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MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICAS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO Regulação Atores e Marco Discente: David Tobias Nunes Docente: Prof. Me. Danilo Dupas https://wa.me/5511984437720 Enunciado: LINK DA CONSULTA PÚBLICA: https://www.gov.br/participamaisbrasil/educacao-a-distancia Favor realizar análise crítica de cada parágrafo proposto pelo MEC (6 propostas). E verificar se estas ações serão suficientes para garantir a melhora na qualidade do ensino superior (tanto na modalidade presencial, quanto no EAD).. Obs.: faça análise, com maior detalhe, na Portaria normativa nº11, de 20 de junho de 2017. Questionário 1) A aprovação de pedidos de credenciamento ou de recredenciamento para oferta de cursos na modalidade de educação a distância - EaD terá a exigência de Conceito Institucional para EaD - CI-EaD majorada de 3 (três) para 4 (quatro). R: Essa medida prevê elevar a exigência do conceito estadual do ensino a distância do nível 3, para o nível 4, o que pode até ser bem intencionado para propor melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem dos cursos, no entanto esse aumento abrupto, pode ser excessivo uma vez que acaba por desconsiderar disparidades regionais de cada Instituição de Ensino, e como forma de amenizar esse aumento deveria ser baseado em diversos outros critérios (metas) a serem cumpridas de forma gradual, como um meio de processo de readaptação. 2) Instituições de Educação Superior - IES que tiverem o recredenciamento indeferido por não atingirem no mínimo CI-EaD igual a 4 (quatro) só poderão protocolar novo pedido de credenciamento para a modalidade EaD após 2 (dois) anos, a partir da data de publicação da portaria de indeferimento do recredenciamento. R: Essa medida tem por objetivo impedir que o curso oferte novas matrículas pelo período de 2 anos caso a Instituição de Ensino não disponha de nota 4 em seu índice de Conceito Institucional do Ensino à Distância, no entanto esse prazo pode https://wa.me/5511984437720 https://www.gov.br/participamaisbrasil/educacao-a-distancia abrir brecha para uma disparidade comercial entre instituições particulares, e criar inclusive regionalmente uma espécie de oligopólio pela eliminação de concorrentes, em que o preço é dado de acordo com a oferta x demanda. Portanto uma forma de amenizar esse impacto seria a possibilidade de impedir novas matriculas durante o período do semestre letivo, enquanto a instituição se adequa, pois afinal o principal prejudicado serão os alunos. 3) As Instituições de Educação Superior - IES que obtiverem CI-EaD menor que 4 (quatro) em seu processo de recredenciamento ficam proibidas de abrir novas turmas, perdendo seu credenciamento para a modalidade EaD quando concluídas as turmas existentes. R. Esta medida pode impactar o livre mercado, onde pequenas instituições iniciantes possam ter uma fatia do Market Share, pois a proibição para recredenciamento, pode afetar uma região que está em ascensão, e promove a disparidade social e elitização de cursos por grandes e renomadas instituições que possuem um grande histórico. Uma alternativa seria propor ferramentas para atingir as metas, ao inverso de uma punição extrema e imediata que prejudicará uma determinada região. Outrossim um plano de implementação de ferramentas da qualidade como um Kayzen (melhoria continua), durante todo o processo poderia ter uma melhor aceitação em lugar do extremismo. 4) Cursos de graduação só poderão ser autorizados e ofertados na modalidade EaD se a carga horária mínima exigida para as atividades práticas, estágio curricular, atividades de extensão e outros componentes ou atividades curriculares expressamente designados pelas DCNs como obrigatoriamente presenciais não alcançar, conjuntamente, 30% da carga horária total do curso. R: A Exigência absoluta de cumprimento de carga de 30% de atividades presenciais, vai na contração da flexibilização do Ensino à Distância e a democratização da educação aos menos assistidos, e isso pode ocasionar um aumentar demasiado de custos e favorecer comercialmente uns e detrimento de outros. O percentual deveria ser flexível de acordo com a grade de cursos, onde por exemplo cursos de exatas com foco industrial exijam, enquanto outros na área de gestão, que são focados basicamente em teorias poderiam dar conta. Nesse aspecto uma alternativa poderia se valer do ensino SÍNCRONO EAD com pequenas turmas e um número de tutores adequados para esses grupos, e flexibilidade para ministrar aulas presenciais em laboratórios. Essa rigidez afeta a grade da maioria dos cursos, e atrasa a formação e a inserção de novos profissionais no mercado de trabalho, e numa reação em cadeia, afeta o sistema econômico de nosso país, onde falta mão de obra qualificada, de forma rápida e contínua, o que por razão diminui nossa competitividade e desequilibra nossa balança comercial, como uma das consequências dessa entropia. Poderiam haver critérios qualitativas e serem avaliados em cada caso, em que a maioria dos cursos poderia continuar como está, dependendo de cada eixo. 5) A aplicação dessa exigência de 30% de atividades presenciais implicaria na proibição da oferta dos cursos de Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia e de outros 12 (doze) cursos na modalidade EaD: Biomedicina, Ciências da Religião, Educação Física (bacharelado), Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Geologia/Engenharia Geológica, Medicina, Nutrição, Oceanografia, Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional. R: Embora o objetivo dessa proposta de proibir o cadastramento de cursos que não disponham de carga horária prática/presencial de 30% seja uma medida que visa melhorar os índices qualitativos aos cursos amis complexos como área da saúde e engenharias, ela vai contra a autonomia das instituições acadêmicas e abre precedentes para outros problemas futuros e risco a pesquisa e desenvolvimento como modelos pedagógicos inovadores a novos tempos de tecnologias disruptivas. Novamente atrasa o desenvolvimento pleno de regiões menos assistidas e com menor desenvolvimento onde fica inviável o deslocamento a uma determinada parcela que necessita ir a um polo conveniado, bem como isso afetará os custos de oferta dessa modalidade, tornando-se por vezes, inviável a muitos. 6) As instituições de Educação Superior - IES com cursos na modalidade EaD afetados pela exigência de 30% de presencialidade têm até 6 (seis) meses para registrar novos ingressantes, ao final dos quais não poderão mais matricular novos estudantes, devendo apenas manter as turmas em andamento, pelo prazo que for necessário para que todas as pessoas matriculadas encerrem suas matrículas, ou por conclusão, ou por trancamento de livre e espontânea vontade. R: O prazo de 6 (seis) meses de adaptação para as Instituições Acadêmicas, registrarem novos alunos devido a exigência de 30% presencialmente, pode ser muito curto para uma transição abrupta. De forma flexível poderia haver uma transição gradual, seguindo critérios a novos cursos registrados em novos PPCs, mas não no anterior já valido e em andamento. O grande problema, é que essa proposta praticamente coloca em xeque pequenas e iniciantes instituições, que terão que reformular todo seu programa de curso e em alguns casos isso afetará os alunos já em andamento. Assim creio que buscar um aprimoramento continuo e flexível, com metas a serem cumpridas ao longo do tempo e levando em consideração aspectos qualitativos e regionais, dando autonomia pedagógica as instituições, poderiam ser revistos. Outrossim essa regulação rígida, só prejudica o ensino em contrapartida o benefício da Educação à Distância, um verdadeiro retrocesso a democratização da educação plena. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considero que as 6 medidas apresentadas, visam buscar garantia da elevação da qualidade dos cursos ofertados na modalidade de Educação à Distância, no entanto as exigênciasabruptas podem trazer prejuízos as novas e pequenas instituições, bem como o público final, os alunos que podem perder a flexibilização pelo retrocesso rígido e inflexível, visando por fim reduzir a precarização de muitos dos cursos à distância, mas sem avalizar os fatores da adversidade regional. Para resumir, há necessidades de as propostas considerarem a disparidade entre distintas regiões e públicos, em prol da democratização do ensino, a inversão de punir e restringir e reduzir autonomia acadêmica institucional, afetando até mesmo o livre mercado, e a possibilidade de criação de oligopólio por grandes e conceituados grupos educacionais com foco unicamente em favorecer a burguesia dos stakeholders em aversão ao proletariado. Devemos pesar em aprimorar realmente a qualidade do ensino superior no Brasil, isso é fato, no entanto com o objetivo louvável de suprir essa qualidade sem depreciar a democratização da Educação. Sabemos que não são todas entidades que tem um nível “Harvard” em sua “qualidade”, e que algumas das medidas sugeridas podem apresentar efeito contrário ao desenvolvimento da educação plena se implementados da forma como estão propostas, mais prejudicando do que beneficiando o aumento da qualidade dos cursos superiores na modalidade a distância, que passam a ser semipresencial. Portanto, diante da enumeração dos fatos, recomenda-se que a regularização dessa modalidade seja flexível e com formas de aperfeiçoar dinamicamente, com critérios mais qualitativos com base na realidade regional, de forma progressiva e inclusiva, assim permite o acesso universal sem criação de entraves desnecessários pelo excesso de rigidez. Como desfecho, o desafio atual é a regulação de modo que estimule a inovação a qualidade do ensino universitário, mas que respeite a autonomia acadêmica, levando em considerações os aspectos específicos do meio ambiente onde estão inseridos, para propor uma melhoria contínua com o objetivo fim de qualificar a educação para melhorar a nossa força de trabalho qualificado. MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICAS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO Regulação Atores e Marco Questionário CONSIDERAÇÕES FINAIS