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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ......
Gilberto, (nacionalidade), casado, professor de educação física, inscrito no CPF sob o n°..., portador da cédula de identidade RG n°..., endereço completo..., por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), vem respeitosamente à presença de vossa Excelência, com fulcro no Art. 5°, LXVI, da CF, combinado com o art. 321, do CPP, requer sua LIBERDADE PROVISÓRIA pelas razões a seguir aduzidas.
DOS FATOS
Gilberto, no dia 28 de junho de 2019, após largar de seu trabalho, resolveu confraternizar com suas colegas, Maria e Juliana, em um bar.
Após ingerir certa quantidade de bebida alcóolica, meu cliente acreditou que sua colega Juliana pudesse estar interessada em se relacionar com ele. Certo do que estava acontecendo, ele resolveu investir contra ela, em momento que Maria não estava presente, a fim de buscar confirmação de reciprocidade afetiva, ato que se concretizou através da tentativa de um simples beijo.
Ocorre Excelência, que as impressões de Gilberto não se confirmaram visto que Juliana apresentou resistência. Maria, ao retornar se apressou em socorrê-la.
Outros frequentadores do bar o detiveram. Culminando na sua posterior prisão em flagrante delito, conforme lavratura do APFD, efetuada pelo delegado do 1° DP desta comarca. 
DO DIREITO
A defesa segura do conhecimento de vossa excelência e certa de que nenhum detalhe escapará da análise criteriosa dos autos em apreço, vem aduzir os argumentos que demonstram ser o requerente merecedor do benefício em questão.
Com efeito, o acusado se trata de pessoa trabalhadora, exercendo suas funções laborais há 15 anos no Colégio Sagrada Disciplina, o que leva a crer ser pessoa de boa conduta social.
Assim, o Autor possui ocupação lícita e preenche os requisitos do parágrafo único do art. 310 do Código de Processo Penal, demonstrando não ser indivíduo que corriqueiramente pratica atos ilícitos.
Além disso, o suposto ato de importunação foi rapidamente cessado, não causando, assim maiores danos a suposta vítima.
Ademais para a prisão cautelar, os requisitos dos arts.312 e 313 do CPP, devem recair sobre a conduta a ser reprovada.
Assim sendo, não há indicadores de que Gilberto, em liberdade, possa por a instrução criminal, a ordem pública ou a ordem econômica em risco.
Contudo o acusado em liberdade não representa risco a aplicação da lei penal.
Neste diapasão, o Art. 321 do CPP se impõe:
“Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
No mesmo sentido no Art. 5°, LXVI, da CF consagra o fundamental direito à liberdade provisória em havendo onde a lei admite, senão vejamos:
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
Finalmente, ausentes os requisitos autorizantes da prisão preventiva, Art. 312 do CPP, a liberdade provisória urge por sua aplicação como determina o Art. 321 do CPP.
DO PEDIDO
Diante do exposto, inexistindo requisitos para a manutenção da prisão e, comprometendo-se a comparecer a todos os atos do processo, requer a Vossa Excelência após o parecer do digno representante do Ministério Público, seja concedida a Liberdade Provisória sem fiança, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do requerente, como medida de justiça.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
(Local e data)
Advogado OAB/RS XXX

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