Prévia do material em texto
Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profº Mauro Kierpel 24 de ago. de 2023 Definição - É a incapacidade do coração de executar a sua função primordial: bombear o sangue de modo a gerar e manter o fluxo sanguíneo circulante adequado para a perfusão orgânica e tecidual. - Ou quando, para manter o bombeamento adequado, só o faz às custas de altas pressões de enchimento. ● Função primordial do coração: bombear sangue ● Finalidade: oxigenação e nutrição dos tecidos ● Se o coração não funciona direito → não há uma oxigenação e distribuição adequada. Sendo os órgãos principais que não podem ficar sem sangue: ○ Rim → pode levar a insuficiência renal ○ Cérebro → pode levar a um AVC OBS! Fígado demora um pouco mais para ter insuficiência Epidemiologia - Estudos de prevalência estimam que 23 milhões de pessoas no mundo têm IC e que dois milhões de casos novos são diagnosticados anualmente. - O aumento na incidência de IC está relacionado aos avanços terapêuticos no tratamento do infarto agudo do miocárdio, da hipertensão arterial e mesmo da IC, o que ocasiona maior sobrevida e, consequentemente, aumento da prevalência e de internações hospitalares por essa síndrome, gerando altos custos para países cuja população idosa é crescente. - Por isso, a IC é reconhecida na atualidade como um importante problema de saúde pública. - Segundo dados do DATASUS, há no Brasil cerca de 2 milhões de pacientes com IC, sendo diagnosticados 240 mil casos por ano. - As projeções indicam que, em 2025, o Brasil terá a sexta maior população de idosos, aproximadamente, 30 milhões de pessoas (15% da população total). - Isso deve resultar na multiplicação dos casos de IC e dos gastos com essa síndrome. ● Praticamente 1% da população tem IC ● Causas para IC: ○ Hipertensão ■ Por mais que haja diversos tipos de tratamento, as pessoas negligenciam essa doença, são pacientes difíceis de manejar ■ Isso ocorre pois, uma vez que é uma doença que não incomoda (não dói) as pessoas param de fazer o tratamento ○ Diabetes ■ Diabetes também tem omesmo problema de negligência da hipertensão ○ Dislipidemia ■ Que gera miocardiopatia isquêmica Fisiopatologia - Falência da estrutura do coração compromete toda a circulação sanguínea - Função sistólica: (Contração) OBS! Disfunção sistólica → IC sistólica ● VDF: 80 – 150 ml (100) → volume diastólico final ● DS: 40 – 100 ml (60) → débito sistólico ● VSF: 30 – 60 ml (40) → Volume sistólico final (que fica depois da sístole) ● DC: 4,5 – 6,5 L/min → débito cardíaco ○ DC = FC x VS ○ Na IC: 2,8 – 4,2 L/min/m2 1 OBS! A quantidade de sangue varia de acordo com o peso e tamanho - Quantidade de sangue equivale a 7% do peso corporal - Informações da fórmula: ● FE= Fração de ejeção ○ Quantidade de sangue que o coração é capaz de ejetar ○ Importante saber pois por exemplo 40% é baixa e isso significa que o coração está bombeando de forma incorreta ● VDF = Volume diastólico final OBS! Hipertrofia do ventrículo → ocorre quando engordamos e quando temos hipertensão arterial ● Problema da hipertrofia: ganha mais sangue ● A hipertrofia é concêntrica (cresce para dentro) → como as coronárias só irrigam a parte de fora do coração, a parte de dentro fica sem oxigênio e pode gerar uma morte súbita por conta desta isquemia ○ Morte súbita: taquicardia ventricular, fibrila e morre - Função diastólica: (Relaxamento) OBS! Se tiver problema no relaxamento pode ter alterações que levam a IC → disfunção diastólica / IC diastólica ● PD2 (pressão diastólica final): 8 – 12 mmHg - Mecanismos compensatórios da IC: - Tudo que acontece com VE acontece com VD, na contração, se sua função sistólica estiver ruim, o volume sistólico não será normal - Quando este alcança a aorta e a periferia, ele chega em pouca quantidade e com isso, o organismo entende que a PA está baixa e que o mesmo tem que: ● Reter volume ○ Quando o sangue chega no rim, tem baixo fluxo renal, estimulando o sistema renina angiotensina aldosterona para reter sódio e água ○ Com isso, o volume de sangue acaba aumentando e aumenta a retenção de líquido, o que não é bom, ou seja, os mecanismo compensatórios muita das vezes não são benéficos ● Barorreceptores estimulam atividade simpática ○ O coração débil, não consegue bombear e manda um coluna de sangue, os barorreceptores acabam estimulando a atividade simpática com liberação de catecolaminas e vasoconstrição ○ Catecolaminas: faz o coração bater mais rápido ● Aumentar a calcitonina (catecolamina) para aumentar a PA ● Vasoconstrição - Medicamentos para hipertensão: ● Vasodilatador ● Diurético - Tiazídico ○ Diurético de alça usa em emergências ○ Espironolactona - antagonista da aldosterona que tem como efeito secundário a retenção de potássio (sal, água para fora e potássio para dentro) 2 - Isso resulta em: (mecanismos compensatórios que devem ser evitados) ● Pré-carga aumentada ● Tônus simpático aumentado ● Catecolaminas circulantes aumentadas ● Renina-angiotensina-aldosterona aumentada ● Vasopressina aumentada ● Fator natriurético atrial aumentada ○ BNP → brain natriuretic peptide → esse é liberado quando o átrio é distendido e comanda a produção dos peptídeos natriuréticos atrial. - Resposta Fisiológica para a IC: o medicamento é para evitar esses mecanismos compensatórios OBS! ANP e BNP → A de átrio e B de cérebro (brain) 3 OBS! Lei de Frank-Starling: Estabelece que o coração, dentro de limites fisiológicos, é capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe proveniente do retorno venoso ● Compara com uma bexiga após ela ficar super esticada → não volta a sua forma inicial - Protooncogenes → estimulam a remodelamento ventricular → feito a base de tecido de fibrina → os cardiomiócitos se formam de maneira desorganizada e não tem eficácia na contração (disfunção sistólica e diastólica) OBS! Beta bloqueador → o uso de beta 1 e beta 2 pode ocorrer dispneia por broncoconstrição → cuidado com paciente dispneia e DPOC ● Indicado é procurar os de última geração somente B1 seletivos 4 OBS! Interação Hormonal na Função e Estrutura na Insuficiência Cardíaca Tipos de IC - IC sistólica e diastólica, direta e esquerda podem ocorrer ao mesmo tempo 1. Quanto ao lado do coração afetado; 2. Quanto ao aspecto fisiopatológico; 3. Quanto ao débito cardíaco. 1- Quanto ao lado do coração afetado 1. IC esquerda: Insuficiência de VE. A síndrome cursa com congestão pulmonar (dispnéia, ortopnéia, Dispnéia paroxística noturna). ● Pe: IAM, miocardiopatia idiopática e SVE, como na cardiopatia hipertensiva e doença valvar. ● Congestão pulmonar: devido ao aumento retrógrado da pressão (não volta) ○ Pico hipertensivo: aumenta a pressão do paciente e aumenta a pressão do VE ■ Se o ventrículo não consegue ejetar, sua pressão diastólica aumenta, com isso a pressão do ventrículo esquerdo fica igual a pressão do átrio e pressão capilar pulmonar (todas as pressões se igualam) ■ Quando aumenta a pressão capilar pulmonar, aumenta também a pressão hidrostática, o líquido de dentro do vaso extravasa, vai para o interstício e depois para o alvéolo ■ Com isso nao vai ter troca gasosa correta = DISPNEIA PAROXÍSTICA NOTURNA ● DPN = deitado aumenta retorno venoso, pois anula a gravidade, ou seja, não temmais sangue aculado nos MMII → bombeia normal do lado direito, mas quando chega no VE, esse nao ta conseguindo bombear, aumenta a pressão, que passa pro átrio esquerdo, alvéolos e gera dispneia → IC esquerda = congestão pulmonar 2. IC direita: insuficiência de VD. ● A síndrome cursa com congestão sistêmica: ○ Estase jugular ○ Hepatomegalia (HMG) ○ Ascite ○ Edema de MMII 5 ● Cor pulmonale (DPOC, pneumopatias, TEP, HAP primária), IAM de VD e miocardiopatias. ○ Cor pulmonale: patologias pulmonares que aumenta pressão da artéria pulmonar o que gera por consequência uma sobrecarga e hipertrofia das câmaras direitas ■ DPOC: enfisema pulmonar e bronquite crônica (asma só é considerado DPOC quando há sobreposição, pelo fumo do asmatico) ■ Enfisema: doença progressiva e degenerativaonde o alvéolo e capilar são substituídos por fibrina e bolhas de ar → se elimina capilares, a pressão na artéria pulmonar aumenta e gera estase jugular, hepatomegalia e edema de membros inferiores ■ Tromboembolismo pulmonar (TEP): obstrução da artéria pulmonar → aumenta pressão no VD, AD e congestão sistêmica 3. IC biventricular: disfunção de VD e VE. A síndrome causa congestão pulmonar e sistêmica. 2- Quando ao aspecto fisiopatológico 1. IC sistólica: 50 a 60 % dos casos. Perda da capacidade contrátil do coração. Na maiorias das vezes, a disfunção sistólica provoca dilatação ventricular (cardiopatia dilatada) e tem como marco laboratorial a redução significativa da FE (<45%). ● Consequências: baixo DC e aumento de VDF → portanto, aumenta a pressão de enchimento ventricular ● Pe: IAM, isquemia miocárdica, a fase dilatada da cardiopatia hipertensiva e a miocardiopatia dilatada idiopática. ● ICC refratária: não responde a nenhum tipo de medicamento 2. IC diastólica: 40 – 50 % dos casos. A contração miocárdica está normal (FE>45%), mas existe uma restrição patológica ao enchimento diastólico, causando elevação das pressões de enchimento e, consequentemente, aumento da pressão venocapilar (congestão). ● Pe: fase hipertrófica da cardiopatia hipertensiva e cardiomiopatia hipertrófica. ● Quadro clínico: Idosa de 60 anos, hipertensa desde os 40. Faz atividades e se alimenta bem, mas nos últimos 6 meses percebe falta de ar progressivamente ● A PA dela ta normal ● ECO: 60%, isso quer dizer que a FE esta boa (pois o que está entrando, está saindo), mas ela está com IC diastólica, o ventrículo foi aos poucos hipertrofiando, e agora tem menos débito cardíaco e por isso o cansaço ● Tratado com: BRA, IECA, diurético e antagonista de cálcio 6 - Disfunção diastólica: ● Hipertrofia crônica do VE → câmara menor → esse fica com um baixo débito porque diminui a capacidade do ventrículo de receber a quantidade adequada de sangue → coração vai ficando isquêmico até acabar dilatando. Ou seja, FE esta normal porque o que entra sai, o problema é que está entrando pouco. (entra 30 de sangue ai 30) ● Dilatação → depois que ocorre a hipertrofia, o coração começa a dilatar (entra 60 de sangue e sai 30) - Imagem: valores são apenas exemplos de quanto está entrando e sendo ejetado ● Coração normal → entra 60 e sai 60 ● IC sistólica → entra 60 e mal contrai, então só sai 30 ● IC diastólica (hipertrofiado) → entra 30 e sai 30 OBS! Pior dos casos: quando ocorre os dois juntos, daí entra 30 e só sai 20 3- Quando ao Débito Cardíaco 1. IC de baixo débito: representa todas as cardiopatias que levam a insuficiência cardíaca. 2. IC de alto débito: ocorre nas condições que exigem ummaior trabalho cardíaco, seja por aumento da demanda metabólica (tireotoxicose, anemia grave, sepse) ou pelo desvio de sangue do leito arterial para o venoso através de FAV - fístula arteriovenosa (béri-béri, sepse, cirrose hepática, doença de Paget óssea, hemangiomas). Apesar do DC estar alto não é suficiente para suprir a demanda exigida (submeter coração a um esforço maior, a um ponto dele entrar em fadiga) ● Tireotoxicose: taquicardia, hipertensão, ● Anemia grave: pouca oxigenação e o coração tem que bombear mais ○ Se tem HB de 7 ou 6 → isquemia cardíaca → hipoperfusão sistêmica e coronariana, paciente pode morrer por cor anêmico 7 Etiologia 1- Causas comuns de IC crônica: 1. HAS – cardiopatia hipertensiva 2. DAC – infarto e/ou isquemia e/ou miocárdio hibernante 3. Cardiomiopatia dilatada idiopática 4. Cardiomiopatia alcoólica 5. Doença de Chagas – nas áreas endêmicas 6. Valvopatias – EAo, IAo e IMi (estenose aórtica, insuficiência aórtica e insuficiência mitral) OBS! IC aguda → TEP (tromboembolismo pulmonar), IAM (infarto agudo do miocárdio), etc. - No Brasil lembrar: FEBRE REUMÁTICA – estreptococcia infantil (cursa com valvopatias) - Outras causas menos comuns: ● CMP peri-parto (cardiomiopatia periparto) ● Miocardites (HIV, virais, colagenoses, vasculites, covid) ● Taquicardiomiopatias ● Distúrbios Endócrinos ● Miocardiopatia ● Por cocaína ● Uso dos quimioterápicos (Oncocardiologia) ● antraciclinas (doxorrubicina,daunorrubicina) ● Distúrbios nutricionais (deficiência de selênio), etc. 2- Causas comuns de IC aguda: ● Infarto agudo do miocárdio – PRINCIPAL !!! ● Miocardite aguda ● Endocardite infecciosa; ● Rotura de cordoalhas ○ Rotura das cordas tendíneas por vegetação, infecção, e infarto (porque não chega sangue nessas cordas tendíneas) e isso gera uma insuficiência mitral aguda 3- Causas de IC direita: ● Estenose mitral; ○ Não abre a valva (atrioventricular esquerda) → aumenta a pressão do átrio esquerdo, aumenta a pressão do capilar → aumenta a pressão da artéria pulmonar → aumenta pressão do ventrículo direito = IC direita ○ Nesses casos não temmais o que fazer ● Cor pulmonale (DPOC etc.); ● Tromboembolismo pulmonar (TEP); ● HAP primária (Hipertensão arterial pulmonar primária) 4- Causas de IC diastólica pura: ● Cardiopatia hipertensiva – fase hipertrófica; ○ Todas vez que tem hipertrofia, é diastólica ● Cardiomiopatia hipertrófica hereditária; ● Cardiomiopatias restritivas (ex: amiloidose); ● Pericardite constritiva; ● Estenose mitral. 5- Causas de IC alto débito: ● Hipertireoidismo / tireotoxicose; ● Sepse, SIRS; ● Béri-béri (deficiência de tiamina); ● Doença de Paget óssea; ● Cirrose hepática; ● Fístula artério-venosa sistêmica. 8 Fisiopatologia - Imagem: ● A-1: Infarto inicial → Remodelamento que ocorre principalmente em um infarto, ● A-2: Expansão do infarto → infarto expande, pois o músculo infartado morre e acaba sua funcionalidade ○ a parte que está funcionando terá que hipertrofiar, o que não é bom, porque depois dilata → pode formar um aneurisma no VE ● A-3: Remodelamento global ● B-1: Coração normal ● B-2: Hipertrofia, isquemia ● B-3: Remodelamento e dilatação Manifestações clínicas - Sintomas e principais Síndromes - Principais síndromes: OBS! Sintomática ocorre muito depois de começar a IC 9 1- Síndrome congestiva Pulmonar: ● Dispnéia; ● Dispnéia aos esforços; ● Ortopnéia; ● Dispnéia paroxística noturna; ● Tosse seca – congestão da mucosa brônquica ○ “Asma cardíaca” (BCE) → ocorre por uma congestão dos vasos brônquicos, edema de parede vasos brônquicos e produção de muco - Edema Agudo de Pulmão (alvéolos cheio de água - sensação de afogamento) ● Extremo da Sd congestiva pulmonar; ● Edema alveolar abundante; ● Estertoração pulmonar abundante; ● Pressão capilar pulmonar elevada, geralmente > 25 mmHg (nl até 12 mmHg); ● IRpA – taquidispnéia, ortopnéia, cianose central, grave hipoxemia; ○ Taquipneia → aumento da FR, acima de 22 ○ Dispneia → pode ser subjetiva e objetiva ■ Subjetiva quando o paciente diz ■ Objetiva é pelo batimentos e asa de nariz, sudorese, palidez cutânea, afundamento de fúrcula e tiragem intercostal ● Rx tórax: dilatação vascular nos ápices e um infiltrado bilateral em asa de borboleta ou morcego – flash acute lung edema OBS! Dois tipos de paciente que não devemos deitar: (senta sem encostar) 1. Edema agudo de pulmão 2. DPOC → pois ele tem poucos alvéolos funcionantes e se ele encostar, diminui ainda mais a quantidade de alvéolos funcionantes - Quando deitamos , funciona menos alvéolos pela pressão 2- Síndrome Congestiva Sistêmica: ● Edema de MMII; ● Edema de bolsa escrotal; ● Aumento do volume abdominal - ASCITE; ○ Normalmente os cardiopatas não têm ascite se não tiverem hipoalbuminemia. ○ Ascite → maioria por hepatopata e insuficiência renal ○ Devido a diminuição da produção de albumina e pela perda da albumina ● Dispnéia – derrame pleural; ○ Derrame pleural → entre pleura parietal e visceral tem pouco líquido para lubrificar, sendo produzido pelas arteríolas (entram por pressão hidrostática) ○ Depois que o líquido entra nesse espaço, esse é drenado por veias e vasos linfáticos. ○ Derrame pleural ocorre quando há um aumento de pressão do sistema venoso e linfático até as duas se igualam → líquido não é drenado e não sai do espaço 10 ■ Vasos linfáticosdrenam no ducto linfático ■ Congestionamento de vaso linfático: Tumor ou tuberculose ● Dor abdominal – Hepatomegalia congestiva; ● Diarréia – congestão da mucosa intestinal; - Características da foto: ICC direita ● Anasarca ● Má perfusão - cianose ● Hepatomegalias ● Estase jugular ● Sem dispneia - Síndrome do baixo débito ● Mais comum na IC sistólica; ● Início aos esforços, devido à incapacidade do coração em aumentar seu débito aos esforços; ● Sintomas confundem-se aos de uma síndrome geral: fadiga muscular, indisposição, mialgia, cansaço, lipotímia; ○ Lipotímia → sensação de desmaio, mas não é um desmaio completo (sem perda de consciência) - comum no verão, é uma pré-síncope ○ Amaioria dos sintomas devem-se à inadequada perfusão muscular esquelética durante o esforço físico. - Emagrecimento e Caquexia cardíaca: ● Perda de massa muscular: ↓ DC e ↑ demanda muscular esquelética; ● Baixa absorção dos nutrientes – congestão intestinal; ● Caquexia cardíaca: aumento de mediadores inflamatórios com o TNF - alfa - Choque cardiogênicos: ● Definição: estado de hipoperfusão orgânica generalizada associada à hipotensão grave (PA sistólica < 80 mmHg) e que não responde à reposição volêmica. ● É o estado mais grave da IC: ● Manifestação de uma forma aguda grave (IAM) ou estado terminal da forma crônica. ○ Exemplo: Chagas 11 OBS! B3 → ocorre pelo impacto de sangue contra o sangue que já estava no ventrículo - Ocorre em cardiopata, uma vez que o ventrículo não consegue acomodar a coluna de sangue (ventrículo com disfunção diastólica) e gera um barulho por estar endurecido (sem função diastólicas correta) - Insuficiência Cardíaca-classificação NYHA ● Classe I: ausência de limitação às atividades cotidianas - ausência de dispnéia, fadiga e palpitações. ○ Mortalidade estimada: 5% ao ano ● Classe II: leve limitação às atividades do cotidiano - pacientes confortáveis em repouso que aos esforços cotidianos podem desenvolver dispnéia, fadiga e palpitações. ○ Mortalidade estimada: de 5 a 10 % ao ano. ● Classe III: Severa limitação as atividades cotidianas - pacientes confortáveis em repouso que aos pequenos esforços cotidianos podem desenvolver dispnéia, fadiga e palpitações. ○ Mortalidade estimada: de 10 a 20% ao ano. ● Classe IV: Incapacidade de realizar esforços - pacientes apresentam dispnéia em repouso. ○ Mortalidade estimada: de 20 a 50 % ao ano. . 12 32 ● A - Diabetes e Hipertensão ○ Clássico: Paciente que geralmente chega para um check up, costuma ser obeso grau 1, fumanete, sedentario, histórico familiar com doença, mas os exames dele estão normais → 6 meses depois esse paciente chega, mas continua gordo e diz nao ter feito a dieta recomendado, dai repete os exame - tem fator de risco, nao tem sintoma e nao tem alteraçao ● B - Começa a ter disfunção do ventrículo em algum grau mas não tem sintoma nenhum - tem alteração no exame mas nao tem sintomas ● C- já tem alteração no exame e já tem sintoma ● D - Insuficiência cardíaca refratária 13 Diagnóstico* CRITÉRIOS CLÍNICOS DE FRAMINGHAM: - Maior: ● Dispnéia paroxística noturna; ● Turgência jugular patológica; ● Estertores pulmonares; ● Cardiomegalia no Rx; ● Edema agudo de pulmão; ● Terceira bulha; ● PVC > 16 cm H2O; (pressão venosa central) ● Refluxo hepatojugular; ● Perda de peso > 4,5 Kg em resposta ao tratamento. “Deus tem empatia com esses trouxas pois requer perdão” OBS! Estase jugular: ● Sentado a 45º ou Em pé → estase jugular dentro do tórax ● Deitado → estará dentro da cabeça - Menor: ● Edema maleolar bilateral; ● Tosse noturna; ● Dispnéia aos esforços; ● Hepatomegalia; ● Derrame pleural; ● Capacidade vital menor que ⅓ do previsto; ● Taquicardia > 120 bpm. “Eu tenho dois homens de cada tempo” - Radiografia do tórax: ● Aumento do ICT (>50%); ● Aumento de VE – coração mergulha no diafragma; ○ No rx: quando aumenta e esse por estar atrás ele vai para baixo e pra frente ● Aumento de VD – ponta do coração se eleva; ● Inversão do padrão vascular; 14 ● Linhas B de Kerley ● Derrame pleural. OBS! Crescimento do ventrículo: ● Ventrículo Direito: para cima e para fora ● Ventrículo Esquerdo: para baixo e para frente ● Diferença: congestão perihilar e nem vemos o ilo ● ICC direita: ventrículo elevado, abaulamento da artéria pulmonar pela pressão alta - Diagnóstico: EDEMA INTERSTICIAL 15 Tratamento - Fatores precipitantes de descompensação (saber os fatores) ● Ingesta excessiva de água ● Característica do paciente: paciente que não toma o remédio da pressão por não poder misturar remédio com bebida alcoólica = edema agudo de pulmão (PA alta)7 ● Consumo excessivo de álcool agudo e crônico - Perfusão e congestão ● Quente e seco → perfusão boa/sem congestão pulmonar ○ Paciente: Hipertenso, mas sem comprometimento (A da imagem) ● Quente e úmido → perfusão boa/congestão pulmonar ○ Paciente: Insuficiência cardíaca esquerda (B imagem) ● Frio e seco → perfusão ruim/sem congestão pulmonar ○ Paciente: Insuficiência cardíaca direita (L imagem) ● Frio e úmido → perfusão ruim/congestão pulmonar ○ Paciente: Insuficiência cardíaca refratária = choque cardiogênico (C imagem) 16 - Característica de cada um: ● Frio → perfusão ruim, edema ● Quente → boa perfusão ● Úmido → congestão pulmonar ● Seco → não tem congestão pulmonar OBS! Insuficiência cardíaca → o diagnóstico é clínico sempre - Pedir exame para saber se é sistólica, diastólica, etc. - Para saber se é aguda ou crônica → perguntar se é a primeira vez ou não dos sintomas 17