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Manual do Professor 357 O item III é errado porque a hidrólise de um mol de sa- carose libera um mol de dextrose (glicose) e um mol de frutose. 2 Alternativa e. O amido é um polissacarídeo. 3 a) Equação de combustão do gliceraldeído: C3H6O3 + 3 O2 # 3 CO2 + 3 H2O. b) Fórmula estrutural do gliceraldeído: C O H C*H2C H OHOH 4 Alternativa e. 5 Alternativa d. 6 Resposta pessoal. 7 Alternativa a. As proteínas são formadas por ligações amídicas (pep- tídicas) entre α-aminoácidos. 8 GLI-ALA-GLI k l O k H k CH3 k H k l OH2N H2 k O H2 OH k H k kC C Nk kC C Nk kC C l 9 Alternativa e. A reação inversa à polimerização dos aminoácidos for- mando as proteínas é chamada hidrólise da proteína. 10 Alternativa d. Segundo o enunciado, são os aminoácidos presentes no xilema das plantas que capturam os metais tóxicos do solo. 11 Alternativa c. Os aminoácidos são resultantes da hidrólise das proteínas. 12 Alternativa A. O quadro mostra que a molécula de DNA é formada por duas cadeias caracterizadas por sequências alea- tórias de bases nitrogenadas: adenina, timina, cito- sina, guanina. 13 Alternativa c. 14 Alternativa c. O RNA (ácido ribonucleico) é formado por uma cadeia que se enrola por si mesma. Tanto o DNA quanto o RNA possuem em comum as bases nitrogenadas adenina, citosina, guanina, mas somente no RNA é que encontramos a base uracila. O RNA é responsável pelo controle e síntese de proteínas. Compreendendo o mundo Nesta unidade estudamos os principais grupos de compostos da Bioquímica: lipídios, carboidratos e prote- ínas. Vimos sua estrutura química, os grupos funcionais que apresentam e a função que desempenham no orga- nismo humano. Paralelamente, estudamos os alimentos e os aditivos químicos, analisamos rótulos de alimentos e como são calculados os valores de ingestão diária aceitável (IDA) dos aditivos utilizados principalmente em alimentos pro- cessados. Trata-se de um conhecimento significativo porque pode- rá ser aplicado diariamente na construção de uma vida mais saudável, a partir de uma alimentação mais consciente. Unidade 5 Ð Atividade nuclear O tema central desta unidade é a atividade nuclear. Trata-se de um tema bastante polêmico e discutido atual- mente na mídia. Enquanto países fortemente armados estudam diminuir seu arsenal atômico, outros, que não possuem armas nucleares, estão investindo no enrique- cimento de urânio, a matéria-prima necessária para fa- bricá-las. Fala-se muito também na possibilidade de um ataque terrorista nuclear, caso algum grupo radical tenha acesso a uma ogiva nuclear ou a material radioativo retirado de apa- relhos destinados a aplicações pacíficas. Por outro lado, não podemos desprezar os inúmeros benefícios que essa tecnologia pode nos trazer, quando usa- da com responsabilidade e fiscalização constante. Ter uma noção mais clara de todos os riscos e possibili- dades da atividade nuclear é importante no desenvolvimen- to da cidadania do aluno. Antes de iniciar a unidade, apresente para os alunos o vídeo Energias do Futuro – disponível em <www.you tube.com/watch?v=R08-w5pgtc8&feature=related>, acesso em 17 abr. 2016, que tem duração de 5min48s. De forma clara e simples, o vídeo explica como é produzida a energia nuclear. O vídeo mostra superficialmente as vantagens e desvantagens dessa fonte de energia, com ênfase ao fato de as usinas nucleares não liberarem gás carbônico para a atmosfera e, assim, não contribuírem com o aquecimento global, o que sem dúvida é uma van- tagem. Atente para o fato de que a questão do lixo atô- mico é tratada como um problema preocupante, mas nenhuma solução é proposta (na realidade, o problema do lixo atômico em Angra 1 e Angra 2 continua sem uma solução definitiva até hoje). M_Reis_Quimica_V3_PNLD2018_302a368_Manual_Especifico.indd 357 5/25/16 7:00 PM Manual do Professor358 Reflita com os alunos o quanto a atividade nuclear deve ser tratada com responsabilidade e vigilância para que pos- samos usufruir dos seus benefícios sem nos submeter aos seus riscos inerentes e extremamente graves. Após assistir ao vídeo, discuta esses pontos com os alu- nos e inicie a leitura do texto do Capítulo 11. Como justificar para o aluno a importância do que ele irá aprender agora? Nessa unidade vamos falar sobre as radiações ionizan- tes, seus efeitos no corpo humano, como funcionam os aparelhos utilizados para detectá-las, as leis da radioativi- dade que regem as transformações de um elemento quími- co em outro e como é feito o processo de datação de objetos antigos, múmias e fósseis pela determinação do teor de carbono-14. Falaremos também sobre as séries de decaimento ra- dioativo que nos ajudam a dimensionar para o aluno o pro- blema imenso do lixo atômico que estamos gerando e para o qual ainda não temos uma solução definitiva. Isso tudo sem deixar de lembrar as várias aplicações pacíficas e interessantíssimas para a radioatividade, assim como alguns dos vários acidentes causados quando igno- ramos o risco iminente de lidar com um fenômeno que não admite erros ou enganos. Vamos comentar a estrutura da bomba atômica, como funciona uma usina nuclear e como são projetados os rea- tores a fusão, atualmente utilizados apenas em pesquisa. Será uma ótima oportunidade – agora que estamos concluindo o Ensino Médio – para discutir com os alunos sobre o futuro que queremos ter. Sobre como desenvolvemos o conteúdo Acreditamos que o mais importante para o aluno de Ensino Médio é aprender os efeitos das radiações ionizantes sobre os organismos vivos e, portanto, é bastante oportuno apresentar esse assunto logo após o ensino da Química orgânica, principalmente após a Bioquímica, quando o alu- no já estudou a função de moléculas como lipídios, carboi- dratos, proteínas, enzimas e DNA e tem a exata noção do que significa a perda da função dessas moléculas para o organismo animal ou vegetal. Em todo o desenvolvimento da teoria, não deixamos de salientar as possibilidades e aplicações pacíficas da radioa- tividade, mas também frisamos constantemente o quanto o uso de um fenômeno (que não admite erros) exige em termos de responsabilidade, vigilância e planejamento. Qua- lidades que, como cidadãos, devemos exigir dos cientistas e dos políticos para que não tenhamos que conviver por um longo tempo com os problemas que advêm dos acidentes que ocorrem geralmente porque, por um instante, alguém falhou em responsabilidade, vigilância ou planejamento. Cap’tulo 11 — Leis da radioatividade e energia nuclear Este último capítulo trata das leis da radioatividade. Retoma o estudo das principais emissões produzidas por um núcleo radioativo (estudadas no Volume 1 desta coleção) e o funcionamento do contador Geiger-Müller, geralmente utilizado para detectar contaminação radioativa. Neste capítulo estudamos também o período de meia- -vida dos elementos radioativos e a aplicação da técnica de datação de objetos e fósseis antigos pelo carbono-14. As séries ou famílias radioativas também são tema des- te capítulo, dando destaque para a série do urânio-235, isótopo utilizado tanto em usinas nucleares como na con- fecção de armas atômicas. No boxe Saúde e Sociedade, discorremos sobre o aciden- te nuclear que aconteceu em Goiânia em 1987, fato que merece uma atenção maior do professor, um trabalho de pesquisa entre os alunos e, se possível, a exibição em sala de aula de algum filme sobre o assunto. As reações de transmutação (transformação de um ele- mento químico em outro) artificiais e os aceleradores de partículas – gerador de Van de Graaf, o acelerador de Linear e Cicloton de Lawrence – bem como o seu funcionamento, são discutidos neste capítulo. No estudo da fissão e da fusão nuclear são discutidos assuntos como a energia liberada na fissão, a reação em cadeia, a construção da bomba atômica, o funcionamentode uma usina nuclear e o acidente nuclear de Chernobyl. Objetivos • Conceituar radioatividade. • Caracterizar as partículas alfa e beta e a radiação gama. • Reconhecer como funciona o aparelho para detectar ra- dioatividade, conhecido como contador Geiger-Müller. • Equacionar as reações de desintegração quando um áto- mo emite partícula alfa ou beta. • Conhecer e aplicar as Leis de Soddy. • Conceituar período de meia-vida. • Determinar o tempo de meia-vida de uma amostra. • Calcular a massa de uma amostra radioativa que restou após determinado tempo utilizando o período de meia-vida. • Entender como é feita a determinação da idade de mú- mias e fósseis descobertos recentemente pela técnica do carbono-14. • Conhecer uma aplicação do isótopo 13 do carbono na identificação de alimentos adulterados. • Interpretar gráficos que relacionam a quantidade de mas- sa do isótopo que foi desintegrada em função do tempo. • Definir o que são séries radioativas. • Reconhecer algumas aplicações da radioatividade. • Reconhecer como é realizada a descontaminação de pes- soas que entraram em contato com material radioativo. M_Reis_Quimica_V3_PNLD2018_302a368_Manual_Especifico.indd 358 5/25/16 7:00 PM Manual do Professor 359 Conteúdos específicos indispensáveis para a sequência dos estudos • Radioatividade: definição. • Características: emissões alfa, beta e gama. • Lei de Soddy: Primeira lei e Segunda lei. • Período de meia-vida • Datação com carbono-14 • Reação de transmutação artificial: equacionamento com base nas leis de Soddy. • Aceleradores de partículas: princípio de funcionamento. • Fissão e fusão nuclear. • Funcionamento de uma usina nuclear. Comentários e sugestões Inicie a aula relembrando os conceitos de número atô- mico e número de massa com seus alunos. Comente que numa reação nuclear também ocorre con- servação da massa e da carga do núcleo. Resolva algumas equações nucleares na lousa, solicitan- do a participação dos alunos. Depois solicite que resolvam sozinhos os exercícios propostos no livro para ter certeza de que entenderam o fenômeno. Comente sobre o funcionamento do contador Geiger- -Müller utilizando o esquema e a foto da página 264. Discuta em aula o conceito de meia-vida. Pode ser que alguns alunos apresentem inicialmente alguma dificuldade para compreender esse fenômeno. Nesse caso, resolva alguns problemas na lousa e mostre, por meio de esquemas, o que ocorre com a atividade radioa- tiva a cada período completo de meia-vida, característico de cada elemento. A datação do carbono-14 é uma das aplicações mais importantes desse fenômeno e se baseia no fato de que a quantidade de carbono-14 nos tecidos vegetais e animais vivos é praticamente constante, pois, ao mesmo tempo que o carbono é absorvido pela alimentação, ele também decai por emissão de partícula beta negativa. Quando o organis- mo morre, o 14 6 C deixa de ser reposto e a quantidade desse elemento no organismo começa a decrescer. Sabendo o quanto o 14 6 C decresceu, é possível estimar a idade do obje- to ou do fóssil. Sobre as séries radioativas, é importante que os alunos analisem o esquema da página 271 para terem uma dimen- são do problema do lixo radioativo. Antes de discutir algumas aplicações das radiações, proponha aos alunos que façam, em dupla, uma pesqui- sa sobre aplicações pacíficas da radioatividade e confec- cionem um cartaz explicando aquela que julgou mais interessante. O empenho na confecção do cartaz, a clareza na expli- cação e o interesse do aluno podem ser usados como forma de avaliação. Após essa atividade, faça a leitura do texto que responde à seguinte pergunta: “Quais são as principais apli- cações pacíficas da radioatividade, além dos tratamentos médicos?” da página 269. Partindo das apresentações e da leitura do texto, inicie um debate sobre essas aplicações e sobre o destino dos aparelhos utilizados, quando quebram ou deixam de funcionar adequadamente. “História da radioatividade Em 1896, o francês Henri Becquerel constatou que um composto de urânio causava uma mancha numa chapa fotográfica, mesmo no escuro e embrulhado em papel negro. Becquerel concluiu que o composto de- veria emitir algum tipo de raio capaz de atravessar o papel e atuar sobre a chapa. Essa propriedade era se- melhante à dos raios X descobertos um ano antes por Wilhelm Conrad Röntgen. Em abril de 1898, a polonesa Marie Curie percebeu que, além do urânio, outro elemento conhecido, o tório, também emitia os tais raios. Em julho do mesmo ano, com a ajuda do marido, o físico francês Pierre Curie, descobriu um novo elemento que chamou de polônio e alguns meses depois ambos descobriram um ele- mento ainda mais radioativo: o rádio. Os estudos sobre radioatividade renderam a Becquerel, Pierre e Marie Curie o Nobel de Física de 1903. Ainda no ano de 1898, Ernest Rutherford utilizou uma tela fluorescente para detectar as radiações pro- venientes de um material radioativo. Com auxílio de placas metálicas eletricamente carregadas descobriu que havia dois tipos de radiação, que chamou de 42α (alfa) e 0–1β (beta). A radiação 4 2α, segundo ele, deveria ser formada por partículas de carga positiva, uma vez que seu feixe era atraído pela placa negativa. Já a ra- diação 0–1β deveria ser formada por partículas negati- vas, pois seu feixe era atraído pela placa positiva. Em 1900, Paul Villard, na França, descobriu uma outra forma de radioatividade que não apresenta carga elé- trica e foi chamada de radiação 00γ (gama). Hoje sabemos que as partículas 42α são constituídas por dois prótons e dois nêutrons, isto é, correspondem ao núcleo de um átomo de hélio (He). As partículas 0–1β são elétrons emitidos pelo núcleo de um átomo instável. Conversa com o professor M_Reis_Quimica_V3_PNLD2018_302a368_Manual_Especifico.indd 359 5/25/16 7:00 PM