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mercados. Tudo isso aumentou tanto o custo da carne que só os abastados podiam pagar por ela. A realização de banquetes extravagantes em histórias tradicionais ao redor do mundo revela como a carne era rara e desejável. Antes do motor a vapor, a viagem por água dependia de condições climáticas e meteorológicas. O inverno congelante, as inundações primaveris provocadas pela neve derretida e a seca do verão causavam problemas, como os assoreamentos naturais, que podiam deixar os rios rasos demais para a navegação. Em muitos rios de corredeira rápida, era impossível usar cavalos às margens para puxar os barcos a montante contra a corrente. Assim, por exemplo, os barcos no Rio Ródano, na França, eram construídos perto da nascente e, então, depois que viajavam rio abaixo com suas cargas, eram destruídos, e sua madeira era usada como lenha. No mar, as tempestades sempre foram um perigo, enquanto os ventos contrários e as correntes atrasavam a viagem. As direções circulares e contracirculares dos ventos predominantes e das correntes oceânicas afetavam o aumento das migrações e das rotas comerciais marítimas. Por exemplo, era difícil navegar no sul do Pacífico indo de leste para oeste, pois as correntes empurravam os barcos para o norte. No Atlântico, as rotas estabelecidas pelos navegadores europeus no século 17 exploravam os ventos e as correntes dominantes, seguindo o sudoeste quando iam da Europa para as Américas e, ao voltarem, a direção nordeste, várias centenas de milhas ao norte da rota de ida. Os riscos envolvidos na navegação de longas distâncias também afetavam a viagem nos oceanos. Embora os primeiros marinheiros pudessem navegar, em certa medida, guiados pelo Sol e pelas estrelas, ou usando a bússola magnética apresentada pela China à Europa no fim da Idade Média, foram necessários muitos séculos a mais até poderem identificar sua posição longitudinal. Por terra, os animais eram a principal alternativa para o transporte humano