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Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6 Edição_Parte533

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A terapia da OG visa aliviar os sintomas, suprimir o processo mórbido, diminuir a massa dos músculos oculares, restaurar a
contratilidade da musculatura ocular e, ainda, melhorar a aparência cosmética, bem como a qualidade de vida. Não há, até
agora, nenhum tratamento disponível que conduza seguramente a todos esses objetivos. Felizmente, a OG é, em geral, leve e
autolimitada, com apenas 3 a 5% de casos evoluindo para estágios mais graves (risco maior para fumantes e pacientes com
disfunção tireoidiana não tratada). Além disso, a maior parte dos casos remite espontaneamente ou durante o curso do
tratamento antitireoidiano, sem necessidade de nenhuma terapêutica específica para a OG em si.5,8,10,11
Eliminação dos fatores de risco
Pacientes com OG devem ser orientados a deixar de fumar, devido aos reconhecidos efeitos deletérios do tabagismo na
evolução da doença, previamente comentados.5,10,12
Tratamento clínico
Tratamento do hipertireoidismo
O paciente deve ser reconduzido ao estado eutireóideo tão rapidamente quanto possível, e as flutuações do status tireoidiano
devem ser evitadas. A correção do hipertireoidismo tem um efeito benéfico na OG. Em pacientes com OG moderada, o
tratamento com drogas antitireoidianas (DAT), também chamadas tionamidas, habitualmente se associa a alguma melhora dos
sinais oculares. O lugar da tireoidectomia no tratamento da OG é controverso, mas ela deve ser considerada em pacientes com
doença grave e grandes bócios, e nos quais os outros métodos de tratamento não se mostraram benéficos. O iodo radioativo
(RAI) pode ter um efeito adverso na OG, aumentando a frequência com que a OG se desenvolve ou agravando a OG ativa
preexistente, sobretudo em tabagistas.1,8,10–12
Portanto, profilaxia com glicocorticoides (GC) deve ser considerada para os pacientes com OG que irão tomar o 131I,
especialmente nas seguintes situações: (1) tabagistas, (2) existência de orbitopatia ativa (mesmo se leve a moderada) e (3)
hipertireoidismo grave.8,11 Além disso, sempre que possível, antes da administração do RAI deve-se conseguir o eutireoidismo
com as tionamidas, de preferência com o metimazol, uma vez que o efeito radioprotetor do propiltiouracil parece ser bem mais
prolongado.6,8 Por outro, não é recomendável a radioiodoterapia para os casos de OG grave em que há ameaça à visão, devendo-
se sempre, nessa situação, fazer a opção pelas DAT (Figura 31.5).7,10,13
Quadro 31.5 Recomendações iniciais na abordagem clínica da orbitopatia de Graves (OG).
Considerar a possibilidade de OG em pacientes diagnosticados como apresentando “conjuntivite” ou alergia ocular quando os
sintomas são persistentes e há falha do tratamento proposto
Solicitar testes de função tireoidiana em todos os pacientes com diagnóstico recente ou suspeita de OG
Para todos os pacientes com doença de Graves e/ou OG tabagistas: aconselhar interrupção do tabagismo e referenciar para
serviços auxiliares de tratamento do tabagismo
Fornecer informações de boa qualidade sobre os efeitos do tabagismo na OG
Pacientes com diagnóstico recente de OG leve: iniciar tratamento com selenito de sódio, 100 μg, 2 vezes/dia, durante 6 meses
Corrigir imediatamente o hipotireoidismo com introdução ou ajuste na dose de levotiroxina
No diagnóstico inicial de OG e evidências bioquímicas de hipertireoidismo subclínico: iniciar droga antitireoidiana, tão logo
quanto possível, com monitoramento cuidadoso, para evitar o hipotireoidismo
Se sintomas sugestivos de exposição da córnea: usar colírios lubrificantes
Adaptado de Perros et al., 2015; Bartalena et al., 2008.6,8
Quadro 31.6 Conduta na orbitopatia de Graves (OG) leve a moderada.
Correção da disfunção tireoidiana
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	Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição

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