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PECULATO PRÓPRIO (doloso) o STF considerou atípica a conduta de "peculato de uso" de um veículo para a realização de deslocamentos por interesse pa...

PECULATO PRÓPRIO (doloso) o STF considerou atípica a conduta de "peculato de uso" de um veículo para a realização de deslocamentos por interesse particular. STF. 1ª Turma. HC 108433 AgR/MG, rel. Min. Luiz Fux, 25/6/2013 (Info 712). Servidor público que utiliza temporariamente bem público para satisfazer interesse particular, sem a intenção de se apoderar ou desviar definitivamente a coisa, comete crime? Se o bem é infungível e não consumível: Ex.: é atípica a conduta do servidor público federal que utilizar carro oficial para levar seu cachorro ao veterinário. Ex.2: é atípica a conduta do servidor que usa o computador da repartição para fazer um trabalho escolar. Se o bem é fungível ou consumível: Ex.: haverá fato típico na conduta do servidor público federal que utilizar dinheiro público para pagar suas contas pessoais, ainda que restitua integralmente a quantia antes que descubram. 6090 Exceção: Se o agente é prefeito, haverá crime, porque existe expressa previsão legal nesse sentido no art. 1°, II, do Decreto-Lei n.° 201/67: Art. 1° São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores: Il - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos; 62US)

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A conduta de "peculato de uso" de um veículo para a realização de deslocamentos por interesse particular foi considerada atípica pelo STF. No caso de bens infungíveis e não consumíveis, como no exemplo do servidor público federal que utiliza um carro oficial para levar seu cachorro ao veterinário, essa conduta é considerada atípica. Da mesma forma, no exemplo do servidor que usa o computador da repartição para fazer um trabalho escolar, também é considerada atípica. No entanto, se o bem for fungível ou consumível, como no caso do servidor que utiliza dinheiro público para pagar suas contas pessoais, mesmo que restitua integralmente a quantia antes que seja descoberto, haverá fato típico. Uma exceção é para o prefeito, pois há previsão legal no Decreto-Lei n.° 201/67, que caracteriza como crime o uso indevido de bens, rendas ou serviços públicos em proveito próprio ou alheio.

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