Buscar

Consciência Corporal e Tensão Arterial

Prévia do material em texto

33
Porto
2022
O IMPACTO DA CONSCIÊNCIA CORPORAL NA TENSÃO ARTERIAL
Porto
2022
O IMPACTO DA CONSCIÊNCIA CORPORAL NA TENSÃO ARTERIAL
 “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.” (Carl Jung)
CASTRO, Luis Miguel M.P. O impacto da consciência corporal na pressão arterial. 2022. 34. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Instituto Português Psicoterapia Corporal, Porto, 2022.
RESUMO
A consciência corporal é um fenômeno que trás claros impactos ao organismo, tanto positivos quanto negativos. A aplicação de técnicas da medicina mente-corpo (MBM) resultantes da aceitação entusiástica desses métodos terapêuticos por parte da população gerou uma grande necessidade de rigorosa avaliação científica. Pode-se dizer que essa é uma ciência ainda em sua adolescência, não totalmente desenvolvida em um extenso catálogo de grandes experimentos controlados. Entretanto, testes clínicos indicam que determinadas técnicas de medicina mente-corpo são eficientes para a melhoria da qualidade de vida, intensidade de dores e ansiedade para uma diversidade de condições. Existem moderadas evidências de que tais técnicas promovam melhorias da dor crônica, insônia, dores de cabeça, entre outras ocorrências comuns. Existem também indícios preliminares que indicam que tais técnicas tentem a impactar positivamente na doença arterial coronariana, hipertensão arterial e até mesmo o câncer. Os métodos de medicina mente-corpo podem se mostrar como ainda mais eficazes quando combinadas ou utilizadas em conjunto aos cuidados tradicionais.
Palavras-chave: Mente corpo. pressão arterial. Hipertensão. Psicossomático. Corpo Consciente. Consciência corporal. Copying.
CASTRO, Luis Miguel M.P. O impacto da consciência corporal na pressão arterial. 2022. 34. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Instituto Português Psicoterapia Corporal, Porto, 2022.
ABSTRACT
Body awareness is a phenomenon that clearly impacts the body, both positive and negative. The application of mind-body medicine (MBM) techniques resulting from the enthusiastic acceptance of these therapeutic methods by the population generated a great need for rigorous scientific evaluation. It can be said that this is a science still in its adolescence, not fully developed in an extensive catalog of large controlled experiments. However, clinical trials indicate that certain mind-body medicine techniques are effective in improving quality of life, pain intensity, and anxiety for a variety of conditions. There is moderate evidence that such techniques promote improvements in chronic pain, insomnia, headaches, among other common occurrences. There is also preliminary evidence indicating that such techniques are likely to have a positive impact on coronary artery disease, high blood pressure and even cancer. Mind-body medicine methods can prove to be even more effective when combined or used in conjunction with traditional care.
15
Keywords: Mind-body. blood pressure. Hypertension. Psychosomatic. Conscious Body. Body Awareness. Copying.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	13
2.	HIPERTENSÃO ARTERIAL E SEUS RISCOS	15
3.	A CONSCIÊNCIA CORPORAL	16
3.1	meditação	19
3.2	meditação transcendental	20
3.3 RESPOSTA DE RELAXAMENTO......................................................................24
3.4 MEDITAÇÃO DA ATENÇÃO PLENA.................................................................26
3.5 TERAPIA DE RELAXAMENTO...........................................................................28
4. CONCLUSÃO......................................................................................................30
 
REFERÊNCIAS	31
INTRODUÇÃO
Na última década o termo “consciência corporal” tem sido amplamente pesquisado no âmbito da saúde. A consciência corporal engloba um foco de atenção e consciência de sensações internas do corpo humano. Este termo, vem sendo utilizado em estudos de transtorno de ansiedade e pânico para embasar uma atitude cognitiva, definida por um foco exacerbado do paciente em relação aos sintomas, ampliação somatossensorial, ruminação e crenças de resultados catastróficos. 
Neste sentido, a consciência corporal, a quantidade de sensações corporais potencialmente angustiante vem sendo um fator amplo para a hipocondria e somatização, sendo relacionado a desfechos clínicos desfavoráveis como o ciclo da dor. Então, o olhar dominante da medicina e da ciência comportamental acredita que o aumento da consciência de informação pode ser potencialmente angustiante, sendo considerada uma grande preocupação para os médicos que se esforça para elevar a consciência corporal ou focar a atenção nos sintomas corporais pois os mesmos podem levar a obsessão ou insistência inadequada em funções corporais, somados com a ansiedade e a depressão. 
Assim, quando o entendimento do corpo e consciência é aplicada em estudos relacionados a dor é esperado benefícios da distração, focando em algo distante de sensações de dor e para atividades mentais como resolver cálculos matemáticos por exemplo. Os estudos de dor, se mostram eficazes, contudo a distração da dor crônica no momento de uma sessão indutora de dor, associa-se a maior dor pós-atividade. 
Ainda, pesquisas recentes evidenciaram que a amplificação somatossensorial, tendência de experimentar sensações corporais normais, nocivas e intensas não reflete uma sensibilidade elevada para as sensações corporais. Ao invés disso, os indivíduos que experimentam o corpo e sensações de qualidade normais são intensas e perturbadoras, sendo menos precisos na identificação de sensações corporais sutis. 
Então, a capacidade de perceber sensações corporais sutis pode ser vista como um método distinto da amplificação somatossensorial. A consciência corporal é definida como a capacidade de perceber o corpo sutil, sendo útil no tratamento de doenças crônicas como a dor lombar crônica, insuficiência renal crônica e síndrome do intestino irritável. 
Ainda, existem estudos que considera a consciência corporal como uma construção hermética e multidimensional que necessita de conceituação mais matizada. Outro eixo relacionado a consciência corporal é a imagem corporal que envolve um canal visual de percepção, sendo este aspecto revisados em diversas literaturas de psiquiatria pelo qual engloba a anorexia e neurociência, mostrando uma confiança na visão em relação a aparência sobre as percepções de dentro do corpo. 
Em uma visão neurofisiológica, a definição e construção central da consciência corporal interna se refere a principalmente a propriocepção e interocepção. A propriocepção é a percepção dos ângulos articulares e dos músculos, tensões de movimento, postura e equilíbrio, que tornou uma parte integrante da reabilitação neuromuscular após lesões e prevenção de quedas em idosos. A interocepção é a percepção de sensações físicas associadas a função de órgãos internos	como coração batimento, respiração, saciedade e atividade do sistema nervoso autônomo associadas às emoções. 
Assim, a construção da consciência corporal focada nas características sensoriais sejam elas favoráveis ou desfavoráveis pode ser adaptativo ou não, como a dor crônica e a depressão que estão associados. Estes dois métodos de atenção ou auto referência pode ser dissociada por meio do treinamento atencional e identificados por uma ativação neural distinta e conectividade no cérebro. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL E SEUS RISCOS
A hipertensão é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Melhorias recentes no controle da pressão arterial (PA) têm sido associadas a um aumento no uso de medicamentos anti-hipertensivos e subsequente melhora nos desfechos cardiovasculares. No entanto, mais de um- terço dos pacientes hipertensos permanecem descontrolados. (MCALLISTER et. al., 2011).
O diagnóstico de hipertensão e o uso de medicamentos anti-hipertensivos também têm sido associados ao aumento do estresse psicológico. Areatividade da PA ao estresse tem sido associada a maior espessura da camada íntima-média da carótida. Estressores situacionais, como trabalho cepa também foram associadas a PA mais alta, com uma possível interação gene e cepa de trabalho. (CAMPBELL et. al., 2009).
Uma resposta aprimorada ao estresse mental agudo tem sido associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares futuros. O mecanismo para isso ainda não é conhecido, mas pode ser uma combinação de efeitos fisiológicos diretos, como estimulação do sistema nervoso simpático e alterações comportamentais que levam à redução da adesão à terapia medicamentosa. Relatou-se que as terapias de redução do estresse e relaxamento têm um efeito redutor da PA (LEENEN et. al., 2008).
 A terapia cognitivo-comportamental (TCC) reduz a PA em 6/4 mm Hg. Estudos epidemiológicos mostraram que a redução da PA em 5 mm Hg pode reduzir a mortalidade por acidente vascular cerebral em 14%, a mortalidade por doença cardíaca coronária em 9% e a mortalidade total em 7%. A adição da TCC aos cuidados tradicionais após um evento cardiovascular reduziu a taxa de infarto agudo do miocárdio recorrente em 45% e a mortalidade em 28 % em um período de 8 anos (LAMBIASE; DORN; ROEMMICH, 2013).
Embora a alteração da PA não tenha sido relatada, foram encontradas melhorias no consumo de cigarros e no status lipídico. Programas individualizados de gerenciamento de estresse, como a TCC, demonstraram eficácia na redução da PA. No entanto, terapias em grupo, como redução do estresse baseada em mindfulness (TOBE et. al., 2007).
A CONSCIÊNCIA CORPORAL
Para Volpi (2003) a saúde depende da capacidade do organismo de oscilar entre os impulsos simpáticos e parassimpáticos das ramificações do SNA e alcançar a homeostase, pois a incapacidade deste equilíbrio faz com que o organismo não tenha mais a sua capacidade de auto regulação assim entrando em colapso. A ramificação simpática é ativada a partir da percepção de perigo, atribuindo aumento no ritmo respiratório e contração muscular, já a ramificação parassimpática está relacionada ao estado de relaxamento. 
Para Boadella (1992) estes impulsos regulam o metabolismo energético e algumas atribuições básicas como respiração, circulação, digestão, sexualidade. Ainda, o sistema parassimpático está ligado a expansão libidinal em direção ao mundo e já o simpático, está relacionado a uma retraçãolibidinal para dentro de si mesmo. 
No estudo de Sbissa (2014) referente ao efeito da respiraçãocontrolada e da meditação mindfulness sobre a VFC o autor parte do pressuposto que a falta de controle do SNA pode levar a diversas patologias e disfunções psicofisiológicas como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, fibromialgia, depressão, transtorno de ansiedade e estresse crônico. Contudo, para Neto (2011) mostra que o treino de respiração como uma resposta de relaxamento para o organismo propiciando seu retorno a homeostase. 
Na pesquisa de Lozano (2016), sobre o controle respiratório em variáveis eletrofisiológicas da atenção também evidenciou uma modulação, reparado um estado de alta tensão e relaxamento durante a prática de respiração controlada. Para Neto (2011) este resultado aponta um maior equilíbrio do SNA no período da prática destas atividades respiratórias. 
Para Boadella (1992) uma respiração deprimida leva a desaceleração de todo o metabolismo. E para Lowel (1984) a respiração deficitária leva a depressão e fadiga. Ainda, a dificuldade de respiração pode gerar ansiedade e em casos graves, pânico ou ao terror como nos casos de claustrofobia e agorafobia. Aponta-se ainda que um padrão inspiratório crônico é característico de personalidades rígidas que são propensas ahipertensão e ataques cardíacos. Já em sujeitos com padrão expiratório onde a barriga fica em estado de deflação, normalmente tem dificuldade de concentração e de contenção. 
O aumento da pressão arterial é um dos principais sintomas relacionado ao estresse. De acordo com Chicayban e Malagris (2014) a técnica de relaxamento muscular progressivo juntamente com a respiração lenta e profunda é bastante eficaz. O intuito seria diminuir a tensão muscular causada por pensamentos ansiogênicos e mudar o padrão respiratório superficial presente neste grupo, resultando na melhora da oxigenação sanguínea e controle cardiovascular. 
De acordo com Neves e Neto (2011) as áreas apresentadas enquadram-se nas publicações que contém o estudo indicando o uso ou verificaram o efeito de técnicas de respiração em casos de estresse e ansiedade em pacientes hipertensos estressados, controle da dor em pacientes oncológicos, relaxamento e controle corporal em crianças obesas, redução da ansiedade e de crises de pânico, melhora no estresse e humor, fadiga, tensão, raiva, confusão mental, depressão e vigor. 
Para Lowel (2007) respirar profundamente é sentir profundamente, e que esta respiração tem o poder de libertar e tocar sentimentos reprimidos. Assim, na medida em que as emoções são libertas os músculos tensos podem abrir mão da sua função defensiva. Ainda, para Volpi (2003), na medida em que esta couraça muscular vai sendo diluída, há uma liberação da energia vegetativa e a reprodução das lembranças infantis que podem ser a base do sintoma ou transtorno presente. 
Assim, a respiração seria capaz de reduzir as tensões causadas pelo estado de contração associado ao pânico e a ansiedade mas podendo levar o paciente a fazer contato com sensações, emoções e sentimentos primitivo e potencialmente destrutivo, aceita-las e na medida do possível, permitindo que fluam para uma dimensão da ação no qual deixam de ter domínio sobre o comportamento do indivíduo. Então, um programa de intervenção cognitivo-comportamental propõe o exercício de respiração diário lenta e profunda, garantindo uma sensação calma e controle corporal. (LUIZ et al.,2011)
A utilização do trabalho respiratório nesta perspectiva pode ter ajudado no desenvolvimento da consciência corporal e emocional dos indivíduos, modificando seus padrões comportamentais. Para Boadella (1992) o reequilíbrio da energia emocional está associado ao equilíbrio da respiração. A terapia bioenergética vai da ideia da existência de uma identidade funcional entre a mente e corpo, levando em consideração que qualquer alteração nos sentimentos e comportamento, acarretaria mudanças no funcionamento do seu corpo em relação a respiração e motilidade principalmente. 
De acordo com o autor Alexander (1989), a medicina mente-corpo (MBM) vêm sendo uma área de expressivo crescimento e entusiasmo com o passar das décadas. Para o autor, a medicina mente-corpo mescla aspectos dos antigos e tradicionais sistemas de cura com o modelo biomédico da atualidade para elaborar uma abordagem integrada aos cuidados relacionados/destinados à área da saúde.
A medicina mente-corpo se torna ainda mais relevante para o prestador de cuidados primários. Diversos pacientes assistidos na atenção primária fazer uso desses métodos para o tratamento de suas próprias condições relacionadas à saúde. Várias das queixas na atenção primária, se não a maioria, tratam-se de manifestações de sofrimento na esfera psicossocial (em outras palavras, fenômenos da medicina mente-corpo) (HERRON, 2000).
As condições às quais as técnicas da medicina mente-corpo são mais eficientes são os problemas cotidianos mais comumente cuidados por prestadores de cuidados primários (a exemplo da insônia, dor crônica, transtorno de ansiedade, entre outros). É possível que alguns prestadores de cuidados primários possam aprender alguns desses métodos em um tempo consideravelmente curto, e tais técnicas podem frequentemente ser prescritas ou oferecidas a um paciente em meio a um típico encontro clínico (DOMAR, 1990).
Dentre as terapias oferecidas pelos métodos da medicina mente-corpo estão: imagens guiadas, meditação, terapias de relaxamento, hipnose, biofeedback, ioga, cura espiritual, tai chi, arteterapia, qigong, terapia de luz, entre outras (DOMAR, 1990).
1.1 MEDITAÇÃO
A meditação se trata da autorregulação da atenção. Essateve origem na antiga Índia, há aproximadamente três mil anos atrás, e teve sua existência gravada de alguma forma em todas as mais frequentadas e conhecidas religiões e diversas organizações seculares. De acordo com Eisenberg (1997), existem duas vertentes gerais da meditação, a meditação conhecida como meditação de concentração e a meditação conhecida como meditação de atenção plena.
 Ainda segundo Eisenberg (1997), a meditação de concentração encontra maior representação na medicina moderna através de dois programas conhecidos como meditação transcendental (MT) e resposta de relaxamento. A meditação de atenção plena encontra maior representação através de programas de redução de estresse baseados em atenção plena (MBSR).
 Geralmente comum em ambos os métodos de meditação está o princípio de focalizar toda a atenção da mente em um determinado ponto/objeto de meditação. Quando a mente do indivíduo se distancia de tal objeto, é realizado um esforço para trazer de volta a atenção para o objeto em questão, esse que pode ser uma imagem, um mantra (um som mentalmente repetido para si, é o caso do método de meditação transcendental e da resposta de relaxamento), bem como a sensação física causada pela respiração (TUSEK, 1997).
Na meditação da atenção plena, os objetos de meditação, passado o treinamento inicial com o uso da respiração, são inclusos outros aspectos da experiência do indivíduo humano, tais como sensações físicas (a exemplo de dor) ou estados emocionais e mentais (a exemplo da ansiedade e dos padrões de pensamentos desadaptativos) (TUSEK, 1997).
1.2 meditação transcendental
Maharishi Maheshi Yogi desenvolveu a meditação transcendental na índia, método esse que foi trazido aos Estados Unidos durante a década de 1960. Existem aproximadamente dois milhões de praticantes e centenas de centros ao redor de todo o globo. O programa é intimamente modelado pela filosofia védica tradicional indiana (SHAPIRO, 1998).
O ensinamento para a técnica de meditação transcendental é transmitido por professores autorizados pela organização da medicação transcendental. Tal treinamento engloba sete passos, incluindo entrevista pessoal, palestras, verificação da técnica correta e instrução pessoal. Após tais etapas, indica-se que o estudante de meditação transcendental pratique duas vezes por dia pelo período de vinte minutos (TEASDALE, 2000).
 É dito que o método da meditação transcendental crie um estado alterado da consciência, conhecido como consciência pura, estado de consciência esse livre de conteúdos e silencioso. A literatura médica acerca da temática da meditação transcendental é deveras extensa, contendo centenas de pesquisas. Porém, apenas alguns desses relatos tratam-se de fato de relatos de ensaios clínicos controlados. Há diversos estudos acerca dos efeitos clínicos e fisiológicos da meditação transcendental (DISBROW, 1993)
 Várias pesquisas fisiológicas de qualidade variável apresentam diminuição da frequência respiratória, redução da resistência periférica total, diminuição da condutância do tecido dérmico (medida alternativa do tônus simpático), elevação do fluxo sanguíneo frontal e occipital, elevação da atividade da onda alfa no eletroencefalograma, alterações nos níveis hormonais, (adrenocorticotróficos), hormônio estimulantes da tireoide, hormônio do crescimento, prolactina, , sulfato de dehidroepiandrosterona, epinefrina, prolactina, endorfinas, norepinefrina, redução da sensibilidade do receptor, redução dos peróxidos lipídicos séricos, redução da glicólise eritrocitária e redução do lactato sérico (SHAPIRO, 1998).
As pesquisas clínicas da meditação transcendental têm similar amplitude. As áreas com as maiores evidências são uso médico e custos, condições cardiovasculares e saúde mental. Dois grandes estudos, os quais incluíam milhares de pacientes, apresentaram redução dos custos da esfera médica e utilização de serviços médicos relacionados à meditação transcendental. A primeira dessas pesquisas, uma coorte retrospectiva de dois mil praticantes de meditação transcendental, é visto como limitado por não considerar o histórico médico anterior, bem como outros fatores que podem influenciar na saúde do indivíduo em questão (ZAMARRA, 1996).
Na segunda pesquisa, um estudo retrospectivo pré-intervenção e pós-intervenção, mil e quatrocentos e dezoito pacientes cadastrados no seguro de saúde do Quebec praticantes da meditação transcendental foram comparados com mil e quatrocentos e dezoito pacientes não praticantes da meditação transcendental. Os dados levantados e ajustados acerca da inflação com o passar de quatorze anos apresentaram uma redução média de aproximadamente 14% ao ano nos pagamentos do governo aos profissionais para o atendimento de tais pacientes. Ambos os grupos tiveram utilização de linha de base similar e gastos médicos ao ano antes da intervenção. Esse estudo é considerado limitado naquilo que diz respeito à falta de randomização (ZAMARRA, 1996).
A maioria dos estudos tem limitações metodológicas, mas o estudo de maior qualidade mostrou uma redução da pressão arterial de 10 mm Hg sistólica/6 mm Hg diastólica. Em um estudo controlado randomizado de pacientes afro-americanos com pressão arterial média de 147 mm Hg/92 mm Hg, 127 foram randomizados para meditação transcendental, relaxamento muscular progressivo (PMR) ou modificação do estilo de vida (OGSTON et. al., 1999)
Comparado com a modificação do estilo de vida, o grupo meditação transcendental mostrou o benefício significativo da pressão arterial acima mencionado, e o grupo PMR mostrou um benefício de metade dessa magnitude. As limitações incluíram a ausência de controle de sódio dietético e exercícios aeróbicos (WALKER et. al., 1999).
 Estudos menores do efeito da meditação transcendental na pressão arterial mostram um efeito de menor magnitude. Dois estudos não relataram efeito da meditação transcendental na pressão arterial. Um estudo avaliou o efeito da MT na hipercolesterolemia. Um estudo experimental controlado, mas não randomizado, de 11 meses envolvendo 23 voluntários com colesterol total médio de 254 mg/dL relatou uma diminuição de 30 mg/dL no colesterol total médio em praticantes de meditação transcendental quando comparados com controles. Este estudo não controlou a dieta (SINGH et, al., 1998).
Outro estudo, um ensaio experimental controlado randomizado envolvendo 16 pacientes com isquemia miocárdica induzida pelo exercício, relatou maior tolerância ao exercício e atraso no início da depressão do segmento ST em pacientes com meditação transcendental submetidos ao teste de tolerância ao exercício. Um estudo maior da aterosclerose carotídea em afro-americanos sugeriram que a meditação transcendental reduziu a espessura da íntima da carótida. Neste estudo experimental prospectivo, 60 homens e mulheres hipertensos foram randomizados para transcendental ou educação em saúde (WICKRAMASEKERA, 1999).
O corpo docente da Maharishi International University revisou 19 estudos de cinco países que avaliaram os efeitos da meditação transcendental no uso de drogas ilícitas, tabagismo e uso de álcool. Eles relataram que a meditação transcendental foi eficaz em todos os estudos. Algumas dessas investigações eram estudos transversais, e outras eram estudos de pesquisa vulneráveis ao viés de resposta. Há um pequeno estudo experimental randomizado de meditação transcendental na asma mostrando melhora do VEF1, pico de fluxo e resistência das vias aéreas. Este estudo utilizou um desenho de controle cruzado. Existem estudos na área de saúde mental (WICKRAMASEKERA, 1999).
Um ensaio clínico randomizou 31 pacientes com ansiedade crônica para receber meditação transcendental, biofeedback ou relaxamento. Estado, traço e ansiedade situacional foram examinados e sintomas físicos de ansiedade e distúrbios do sono. Dos pacientes dos grupos experimentais, 40% apresentaram melhora significativa no seguimento de 3 a 18 meses. Não houve diferenças nos resultados entre os grupos (ROTH, 1997).
Em um estudo posterior que combinou desenhos transversaise longitudinais em 45 pessoas sem doença psiquiátrica conhecida, a MT foi fortemente correlacionada com a melhoria da saúde psicológica geral. Uma desvantagem deste estudo foi o uso de uma medida complicada de saúde psicológica que incluiu um componente subjetivo (SINGH et. al., 1998).
Finalmente, e talvez mais provocante, um ensaio clínico controlado randomizado de idosos (idade média, 81 anos) avaliou o efeito da meditação transcendental em função cognitiva, saúde mental e mortalidade. Foram alcançados benefícios nos resultados cognitivos e na saúde mental. A pressão arterial sistólica também foi reduzida significativamente (135 mm Hg versus 125 mm Hg). (SINGH et. al., 1998).
Os praticantes de meditação transcendental tiveram sobrevida significativamente maior em 3 anos do que o grupo controle (100% versus 77%). Os autores postulam que esse benefício na mortalidade pode ser devido, em parte, à melhora da pressão arterial sistólica. Os investigadores não controlaram possíveis fatores de confusão, como exercícios, uso de tabaco e histórico médico anterior (ROTH, 1997).
A literatura médica sobre meditação transcendental mostra diversos efeitos na fisiologia e provável benefício para determinadas condições clínicas. No entanto, existem limitações metodológicas para a maioria dos estudos. As evidências são boas para a aplicação da meditação transcendental a problemas de saúde mental. Há evidências limitadas sugerindo benefício de condições cardiovasculares, como hipertensão e isquemia miocárdica, embora um benefício de mortalidade ainda não tenha sido comprovado. Achados preliminares sugerem o potencial de diminuição do uso e custos entre os pacientes que usam meditação transcendental (SPECA et. al., 2000).
1.3 RESPOSTA DE RELAXAMENTO
Outra forma de meditação de concentração muito difundida é a resposta de relaxamento, desenvolvida por Benson (1997). Em meados da década de 1970, após estudar os efeitos fisiológicos e clínicos da meditação transcendental, Benson descreveu o que viu como uma via final comum produzida pela meditação transcendental e outras formas de meditação, que ele chamou de resposta de relaxamento, um estado de diminuição da excitação do sistema nervoso simpático.
Benson (1997) desenvolveu uma variação da meditação transcendental que poderia provocar essa resposta, mas era mais fácil de aprender. Os quatro elementos que Benson observou comuns a todas as técnicas que produziram a resposta de relaxamento foram (1) um dispositivo mental no qual focar a atenção (ou seja, objeto de meditação), (2) uma atitude passiva em relação a pensamentos que distraem (ou seja, deixar os pensamentos passarem em vez de persegui-los), (3) tônus muscular diminuído (ou seja, assuma uma posição confortável para minimizar o esforço muscular) e (4) um ambiente silencioso (para limitar as distrações de estímulos externos). Existem muitos estudos sobre o método de Benson. Sua aplicação parece mais eficaz para aliviar os sintomas psicológicos em uma variedade de situações.
A eficácia foi examinada para condições cardiovasculares, preparação para procedimentos, síndrome pré-menstrual e como adjuvante da psicoterapia. Os primeiros estudos examinaram o efeito deste método na pressão arterial. Semelhante à literatura da meditação transcendental sobre pressão arterial, estudos mostram um pequeno efeito benéfico, mas limitações metodológicas estão presentes (ALLISON; FAITH, 1996).
Um estudo experimental controlado randomizado posterior de pacientes pós-operatórios de cirurgia cardíaca mostrou diminuição dos episódios de taquicardia supraventricular no pós-operatório em pacientes randomizados para aprender a resposta de relaxamento. Nenhum outro desfecho cardiovascular mudou significativamente (BENSON, 1977).
Muitas outras condições médicas foram estudadas. Um estudo controlado randomizado em 46 pacientes com síndrome pré-menstrual mostrou significativamente menos sintomas físicos, menos sintomas emocionais e menos retraimento social em pacientes randomizados para usar a resposta de relaxamento (ALLISON; FAITH, 1996).
Outro estudo experimental controlado randomizado, composto por 45 pacientes submetidos à angiografia femoral, mostrou que pacientes que receberam treinamento em Pessoas com Mobilidade Reduzida (PMR) e o método de meditação de Benson experimentaram menos dor, sentiram menos ansiedade e necessitaram de menos medicação analgésica e ansiolítica durante o procedimento (CAUDILL et. al., 1990)
O mesmo não revelou nenhum benefício usando o método de Benson sozinho, no entanto, o método de meditação de concentração de Benson é uma variante da meditação transcendental que provoca a resposta de relaxamento, um estado de excitação simpática reduzida (CAUDILL et. al., 1990)
Este estado pode ser benéfico, especialmente em combinação com outras terapias, para sintomas psicológicos e possivelmente condições clínicas específicas, como insônia, disritmias, síndrome pré-menstrual e procedimentos médicos. Também pode haver uma diminuição no uso de serviços. Ensaios controlados maiores são necessários (ALLISON; FAITH, 1996).
1.4 MEDITAÇÃO DA ATENÇÃO PLENA
Outra forma de meditação, a meditação da atenção plena, é usada mais comumente pelos pacientes na forma de um programa Mindfulness Based Stress Reduction. Isto é um Programa de 8 semanas, geralmente hospitalar, que apresenta aos pacientes prática de mindfulness no contexto da sua doença. O programa foi desenvolvido pela primeira vez por Kabat-Zinn (1982) no Centro Médico da Universidade de Massachusetts em 1979. Atualmente, existem mais de 250 programas nos Estados Unidos.
A atenção plena é definida como um momento a momento sem julgamento. É cultivado no programa Mindfulness Based Stress Reduction através de práticas de mindfulness de meditação sentada, escaneamento corporal (pacientes trazem toda a atenção para partes de seu corpo de maneira sequencial enquanto deitado em decúbito dorsal e imóvel) e movimento consciente (consciência corporal durante as posturas de ioga) (KABAT-ZINN, 1982).
Um mecanismo psicodinâmico pelo qual a atenção plena parece funcionar é ajudar o paciente a distinguir experiência sensorial (por exemplo, dor crônica, sintomas físicos de ansiedade) dos processos emocionais ou cognitivos secundários criados em reação para a experiência primária. Supõe-se que, quando não reconhecido esses processos secundários contribuem muito para o sofrimento do paciente (KABAT-ZINN, 1982).
A literatura médica sobre Mindfulness Based Stress Reduction é favorável, especialmente para dor, ansiedade e saúde psicológica geral; no entanto, muitos dos os estudos são autocontrolados, comparando os sintomas pré-tratamento de um paciente com os pós-tratamento. Um estudo examinou 225 pacientes com dor crônica. A duração média da dor foi de 8,1 anos. Constituindo 77% da população de pacientes foram as três principais categorias de dor da região lombar dor, dor de cabeça e dor no pescoço/ombro. Os pacientes foram avaliados antes e após a intervenção de 8 semanas, depois por 48 meses de acompanhamento (CAUDILL et. al., 1990).
Dos pacientes, 60% a 72% relataram moderada ou grande diminuição dor, diminuição dos sintomas psicológicos e diminuição das reclamações. Dos pacientes, 86% responderam afirmativamente à pergunta: ''você sente que obteve algo de valor ou importância duradoura com esse programa?'' Os ganhos nos sintomas médicos e psicológicos foram mantidos em 4 anos de acompanhamento (KAPLAN, 1993).
Um estudo menor em pacientes com ansiedade também mostrou grande benefício. Neste estudo, 24 pacientes atendem aos critérios do Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders (DSM-IIIR) para transtorno de ansiedade generalizada ou pânico transtorno de acordo com os psiquiatras foram convidados a participar de um programa Mindfulness Based Stress Reduction. Vinte e dois pacientes completaram o programa. Dos 22, 20 mostraram melhora significativa na ansiedade de Beck e Hamilton e escalas de depressão (ROTH, 1997).
Houve uma queda significativa no númerodos pacientes que relatam ataques de pânico. Nenhum grupo controle independente foi incluído, no entanto. Dos 22 sujeitos originais, 18 participaram de um Estudo de acompanhamento de 3 anos. Todos os ganhos foram mantidos. Da mesma forma, dois estudos prospectivos autocontrolados sobre fibromialgia mostraram diminuição dor e impacto da doença e aumento do estado funcional. A revisão retrospectiva dos resultados para pacientes bilíngues do centro da cidade com uma variedade de diagnósticos médicos e psiquiátricos mostrou redução das queixas médicas, melhora da saúde psicológica e melhora da autoestima (SINGH, 1998).
1.5 TERAPIA DE RELAXAMENTO
Existem muitas terapias de relaxamento no MBM. O relaxamento é frequentemente um elemento de outras técnicas de MBM, como meditação, hipnose e ioga. No entanto, existe uma técnica de relaxamento que se destaca e tem sido amplamente estudada: Pessoas com Mobilidade Reduzida. A PMR foi originalmente desenvolvida por Jacobson em 1938 (HERRON, 2000).
Em sua forma original, a PMR era uma técnica que requeria dezenas de sessões nas quais o sujeito era ensinado a relaxar aproximadamente 30 grupos musculares diferentes. A técnica foi encurtada por Bernstein e Borkovec em 1973.8 Desde então, outros profissionais abreviaram ainda mais o método. PMR tem sido aplicado a uma ampla variedade de condições clínicas, e há evidências abundantes de que é eficaz na insônia e cefaleia (LUIZ et al.,2011)
Há também algumas evidências de que é eficaz para sofrimento psicológico, artrite inflamatória e síndrome do intestino irritável. Uma das condições mais amplamente estudadas na literatura de PMR é a insônia. Em uma revisão de 1999, a Academia Americana de Medicina do Sono concluiu que a RMP era um dos três únicos tratamentos não farmacológicos empiricamente apoiados pela literatura e bem estabelecidos para o tratamento da insônia crônica (DOMAR, 1990).
A academia observou 17 estudos que examinaram a RMP como o único método de tratamento para insônia crônica e vários estudos que usaram PMR em combinação. Em apenas 1 destes estudos o PMR não foi superior ao placebo (TUSEK, 1997).
Grandes revisões de PMR como tratamento para dor crônica são conflitantes. Um Painel de Avaliação de Tecnologia dos Institutos Nacionais de Saúde revisou a literatura disponível e concluiu que havia "forte evidência para o uso de técnicas de relaxamento na redução da dor crônica", enquanto uma revisão sistemática alegando ser mais rigorosa concluiu que "não há evidência suficiente para confirmam que o relaxamento pode reduzir a dor crônica.'' A última revisão excluiu estudos sobre tensão e enxaqueca (TUSEK, 1997).
Uma meta-análise de 29 estudos de PMR em uma variedade de condições clínicas (por exemplo, cefaleia tensional e enxaqueca, tolerância à quimioterapia contra o câncer, zumbido) descobriram que o tamanho médio do efeito de todos os estudos é moderadamente forte. Estudos examinando o efeito da PMR na dor de cabeça tiveram um tamanho de efeito consistentemente maior (TEASDALE, 2000).
Um ensaio clínico randomizado de PMR versus alprazolam em 147 pacientes com câncer com ansiedade e depressão mostrou ambos os tratamentos eficazes, embora o alprazolam tenha sido um pouco mais rápido. Outro estudo, sem um grupo de controle independente, mostrou que uma combinação de PMR e imagens guiadas reduziu o sofrimento psicológico em pacientes com câncer (TEASDALE, 2000).
 Em um ensaio clínico randomizado, ao contrário da hipótese dos autores, a PMR melhorou a qualidade de vida, a função muscular e reduziu a sensibilidade articular em pacientes com artrite inflamatória. Uma meta-análise do tratamento da enxaqueca pediátrica com PMR mostrou benefício menos claro. Nenhum benefício foi encontrado com PMR em 89 pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica em um estudo experimental controlado randomizado (DISBROW, 1993)
Finalmente, em um ensaio clínico randomizado de 24 pacientes com síndrome do intestino irritável que foram submetidos a tratamento usual versus tratamento usual mais terapia comportamental que incluiu PMR, houve melhora do bem-estar geral e redução significativa dos sintomas da síndrome do intestino irritável com PMR. PMR tem fortes evidências que apoiam seu uso em insônia e dor de cabeça. Há evidências, embora menos abundantes, de eficácia na redução do sofrimento psicológico em pacientes com câncer e na melhora do bem-estar em pacientes com artrite inflamatória e síndrome do intestino irritável (DISBROW, 1993)
CONCLUSÃO
De acordo com o levantamento realizado para a elaboração desse artigo, são vários os efeitos ocasionados pelas terapias da medicina mente-corpo, em especial naquilo que tange a pressão arterial, visto que a mesma demonstrou grandes efeitos na redução das mesmas. Ainda, nota-se uma grande escassez de estudos mais aprofundados acerca da temática, com o objetivo de colher melhores e mais claros resultados científicos mais bem elaborados. Desse modo, sugere-se que novos estudos no campo da medicina mente-corpo e consciência corporal associada à diminuição da pressão arterial sejam elaborados, de modo a existir uma padronização nas pesquisas e maior rigor nos desenvolvimentos metodológicos como os demais fatores limitantes, visando estudos de qualidade ainda mais elevada da temática. Desse modo, será possível obter resultados e conclusões realmente significantes a respeito da temática.
REFERÊNCIAS
ALEXANDER C, Chandler H, Langer E, et al: Meditação transcendental, atenção plena e longevidade: um estudo experimental com idosos. J Pers Soc Psychol 57:950–964, 1989
ALLISON DB, Faith MS: Hipnose como adjuvante da psicoterapia cognitivo-comportamental para obesidade: uma reavaliação meta-analítica. J Consultar Clin Psychol 64:513–516, 1996.
BENSON H, Beary J, Carol M: A resposta de relaxamento. Psychiatry 37:37–46, 1974.
BENSON H: Hipertensão sistêmica e resposta de relaxamento. N Engl J Med 296:1152– 1156, 1977.
BOADELLA, David. Correntes da vida: uma introdução à biossíntese. 2.ed. Tradução de Cláudia Soares Cruz. São Paulo: Summus, 1992, 198p.
CAMPBELL NR, Brant R, Johansen H, Walker RL, Wielgosz A, Onysko J, Gao RN, Sambell C, Phillips S, McAlister FA. Aumento das prescrições anti-hipertensivas e redução de eventos cardiovasculares no Canadá. Hipertensão 2009; 53:128-134.
CAUDILL M, Schnable R, Zuttermeister P, et al: Diminuição do uso clínico por pacientes com dor crônica: Resposta a intervenções de medicina comportamental. Clin J Pain 7:305–310, 1991
CHICAYBAN, Livia de Matos; MALAGRIS, Lucia Emmanoel novaes. Breathing and relaxation training for patients with hypertension and stress. Estudos de Psicologia, Campinas, v.31, n.1, p. 115-126, jan-mar 2014.
DISBROW EA, Bennet HL, Owings JT: Efeito da sugestão pré-operatória no pós-operatório motilidade gastrintestinal ativa. Oeste J Med 158:488–492, 1993
DOMAR A, Seibel M, Benson H: O programa mente/corpo para a infertilidade: uma nova abordagem de tratamento comportamental para mulheres com infertilidade. Fértil Estéril 53:246-249, 1990
EISENBERG D: Tendências no uso de medicina alternativa nos Estados Unidos, 1990–1997.
HERRON R, Hillis S: O impacto do programa de meditação transcendental nos pagamentos governamentais a médicos em Quebec: Uma atualização. Am J Health Promotion 14:284–291, 2000.
KABAT-ZINN J: Um programa ambulatorial em medicina comportamental para pacientes com dor crônica baseado na prática da meditação da atenção plena: considerações teóricas e resultados preliminares. Gen Hosp Psychiatry 4:33–47, 1982
KAPLAN K, Goldenberg D, Galvin-Nadeau M: O impacto de um programa de redução de estresse baseado em meditação na fibromialgia. Gen Hosp Psychiatry 15:284–289, 1993.
LAMBIASE MJ, Dorn J, Roemmich JN. Reatividade da pressão arterial sistólica durante o exercício submáximo e estresse psicológico agudo em jovens. Am J Hypertens 2013; 26:409-415.
LEENENFHH, Dumais J, McInnis NH, Turton P, Stratychuk L, Nemeth K, Moy LumKwong MM, Fodor G. Resultados da Pesquisa de Ontário sobre a Prevalência e Controleda Hipertensão. Can Med Assoc J 2008
LOZANO, Mirna Delposo. O efeito do controle respiratório em variáveis eletrofisiológicas da atenção. 2016. 49 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2016.
LOWEN, Alexander. A espiritualidade do corpo: bioenergética para a beleza e harmonia. Tradução de Paulo Cesar de Oliveira. 12.ed. São Paulo: Pensamento, 1984, 229p.
LUIZ, Andreia Mara Angelo Gonçalves. Efeitos de um programa de intervenção cognitivocomportamental em um grupo para crianças obesas. 2010. 111 f. Tese (Doutorado em Ciências, Área: Psicologia) – Faculdade de Filosofia, Ciências, e Letras de Ribeirão Preto da USP, São Paulo, 2011.
MCALLISTER FA, Wilkins K, Joffres M, Leenen FH, Fodor G, Gee M, Tremblay MS, Walker R, Johansen H, Campbell N. Mudanças nas taxas de conscientização, tratamento e controle da hipertensão no Canadá nas últimos duas décadas. Can Med Assoc J 2011; 183:1007-1013.
MILLER J, Fletcher K, Kabat-Zinn J: Acompanhamento de três anos e implicações clínicas de uma intervenção de redução de estresse baseada em meditação mindfulness no tratamento de transtornos de ansiedade. Gen Hosp Psychiatry 17:192–200, 1995
NEVES NETO, Armando Ribeiro. As técnicas de respiração para a redução do estresse em terapia cognitivo-comportamental. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. v.56, n.3, p. 158-168, 2011.
OGSTON K, et al: Fatores psicológicos podem prever a resposta à quimioterapia primária em pacientes com câncer de mama localmente avançado. Eur J Cancer 35:1783-1788, 1999
ROTH B, Creaser T: Redução do estresse baseada na meditação da atenção plena: Experiência com um programa bilíngue do centro da cidade. Enfermeira 22:150–176, 1997
SBISSA, Pedro Paulo Mendes. Efeito da respiração controlada e da meditação mindfulness sobre a variabilidade da frequência cardíaca. 2014, 299 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, 2014.
SHAPIRO S, Schwartz G, Bonner G: Efeitos da redução do estresse baseado em mindfulness em estudantes de medicina e pré-medicina. J Comportamento Med 21:581–599, 1998.
SINGH B, Berman B, Hadhazy V, et al: Um estudo piloto de terapia cognitivo-comportamental na fibromialgia. Altern Ther 4:67–70, 1998
SPECA M, Carlson L, Goodey E, et al: Um ensaio clínico randomizado controlado por lista de espera: Os efeitos de um programa de redução de estresse baseado em meditação mindfulness no humor e nos sintomas de estresse em pacientes ambulatoriais de câncer. Psychosom Med 62:613–622, 2000
TEASDALE J, Williams J, Soulsby J, et al: Prevenção de recaída/ recorrência na depressão maior de terapia cognitiva baseada em mindfulness. J Consultar Clin Psychol 68:615– 623, 2000
TOBE SW, Kiss A, Sainsbury S, Jesin M, Geerts R, Baker B. O impacto da tensão no trabalho e coesão conjugal na pressão arterial ambulatorial durante 1 ano: o estudo de dupla exposição. Am J Hypertens 2007.
Tusek D, Church J, Fazio V: Imagens guiadas: um avanço significativo no atendimento de pacientes submetidos à cirurgia colorretal eletiva. Dis Colon Rectum 40:172–178, 1997
VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. Reich: da vegetoterapia à descoberta da energia orgone. Curitiba, PR: Centro Reichiano, 2003, 144p.
WALKER L, Walker M, Ogston K, et al: Efeitos psicológicos, clínicos e patológicos de treinamento de relaxamento e imagens guiadas durante a quimioterapia primária. Br J Câncer 80:262–268, 1999
WICKRAMASEKERA I: Hipnoterapia. Em Jonas W, Levin J (eds): Essentials of Complementary and Alternative Medicine. Filadélfia, Lippincott Williams & Wilkins, 1999
ZAMARRA J, Schneider R, Besseghini I, et al: Utilidade do programa de meditação transcendental no tratamento de pacientes com doença arterial coronariana. Am J Cardiol 77:867–870, 1996

Mais conteúdos dessa disciplina