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Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6 Edição_Parte79

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uma tentativa de tal tratamento pode ser justificada.4 Ademais, foi recentemente relatado que, em um adolescente resistente à
cabergolina e com níveis de PRL persistentemente elevados após duas cirurgias de debulking, a adição de octreotida LAR
proporcionou estabilização tumoral e normalização da PRL.59
 Temozolomida. Temozolomida, um agente alquilante, que tem sido particularmente utilizado no tratamento de gliomas,
tem se mostrado eficaz em casos de tumores hipofisários agressivos ou malignos. Também se mostrou moderadamente bem-
sucedido em alguns volumosos e agressivos prolactinomas resistentes aos DA.4 Em sua revisão de tais casos, relatou-se que 15
de 20 (75%) macroadenomas secretores de PRL resistentes responderam à temozolomida.60 Devido à toxicidade do fármaco,
sua utilização é geralmente considerada como a terapia de último recurso, e é utilizada após o insucesso das outras opções
terapêuticas.60 Infelizmente, um grande número desses tumores muito agressivos escapam dos efeitos supressores da
temozolomida após 0,5 a 2,5 anos.4,60
Resumo
Resistência aos agonistas dopaminérgicos (DA) é relativamente comum, na dependência do critério diagnóstico
utilizado. As abordagens-padrão de tratamento para pacientes que apresentam resistência são mudar para outro DA ou
aumentar a dose do medicamento, desde que haja continuada resposta a esses aumentos e nenhum efeito adverso
aconteça. Devido ao risco potencial de anomalias valvares cardíacas, pacientes que receberem doses maiores que
doses-padrão de cabergolina (> 2 mg/semana) devem ser monitorados com ecocardiografia. A cirurgia de debulking
permanece sempre uma opção e pode melhorar a resposta aos DA. Para o paciente que deseja fertilidade, clomifeno,
gonadotrofinas e GnRH pulsátil também são opções, mesmo se os níveis de PRL não puderem ser normalizados ou
reduzidos a níveis necessários para permitir ovulação espontânea ou espermatogênese normal. Medicamentos com
efeito antiestrogênico (raloxifeno ou tamoxifeno em mulheres e anastrozol em homens) podem ocasionalmente melhorar
a resposta aos DA em casos de resistência induzida pela reposição gonadal. Para pacientes amenorreicas que se
mostrem resistentes aos DA, mas não desejem engravidar, a reposição estroprogestogênica pode ser a única conduta
indicada. Em contraste, em pacientes com macroadenomas, o controle do crescimento tumoral deve sempre ser uma
meta, e, por isso, os DA são geralmente necessários. Existem relatos isolados de sucesso com o uso de análogos da
somatostatina em casos de resistência aos DA. Radioterapia é útil para controle do tamanho tumoral, mas raramente vai
propiciar normalização da prolactina. Finalmente, temozolomida tem sido reservada para os casos não responsivos às
outras medidas.
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