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Sistema imunológico : células, tipos, divisão.

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o Defesas corporais contra infecções e microrganismos sendo 
constituído por órgãos, células e moléculas. 
O sistema imunológico e composto pelos seguintes órgãos: 
 
→Primários = medula óssea (produção de todas as células do sist. 
imunológico e amadurecimento de todas as células menos linfócitos T) 
e timo (amadurecimento dos linfócitos T). 
 
→Secundários = Baço (aprisionam os antígenos levados a eles pelos 
macrófagos e células dendríticas presentes na corrente sanguínea), 
Linfonodos (Local onde encontram-se os linfócitos aos quais os 
antígenos são apresentados pelas APCs), MALT (tecidos linfóides 
associados à mucosa – tonsilas, placas de payer no intestino), SALT 
(tecido linfóide associado à pele), BALT (tecido linfóide associado aos 
brônquios). 
O sistema imunológico se divide em imunidade inata e 
adaptativa. 
 
IMUNIDADE INATA: 
 
- É responsável pela proteção inicial, está presente nos indivíduos 
saudáveis, não se altera mediante exposições repetidas a um agente, 
reage contra microrganismos, mas não reage contra substâncias 
estranhas não infecciosas. 
➢ Agentes Efetores da Resposta Inata: 
 
1- Barreiras epiteliais: mecanismos capazes de proteger das 
mais variadas formas a exposição a agentes patógenos. As 
barreiras podem ser anatômicas ou fisiológicas. 
 
– Anatômicas: 
a. Fatores mecânicos: a pele age como nossa primeira linha de 
defesa contra organismos invasores. 
b. Fatores Químicos: suor, lágrima, saliva e secreção nasal, secreção 
gástrica previnem o crescimento de bactéria. 
c. Fatores Biológicos: A flora normal da pele e no trato 
gastrointestinal pode prevenir a colonização de bactéria 
patogênica. 
 
 – Fisiológicas 
a) Fluxo urinário, batimento dos cílios e sistema respiratório. 
 
2- Células Fagocitárias: NK, Macrófago e Neutrófilo 
 
• Os neutrófilos e macrófagos são células fagocitárias. 
• Os neutrófilos são células de vida curta e se localizam no sangue, 
migrando para tecidos quando necessário. 
• Os monócitos são células que vivem no sangue e quando vão para 
os tecidos são diferenciados e denominados macrófagos. 
• Os macrófagos que se encontram nas células da glia são 
denominados micróglia; no fígado são denominadas células de kupffer; 
nos ossos são denominadas osteclastos e nos pulmões são 
denominadas macrófagos alveolares. 
 
3- Proteínas do sangue incluindo frações do sistema 
complemento 
 
4- Citocinas 
 
 
 
Componentes Funções Principais 
Barreiras 
Camadas epiteliais Evitar entrada de bactérias 
Defensinas/Catalecidina Destruição bacteriana 
Linfócitos intra-epiteliais Destruição bacteriana 
Células efetoras circulantes 
Neutrófilos 
Fagocitose e destruição 
iniciais dos micróbios 
Macrófagos 
Fagocitose e destruição 
eficiente dos micróbios, 
secreção de citocinas que 
estimulam inflamação. 
Células NK 
Lise de células infectadas, 
ativação dos macrófagos 
Proteínas efetoras circulantes 
Complemento 
Destruição dos micróbios, 
opsonização dos micróbios, 
secreção de citocinas que 
estimulam a inflamação. 
Lectina ligadora de manose 
(colectina) 
Opsonização dos micróbios, 
ativação do complemento 
Proteína C reativa 
Opsonização dos micróbios, 
ativação do complemento 
Citocinas 
TNF, IL-1, quimiocininas Inflamação 
INF-α, -β Resistente à infecção viral 
IFN-Ϫ Ativação dos macrófagos 
IL-12 
Produção de IFN-Ϫ pelas 
células NK e células T 
IL-5 Proliferação das células NK 
IL-10, TGF-β (Fator de Crescimento 
Transformador) 
Controle da inflamação 
 
 
o RESPOSTA INATA= 
 
1) Os microrganismos vencem as barreiras. 
2) Quando os microrganismos penetram no corpo, eles encontram 
defensinas e catelecidina (antibióticos naturais) e linfócitos intra 
epiteliais. 
3) Os linfócitos intra epiteliais reconhecem os PAMPS e tentam 
destruir os micróbios através dos anticorpos naturais (também 
existentes no epitélio). 
4) Os linfócitos intra epiteliais liberam citocinas que ativam 
fagócitos (macrófagos e neutrófilos). 
5) Os macrófagos, tendo fagocitado microrganismos, liberam 
citocinas (fator de necrose tumoral- TNF- e interleucina 1-IL-1-) 
que agem no endotélio para aumentar a expressão da selectina 
(proteínas envolvidas na adesão célula a célula). 
6) Os leucócitos localizados no sangue possuem ligantes de 
selectinae se ligam,com baixa afinidade, a selectina do 
endotélio. 
7) Os macrófagos, que ingeriram micróbios, irão liberar 
quimiocinas que se ligarão a receptores específicos nos 
leucócitos em rolagem, aumentando a expressão endotelial de 
ligantes de integrina. 
8) Acontecerá uma ligação integrina do leucócito com o ligante de 
integrina do endolélio, sendo uma ligação de alta afinidade. 
9) Os leucócitos se fixam firmemente ao endotélio, seu 
citoesqueleto é reorganizado e eles se espalham sobre a 
superfície endotelial. 
 
10) As quimiocinas atuam sobre os leucócitos aderentes e os 
estimulam a migrar através dos espaços interendoteliais 
segundo o gradiente de concentração química. 
 
Obs: Outro grupo de receptores que os fagócitos reconhecem 
são as opsoninas (anticorpos, proteínas do complemento e 
lectina). O processo de revestir o micróbio para torná-lo alvo para 
fagocitose é chamado opsonização. 
 
o Rolagem dos leucócitos sobre o endotélio mediado 
por selectina 
 
• Em resposta a micróbios e a citocinas produzidas pelas células as 
células endoteliais aumentam rapidamente a expressão, na 
superfície, de proteínas chamadas de selectinas. 
• TNF e a IL-1 são as principais citocinas de ativação do endotélio. 
• O ligante para selectina é expressa nos linfócitos e leucócitos 
servindo como ligação as selectinas do endotélio. Essa ligação 
entre as selectinas são de baixa afinidade e facilmente rompidas 
ocasionando a rolagem ao longo do tecido endotelial 
• O ligante para integrinas estão expostos no endotélio e as 
integrinas estão expressas nos leucócitos e linfócitos. Sua ligação 
é mais estável que a ligação das selectinas. 
 
o Células da imunidade inata: 
• Macrófagos: Estão localizados nos tecidos (no sangue são 
denominados manócitos e quando recrutados vão para os tecidos 
e se denominam macrófagos). 
São monócitos ativados; persistem por mais tempo do que os 
neutrófilos; podem sofrer divisão celular no próprio local da 
inflamação; promovem fagocitose. 
• Neutrófilo: São leucócito que vivem no sangue e, quando recrutados, 
vão para o local da inflamação; medeiam as fazes iniciais das 
respostas inflamatórias e vivem por menos tempo; morre junto com 
o material internalizado e digerido. 
• Basófilo: São células circundantes; envolvidos nas reações 
inflamatórias alérgicas; liberam histamina e heparina. 
• Eosinófilo: São células circundantes; importantes na defesa contra 
parasitas. 
• Célula NK (matadora natural): São células circulantes. 
Reconhecem células tumorais ou infectadas por vírus que não 
possuem ou que perderam o MHC. Liberam grânulos que possuem 
proteínas (ex.: perforina e granzina) capazes de matar as células 
alvo. Fonte importante de interferon gama que ativa os macrófagos 
para destruir microrganismos ingeridos. São ativadas por 
interleucina 15 e 12 e interferon tipo 1. 
Perforina: Facilita a entrada de outras proteínas de grânulo, 
denominadas granzinas, no citoplasma das células alvo. 
Granzinas: Induzem a apoptose da célula. 
• Mastócito: Possuem grânulos no seu citoplasma cheio de 
mediadores; situam-se próximos aos vasos sanguíneos. 
• Células dendríticas: Localizadas nos tecidos linfóides, epitélio 
mucoso e parênquima dos órgãos. Expressam receptores de 
reconhecimento padrão e respondem aos micróbios secretando 
citocinas. Captura e apresenta os antígenos microbianos aos 
linfócitos T. 
 
➢ As células da imunidade inata teciduais são: 
macrófagos, mastócitos e célula dendrítica. 
➢ As células da imunidade inata circulantes são: 
leucócitos polimorfonucleares (neutrófilo, eosinófilo e basófilo), 
monócito e célula natural killer. 
 
 
CITOCINASCÉLULAS FUNÇÕES 
IL-1 Cél. 
Fagocitárias 
- Aumento da expressão endoteliais de 
integrinas 
- Induz a prostaglandinas 
- Mediadora da resposta inflamatória 
IL-2 Cél. T - Aumenta a proliferação de células T 
-Estimula o crescimento de linfócitos 
NK e de linfócitos B 
IL-4 Cél. T - Estimulação da troca de isótipo dos 
anticorpos para IgE 
- Estimulação do desenvolvimento dos 
linfócitos TH2 a partir de linfócitos 
TCD4 pré-imunes 
- Antagonista dos efeitos ativadores do 
INF-Ϫ sobre os macrófagos e, assim 
inibe reações imunes mediada por 
células. 
IL-5 - Ativação de eosinófilos maduros e 
estimulação do crescimento e 
diferenciação de eosinófilos. 
- Estimulação da proliferação de 
linfócitos B e da produção de 
anticorpos IgA 
IL-6 - aumenta a síntese de proteínas de 
fase aguda pelos hepatócitos, 
contribuindo para a resposta aguda 
- aumenta a produção de neutrófilo por 
progenitores da medula óssea 
- aumenta o crescimento de linfócitos 
B 
IL-10 Macrófagos 
Ativados 
- inibidor de macrófagos e células 
dendríticas por feedback negativo 
- diminui a produção de IL-12 por 
macrófagos e células dendríticas 
ativadas 
- diminui a expressão de co-
estimuladores e de moléculas de MHC 
de Classe II em macrófagos e células 
dendríticas. 
IL-12 Macrófagos - Principal mediador da resposta imune 
inata inicial a microorganismo 
intracelulares 
- Estimulação da produção de IFN-ϒ 
pelos linfócitos NK e T 
- Estimulação da diferenciação de 
linfócitos T auxiliares CD4 em células 
TH1 produtoras de IFN-ϒ 
- Aumenta a função citolítica de 
linfócitos NK ativados e Linfócitos T 
citolíticos. 
IL-13 Linfócitos T - Semelhante a IL4 
TNF (Fator 
de Necrose 
Tumoral) 
 - Estimula o recrutamento de 
neutrófilos e monócitos para locais de 
infecção e ativa essas células para 
erradicar microorganismos 
- Aumenta a expressão de moléculas 
de adesão do endotélio 
-Aumenta a secreção de IL-1 
-Estimula a secreção de quimiocinas 
por células endoteliais e macrófagos 
- Indução da apoptose através da 
ativação das caspases. 
TNF-α – Pró-inflamatório 
TNF-β – Anti-inflamtório 
INF tipo 1 
(α,β) 
Fagocitos - Inibição da replicação viral 
- Aumenta a expressão de moléculas 
de MHC classe I 
- Aumenta a expressão dos receptores 
de IL-12 nos linfócitos T 
- Inibição da proliferação celular 
INF tipo 2 (ϒ) Linfócitos T 
(TH1) e NK 
- Ativação de macrófago 
 
- Estimulação da expressão de 
moléculas de MHC classe I e classe II 
e co-estimuladores em APCs 
- Promoção e diferenciação de 
linfócitos T CD4 pré-imunes para 
subpopulação Th1 e inibição da 
proliferação de células Th2. 
- Ativação dos neutrófilos 
- Estimulação da atividade citolítica de 
linfócitos NK. 
TGF-β - Inibição da proliferação e 
diferenciação de linfócitos T e da 
ativação de macrófagos. 
-Estimulação da produção de IgA. 
 
 
Imunidade adaptativa ou adquirida: 
 
Desenvolve-se mais lentamente e é responsável pela defesa mais 
tardia e mais eficaz. Gera mecanismos especializados para o combate 
de diversos tipos de infecção. Usam células e moléculas do sistema 
inato para eliminar os microorganismos e funções imunológicas 
adquiridas para aumentar acentuadamente esses mecanismos da 
imunidade inata. 
A imunidade adquirida se divide em humoral e celular. 
 
IMUNIDADE CELULAR: mediada pelos linfócitos T, os quais ativam 
fagócitos para destruir os microorganismos ingeridos pelas células 
fagocitárias nas vesículas fagocíticas (TCD4+ que se diferencia em Th1 
e Th2). Outros linfócitos T citotóxicos destroem qualquer tipo de célula 
do hospedeiro que apresente microorganismos infecciosos em seu 
citoplasma (TCD8+). 
 
IMUNIDADE HUMORAL: fornece defesa contra os micróbios 
extracelulares e são mediados por proteínas denominadas Anticorpos 
produzidos pelos linfócitos B. 
 
OBS: Dentro da imunidade adquirida, temos a imunidade ativa e 
passiva. A ativa é induzida pela exposição a um antígeno estranho 
(infecção ou vacinação) no qual um indivíduo imunizado desempenha 
um papel ativo na resposta ao antígeno. A passiva é a imunidade pela 
qual o indivíduo torna-se imune a um antígeno em particular sem nunca 
ter sido exposto ou ter apresentado uma resposta a ele, acontece 
quando o anticorpo é entregue pronto ou linfócitos de um indivíduo já 
imunizado (ocorre durante a amamentação e aplicação de soro 
antiofídico). 
 
Propriedades das respostas imunológicas adquiridas: 
A) Especificidade: resposta específica para antígenos. 
B) Memória: produção de linfócitos de memória devido a uma 
primeira exposição, tornando a resposta à segunda exposição 
mais rápida, acentuada e mais eficaz. 
C) Especialização: Respostas que são ideais para a defesa contra 
diferentes micróbios. 
D) Ausência de reatividade contra auto-antígenos: previne 
respostas danosas contra as células do hospedeiro. 
 
Sinalização Imunológica adquirida: 
As respostas imunológicas consistem nas seguintes fases: 
1 – Fase de reconhecimento: realizada por linfócitos específicos 
2- Fase de ativação: requer dois tipos de sinais: sinal 1 (ligação dos 
antígenos aos receptores de antígenos dos linfócitos) sinal 2 (fornecido 
pela resposta imunológica inata aos patógenos que são necessárias 
para a ativação dos linfócitos – expansão clonal). 
3-Fase efetora: os linfócitos se diferenciam em linfócitos efetores com 
a função de eliminar antígenos. 
4-Declínio: ocorre apoptose das células que foram ativadas pelos 
antígenos e essas são rapidamente retiradas pelos fagócitos sem 
desencadear nenhuma reação danosa. 
 
5-Memória: Após o término da resposta imunológica os linfócitos de 
memória e alguns plasmócitos permanecem e podem sobreviver em 
estado de repouso por meses e anos, sendo capazes a responder 
rapidamente ao novo encontro com o patógeno. 
 
LINFOADENOPATIAS: ocorrem quando os linfonodos estão 
reagindo a um tipo de microorganismo, e os linfócitos estão realizando 
a expansão clonal. 
 
ESTRESSE X IMUNIDADE: O SNC controla direta ou indiretamente a 
liberação de vários hormônios, particularmente o corticosteróides, os 
quais inibem a produção de citocinas das células Th1, produzem TGF-
β que pode inibir a resposta imune. 
 
SISTEMA COMPLEMENTO: 
 
Conjunto de proteínas presentes na circulação e ligadas à membrana 
que são importantes na defesa contra microorganismos. 
 
Ativação: pode ser ativado por micróbios na ausência de anticorpos, 
como parte da imunidade inata, e pelos anticorpos ligados aos 
micróbios, como parte da imunidade adaptativa. 
 
Funções: 
- Opsonização para potenciar a fagocitose 
- Quimiotaxia e ativação de fagócitos 
- Lise de bactérias ou células infectadas 
- Regulação da resposta de anticorpos 
- Limpeza de imuno-complexos 
- Fagocitose de células apoptóticas 
- Inflamação e anafilaxia 
 
O sistema complemento pode ser ativado através de 3 vias: 
- Via alternativo (Inata) – o complemento se ativa de forma 
independente, sem a necessidade de um anticorpo 
- Via Clássicos (adaptativa humoral) – anticorpos ativam o 
complemento 
- Via Lectina (inata) – é ativada quando a lectina, que é uma proteína 
plasmática, se liga a manose terminal nas glicoproteínas de superfície 
dos microorganismos. 
 
 
 
Objetivos: Agentes físicos, inflamação aguda, febre, dor, regeneração 
e cicatrização, mecanismo de ação dos analgésico e antiinflamatório. 
 
INFLAMAÇÃO: 
 
 
• É a reação dos tecidos a um agente agressor (resp. Inata e 
adaptativa) caracterizada morfologicamente pela saída de líquido e 
células do sangue para o interstício. Só ocorre em tecidos 
vascularizados. 
 
A inflamação pode ser ocasionada por calor, irritantes químicos, 
produtos de microorganismos, corpos inertes estéreis, agentes 
imunogênicos (caso de doenças auto-imunes), etc. 
 
Sinais cardinais: dor calor, rubor e tumor e 
perda de função. 
 
o A inflamação possui o seguinte mecanismo 
(fenômenos) 
 
1- IRRITAÇÃO: 
Agente inflamatório de natureza biológica possui PAMPs, se for de outra 
natureza, o agente inflamatório irá produziralarminas (IL-1 e TNF-α), 
que indicam a presença da agressão. 
Em ambos os casos, esses sinalizadores determinam a liberação de 
mediadores pró e antiinflamatórios, entretanto, os pró-inflamatórios 
precedem os efeitos dos antiinflamatórios. 
Ocorre a exsudação de leucócitos que liberam mediadores 
antiinflamatórios e ao mesmo tempo ocorrem modificações nos 
receptores dos leucócitos, que diminui a ligação com os pro 
inflamatórios e aumenta a ligação com os antiinflamatórios, 
favorecendo a resolução do processo. 
Alguns mediadores de reparo também participam do processo de 
resolução da inflamação. 
 
2- FENÔMENOS VASCULARES: 
 
São modificações hemodinâmicas e reológicas da microcirculação 
comandadas por mediadores liberados na fase irritativa. As principais 
modificações são: 
a) Vasodilatação arteriolar: devido à ação de histaminas e reflexo 
axônico e mantida por prostaglandinas, leucotrienos e PAF. 
Conseqüentemente há aumento do fluxo sanguíneo gerando 
hiperemia. 
b) Dilatação das vênulas menores: o aumento da pressão 
hidrostática na microcirculação leva a exsudação de plasma 
ocorrendo hemoconcentração local o que torna o sangue mais 
viscoso e circulação mais lenta, podendo ocorrer formação de 
trombos. 
Com as alterações hemodinâmicas, pode ocorrer hipóxia local e 
aumento da exceção de catabólitos como ADP eH+, o que intensifica a 
abertura dos capilares, aumentando a hiperemia. 
 
 
3- FENÔMENOS EXSUDATIVOS: 
É a saída de elementos do sangue do leito vascular para o interstício. 
 
a) Exsudação plasmática: Tem início na fase da hiperemia e 
continua durante o processo inflamatório. A saída do plasma 
ocorre nas vênulas devido a contração do citoesqueleto das 
células induzidas pela histamina, substância P, PGL e 
leucotrienos. 
As proteínas exsudadas aumentam a pressão oncótica 
intersticial ocorrendo a retenção de água fora dos vasos 
(edema), além disso, há aumento na síntese de ác. Aracdônico 
(precursor das prostaglandinas). 
A exsudação plasmática apresenta um componente importante da 
imunidade inata: 
• Possibilita a saída de Ac e do complemento; 
• O fibinogênio exsudado polimeriza-se e forma um suporte sólido 
de fibrina que favorece a migração de leucócitos, além de 
representar uma barreira para os microorganismos; 
• Permite a saída de proteínas que reduzem o potencial lesivo da 
inflamação. 
 
b) Exsudação Celular: a sequência de eventos na jornada dos 
leucócitos do lúmen vascular para o tecido intersticial, chamada 
 
de extravasamento, (estimulada por IL-1 e TNF-α) pode ser 
dividida nas seguintes etapas: 
a. Marginação → acúmulo de leucócitos na periferia do fluxo; 
b. Rolamento → aderência transitória mediada principalmente pelas 
selectinas; 
c. Adesão → mediada principalmente pelas integrinas; 
d. Transmigração através do endotélio (diapedese) → ocorre 
predominantemente nas vênulas (exceto nos pulmões). Os leucócitos 
achatam-se (pavimentação) fazem movimentos amebóides para saírem 
dos vasos. 
e. Migração no interstício na direção do estímulo quimiotático → várias 
substâncias podem agir como quimiotáticos. Entre elas estão: produtos 
bacterianos, C5a, leucotrienos e citocinas. 
f. Ativação leucocitária → as respostas funcionais induzidas na 
ativação de leucócitos, que resulta em produção de metabólitos do 
ácido aracdônico a partir de fosfolipídios, desgranulação e secreção de 
enzimas lisossomais, secreção de citocinas (principalmente pelos 
macrófagos). 
 
 
4- FENÔMENOS ALTERATIVOS: 
 
Produzidos por ação direta dos antiinflamatórios. Ex: degeneração e 
necrose que resultam de trombose na microcirculação. 
 
 
5- FENÔMENOS RESOLUTIVOS: 
 
Inicia na fase inicial do processo inflamatório e deles depende sua 
progressão, cura ou cronificação. Sendo eles: 
a) Alterações em receptores nas células dos exsudados e tecidos; 
b) Geração local de mediadores antiinflamatórios; 
c) Mudança no comportamento das células do exsudado que 
tendem a apoptose e exercem função anti apoptótica. 
d) Exsudação de células com função reguladora. 
 
 
6- FENÔMENOS REPARATIVOS: 
 
Citocinas, quimiocinas e fatores do crescimento que levam a reparação 
por regeneração ou cicatrização. 
 
Sinais cardinais da inflamação: dor calor, rubor e 
tumor. 
 
Dor: devido a compressões das terminações nervosas pelo exsudado, 
lesões ocasionadas por toxinas dos microorganismos, acidificação dos 
tecidos, além dos mediadores como prostaglandina e bradicinina. 
Calor: Devido a hiperemia ativa com maior fluxo sanguíneo. 
Edema: As proteínas exsudadas aumentam a pressão oncótica 
intersticial ocorrendo a retenção de água fora dos vasos, além do 
aumento de produção de AC. Aracdônico, o qual é mais hidrofílico e a 
sobrecarga da circulação linfocitária. 
Rubor: Causado pela vasodilatação arteriolar (hiperemia). 
 
OBS: Mastócitos e células nervosas já têm mediadores inflamatórios 
prontos, como a histamina, por isso, são chamados de células sentinela. 
 
• Histamina = aumento da permeabilidade vascular, contração da 
musculatura lisa 
• Bradicinina = vasodilatação, contração da musculatura lisa, 
aumento da permeabilidade vascular, dor. É liberada por FNTα, 
IL-1, IL-8 (citocinas) 
• Lipoxina = agente antiinflamatório que freia os neutrófilos. 
 
Regulação da inflamação: 
 
A inflamação acaba, porque nos focos da inflamação são liberados 
mediadores antiinflamatórios como ácido aracdônico (que produz 
lipoxina) e o Omega 3. Esse mediadores têm o seguintes efeitos: 
-Param a migração de leucócitos, mas não bloqueiam a capacidade 
fagocitária e microbicida; 
- Bloqueiam a síntese de PGLs e leucotrienos; 
- Reduzem a produção e função das citocinas; 
-favorecem a remoção de neutrófilos apoptóticos; 
-melhora a capacidade microbicida na superfície das células. 
 
Resultados da inflamação aguda. Geralmente a inflamação 
aguda tem um destes três resultados finais: 
1-Resolução completa= envolve a neutralização ou degradação 
espontânea de mediadores químicos, com o retorno da 
permeabilidade vascular ao normal, o término da infiltração 
leucocitária, a morte dos neutrófilos e a remoção de líquido e 
proteína do edema, de leucócitos, de agentes estranhos e de 
fragmentos necróticos. Os vasos linfáticos e as células fagocitárias 
participam desse evento. 
2-Cicatrização pela substituição do tecido conjuntivo (fibrose). 
3-Cronificação da inflamação= A transição de aguda para crônica 
ocorre quando não há uma resolução da resposta inflamatória aguda 
devido à persistência do agente nocivo ou a alguma interferência 
com o processo normal de cicatrização. 
 
INFECÇÃO: 
 
È a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie 
estranha, o patógeno, que causa alguma lesão. 
A infecção possui o seguinte mecanismo: 
1. Entrado do microorganismo; 
2. Invasão e colonização do tecido do hospedeiro; 
3. Evasão da imunidade do hospedeiro; 
4. Escape do hospedeiro; 
5. Lesão tecidual ou prejuízo funcional. 
 
FEBRE: 
 
Ocorre quando a temperatura corporal está acima da faixa normal 
habitual, com alteração do set point. É uma síndrome clínica 
caracterizada por: 
1 fase ascendente: tremor, insônia, vasoconstricção periférica, 
taquicardia, hipertermia, hiperalgesia. 
2 Fase descendente: sudorese (perde calor por dissipação), 
hipotensão, sonolência, diminuição das atividades motoras. 
 
Etiologia: a febre é causada pela produção de PIRÓGENOS que 
podem ser endógenos ou exógenos: 
- Endógenos: IL1, IL2, IL6, TNF-α, TNF-γ. 
- Exógenos: lipopolissacarídeos e proteoglicanos de bactérias, RNA de 
dupla fita de vírus, manan e glucan da parede celular dos fungos, 
anafilotoxinas formadas a partir do complemento. 
 
Mecanismos da Febre: 
- Qualquer que seja o mecanismo, a febre depende da produção de 
PGE2, que é mediador terminal da desregulação da sensibilidade 
térmica dos neurônios termorreguladores. 
 
Periférico: (3 maneiras) 
 
1- Ativação de macrófagos, que liberam PGE2 e citocinas,que agem 
nas terminações aferentes vagais e levam o estímulo ao núcleo do 
trato solitário (presente no bulbo) = gera sinais para a área pré-
óptica do hipotálamo (no Órgão Vascular Circunventricular – OVCV). 
Os neurônios adrenérgicos liberam adrenalina, que age no endotélio, 
induzindo a liberação de PGE2, que irá agir nos neurônios 
termorreguladores, desregulando-os (novo “set point”) e induzindo-os a 
emitir sinais para aumentar a produção e diminuir a perda a calor. 
2- A IL-1 e outros pirógenos endógenos liberados pelos macrófagos 
nos tecidos agredidos caem na circulação e agem no endotélio do 
OVCV, que libera PGE2, a qual altera o limiar de sensibilidade térmica 
dos neurônios termorreguladores (novo “ser point” estabelecido). 
 
3- As células fagocitárias circulantes liberam citocinas (sintetizadas in 
loco ou aderidas à membrana) diretamente no OVCV e induzem a 
síntese de PGE2. 
 
Central: (2 maneiras) 
 
1- A ação direta de pirógenos exógenos sobre as células endoteliais do 
OVCV, que, ativadas, produzem citocinas que agem sobre as células 
da glia (astrócitos e micróglia), as quais produzem PGE2, 
responsável pela desregulação dos neurônios termorreguladores. 
2- Alguns pirógenos exógenos podem atravessar a barreira 
hematoencefálica no OVCV e agir diretamente nas células da glia, 
induzindo-as a produzir citocinas e PGE2. 
 
OBS: existem alguns pirógenos que estimulam a liberação de 
substâncias com efeitos criógeros e antipiréticos endógenos. Sendo 
elas: 
- glicocorticóides = reduzem produção de citocinas e PGE2 
- arginina-vasopressina= 
- melanocortinas = 
- IL-10 = diminui a síntese de citocinas inflamatórias. 
 
DOR: 
 
➢ É uma experiência sensorial e emocional desagradável 
associada a uma lesão tissular potencial ou real, ou mesmo sem 
nenhuma lesão. È subjetiva e varia de indivíduo para indivíduo. Pode 
ser desencadeado por estímulos mecânicos, térmicos ou químicos. 
➢ A dor pode ser: 
Rápida: sentida em 0,1segundo e não é sentida na maior parte dos 
tecidos profundos. Ex. espetar o dedo na agulha. 
Lenta (crônica): após 1 segundo ou mais aumentando vagarosamente. 
Está associado à destruição de tecidos, podendo levar a um sofrimento 
prolongado. Ocorre tanto na pele como em órgãos mais profundos. Ex: 
infarto agudo do miocárdio (com dor no ombro esquerdo.). 
 
Mecanismo da dor: 
 
A sensação da dor compreende 3 mecanismos básicos: 
 
1- Transdução: Ativação de nociceptores por estímulos (mecânico, 
térmico, ou químico), os quais promovem danos teciduais e 
vasculares local. Com isso, há liberação de substâncias como 
H+ e K+, serotonina, histamina, leucotrienos, PGL, substância P 
e bradicinina. 
2- Transmissão: é o conjunto de vias e mecanismos que permite 
que o impulso nervoso gerado ao nível de nociceptores seja 
conduzido para estruturas do SNC. 
3- Modulação: Centros e vias responsáveis pela supressão da dor 
que são ativadas pelas próprias vias nociceptivas. 
 
 
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS: 
 
➢ São drogas não hormonais utilizadas no alívio dos sintomas da 
inflamação. 
 
Mecanismo de ação: Inibem a Cox e conseqüentemente a formação 
de PGL e tromboxanos, diminuindo assim os efeitos da inflamação. 
OS AINES possuem as seguintes ações: 
1- Ação antipirética= inibe IL-1, não ocorrendo formação de PGE1 
a qual é causadora da febre no hipotálamo. 
2- Ação analgésica= diminui a produção de prostaglandinas, as 
quais sensibilizam os nociceptores. 
 
Efeitos adversos e colaterais: gastrointestinais, complicações 
hemorrágicas, lesão hepática, efeitos na PA, inibição plaquetária. 
 
ANALGÉSICOS: 
 
➢ Medicamentos que aliviam a dor. Dividem-se em periféricos 
(não opióides) e central (opióides de ação no SNC). 
 
 
 
CICATRIZAÇÃO: 
 
➢ É a forma mais comum de cura dos tecidos inflamados, porém a 
anatomia da reposição tecidual local pode ser comprometida. 
➢ È a formação de tecido conjuntivo fibroso, mais primitivo, que 
substitui o parênquima destruído. 
Para que possa ocorrer cicatrização completa são necessárias 
eliminação do agente agressor, irrigação, nutrição e oxigenação. 
 
Mecanismo de Cicatrização: 
 
Reação inflamatória → Proliferação Fibroblástica e Endotelial (Tecido 
Conjuntivo Cicatricial) → Remodelação 
 
1- Fase de demolição (inflamatória) = após 24h da ocorrência da 
lesão. Predomínio de PMNs, principalmente macrófagos, os quais 
promovem a digestão do tecido morto, do agente e do coágulo. Há 
formação de fibrina, crosta composta por soro e hemácias que impedem 
que o tecido se rasgue, mantendo um ambiente favorável à 
regeneração. 
2- Fase de crescimento de tecido de granulação = proliferação de 
fibroblastos e de células endoteliais vizinhas à zona agredida que 
formam alças capilares, as quais aumentam a permeabilidade, 
aumentando a saída de elementos sanguíneos, água, eletrólitos e 
proteínas. Fibroblastos migram para a nova matriz tecidual secretando 
fibras colágenas. 
3- Fase de maturação ou fibroplasia= proliferação de fibroblastos e 
deposição de colágenos, que comprime os capilares neoformados 
diminuindo a vascularização. A pressão contínua de colágeno e sua 
retração conduzem à contração de cicatriz fibrosa. Ao final, tem-se uma 
cicatriz acelular relativamente clara que pode acentuar ou desaparecer 
clinicamente. 
 
Cicatrização x regeneração = Na cicatrização há alteração 
morfofuncional do tecido original, o qual é substituído por outros teidos. 
Já na regeneração, não há alteração morfofuncional,o tecido fica do 
mesmo jeito que era. 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA: 
 
• È considerada uma inflamação prolongada (mais de 6 meses) 
na qual a inflamação ativa, a destruição tecidual e a tentativa de 
reparar os danos ocorrem simultaneamente. Apesar de poder ser a 
continuação de uma inflamação aguda, a inflamação crônica 
frequentemente começa de maneira insidiosa como uma reação pouco 
intensa, geralmente assintomática. Exposição prolongada a agentes 
tóxicos ou fenômenos auto-imunitários. 
 
Características: 
 
 1- Infiltrado de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e 
plasmócitos). O macrófago é a célula dominante. O extravasamento dos 
monócitos se dá pelo mesmo mecanismo dos neutrófilos na inflamação 
aguda. Quando o monócito chega ao tecido extravascular, ele se 
transforma em uma célula fagocitária maior, o macrófago. Os 
macrófagos podem ser ativados por citocinas, endotoxinas bacterianas 
etc. A ativação resulta em: 
 
 a. ↑ tamanho celular; 
b. ↑ enzimas lisossomais; 
c. ↑ metabolismo; 
d. ↑ capacidade fagocítica; 
e. Secreção de produtos biologicamente ativos, que podem 
causar lesão tecidual e fibrose. 
Na inflamação de curta duração, se o fator irritante é eliminado, 
os macrófagos desaparecem (apoptose ou migração até os 
linfonodos). Na inflamação crônica, o acúmulo de macrófagos persiste, 
sendo mediado pelos seguintes mecanismos: 
f. Recrutamento de monócitos da circulação (quimiocinas, 
C5a, fatores de crescimento e fibronectina); 
g. Proliferação local dos macrófagos; 
h. Imobilização dos macrófagos no local da lesão; 
 
Os produtos dos macrófagos ativados eliminam agentes nocivos 
como os microrganismos e iniciam o processo de reparação, além de 
serem responsáveis por boa parte da lesão tecidual na inflamação 
crônica. Dessa forma, a destruição tecidual é uma das principais 
características da inflamação crônica. 
 
Os linfócitos são mobilizados nas reações imunológicas humorais e 
celulares e nas reações inflamatórias não-imunológicas. Os linfócitos T 
ativados produzem IFN-γ, principal ativador de macrófagos. 
 
Os eosinófilos são abundantes nas reações imunológicas mediadas por 
IgE e nas infecções parasitárias. Os eosinófilos possuem grânulos que 
contêm proteína básica principal, uma proteína altamente catiônica que 
é tóxica para os parasitas, mas também causa lise das células epiteliais 
humanas. 
 
Os mastócitos participamtanto da inflamação aguda quanto da crônica. 
 
Apesar de os neutrófilos serem característicos da inflamação aguda, 
muitas formas de inflamação crônica continuam a mostrar grandes 
números de neutrófilos. Um exemplo disso é a osteomielite; 
 
2- Destruição tecidual; 
 
3- Tentativas de cicatrização pela substituição do tecido lesado 
por tecido conjuntivo. Esses eventos se caracterizam por angiogênese 
e fibrose. 
 
As inflamações crônicas podem ser classificadas em: 
1- Inflamação crônica granulomatosa 
2- Inflamação crônica inespecífica = onde não há predominância 
de um tipo celular. 
 
Inflamação crônica granulomatosa: 
 
Nessas inflamações as células do exsudado se organizam e formam 
agregados circunscritos denominados granulomas. 
Granuloma é um foco de inflamação crônica consistindo de agregados 
de macrófagos transformados em células epitelióides cercadas por um 
colar de linfócitos. Frequentemente, tais células epitelióides se juntam 
e formam gigantócitos. 
 
 Existem dois tipos de granulomas: 
1-Epitelióides ou imunogênicos = mediado por células, onde os 
macrófagos se reúnem e por estarem em ativação, seu citoplasma 
aumenta de tamanho e eles ficam com aspecto de células epitelióides 
que se agrupam de forma em paliçada. 
2-Tipo corpo estranho = induzidos por agentes inertes. São mais 
frouxos e as células epitelióides não formam em paliçada típica. 
 
Formação do Granuloma: 
Os monócitos são recrutados para a área da inflamação e lá se 
diferenciam em macrófagos. Essa diferenciação ocorre através de 
endotoxinas, mediadores químicos ou células T ativadas, as quais 
produzem citocinas, principalmente INF-γ. 
Os macrófagos produzem citocinas como IL-1 e TNF que recruta 
leucócitos. Além disso, os macrófagos apresentam Ag para as células 
TCD4+ que serão ativadas principalmente com produção de IL-12, que 
por sua vez estimula outros macrófagos, amplificando a resposta. 
Esses macrófagos são circundados por outras células, formando o 
granuloma. 
 
 
• Anticorpo = também chamados de imunoglobulinas (Ig), são 
proteínas séricas produzidas pelos linfóitos B. Todos os Ac posuuem a 
mesma estrutura básica, mas diferem nas regiões de ligações às 
moléculas do Ag. Uma parte do Ac se liga ao antígeno (porção Fab) e 
outra se liga às células do sistema imune (porção Fc). 
 
 
 
 
 
• Existem 5 classe de Anticorpos, as quais se diferenciam pela 
função Fc: 
 
IgG= mais abundante do soro, ativa o sistema complemento, único Ac 
que é passado para o feto. 
 
IgM= primeira a ser expressa pelo linfócito B, eficiente na lise de 
microorganismos. 
 
IgA= está presente no leite materno, pois ela protege o trato gastro 
intestinal do bebê. È predominante em mucosas e secreções. Pode se 
ligar a alguns PMN e linfócitos. 
 
IgD = só encontrado como BCR. Liga a complemento. 
 
IgE= menos comum no soro. Está envolvida nas reações alérgicas 
ppois se liga a mastócitos, basófilos e eosinófilos. Também é mediador 
das respostas contra helmintos. 
 
➢ A imunidade humoral é mediada por anticorpos e faz parte da 
resposta imune adaptativa. 
1- O primeiro contato com o Ag por exposição natural ou por 
vacinação leva à ativação do linfócito B virgem, através de receptores 
antigênicos existente em sua superfície (IgM e IgD). 
 
2-Após a ativação ocorre a expansão clonal, (proliferação de células 
específicas) e diferenciação das células B em plasmócitos, que são 
produtores de células B de memória. Células TCD4+, também 
reconhecem Ag e ativam linfócitos B. 
OBS: durante a diferenciação, pode ocorrer a mudança de classe da 
cadeia pesada (isótipo), onde ocorre a produção de Ac de classes 
diferentes. A importância disso, é que habilita as respostas 
imunológicas humorais a diferentes micróbios se adaptarem melhor 
para a melhor maneira de combate. 
 
3- Os anticorpos produzidos, entram na circulação e exercem seus 
efeitos onde quer que eles estejam. Alguns plasmócitos migram até 
amedula óssea, onde vivem por muitos anos e produzem baixos níveis 
de Ac que proporcionam proteção imediata sempre que o 
microorganismo Infectar o indivíduo. 
4-Ao encontrar com os micróbios, os Ac bloqueiam ou neutralizam a 
infectividade e as interações das toxinas microbianas com a células 
hospedeiras. Isso ocorre através de opsonização e fagocitose. 
 
5-Os micróbios opsonizados, também podem ser destruídos por células 
NK, a qual expressam um receptor Fc que se liga ao grupo de IgG 
ligados às células. 
 
6- Os Ac também podem ativar o sistema complemento que leva à 
geração de moléculas efetoras que participam da eliminação de 
micróbios de diferentes maneiras. 
 
7- No segundo contado, já existem linfócitos B capazes de reconhecer 
esse Ag, devido à expansão clonal e células de memórias gerada no 
primeiro contato. Nesta fase a imunoglobulina predominante é a IgG. 
As quantidades de Ac produzidos são maiores e a quantidade de Ag 
necessários para desencadear essa segunda resposta é menor. 
 
8-Neste segundo contato ocorre a maturação da afinidade, que é o 
aumento da afinidade dos Ac produzidos devido a exposições 
prolongadas ou repetidas. È uma mudança na porção Fab. 
 
Porção Fab 
Porção Fc 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ativação T 
dependente

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