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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profº Miguel Teixeira dos Santos Neto 18 de ago. de 2023 Diretrizes - Diretriz de dislipidemia 2017: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf - Diretriz de Prevenção Cardiovascular 2019: http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11304/pdf/11304022.pdf Fatores de risco - Estratificação do RCV ● Para isso é necessário ter fatores de risco ○ Ex: Problemática da doença do lipídio → formação de placa, que estão aderidas no vaso e geram problema. Essas placas aumentam devido a alguns fatores de risco, como: ■ Histórico familiar ● Genética e comportamental (família obesa impulsiona os familiares a se tornarem obesos) ■ Cigarro ■ Pressão Alta ● Agressão de órgão alvo → coração sustenta grande pressões e pode ter uma dilatação ■ Colesterol alto ● Obstrui passagem sanguínea e a placa ateromatosa pode quebrar e obstruir passagens importantes ■ Obesidade ● Fator onde os lipídeos estão descompensado e essa obesidade será um grande fator determinante de doenças coronarianas ■ Diabetes ● Causa doenças vasculares que acabam levando a formação de trombos e placas 1 http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11304/pdf/11304022.pdf OBS! Inibidores de protease → antiviral (para paciente que vivem com HIV) - medicamento aumenta risco cardiovascular (pedir lipidograma) OBS! Para desconsiderar ou melhorar o RCV → propor algumas MEVS ● Proposta de condições de MEV, como: ○ Andar de bicicleta ○ Alimentação → legumes, frutas, peixes, berinjela (diminui o colesterol) Atualização da diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da aterosclerose - 2017 - Introdução: 2 Estratificação do Risco Cardiovascular - RCV - A Estratificação do Risco Cardiovascular (RVC) é fundamental para reconhecer as pessoas e classificar o risco/vulnerabilidade a partir de suas necessidades, possibilitando a organização das ações individuais e coletivas que a equipe de saúde pode oferecer. - Com os fatores de risco o indivíduo pode desenvolver uma doença cerebrovascular ● AVC ● Infarto - Com isso, classifica o risco e vulnerabilidade de acordo com a necessidade ● Ou seja, olhar os fatores de risco e com isso analisar se a pessoa tem alto ou baixo risco cardiovascular ● Esta estratificação possibilita criar metas e terapêuticas adequadas ao indivíduo Classificação laboratorial das dislipidemias OBS! O bom colesterol tem que ficar até 70, abaixo disso perde esse colesterol (de alta densidade) Sinais clínicos típicos de dlp familiar - Achados clínicos típicos da HF ● Arco córneo precoce ● Xantomas tendíneos ● Xantelasmas 3 Pacientes com dislipidemia transitória - Alvos terapêuticos: 4 Avaliação Inicial do Risco Cardiovascular - Quem rastrear? 1. Adultos entre 40 a 75 anos, sem história de doença cardiovascular 2. Adultos de qualquer idade com 1 ou mais fatores de risco cardiovascular (ex: HAS, tabagismo, excesso de peso, diabetes, DAC precoce, hipercolesterolemia familiar, dentre outros) OBS! Rastreamento → fazer exame em determinada faixa etária para ver onde a doença é mais prevalente Cálculo do Risco Cardiovascular - Escore de Risco de Framingham: estima a probabilidade de ocorrer infarto ou morte por doença coronária nos próximos 10 anos. - Escala amplamente utilizadamas pode subestimar o risco cardiovascular, a exemplo dos diabéticos. - Componentes: ● Gênero ● Idade ● Tabagismo ● Valor do CT e HDL ● Valor da PAS ● Se a HAS é tratada ou não - Estratificação: ● Alto Risco Cardiovascular > 20% ● Moderado Risco Cardiovascular 20% - 10% ● Baixo Risco Cardiovascular < 10% - Escore de Risco Global: estima o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico, insuficiência vascular periférica ou insuficiência cardíaca em 10 anos. - Agrega os componentes do Escore de Risco de Framingham e outros fatores de risco: Site da calculadora: http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/etapa1.html OBS! Quer saber se a pessoa já teve algum quadro de infarto - Depois de clicar sim, a estratificação será: Muito Alto risco cardiovascular - com isso, ele vai dar opções de medicamento - Estatinas recomendadas: ● Atorvastatina ● Rosuvastatina ● Sinvastatina 40/ ezetimiba 10 (tem que estar as duas associadas, para aumento de potência) - É preciso usar estas estatinas de alta potência pois elas estabilizam as placas ( não permite que fique flutuante) 5 http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/etapa1.html - Cálculo do risco cardiovascular e DM: OBS! Se selecionar sim para portador de DM2, abre os: Estratificadores de risco (ER): ● Homem acima de 49 anos de idade ● Mulher maior que 56 anos de idade ● Diabetes há mais de 10 anos ● História Familiar de DAC prematura ● Tabagismo ● Hipertensão Arterial ● Síndrome Metabólica ● TFG (taxa de filtração glomerular) maior que 60 ml/min/1,73m2 ● Albuminúria = 30 mg/g ● LDL-C : 190 mg/dL Doença aterosclerótica Subclínica (DASC): ● Escore de Cálcio maior de 10 ● Placa na Carótida ● Angio-tomo com placa ● ITB (índice tornozelo braquial) → maior que 9 6 OBS! Quando a resposta é não → RISCO INTERMEDIÁRIO - O tratamento do intermediário para baixo é mais MEV - Estatina de 20 mg está no site, mas a diretriz não recomenda - quando usa é para fazer a contenção da placa 7 ● Baixo risco cardiovascular → diretriz propõe tratamento de estatinas, mas deixa claro que não há necessidade desse uso. É indicado o MEV. Estratificação de Risco Cardiovascular Classes de fármacos 8 9 10 Tipos de intervenções - Cessação do fumo → tabagismo é o principal fator de risco para elevar o RCV, além de aumentar o risco de câncer de boca, bexiga, pulmão - Alimentação saudável → Entra na MEV - comer mais fibras, legumes, frutas, etc. - Atividade física - Controle da PA, peso e CA - Adesão medicamentosa Periodicidade de Consultas Médicas Ácido acetilsalicílico (AAS) - Dose 100 mg, 1 comprimido após a refeição (almoço) - Não faz prevenção primária de DCV!!!! ● Uso entre 60 e 69 anos com alto RCV discutível. ● Uso acima de 70 anos desaconselhável, segundo o USPSTF OBS! ASS faz prevenção secundária, muda histórico depois de um episódio cerebrovascular - Ou seja, o primeiro evento não muda nada, o segundo ela diminui a chance - Contra indicação absoluta: para alérgicos e história de sangramento gástrico. (dengue, distúrbios hematológicos, antes de cirurgia, etc.) 11 Caso clínico 1 - Homem, 25 anos, solteiro. Ensino superior completo. Sem queixas. Quer fazer check up - PA: 110x70 mmHg OBS! Importante ver histórico familiar para ver se precisa de perfil lipídico - Solicitar exames de: ● IST Caso clínico 2 Dona Penha, 51 anos, casada, doméstica, Ensino Básico incompleto. QD: dor de cabeça aos pequenos esforços HMA: dor de cabeça que melhora com AINES Antecedente pessoal: ● Tabagista, uso de álcool todos os dias, pós AVC +- 3 anos Sinais vitais: ● PA: 150 x 80 mmHg (elevada) ● Glicemia: 220 mg/dl (elevada) ● FC: 80bpm Medicamentos: ● Metformina: 850 mg (2x/ao dia) ○ Diminui a função com o uso do álcool (já que esse é um indutor enzimático), pois isso a pressão da paciente estava alta ● Omeprazol: 20mg 1cp a noite ● Captopril: 25 mg (1cp 2x ao dia) ○ Álcool diminui a função deste medicamento, pois ele é um indutor enzimático ● Ômega 3: 1x ao dia ● Vitamina D: 5000 UJ Prescrição: ● Atorvastatina: 40 mg (1x/à noite) ○ Uso a noite, pois o metabolismo do colesterol hepático é maior a noite ● Captopril: 25 mg 1 cp, aumentar para 3x ao dia ou associar com uma hidroclorotiazida - Observações: - Do cálculo ela na primeira questão já entra em Muito Alto risco cardiovascular - Risco: mulher, maior de 50 anos, pós-AVC, tabagista, PA alta, alcool, ● Dor de cabeça não significa que a pressão está alta → a dor pode elevar a pressão por estresse. Caso clínico 3 - Sr. Pedro, 67 anos, casado, pedreiro, baixo nível de instruçãoQP: “Troca de receita” Paciente solicita troca de receitas, com histórico de Pós-IAM com supra de ST (há +- 2 anos), Diabetico 2, obesidade grau 2 - ERCV → escore do risco cardiovascular: alto risco - Medicamentos que faz uso: ● Metformina XR 500mg 2x ao dia ● Captopril 25mg 2x ao dia ● Hidroclorotiazida 25mg 1cp pela manhã ● Sinvastatina 20 mg 1cp a noite ● Omeprazol 20mg ● Dipirona 500mg 1cp se dor Prescrição: ● Somente a sinvastatina é errado pois teria que estar associada a ezetimiba ○ Sozinho pode ser: atorvastatina ou rosuvastatina 12 ● ASS 100 mg ● Prescrever um beta bloqueador (propranolol, atenolol) ○ Para melhorar contratilidade cardíaca e aumentar a vascularização coronariana (coração bate mais lento e sangue fica mais tempo na coronária) ● Omeprazol tira Caso clínico 4 Sr. Margarita, 63 anos, casada, do lar - Antecedentes pessoais: ● DM-2 ● Tabagismo ● HAS ● Obesidade ● Diverticulite - Medicamentos em uso: ● Gliclazida 30mg (2x/dia) ● Metformina 500 mg (2x/dia) ● Losartana 50 mg (1x/dia) ● Atenolol 50 mg (1x/dia) ● AAS 75 mg (1x almoço) ● Ômega 3 (1x/dia) ● Sinvastatina 20 mg (1cp à noite) - Prescrição: ● Tirar AAS ● Sinvastatina tem que estar associada com ezetimiba Observações: ● Entra no estratificador de risco como “sim”, pois nela inclui gênero, história de doenças metabólicas e albuminúria ● Não precisar ter todos (se já tiver 1, já é suficiente para marcar “sim”), isso indica alto risco cardiovascular. ● Associar 2 medicamentos para diabetes está certo ● AAS → não é indicado Escore de risco global (ERG) de Framingham - Mulheres e homens → leva em consideração: ● Idade ● HDL-C ● Colesterol total ● PAS - não tratada ● Fumo ● Diabetes 13 14