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FILOSOFIA “amor à sabedoria” • LÓGICA • FILOSOFIA PRÁTICA • FILOSOFIA ESPECULATIVA • LÓGICA FORMAL • LÓGICA MATERIAL matemática metodologia pensamento • FILOSOFIA DA NATUREZA • COSMOLOGIA • ANTROPOLOGIA homemfísica •FILOSOFIA ALÉM DA NATUREZA • ONTOLOGIA • GNOSEOLOGIA ser conhecermetafísica olhar a realidade práxis • ÉTICA • DIREITO • ESTÉTICA • MORAL correto costumes JUSFILOSOFIA universo FILOSOFIA CIÊNCIA senso comum conhecimento assistemático de conhecimentos de diversas naturezas (saber vulgar). conhecimento pré-filosófico e pré-científico. matriz do conhecimento. • Busca dos princípios e das causas primeiras. • Não há superação de sistemas filosóficos. Há fluxos de avanço e retrocesso, de conservação e restauração. • Busca do conhecimento sistemático e seguro dos fenômenos do mundo, pelo método científico (enunciado do problema, formulação de uma hipótese, experimento, conclusão) e parte de pressupostos. • A evolução da ciência se dá pela refutação de uma teoria anterior por outra posterior que se torna válida e mostra a anterior como falsa. “A Filosofia do Direito não é disciplina jurídica, é a própria Filosofia, enquanto voltada a realidade jurídica”. (MIGUEL REALE) “A Filosofia do Direito é parte da filosofia.” (TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ JÚNIOR). A FILOSOFIA DO DIREITO adquire, a partir de Hegel, uma certa autonomia para investigação dos problemas de ordem exclusivamente jurídica, sem, no entanto, desvincular-se da FILOSOFIA. FILOSOFIA DO DIREITO FILOSOFIA DO DIREITO CONCEITO: É um saber crítico a respeito das construções jurídica erigidas pela Ciência do Direito e pela práxis do Direito. (BITTAR, ALMEIDA) MIGUEL REALE PAULO DOURADO DE GUSMÃO •Estudar a justiça (jusnaturalistas). •Estudar o dever-ser •Estudar o método jurídico utilizado pelos juristas (formalistas). •Estudar questões jurídicas históricas (normativistas). •Estudar os fatos jurídicos (sociologistas). •ONTOGNOSEOLOGIA (Ser e Conhecer) •(compreensão conceitual do Direito); •EPISTEMOLOGIA (investiga, natureza, fonte e validade do direito) •(lógica e ciência jurídicas); •DEONTOLOGIA (valores éticos); •CULTUROLOGIA (história e eficácia jurídicas). FILOSOFIA DO DIREITO 1. Proceder à crítica das práticas, das atitudes e atividades dos operadores do direito. 2. Avaliar e questionar a atividade legiferante, bem como oferecer suporte reflexivo ao legislador. 3. Proceder à avaliação do papel desempenhado pela ciência jurídica e o próprio comportamento do jurista ante ela; 4. Depurar a linguagem jurídica, os conceitos filosóficos e científicos do Direito, bem como analisar a estrutura lógica das proposições jurídicas. 5. Investigar a eficácia dos institutos jurídicos, sua atuação social e seu compromisso com as questões sociais; 6. Desmascarar as ideologias que orientam a cultura da comunidade jurídica, os pré- conceitos que orientam as atitudes dos operadores do Direito. FILOSOFIA DO DIREITO 2 O conceito de Justiça. Sentido lato de Justiça, como valor universal. Sentido estrito de Justiça, como valor jurídico-político. Divergências sobre o conteúdo do conceito. O QUE É JUSTIÇA? (conceito de justiça) Termo plurívoco: várias acepções 1.Justiça como retribuição. 2.Justiça como igualdade. 3.Justiça como liberdade. 4.A regra de ouro: faça o com os outros o que gostaria que fizessem com você. JUSTIÇA como valor ABSOLUTO: sentimento inato humano sobre expectativas de que determinada ação seja realizada. Porém, o CONCEITO é variável conforme tempo e espaço, podendo ser discutido historicamente, socialmente e culturalmente. DIVERGÊNCIAS SOBRE O CONCEITO PLATÃO: justiça é/são na: 1ª Fase (Sentido Latíssimo): A unidade das virtudes 2ª Fase (Sentido Lato): A virtude suprema na República 3ª Fase (Sentido Estrito): As leis. JUSTIÇA JUSTIÇA DISTRIBUTIVA: igualdade geométrica. ARISTÓTELES: justiça como igualdade. “É a virtude mais excelente de todas.” JUSTIÇA CORRETIVA: igualdade aritmética. “Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual” Aplicada quando houver o SINALAGMA (relação bilateral). JUSTIÇA CRISTÃ MEDIEVAL SANTO AGOSTINHO – retoma o pensamento platônico. SÃO TOMÁS DE AQUINO – retoma o pensamento aristotélico. suum cuique tribuendi – dar a cada um o que lhe é devido justiça humana – lei humana justiça divina – aquela que tudo governa a lei divina inspira a lei humana DIVERGÊNCIAS SOBRE O CONCEITO DIVERGÊNCIAS SOBRE O CONCEITO (justiça como valor relativo) TEORIA DA JUSTIÇA DE JOHN RAWLS (Neocontratualista) “POSIÇÃO ORIGINAL” estado hipotético em que os indivíduos devem escolher em que condições gostariam de viver. “véu de ignorância” instrumento necessário para garantir que indivíduo não faça considerações de forma arbitrária. 1º) Princípio da liberdade: Devem ser asseguradas a todos as liberdades básicas. 2º) Princípio da igualdade: aceitam-se as desigualdades desde que: a) Todos devem ter igualdade de oportunidades; b) Procurar o máximo de benefício para os membros menos afortunados. JUSNATURALISMO JUSTIÇA COMO VALOR JURÍDICO-POLÍTICO JUSPOSITIVISMO estuda o direito natural, cuja disposição é inerente ao ser humano. busca a aplicação da JUSTIÇA. é anterior e superior ao direito positivo. deve haver harmonia entre o direito natural e o direito positivo, mas se não houver o DIREITO NATURAL deve se sobrepor estuda o direito posto pelo Estado. não importa a consideração sobre JUSTIÇA, pois esta é valor e não pode ser conhecida cientificamente. o direito natural serve no máximo na orientação do legislador, mas não para o aplicador. o direito é todo aquele que é positivado, sem possibilidade de aplicação de outra norma que não seja a jurídica. 3 O conceito de Direito. Equidade. Direito e Moral. RELAÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL Teoria do mínimo ético Georg Jelinek Direito O direito faz parte da moral Amoralidade parcial do direito Miguel Reale Direito Moral Há campos do direito que não se regulam pela moral X DIREITO MORAL Heteronomia Coercibilidade Bilateralidade Atributividade outro elabora a norma o direito pode exigir e coagir a prática do ato relação entre duas ou mais pessoas aferição de valor objetivo para o ato praticado Autonomia Incoercibilidade Unilateralidade* Não atributiva o próprio indivíduo escolhe a conduta sem possibilidade de coação o ato se processa internamente no indivíduo não é possível valoração objetiva do juízo moral HANS KELSEN o Direito é um sistema fechado de normas jurídicas, sem qualquer interferência valorativa externa. norma fundamental normas derivadas fundamento de validade Teoria Pura do Direito CONCEITO DE DIREITO CONCEITO DE DIREITO MIGUEL REALE •O Direito não pode ser considerado uma ciência pura, sem contato com o mundo sensível. •O Direito está imerso dentro de uma realidade cultural. •Há uma relação dialética entre cada dois aspectos das TRICOTOMIAS. Teoria Tridimensional do Direito FATO VALOR NORMA “Direito é a realização ordenada e garantida do bem comum, numa estrutura tridimensional bilateral atributiva” ALF ROSS Realismo jurídico escandinavo. Direito é antes um conjunto de fatos do que um conjuntos de normas ou mandamentos. Para Ross, a lei é um instrumento do poder, e a relação entre os que decidem o que será a lei e os ficam sujeitos a ela é uma relação de poder. Preponderância dos problemas jurisprudenciais sobre a discussão de valores. PRINCIPAL QUESTÃO EM ROSS: VALIDADE DA NORMA CONDICIONADA À APLICAÇÃO DO JUIZ ≠ KELSEN: norma válida encontra fundamento na norma superior CONCEITO DE DIREITO EQUIDADE ARISTÓTELES – a equidade é recurso utilizável como critério de mensuração e adaptação da norma ao caso – justiça personificada. equo (justo melhor) x justo legal e corretivo. A régua de Lesbos: utilizada na construção de grandes monumentos e edificações de pedras na lha de Lesbos na Grécia. Talrégua adaptava-se aos desníveis, imperfeições e especificidades da pedra. Aristóteles definiu a equidade como a justiça aplicada ao caso concreto, caso este que apresenta especificidades e singularidades como as pedras mensuradas. DUPLA FUNÇÃO suprir as lacunas do direito. auxiliar a obter o sentido e alcance das normas. hermenêutica aplicação do direito CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA A equidade não se aplica mais somente no silêncio da lei, mas também suaviza seu rigor. Pode ser chamada de igualdade material RESOLUÇÃO DE CONFLITOS •mediação •conciliação •arbitragem 4 A interpretação do Direito. A superação dos métodos de interpretação mediante puro raciocínio lógico- dedutivo. O método de interpretação pela lógica do razoável. CONCEITOS INTERPRETAÇÃO APLICAÇÃO INTEGRAÇÃO fixar o sentido (finalidade) e alcance da norma jurídica enquadrar um caso concreto numa norma adequada (vigência e validade) suprimento das lacunas da lei 1.ESPÉCIES INTERPRETAÇÃO quanto à origem • Judiciária - juiz • legal – legislador (autêntica) • Administrativa • Doutrinária - estudiosos quanto ao método • Gramatical • lógico-sistemática • histórica • sociológica quanto aos resultdos • Declarativa • extensiva • restritiva LÓGICA FORMAL DO RAZOÁVEL lógica científica: conectivo ôntico se p, então q lógica jurídica: conectivo deôntico se p, então DEVE SER q Relações de congruência: 1. quais são os valores apropriados para determinada realidade? 2. quais são os valores prestigiados? 3. quais são os propósitos concretamente factíveis? 4. quais são os meios convenientes, eticamente admissíveis e eficazes? CRITÉRIOS DE RAZOABILIDADE exercida em função da ponderação de variantes circunstanciais; não se exerce como expressão da opinião singular ou da coletiva, mas obedece a parâmetros de entendimentos jurídicos majoritários; se dá em função de necessidades práticas e ocorrência fenomênica; constrói no uso discursivo e argumentativo a situação de exercício da razão jurídica; pressupõe intertextualidade.