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UNIVERSIDADE SALVADOR EAETI – Escola de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia da Informação ACABAMENTO ADMA COSTA - 141172008 EMILY SANTOS - 513141055 Salvador 2020.2 2 Salvador 2020.2 ACABAMENTO Projeto de atividade prática interdisciplinar da disciplina Metrologia dos cursos de Engenharia da EAETI. Professor Orientador: Prof. Nestor ADMA COSTA EMILY SANTOS 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 4 2. ACABAMENTO SUPERFICIAL ............................................................. 4 2.1 SÍMBOLOS GRÁFICOS .................................................................................................................. 5 2.2 LIMITES DE TOLERÂNCIA ............................................................................................................ 5 2.3 PARÂMETROS DE RUGOSIDADE ................................................................................................. 5 2.4 PADRÕES DE MEDIÇÃO ............................................................................................................... 5 2.5 CASO PRÁTICO ............................................................................................................................ 5 3. CONCLUSÃO ......................................................................................... 6 4. REFERENCIAS .................................................................................... 11 4 1. INTRODUÇÃO As superfícies de peças exibem irregularidades quando analisadas em detalhes. Usualmente essas irregularidades são geradas por sulcos ou marcas transmitidas pelas ferramentas que foram utilizadas nas superfícies das peças. Devido a essas situações apresentadas é fundamental para muitas peças a especificação do acabamento das superfícies, através da rugosidade (acabamento) superficial das peças analisadas. 2. ACABAMENTO SUPERFICIAL O acabamento superficial, refere-se a irregularidades formadas em uma superfície de uma peça, componentes mecânicos, no decorrer do seu processo de fabricação. Esse é um fator de extrema importância para o correto funcionamento e desempenho dos sistemas. Sendo assim, para atender os critérios dos quais os materiais foram projetados, o controle da qualidade na produção das superfícies dos mesmos tem que ser obtido com o máximo de exatidão e, para isso, é feita a utilização de equipamentos de medição com elevada precisão, de acordo com as normas estabelecidas, de modo a evitar erros decorrentes do próprio processo de fabricação da peça. A topografia de uma superfície de uma peça é composta por dois componentes, rugosidade e ondulação. A rugosidade das irregularidades sutis, que é uma particularidade do seu processo de fabricação, onde pode ser induzido pelo trabalho mecânico, enquanto que a ondulação consiste em irregularidades que se encontram mais afastadas uma das outras, mais espaçadas, originadas por uma vibração decorrente do processo de maquinagem da peça. A influência da exatidão nos acabamentos superficiais afeta diversos fatores, tais como o escoamento de fluidos, a tolerância dimensional, a lubrificação e a transmissão de calor nas peças, a resistência à corrosão e à fadiga. Temos como exemplo, áreas afetadas por essas influencias, escoamento de fluidos em tubulações, resistência ao fluxo em cascos de navios, freios de automóveis, mancais, rolamentos e engrenagens. Quanto melhor acabamento, menor a rugosidade da peça sendo assim, as superfícies com maior rugosidade estarão expostas a um desgaste mais intenso, são mais vulneráveis a corrosão, pois pode reter maior quantidade de líquidos e vapores do que superfícies com melhores acabamentos. 5 No que diz respeito ao escoamento de fluidos, um melhor acabamento superficial influencia o regime de escoamento, permitindo escoamentos em regime laminar para uma maior gama de velocidades, reduzindo a turbulência, a formação de vórtices e de recirculação de caudal. No caso de pistões ou de elementos que atuem como retentores, as superfícies com melhor acabamento superficial também garantem uma vedação mais eficiente. As superfícies maquinadas não podem ser consideradas perfeitas, pois sempre apresentam desvios relativamente à superfície ideal ou teórica, o equipamento de medição chamado de rugosímetros através de padrões de rugosidade calibrados e ao tipo de função que a peça exerce, são responsáveis pelo estudo da rugosidade das superfícies, com o intuito de determinar o grau de acabamento das peças, sistemas e sus componentes mecânicos e garantir o nível de qualidade pretendido. Tipos de superfície, conforme a NBR 6405/1988: (conforme Figura 1) • Superfície Real: Separa o corpo do ambiente; • Superfície Geométrica: Superfície ideal prescrita nos desenhos e isenta de erros; • Superfície Efetiva: Superfície levantada pelo instrumento de medição. É a superfície real, deformada pelo instrumento. Figura 1 Elementos e perfis que compõe uma superfície: (conforme Figura 2) 6 Figura 2 As diferenças entre o perfil efetivo e o geométrico são os erros apresentados pela superfície em exame, classificados em dois grupos: - Erros microgeométricos: Ocasionados pela direção de trabalho das ferramentas de corte e acabamento geralmente imperceptíveis para o olho humano, necessitam de equipamentos especiais. -Erros macrogeométricos: São erros de forma, verificáveis por meio de instrumentos convencionais de medição, como micrômetros, relógios comparadores, paquímetros, etc. 2.1 SÍMBOLOS GRÁFICOS A norma ISO 1302 determina como expor o indício dos graus de superfície nos desenhos técnicos, mostrando assim os símbolos gráficos mandatórios para indicar o acabamento de superfície. - Símbolo gráfico básico: composto por duas linhas retas de diferente comprimento, desenhadas com linha contínua fina, inclinadas a cerca de 60º relativamente. 7 - Símbolos gráficos expandidos: sempre que seja necessária a remoção de material. - Símbolo gráfico completo; Sempre que for necessário indicar os requisitos complementares para características de acabamentos de superfície: É de grande importância a relação das tolerâncias dimensionais com o estado de acabamento de uma superfície, uma vez que quando são especificados valores baixos para as tolerâncias implica ter bons acabamentos superficial. 2.2 LIMITES DE TOLERÂNCIA Ao analisarmos os limites para tolerância temos duas formas de classificá-las: 8 Regra dos 16% (regra por omissão): Toda vez que os valores analisados passarem de 16%, referente a um valor selecionado, tendo como referência um comprimento de avaliação, ultrapassarem o limite determinado por 𝜇 + 𝜎, sendo que 𝜇 é a média aritmética dos dados que foram analisados para rugosidade e 𝜎 é o desvio padrão destes mesmo valores Regra do valor máximo: Tratando-se do valor máximo, está se referindo aos valores medidos do parâmetro, onde nenhum deles devem ultrapassar o valor informado nos desenhos. Os padrões de tolerância precisam ser manifestados através da recomendação da designação do parâmetro, do valor do parâmetro e pela banda de transmissão. Os tipos de tolerância podem ser classificados como: Tolerância Unilateral: Trata-se da denominação do parâmetro, o seu valor e a sua banda de transmissão são instituídos, de maneira a serem percebidos como um limite superior de tolerância unilateral do parâmetro em discussão (regra dos 16% ou regra do valor máximo). Tolerância Bilateral: A tolerância bilateral deve ser destacada no símbolo completo, depositando o requisito para os dois limites de tolerância acima um do outro. A melhor saída parase resolver o problema de controle de qualidade de superfícies é a determinação dos parâmetros de rugosidade, que são os índices que demonstram o uso funcional do material produzido, sua exatidão e concordância entre os vários instrumentos de medição utilizados. 2.3 PARÂMETROS DE RUGOSIDADE Os parâmetros de rugosidade mais comuns, são nomeados como: Ra (Desvio médio aritmético do perfil avaliado): O resultado de Ra é a média da rugosidade, sendo assim, caso um pico ou um vale atípico estejam evidentes na superfície, o resultado da rugosidade média não terá uma considerável alteração, encobrindo desta forma o defeito. Média aritmética dos valores absolutos das coordenadas do perfil, em que 𝑐 é o comprimento de base 9 Rz (Altura máxima do perfil): Trata-se de um parâmetro de fácil aquisição em aparelhos de medições atuais, sendo empregados nos casos abaixo: Em superfícies onde os defeitos independentes não têm influência na função da peça a ser controlada Em superfícies onde o perfil é periódico e conhecido Rq (Desvio quadrático médio do perfil avaliado): O parâmetro Rq é utilizado em superfícies onde o seu acabamento apresenta as marcas de maquinagem bem definidas, como por exemplo frenagem, torneamento, entre outros. Raiz quadrada da média aritmética dos valores quadráticos das coordenadas do perfil, em que 𝑐 é o comprimento de base Entretanto, este parâmetro não é muito utilizado e acaba sendo mais difícil de obter graficamente do que os outros parâmetros. Segundo Machado et al. (2009) os parâmetros Ra e Rt podem ser calculados de forma teórica, sendo esses valores apenas indicativos, já que os valores reais são acrescidos de diversos fatores, como vibração, desgaste das arestas de corte, entre outros. No processo de torneamento, se o avanço (f) é menor que o raio 31 de ponta (re) da ferramenta, os valores de Ra e Rt são calculados, de forma aproximada pelas equações ao lado: 10 Altura máxima dos picos do perfil (Rp): Altura máxima dos picos do perfil, de altura Zp, compreendidos no comprimento amostral Profundidade máxima dos vales do perfil (Rv): Maior profundidade dos vales do perfil, Zv, compreendidos no comprimento amostral Parâmetros de Amplitude Assimetria do perfil avaliado (Rsk): Quociente da média do cubo dos valores das ordenadas, 𝑍(𝑥), e o cubo de Rq. 11 Curtose (kurtosis) do perfil avaliado (Rku): Quociente da média dos valores elevados à potência de quatro dos valores das ordenadas, 𝑍(𝑥), e o valor da quarta potência do parâmetro Rq. Parâmetros de Espaçamento: Valor médio da largura dos elementos do perfil, Xs, compreendidos no comprimento amostral 2.4 PADRÕES DE MEDIÇÃO Um padrão de medição é uma concretização da explicação de uma determinada grandeza, com um valor definido e uma incerteza de medição associada, utilizada como referência. 12 Dependendo do tipo de processo de fabricação utilizado, obtêm-se os mais variados acabamentos de superfície. O grau de acabamento está relacionado com as irregularidades que influenciam diretamente na qualidade, funcionamento, nos custos de fabricação. Através da metrologia é possível garantir, controlar e acompanhar o que foi proposto, o nível de qualidade pretendido na fabricação para utilização de uma peça, produto ou serviço, pois ela é a ciência que envolve as questões teóricas e práticas de uma medição, buscando calibrar, verificar e confirmar se o material, máquina ou sistema está dentro do padrão projetado para uso 2.1 CASO PRÁTRICO • Superfície obtida por polimento 13 Resumo do método: Os parâmetros de rugosidade foram avaliados, utilizando um instrumento de medição por contacto (stylus), de acordo com as normas ISO 3274:1996 e ISO 4288:1996. Foram efetuadas medições de perfis, com o apalpador RFHTB-250 (r = 2 mm e amplitude de medição de ± 250 μm) para vários valores de comprimento total, distribuídos sobre a superfície e usando um filtro de Gauss. 3. CONCLUSÃO Com o desenvolver deste trabalho, conseguimos identificar a importância do acabamento superficial, pois essa preocupação com as características de acabamento, tem embasamento na intenção de que as superfícies significam o elo entre a peça como um todo e o meio ambiente ao qual ela está sendo aplicada. Entretanto deve-se considerar que quanto melhor o acabamento a ser alcançado, maior será o seu custo para execução da peça. Por isso, para que não gere custos extras para a fabricação, as peças devem oferecer o grau de acabamento adaptado a função que a mesma irá exercer. Entendemos assim que nas finalizações de acabamento, a rugosidade é o elemento mais notável para o controle de peças numa produção. Desta forma, necessitamos conhecer os diversos parâmetros de rugosidade para sua respectiva escolha. 4. REFERENCIAS • Rugosidade; http://proffelipe.weebly.com/uploads/2/4/6/5/24652726/rugosidade.pdf. Acesso em 28 de novembro de 2020 • Estado de superfície; https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3ri ca%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf. Acesso em 28 de novembro de 2020 • Parâmetros de avaliação da rugosidade – acabamento superficial; http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade- acabamento-superficial/. Acesso em 29 de novembro de 2020 http://proffelipe.weebly.com/uploads/2/4/6/5/24652726/rugosidade.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4187111/mod_resource/content/2/Te%C3%B3rica%201%20-%20Estado%20de%20Superficie.pdf http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade-acabamento-superficial/ http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade-acabamento-superficial/ http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade-acabamento-superficial/ http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade-acabamento-superficial/ http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade-acabamento-superficial/ http://moldesinjecaoplasticos.com.br/parametros-de-avaliacao-da-rugosidade-acabamento-superficial/ 14 • https://www.docsity.com/pt/metrologia-telecurso-2000-25-toler-ncia- geometrica-de- forma/4874744/#:~:text=%C2%B7%20Superf%C3%ADcie%20real%3A%20superf%C3 %ADcie%20que%20separa,levantada%20pelo%20instrumento%20de%20medi%C3%A 7%C3%A3o . Acesso em: 28 de novembro de 2020 https://www.docsity.com/pt/metrologia-telecurso-2000-25-toler-ncia-geometrica-de-forma/4874744/#:~:text=%C2%B7%20Superf%C3%ADcie%20real%3A%20superf%C3%ADcie%20que%20separa,levantada%20pelo%20instrumento%20de%20medi%C3%A7%C3%A3o https://www.docsity.com/pt/metrologia-telecurso-2000-25-toler-ncia-geometrica-de-forma/4874744/#:~:text=%C2%B7%20Superf%C3%ADcie%20real%3A%20superf%C3%ADcie%20que%20separa,levantada%20pelo%20instrumento%20de%20medi%C3%A7%C3%A3o https://www.docsity.com/pt/metrologia-telecurso-2000-25-toler-ncia-geometrica-de-forma/4874744/#:~:text=%C2%B7%20Superf%C3%ADcie%20real%3A%20superf%C3%ADcie%20que%20separa,levantada%20pelo%20instrumento%20de%20medi%C3%A7%C3%A3ohttps://www.docsity.com/pt/metrologia-telecurso-2000-25-toler-ncia-geometrica-de-forma/4874744/#:~:text=%C2%B7%20Superf%C3%ADcie%20real%3A%20superf%C3%ADcie%20que%20separa,levantada%20pelo%20instrumento%20de%20medi%C3%A7%C3%A3o https://www.docsity.com/pt/metrologia-telecurso-2000-25-toler-ncia-geometrica-de-forma/4874744/#:~:text=%C2%B7%20Superf%C3%ADcie%20real%3A%20superf%C3%ADcie%20que%20separa,levantada%20pelo%20instrumento%20de%20medi%C3%A7%C3%A3o