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217 uma redução em torno de 50%, até 2020, da produção da agricultura de sequeiro, ou seja, sem irrigação artificial. Projeta-se uma possível redução da área adequada à agri- cultura, da duração das épocas de cultivo e do potencial de produção, principalmente ao longo das margens das áreas semi-áridas e áridas. Isso acentuaria os efeitos adversos na se- gurança alimentar e exacerbaria a má nutrição no continente. Com o provável aumento das temperaturas da água em gran- des lagos, estima-se a redução dos recursos pesqueiros e, conseqüentemente, da oferta local de alimento. Um aumen- to da demanda por peixes, em função do crescimento popu- lacional, tornará maior a probabilidade de sua escassez. Outros efeitos projetados para o continente estão relaciona- dos ao nível do mar, cuja elevação, em período próximo ao final do século 21, pode afetar as áreas costeiras de baixa al- titude, em geral as mais populosas. Os manguezais e recifes de corais seriam ainda mais degradados, com conseqüência adicional para a pesca e o turismo. Nesse continente, os estudos apontam que o custo da adaptação aos efeitos das mudanças climáticas poderia comprometer de 5% a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) de seus países. Ásia As mudanças climáticas poderão afetar a adoção de medidas voltadas ao desenvolvimento sustentável, na maior parte dos países em desenvol- vimento da Ásia, uma vez que a elas se somariam as pressões sobre os re- cursos naturais e o meio ambiente, a rápida urbanização, a industrialização e outras ações relacionadas ao desen- volvimento econômico. A redução na disponibilidade de água doce no centro, sul, leste e sudeste Figura 5.16. Pelas projeções, os recursos hídri- cos no continente asiático poderão ser conside- ravelmente afetados nas próximas duas ou três décadas. La x m an B u rd ak . h tt p :/ /w w w .w ik ip ed ia .o rg /