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A abolição da escravatura ocorreu no Brasil em 13 de maio de 1888 e foi uma conquista tardia - um testemunho do conservadorismo da elite brasileira. A aprovação de Lei Áurea foi, por sua vez, o resultado do envolvimento das massas com a causa abolicionista. Abolicionismo O endosso de Lei Áurea foi uma conquista popular, fruto do crescimento massivo do movimento abolicionista na segunda metade do século 19. O movimento abolicionista no Brasil reuniu abolicionistas. De diferentes classes sociais, que atuaram de diferentes formas na luta para a abolição da escravatura. Incluída no movimento abolicionista estava não apenas a ação do setor livre da sociedade, mas também a resistência dos escravos. O movimento abolicionista desenvolveu-se significativamente a partir da década de 1870 e, durante esse período, várias associações abolicionistas surgiram em diferentes partes do país. As ações desses grupos variaram, e o surgimento do debate abolicionista se espalhou para a política, apesar da enorme resistência que existia contra a abolição. Associações debatendo estratégias para fazer avançar sua causa e agir abertamente para atrair pessoas para apoiá-la. Entre as figuras de destaque que trabalharam pelo fim da escravidão no Brasil estão: André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Castro Alves, entre outros. O crescimento do abolicionismo fez com que o estabelecimento de associações dessa natureza disparasse de 1878 a 1885, e assim surgiram 227 sociedades abolicionistas. | 1 Esses grupos abolicionistas organizaram conferências, manifestações de rua, distribuíram panfletos, publicaram artigos em jornais e também ajudaram a resistência organizando rotas de fuga para escravos, abrigando-os, incentivando-os a fugir, etc. Houve um ato consistente de ação abolicionista no campo jurídico , e muitas vezes nesse período, advogados atuavam em defesa de escravos buscando melhores condições de trabalho, defendendo aqueles que não estavam devidamente registrados no cartório de escravos, etc. No jornalismo, a ação contra a escravidão e a distribuição de folhetos eram ininterruptas, e alguns jornais também abriram espaço para a publicação de artigos em defesa da abolição. Entre as publicações que serviram dessa defesa destacam-se A Abolição, Oitenta e Nine, A Liberdade, O Amigo do Escravo, A Gazeta da Tarde etc. Resistência escrava O movimento abolicionista não foi praticado representado apenas pela ação de homens livres, que tinha o papel fundamental dos escravos, que se opunham à escravidão de diferentes maneiras. Essas pessoas eram freqüentemente encorajadas a fugir, mas na maioria dos casos as fugas aconteciam porque os escravos sentiram o crescimento do movimento e se sentiram encorajados a fazê-lo. O vôo coletivo e contínuo visava pressionar o dono do escravo e, em alguns outros casos, o escravo se rebelando contra o senhor, resultando na morte do senhor e de sua família. Essa resistência buscou enfraquecer a escravidão para que seu fim pudesse ser conquistado. Um dos quilombos mais conhecidos da época foi o Quilombo do Leblon, responsável por “criar” o símbolo da justiça: a camélia branca. Esta flor tornou-se o símbolo de todo este movimento, e quem a usa na roupa ou mesmo a cultiva em casa disse abertamente que apoia a abolição. lei de abolição Ao longo da segunda metade do século 19 e à medida que o abolicionismo ganhava força, o debate político foi dominado por essa agenda. As mudanças foram lentas porque o interesse das classes econômicas e políticas era expandir ao máximo o uso da mão de obra escrava. Como resultado, a transição para a abolição irrestrita no Brasil tem sido gradual. Duas leis foram importantes nessa transição: a Lei do Ventre Livre, de 1871, e a Lei dos Sexagenários, de 1885. Lei do Ventre Livre: desde que os filhos de escravos nascessem no Brasil a partir de 1871 será livre. Lei dos Sexagenários: decretava que todo escravo com mais de 60 anos seria alforriado depois de trabalhar por mais três anos como indenização de sua alforria. Abolir a escravidão Durante a década de 1880, à medida que o abolicionismo ganhou força, a situação ficou fora de controle para o Império. O Brasil é o único país dos EUA que ainda usa trabalho escravo; as fugas de escravos foram tão massivas que "ameaçam" a ordem doméstica do país; organizações como a polícia e os militares recusaram-se a procurar escravos fugitivos; e a pressão popular é muito forte. Chegou a hora de o Império promulgar o decreto de abolição da escravatura, que oficialmente ocorreu em 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea. Liderança do movimento O movimento abolicionista contou com a presença de muitas figuras importantes no século 19. Não teve um líder único, mas teve a participação e liderança de várias pessoas no Brasil. Entre eles estão nomes de destaque: Luís Gama: vendido como escravo pelo próprio pai. Depois de ganhar sua liberdade, ele se tornou um jornalista e uma pessoa tímida. Atualmente é considerado o Patrono da Abolição da Escravatura no Brasil.