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4 passos para uma Avaliacao psicodagogica eficaz

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para uma Avaliação
Psicopedagógica Eficaz4 passos
Psicopedagoga 
Zilanda Souza 
Apresentação 
Olá, eu sou a professora Zilanda Souza, sou psicopedagoga e 
Neuropsicopedagoga e preparei esse e-book para você que é Psi-
copedagoga ou Neuropsicopedagoga Clínica. 
Como você organiza seus atendimentos? Qual é o seu ponto de 
partida? Como você estabelece suas prioridades e seleciona os 
estímulos para as crianças que você atende? 
A Avaliação cognitiva é um importante recurso para a clínica 
psicopedagógica. Quando bem realizada, ela vai responder 
a muitas perguntas importantes e direcionar a estimulação, 
a inclusão, os encaminhamentos e ainda contribuir para o di-
agnóstico, caso este seja necessário. 
A avaliação cognitiva é um pilar da clínica psicopedagógica 
que define o seu sucesso. Esse pilar precisa ser erguido com 
eficiência.
Eu vou te apresentar neste e-book, 5 passos para implemen-
tar a Avaliação Cognitiva Eficaz na Clínica Psicopedagógica. 
Venha comigo! 
1O PASSO
DESENVOLVIMENTO 
INFANTOJUVENIL
A base da Clínica Psicopedagógica é teória e científica. É fundamental para o psicopeda-
gogo ou neuropsicopedagogo, o conhecimento aprofundado sobre o Desenvolvimento 
Infantojuvenil. 
O mercado dos transtornos levou a atenção de muitos profissionais para a doença ou 
para condição atípica. Mas a base da conduta profissional se dá a partir do conceito de 
NORMALIDADE. 
O que é o estado de normalidade em cada fase da infância? Essa “NORMALIDADE EXISTE?”
Sim! Ela existe. Um dos principais princípios estudados no mundo todo sobre o desen-
volvimento neurológico é o fato do cérebro crescer, se desenvolver a partir de MARCOS. 
Esses marcos do desenvolvimento são observados em fases específicas e podem ser 
observados de acordo com a idade cronológica das crianças. 
É a partir dos MARCOS DO DESENVOLVIMENTO que sinais de atrasos são observados no 
desenvolvimento das crianças. 
É a partir dos marcos do desenvolvimento que, o conceito de ESTIMULAÇÃO PRECOCE se 
estabelece. 
Quando uma mãe diz ao Psicopedagogo que a filha de 3 anos não controla o esfíncter, o 
conhecimento sobre desenvolvimento infantil e o olhar para a NORMALIDADE, aciona o olhar 
clínico desse profissional para a existência de um atraso no desenvolvimento da criança. 
Um psicopedagogo bem formado sobre o DESENVOLVIMENTO INFANTOJUVENIL, consegue 
antevê sinais de risco, consegue organizar estimulação precoce e o mais importante: 
CONSTRÓI UMA OLHAR BASEADO EM EVIDÊNCIA CIENTÍFICA PARA OS SINAIS DE ATRASO 
NO DESENVOLVIMENTO. 
Desenvolvimento Infantojuvenil
2O PASSO
FERRAMENTAS 
FIDEDIGNAS PARA 
MEDIR HABILIDADES
Não é possível em pleno século XXI, avaliar dificuldades de apren-
dizagem usando apenas a observação. A observação isolada, par-
te do vazio, não tem referência e não se apoia num dado confiável. 
É preciso FERRAMENTAS FIDEDIGNAS, que captam expressões 
do desenvolvimento das crianças e que possam ser comparadas 
com um grupo normativo. 
Quando afirmo que uma criança apresenta atraso de leitura, 
usando uma ferramenta fidedigna, significa que:
A leitura dessa criança foi avaliada num ambiente 
apropriado para captar sua expressão de leitura. 
Um instrumento científico, foi utilizado 
para medir sua leitura. 
A medida de leitura foi comparada com o nível de 
leitura esperado para crianças da mesma idade
Então temos um dado baseado em evidência e temos as obser-
vações clínicas relacionadas a esse dado. 
As expressões cognitivas da criança 
não são simples e não devem ser 
interpretadas de forma isolada. 
A estratégia antiga de “tomar a leitura” da criança é 
ultrapassada e não cabe mais na clínica psicopedagógica. 
O psicopedagogo precisa reunir as melhores 
ferramentas para fazer parte do seu trabalho em 
avaliação cognitiva. Mas não basta apenas ter as 
melhores ferramentas, é preciso saber usá-las e 
conectá-las com o desenvolvimento da criança. 
DICA DE OURO: Jamais conclua uma observação, 
a partir do resultado de um teste isolado. Aquele 
resultado do teste de leitura pode ser apenas um 
sintoma e você pode ser pego pela precipitação e 
excesso de simplicidade. 
UMA AVALIAÇÃO QUE TRAÇA 
UM PERFIL COGNITIVO 
O funcionamento neurocognitivo é integrado. No passo 1, ao 
estudar sobre o desenvolvimento você vai acessar a premissa 
de que NADA NO CÉREBRO É LOCALIZADO. Tudo é integrado! 
As regiões e funções cerebrais se comunicam através de 
mapas, possibilitando o fenômeno da plasticidade cerebral, 
da habilitação e da reabilitação. 
A clínica psicopedagógica precisa ter um olhar integrado 
sobre o sujeito, buscando compreender como ele funciona. 
É impossível ser eficiente na estimulação da aprendizagem 
sem um olhar clínico integrado. 
É a partir daí que a AVALIAÇÃO COGNITIVA deve proporcionar 
a estruturação de um PERFIL COGNITIVO. 
QUEIXA 
FAMILIAR 
ESCOLAR 
UM PERFIL COGNITIVO QUE 
RESPONDE A QUEIXA E 
APONTA O CAMINHO. 
PROCESSAMENTO 
NUMÉRICO E 
CÁLCULO 
PERFIL 
MOTOR 
PERFIL 
SENSORIAL 
FUNÇÕES
ADAPTATIVAS 
LINGUAGEM 
ORAL
FUNÇÕES
EXECUTIVAS 
LEITURA E 
ESCRITA 
3O PASSO
BASE DE DADOS PARA 
CORRELACIONAR 
INFORMAÇÕES
Um PERFIL COGNITIVO bem traçado demanda de ferramentas fidedignas e es-
pecialmente de uma base de dados para organizar e correlacionar informações 
importantes sobre as expressões cognitivas da criança. 
Todo dado precisa ser armazenado e correlacionado. Chamamos esse exercício 
de RACIOCÍNIO CLÍNICO. Não é possível raciocinar sobre algo que não é visível 
para nós. Uma base de dados eficiente expõe todos os dados obtidos através da 
avaliação e possibilita interpretação a partir da base teórica sobre o desenvolvi-
mento. 
Quando afirmamos baseado em evidência científica: “esse perfil cognitivo preen-
che os critérios para TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE”, 
na verdade estamos afirmando com base:
Nas expressões cognitivas captadas através de fer-
ramentas fidedignas e registradas na base de dados
Nos indicadores de persistência captados no 
raciocínio clínico
Nos descartes para outros transtornos, 
também realizados a partir da avaliação. 
Nas observações qualitativas e ecológicas 
rastreadas. 
4O PASSO
INFORMAÇÕES 
QUALITATIVAS E 
ECOLÓGICAS 
Uma avaliação cognitiva eficiente não está restrita a consultório e 
não se ampara apenas em testes. É fundamental o levantamento 
de dados qualitativos e ecológicos. 
Captar informações do ambiente escolar, do ambiente familiar é 
fundamental para analisarmos informações do ambiente real da 
criança. 
Lembre-se: O consultório 
não constitui o ambiente real da 
criança! 
O uso de ferramentas fidedignas para captar informações desses 
ambientes é fundamental para comparações, observar sinais de 
agravamento dos sintomas e alinhar os prejuízos acadêmicos e 
sociais da criança. 
O psicopedagogo deve adicionar ao seu protocolo, questionários, 
escalas, inventários baseados em evidência que possibilitem esse 
olhar para o ambiente. 
Uma avaliação cognitiva 
eficiente, responde 
a queixa, direciona a 
intervenção, aponta 
os encaminhamentos, 
norteia a inclusão e auxilia 
no diagnóstico. 
Zilanda Souza 
Autora do livro Brincando de Palavrear e organizadora do livro 
A Contrituição da Neurociência na Avaliação Psicopedagógica 
Muito Além do Laudo.
Idealizadora e mediadora dos cursos: Avaliar para Intervir, 
Alfabetizar Multissensorial e Treino de Funções Executivas.
Diretora do Espaço Vida, Desenvolvendo Pessoas
pedagogico.espacovida@outlook.com
(61) 98236.2333
/espacovidazilanda
/espacovidabsb
ZILANDA SOUZA
Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga

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