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uma redução em torno de 50%, até 2020, da produção da 
agricultura de sequeiro, ou seja, sem irrigação artificial.
Projeta-se uma possível redução da área adequada à agri-
cultura, da duração das épocas de cultivo e do potencial de 
produção, principalmente ao longo das margens das áreas 
semi-áridas e áridas. Isso acentuaria os efeitos adversos na se-
gurança alimentar e exacerbaria a má nutrição no continente. 
Com o provável aumento das temperaturas da água em gran-
des lagos, estima-se a redução dos recursos pesqueiros e, 
conseqüentemente, da oferta local de alimento. Um aumen-
to da demanda por peixes, em função do crescimento popu-
lacional, tornará maior a probabilidade de sua escassez.
Outros efeitos projetados para o continente estão relaciona-
dos ao nível do mar, cuja elevação, em período próximo ao 
final do século 21, pode afetar as áreas costeiras de baixa al-
titude, em geral as mais populosas. Os manguezais e recifes 
de corais seriam ainda mais degradados, com conseqüência 
adicional para a pesca e o turismo. 
Nesse continente, os estudos apontam que o custo da adaptação 
aos efeitos das mudanças climáticas poderia comprometer de 
5% a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) de seus países.
Ásia
As mudanças climáticas poderão 
afetar a adoção de medidas voltadas 
ao desenvolvimento sustentável, na 
maior parte dos países em desenvol-
vimento da Ásia, uma vez que a elas 
se somariam as pressões sobre os re-
cursos naturais e o meio ambiente, a 
rápida urbanização, a industrialização 
e outras ações relacionadas ao desen-
volvimento econômico.
A redução na disponibilidade de água 
doce no centro, sul, leste e sudeste 
Figura 5.16. Pelas projeções, os recursos hídri-
cos no continente asiático poderão ser conside-
ravelmente afetados nas próximas duas ou três 
décadas.
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