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Podcast 
Disciplina: Gerenciamento Estratégico de Processos 
Título do tema: Gerenciamento do Cronograma, dos Custos e 
da Qualidade do Projeto 
Autoria: Charlie Hudson Turette Lopes 
Leitura crítica: Éder Silva Frois 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre como a o gerenciamento da 
qualidade é importante para os projetos. 
Ao estudarmos a evolução dos conceitos de gestão da qualidade percebemos 
que o conceito de qualidade foi evoluindo ao longo de quatro eras: inspeção, 
controle, gestão e integração de sistemas. 
Nomes como Shewhart, Ishikawa, Feingenbaum, Deming, Juran e Taguchi e 
Crosby foram reconhecidos como gurus da qualidade devido às suas 
contribuições desde os anos 1920. Eles marcaram época quando o assunto é 
qualidade e seus ensinamentos são difundidos até hoje. 
Falando sobre as quatro fases, a primeira delas, a de inspeção, ocorreu 
quando as empresas começaram a produzir em massa, sob os princípios da 
Administração científica. O foco para se produzir um bem de qualidade estava 
em inspecionar e respeitar tolerâncias para fabricação. 
Tolerância, basicamente, é fabricar uma peça dentro de limites para que ela 
possa ser montada num equipamento. Tolerância, ainda, pode ter como 
exemplo dosar corretamente as matérias-primas, atendendo as especificações 
de fabricação de um medicamento, de uma bebida. 
Estamos falando do final do Século XIX. E, claro, fazia muito sentido 
inspecionar e controlar tolerâncias. Antes desse período os produtos eram 
fabricados artesanalmente. Com esse “boom” de produção, controlar se cada 
produto estava dentro de especificações garantiria que toda porta fabricada, 
qualquer que fosse, encaixaria sem problemas num carro em uma linha de 
produção. Sem folgas, sem apertos para encaixar. 
Quando produtos que apresentavam não-conformidades eram identificados, 
eles eram separados dos bons. Não havia ações para que novos erros 
deixassem de ocorrer. 
Na era do controle, a segunda, ocorreram evoluções nas técnicas estatísticas. 
A inspeção passou a ser por amostras, e os custos com inspeção diminuíram 
consideravelmente na década de 1930. A qualidade passou a ser controlada 
nas empresas por departamentos especializados. Normas estatísticas de 
qualidade foram criadas no Reino Unido e nos Estados Unidos. 
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Na terceira fase, que durou da Segunda Guerra Mundial até a década de 1960, 
a qualidade tomou forma e passou a ter como evidência os sistemas de gestão, 
como a reconhecida família da ISO 9000. 
Já na quarta etapa, a integração dos sistemas, o cliente é o foco dos processos 
e projetos. Um funcionário que participa do processo é considerado cliente 
interno também. Assim, quem trabalha em uma linha de produção e recebe um 
produto que já foi modificado de alguma forma, mas ainda não está pronto, 
precisa que ele esteja de acordo com as especificações. 
Imagine que você trabalha na referida linha de produção e identifica um erro de 
processo na etapa anterior ou na sua. É seu dever não continuar trabalhando 
no item defeituoso. Pois passará a agregar custo e não valor. Cada material ou 
ação que você adiciona a um produto não-conforme é um desperdício. 
O Controle da Qualidade Total perpassa os limites das empresas, estendendo-
se a fornecedores, fornecedores de fornecedores, clientes e clientes dos 
clientes. 
Hoje em dia, entregar um produto, projeto ou serviço com qualidade não é mais 
diferencial e sim uma obrigação. 
Nos projetos, especificamente, o Guia PMBoK® em sua sétima edição, lançada 
em 2021 é explícito em relação a agregação de valor. 
Não adianta entregarmos escopo, custo e prazo, sem qualidade, sem agregar 
valor para quem está pagando pelo projeto. 
Todas as eras da qualidade foram importantes em contextos de sociedade 
distintos do que vivemos contemporaneamente. Todos os conceitos das três 
primeiras fases que comentamos não foram descartados, mas sim 
incorporados ao que hoje se entende como “qualidade”. 
Inferimos que qualidade é “o que o cliente acha que é”. Não adianta o Gerente 
de Projetos achar por si só que está empregando os melhores materiais no 
produto do projeto, deixando-o extremamente caro, se o cliente não enxerga 
valor naqueles itens e, desse modo, não vai querer arcar com esse valor 
resultante. Isso é puro gold plating, que significa “cobrir com ouro”. 
Muitas vezes queremos tirar o foco em um requisito que não entregamos 
corretamente compensando com algum mimo ou luxo desnecessário. Não 
cubra de outro um produto ruim! 
Portanto, todos os envolvidos num projeto devem ter pensamento estratégico 
de que as suas atividades, por menores que sejam, visam agregar valor para o 
cliente e que isso resulta em vantagem competitiva. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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