. A positividade de apenas um teste sorológico não confirma o diagnóstico de 
doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história 
epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, 
confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, 
confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes 
metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, 
caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados 
sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se 
novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método 
sorológico diferente dos anteriores. Resposta INCORRETA: Após anamnese e 
história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar PCR. Somente esse 
método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. A PCR não é utilizada 
na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto 
custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. 
Questão 6 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Em relação ao tratamento da cardiopatia chagásica, é correto afirmar que: 
Escolha uma opção: 
a. O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, 
amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com 
cardiopatia chagásica. 
b. Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido 
algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. 
c. O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica 
indeterminada. 
d. O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com 
cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de 
bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; 
anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes 
com arritmias supra ou ventriculares. 
e. Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o 
paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para 
evitar a morte súbita. 
Feedback 
Resposta CORRETA: O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado 
de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser 
necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente 
com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e 
antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. O tratamento 
clínico é prescrito de acordo com as manifestações da cardiopatia. Pode ser que o 
paciente tenha necessidade de um tratamento mais amplo com antiarrítmicos, 
anticoagulantes e bloqueio neuro-humoral, diuréticos e digitálicos para a 
insuficiência cardíaca, por exemplo. Resposta INCORRETA: Independentemente do 
tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando 
assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. Pois 
pode ser que o paciente tenha alterações eletrocardiográficas típicas da cardiopatia 
chagásica (como, por exemplo, bloqueio do ramo direito do feixe de His), porém 
que não exijam tratamento medicamentoso. Antiarrítmicos são prescritossomente 
quando o paciente apresenta uma arritmia importante. Resposta INCORRETA: O 
bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica 
indeterminada. O bloqueio neuro-humoral não é indicado para a forma crônica 
indeterminada, visto que a FCI se caracteriza pela ausência de sintomas e de 
alterações ao eletrocardiograma e exames de imagem; não requerem, portanto, 
qualquer tratamento cardiológico. Resposta INCORRETA: Anticoagulantes só 
devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento 
tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. Mesmo que não tenha 
havido evento tromboembólico, o paciente pode ter a indicação de anticoagulação. 
Caso o paciente apresente trombos visualizados no ecocardiograma ou evidência 
de fibrilação atrial no eletrocardiograma ou no Holter-24, essas condições 
indicariam risco alto de eventos tromboembólicos e estaria iniciada a 
anticoagulação. Resposta INCORRETA: O tratamento padrão da forma cardíaca é o 
uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em 
todos os pacientes com cardiopatia chagásica. pois não existe tratamento padrão. 
Pacientes recebem a medicação de acordo com suas manifestações clínicas. Nem 
todos os pacientes com cardiopatia chagásica têm necessidade de utilizar todos os 
medicamentos citados. 
Questão 7 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
O exame mais indicado na avaliação inicial de pacientes com suspeita de 
megaesôfago chagásico é 
Escolha uma opção: 
a. Colonoscopia. 
b. Radiografia contrastada de esôfago. 
c. Tomografia de abdome total. 
d. Endoscopia digestiva alta. 
e. Manometria esofagiana. 
Feedback 
Resposta CORRETA: Radiografia contrastada de esôfago. A radiografia contrastada 
de esôfago é o exame de eleição inicial para diagnóstico de megaesôfago 
chagásico, permitindo avaliar o diâmetro/calibre do órgão e sua dilatação, além de 
alterações funcionais, tais como ondas peristálticas anormais ou ausentes e o 
tempo de esvaziamento do conteúdo esofágico para o estômago. Resposta 
INCORRETA: Endoscopia digestiva alta. A endoscopia digestiva alta é utilizada para 
diagnóstico diferencial do megaesôfago chagásico com os de outras etiologias, 
como doença do refluxo gastroesfágico, neoplasia de esôfago distal, amiloidose, 
entre outros. Ela pode sugerir que o paciente tem megaesôfago, mas não gradua 
ou classifica o megaesôfago chagásico, como a radiografia contrastada de esôfago, 
exame inicial mais indicado para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Resposta 
INCORRETA: Tomografia de abdome total. A tomografia de abdome total não é 
utilizada como exame inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Ela 
poderá auxiliar no diagnóstico diferencial de outras patologias que levam à disfagia 
de condução, como neoplasia maligna de esôfago. Resposta INCORRETA: 
Colonoscopia. A colonoscopia não faz diagnóstico de megaesôfago chagásico; ela 
é utilizada para patologias do intestino grosso e do íleo distal, auxiliando no 
diagnóstico diferencial de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: 
Manometria esofagiana. A manometria esofagiana não é utilizada na avaliação 
inicial de megaesôfago chagásico, como é a radiografia contrastada de esôfago. A 
manometria esofagiana auxilia no pré-operatório de cirurgia esofagianas, como 
megaesôfago chagásico ou demais patologias. A manometria pode ser utilizada 
nos casos de megaesôfago chagásico sintomáticos com disfagia de condução, que 
apresentam uma radiografia contrastada de esôfago normal. Auxilia no diagnóstico 
inicial de megaesôfago chagásico com dismotilidade esofágica e dificuldade para 
esvaziamento no esfíncter inferior do esôfago. 
Questão 8 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
O tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico deve levar em 
consideração a idade, a presença de comorbidades associadas, como cardiopatia 
chagásica, e a estrutura hospitalar onde será realizado. O quadro clínico, assim 
como a classificação radiológica do megaesôfago em grupos de Rezende, auxiliam 
na melhor decisão terapêutica a ser tomada. Diante disso, a alternativa que melhor 
engloba os tratamentos disponíveis é: 
Escolha uma opção: 
a. Injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação 
endoscópica por balão pneumático ou sonda, tratamento cirúrgico convencional e 
adequação de hábitos alimentares. 
b. Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina ou 
dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do 
esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda e tratamento 
cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. 
c. Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina e 
dinitrato de isossorbida) e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia 
endoscópica. 
d. Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), tratamento 
cirúrgico convencional, injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, 
dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. 
e. Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), injeção de 
toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e dilatação endoscópica por balão 
pneumático ou sonda. 
Feedback 
Resposta CORRETA: Adequação de hábitos alimentares, tratamento 
medicamentoso (nifedipina ou dinitrato de isossorbida), injeção de toxina 
botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão 
pneumático ou sonda e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. 
O tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico deve levar em 
consideração vários fatores, tanto clínicos – como idade do paciente, comorbidades 
associadas e a intensidade da sintomatologia, – quanto de infraestrutura – como a 
disponibilidade e a operabilidade de recursos no local onde serão feitos o 
tratamento e o acompanhamento desse paciente, tanto em nível primário quanto 
em terciário. A alternativa engloba, segundo o II Consenso Brasileiro de Chagas 
(Dias et al. , 2016), as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do 
megaesôfago, como adequação de hábitos alimentares e tratamento 
medicamentoso, que pode ser realizado em nível primário para os casos mais leves, 
a injeção de toxina botulínica, a dilatação endoscópica com sonda ou balão 
pneumático e o tratamento cirúrgico convencional e endoscópico, realizados, em 
nível terciário, em hospitais que possuem infraestrutura e têm disponibilidade dos 
materiais utilizados nesses tratamentos. Resposta INCORRETA: Injeção de toxina 
botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão 
pneumático ou sonda, tratamento cirúrgico convencional e adequação de hábitos 
alimentares. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas 
disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 
2016. Não foram citados tratamento medicamentoso, com nifedipina ou dinitrato 
de isossorbida, e o tratamento cirúrgico endoscópico. Resposta INCORRETA: 
Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina e 
dinitrato de isossorbida) e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia 
endoscópica. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas 
disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 
2016. Não foram citadas a injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do 
esôfago e a dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, realizados em 
hospitais que possuem centro de Endoscopia e os materiais disponíveis para tais 
procedimentos. Resposta INCORRETA: Tratamento medicamentoso (nifedipina e 
dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do 
esôfago e dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. Nesse item não 
estão listadas todas as modalidades terapêuticasdisponíveis para o tratamento do 
megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foi citada a adequação de 
hábitos alimentares, que deve ser orientada em todos os pacientes com 
megaesôfago chagásico, independentemente dos grupos radiológicos de Rezende 
ou da intensidade da sintomatologia, e também não foi colocado o tratamento 
cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica, realizados em serviço hospitalar 
terciário com infraestrutura para cada procedimento. Resposta INCORRETA: 
Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), tratamento 
cirúrgico convencional, injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, 
dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. Nesse item não estão 
listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do 
megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citadas a adequação 
de hábitos alimentares, realizada tanto em nível primário quanto em nível terciário, 
nem a cirurgia endoscópica, realizada, normalmente, em Centros de Endoscopia 
dentro de Hospitais Terciários com infraestrutura para tal procedimento. 
Questão 9 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Paciente MDS, 30 anos, feminino, comerciária, nascida em 
Araçuaí, residente em Belo Horizonte. Sua mãe morreu de 
doença de Chagas quando a paciente ainda era criança. A 
paciente procura seu médico de família relatando quadro 
inespecífico de cefaleia e mal-estar geral. Os testes 
sorológicos para detectar infecção pelo T. cruzi foram 
positivos. A entrevista clínica dirigida para sintomas digestivos 
e cardíacos não revelou anormalidades. Foram realizados 
exames complementares (ECG e RX), que também foram 
normais. 
Considerando todos os aspectos clínicos e epidemiológicos 
apresentados e as atitudes mais apropriadas a serem 
adotadas pelo médico do PSF em relação ao tratamento 
etiológico, analise as afirmativas de I a V, categorize cada 
uma com ‘V” se VERDADEIRA e com “F” se FALSA. Em 
seguida selecione a alternativa cuja sequência de ‘V’ e ‘F’ 
CORRESPONDE à categorização feita. 
Em seguida selecione a sequência ‘verdadeira-falsa’ (V-F) 
que corresponde à categorização feita: 
I. Oferecer tratamento etiológico, pois a paciente apresenta 
doença de Chagas em fase crônica, na forma 
indeterminada. 
II. Oferecer tratamento etiológico, pois trata-se de uma 
mulher em idade fértil. 
III. Como ela não tem cardiopatia chagásica, não há indicação 
de tratamento etiológico da doença. 
IV. Não oferecer tratamento etiológico, pois a paciente 
apresenta doença de Chagas em fase crônica na forma 
indeterminada, o que contraindica o tratamento. 
V. Não oferecer tratamento etiológico, pois o risco de efeitos 
adversos e de sequelas permanentes é inaceitável. 
Escolha uma opção: 
a. (F), (V), (F), (V), (V) 
b. (V), (V), (F), (V), (V) 
c. (F), (F), (V), (F), (V) 
d. (V), (F), (V), (V), (V) 
e. (V), (V), (F), (F), (F) 
Feedback 
A sequência correta é (V), (V), (F), (F), (F). ALTERNATIVA I : VERDADEIRA. Entre os 
pacientes na fase crônica da doença de Chagas, os que mais podem ser 
beneficiados pelo tratamento etiológico são aqueles que não têm 
comprometimento visceral (caso desta paciente) e, sobretudo, as mulheres em 
idade fértil, pois, embora não consigam a cura, o tratamento teria a capacidade de 
interromper a transmissão vertical, uma importantíssima intervenção de saúde 
pública. ALTERNATIVA II: VERDADEIRA. Entre os pacientes na fase crônica da 
doença de Chagas, os que mais podem ser beneficiados pelo tratamento etiológico 
são aqueles que não têm comprometimento visceral (caso desta paciente) e, 
sobretudo, as mulheres em idade fértil, pois, embora não consigam a cura da 
doença, o tratamento teria a capacidade de interromper a transmissão vertical, 
tornando-se assim uma importantíssima intervenção de saúde pública. 
ALTERNATIVA III : FALSA. Uma das contraindicações para tratamento etiológico de 
pacientes na fase crônica da doença de Chagas é exatamente a presença de 
cardiopatia avançada, condição na qual já foi demonstrado que o tratamento 
etiológico não representa benefício clínico. ALTERNATIVA IV: FALSA. Entre as 
indicações para tratamento etiológico da doença de Chagas está a forma crônica 
indeterminada, condição na qual não há evidências clínicas e laboratoriais de danos 
viscerais. ALTERNATIVA V: FALSA. Cerca de metade dos pacientes podem 
experimentar algum efeito adverso durante o tratamento etiológico. No entanto, 
em sua maioria, serão efeitos adversos leves, reversíveis, bem tolerados, tratáveis 
com medicação sintomática e sem deixar sequelas. Não haveria motivo, portanto, 
para não propor o tratamento etiológico. 
Questão 10 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Em paciente portador de cardiopatia chagásica com insuficiência cardíaca 
apresentando edema, cansaço e congestão sistêmica, quais opções terapêuticas 
deveriam ser consideradas para seu tratamento? 
1- Carvedilol 
 2- Furosemida 
 3- Espironolactona 
 4- Enalapril 
 5- Amiodarona 
 6- Benznidazol 
 7- Nifurtimox 
Escolha uma opção: 
a. São corretas as opções 2, 3, 5, 7 
b. São corretas as opções 1, 2, 3, 4 
c. São corretas as opções 1, 2, 3, 7 
d. São corretas as opções 1, 2, 4, 5 
e. São corretas as opções 2, 4, 5, 6 
Feedback 
Resposta CORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 4. Carvedilol (1), furosemida (2), 
espironolactona (3) e enalapril (4) são opções terapêuticas em presença de IC 
descompensada O uso do carvedilol (1), um betabloqueador, é essencial para os 
pacientes com doença cardíaca com disfunção ventricular. O carvedilol, adicionado 
ao enalapril e à espironolactona, em estudo randomizado, duplo-mascarado, com 
placebo, de 42 pacientes com cardiopatia chagásica crônica e fração de ejeção do 
ventrículo esquerdo menor que 45%, promoveu melhora estatisticamente 
significativa do escore de Framingham e da qualidade de vida, bem como redução 
do índice cardiotorácico e dos níveis de BNP sanguíneo, além de aumentar em 2,8% 
a fração de ejeção. (Ref.Botoni FA, Poole-Wilson PA, Ribeiro AL, Okonko DO, 
Oliveira BM, Pinto AS, et al. A randomized trial of carvedilol after renin-angiotensin 
system inhibition in chronic Chagas cardiomyopathy. Am Heart J. 
2007;153(4):544.e1-8.) A furosemida (2) é um diurético importante, nesses casos, 
para ajuste da volemia. Em paciente apresentando congestão istêmica e 
insuficiência cardíaca descompensada, o uso de furosemida melhora a 
sintomatologia, a dispneia e a congestão sistêmica. A espironolactona (3) atua no 
remodelamento cardíaco além de ser um diurético. O bloqueio de aldosterona atua 
com efeitos benéficos sobre morbidade e mortalidade de pacientes com 
insuficiência cardíaca geral. Na cardiopatia chagásica, espironolactona está indicada 
para pacientes com disfunção sistólica, fração de ejeção ≤ 35,0% e insuficiência 
cardíaca com classe funcional III ou IV. O enalapril (4) é um inibidor da enzima 
conversora da angiotensina (IECA) e já foi bem demonstrado o benefício da 
administração crônica dos IECA ou de bloqueador receptor de angiotensina no 
tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca geral, tanto no remodelamento 
cardíaco, como na redução de morbidade e mortalidade. Na cardiopatia chagásica, 
foi demonstrado que o uso de doses máximas toleradas de enalapril melhoraram a 
qualidade de vida, além de reduzir níveis de BNP e o índice cardiotorácico 
radiológico. (Ref. I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da 
Cardiopatia Chagásica). Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 7. O 
tratamento antiparasitário com o nifurtimox (7) não é recomendado para os 
pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São 
corretas as opções 2, 4, 5, 6. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para 
pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventricularese 
supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações 
para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-
se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Benznidazol (6) não é 
recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. 
Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 3, 5, 7. A amiodarona (5) é um 
antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias 
ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. 
As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica 
encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o 
Nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de 
cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 4, 5. A 
amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente 
portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no 
exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes 
com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. 
Terminar revisã 
 
https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/view.php?id=972

Mais conteúdos dessa disciplina