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1 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI TRAUMA DE EXTREMIDADES ASPECTOS GERAIS Trauma é uma agressão externa ao corpo que tem como lesão sequelar uma destruição de tecidos. POLITRAUMA → VARIOS ÓRGÃO ACOMETIDOS O esqueleto se divide em dois: 1. Esqueleto axial: Tronco (crânio, vertebras, costelas, esterno e coluna vertebral). 2. Esqueleto apendicular: Membros Sup./Inf. E pelas cinturas escapular e pélvica (cabeça de fêmur que se articula no acetábulo). Músculos → ACTINA + MIOSINA (contração que leva a movimentação das estruturas fixas); revestidos por uma capa. Todo musculo se origina e se insere numa superfície sólida que pode ser OSSO ou CARTILAGEM. Os membros não tem órgãos. As estruturas musculoesqueléticas, são entremeadas por vasos, são isoladas por capas que formam compartimentos musculares e revestidos pela derme, hipoderme e epiderme. Em relação ao trauma: • Fraturas → quebra da estrutura óssea. • Entorses→ analogia com elástico. Puxa e volta com menos força. Osso articula com outro por ligamento que podem esticar e demorar para voltar. • Luxações→ ossos não quebram mas saem do lugar. • Amputações → perda da continuidade da extremidade. ATENDIMENTO INICIAL Sistema protocolar de atendimento que visa em duas fases: • 1º: Deixar o individuo fora do risco de vida. Priorizar letra “C” porque pode haver traumas hemorrágicos. Vitima de politrauma: choque hipovolêmico do tipo hemorrágico é o mais comum. Distributivo e cardiogenico não levam aos estigmas de choque logo de inicio. O hipovolêmico leva. HIPOVOLÊMICO: “ SANGUE NO CHÃO EM 4 LOCAIS” 1. Sangue no chão. 2. Olha se tem lesão. 3. Pensou em lesão, pensou em fraturas ósseas. 4. Não tem, procura sangramento ocultos (tórax, pelve, abdome, retroperitônio). Pelve óssea, seguimento proximal. Letra “E”, ficar atendo as deformidades. Pode ser fratura fechada (osso esta quebrado sem solução de continuidade com a pele → muda conduta). Torniquete → compressão que evita sangramento até a morte. Arterial → NÃO PARA. + DE 6 HORAS = NECROSE. Imobilização de fraturas→ facilitar transporte do PCT e impede que fragmentos osseos, irregulares, promovam novas lesões • 2º: TTO definitivo. Ter noção do ambiente e da cinemática do trauma. 2 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI Ver padrão de mobilidade, dor a movimentação passiva ou ativa, pulsos radiais, pedioso e se a sensibilidade está preservada. Rotina radiológica com TC de crânio, RX cervical, RX tórax, RX bacia, USG FAST a depender e acrescenta RX da extremidade acometida. TRATAMENTO FINAL • Fixação de fraturas por técnicas amplas (haste, placa parafuso, fixador externo, enxerto, osso vascularizado). • Reconstrução óssea e partes moles • Tratar complicações (EX: síndrome compartimental, rabidomiolise). • AMPUTAÇÃO (decidir se o membro pode ser salvo). AVALIAÇÃO PRIMÁRIA • X: compressão de sangramento externo. • Arterial → compressão ineficaz. Melhor usar torniquete. • C: sinais de choque, fraturas expostas (urgência cirúrgica por risco de osteomielite e sepse). Atadura → vai tornar a região distal do membro em posição aguda, reta 90graus. Amarrar tracionado para manter posição anatômica. Ideal fazer 2 nós acima do ponto de fratura → margem de segurança. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA • Av. todo o membro: vascular e nervosa. SABER OS PADRÕES VASCULARES!!!!!!!!!!!!!!! PROVA!!!!!!!!!! VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR O membro superior, é IRRIGADO por UMA CADEIA ÚNICA que vem da ARTERIA SUBCLAVIA. A ARTERIA SUBCLAVIA direita se origina no tronco braquiocefálico e a ARTERIA SUBCLAVIA esquerda, do arco aórtico. Com isso, passou da 1ª costela, passa a ser chamada de ARTERIA AXILAR. Quando ela é chamada de ARTERIA AXILAR, ela vai dar 3 ramos. ARTERIA AXILAR é importante e se destaca na vascularização do membro superior. É a grande responsável por traumas maiores, já que as outras conseguem ser supridas. A ARTERIA AXILAR, tem a 1ª porção que vai da 1ª costela até o músculo escaleno anterior, aí vai dar a torácica superior. 2ª porção vai do escaleno anterior até a região da tuberosidade maior e vai dar 2 ramos: torácica lateral e toráco acromial e a toraco acromial vai dar a toraco dorsal, que é a artéria que vasculariza o grande dorsal e vai dar a circunflexa da escápula. Por fim, a 3ª porção vai dar 3 ramos: circunflexa anterior e posterior do úmero e subescapular. Passou disso, se 3 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI torna artéria braquial. Vai vascularizar a região do braço. Ela tem uma trajetória mais interna e vai medializando até a região da foça do olecrano onde ela se bifurca na artéria radial e na artéria ulnar. E ai, vão vascularizar a região da mão. VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR O membro inferior, é vascularizado pela artéria ilíaca externa. Então, a aorta vem a nível de L4, se bifurca nas ilíacas comuns. As ilíacas comuns a nível de s1 se bifurcam em ilíaca interna e externa. A externa vai vascularizar os ógãos da pelve (sistema reprodutor, parte final do sistema digestório) e a ilíaca externa vai vascularizar o membro inferior. Passando do ligamento inguinal, ela se chama artéria femoral na região do trígono femoral. Ve nessa região o nervo, a artéria e a aveia ulnar. A femoral vai dar femoral profunda na coxa porque é para vascularizar a coxa e continua medialmente até a região posterior, onde vai dar a poplítea. A poplítea....do musculo gastrocnemio e da a tíbial anterior e o tronco tibiofibular e a tibial posterior. A tibial posterior, vai até a região do calcâneo e da maleolar lateral e a maleolar medial. A tibial anterior, passa pelo retinaculo dos extensores e da pediosa. Por isso que tem que....o pedioso. É o melhor para identificar a vascularização do membro. Existe um índice que se calcula, que é o INDICE TORNOZELO BRAQUIAL. PA no tornozelo, pela pressão identificada na artéria pediosa e o braquial na artéria braquial. Geralmente da 0,9. Esses são os vaso que vão ser avaliados no exame físico. Exame físico no membro superior: palpa a pulsação da artéria radial. Pulso radial ruim quer dizer que a vascularização está ruim. TIPOS DE LESÕES: 1. Lesões que podem matar. Lesão que ocorre SANGRAMENTO MACICO. Ex: Fratura fechada, tiro → o fluxo sanguíneo estará comprometido (edema, rompimento de vaso). Não necessariamente esta sangrando para fora. 2. Lesões que podem comprometer a viabilidade do membro. Pode parar o sangramento e o fluxo sanguíneo (parar a musculatura). Parar o fluxo → Ruim! Fratura exposta: qualquer fratura óssea onde há uma lesão de continuidade com a pele. Há risco de infecção, osteomielite e sepse. Graus: avalia comprometimento ósseo e de partes moles. A CLASSIFICAÇÃO SERVE PARA DEFINIR A CONDUTA. PROVA!!!!!!!!!!!!! I.Fixa e resolve. III. há muita perda de substancia/ossea → não adianta fixar com placa ou parafuso. Tem que fazer enxerto ósseo, retalho cutâneo complexo. Imobilizar, IMUNIZAÇÃO→ intra-hospitalar. Vai depender se tem a vacinação previa ou não. Mediante evolução, vai ser definido ou não, antibioticoterapia sustentada. A cirurgia NÃO PODE SER ELETIVA. Interna e faz a cirurgia de imediato. 4 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI • Só não faz nada se tiver 3 doses há menos de 5 anos e cartão na mão. Relacionado a esmagamento. A estrutura muscular é formada por um capsídeo que tem uma grande quantidade de enzima (CPK), CK total e CK-mb. No esmagamento, o musculo libera CPK e mioglobina. • A medida que libera mioglobina, vai para o sangue, é absorvida. A mioglobina entope o tubo e ele nãofiltra urina → entra em insuficiência renal. • Perde muito liquido → entra em Vasoconstricção. Piora insuf. Renal. → isquemia → necrose → perda dom rim. • Urina coca cola→ quantidade grande de mioglobina que pressiona o túbulo. Alcalinização da urina com NaHCO3 → na hora que rompe a estrutura do músculo, libera ácido úrico que tem ali dentro e K+. O acido úrico, vai liberar H+, reduzir muito o pH. Precisa alcalinizar o pH corrigir o distúrbio hidroeletrolítico para não evoluir com PCR, hidratar para melhorar o influxo de sangue dentro do rim e evitar perda renal e melhorar CPK → diminuir a chance de formar mioglobina e ela obstruir os rins. As estruturas musculares, elas são agrupadas em compartimentos. O membro não é um seguimento único. 4.Tibial Posterior 2.Fibular superior e inferior 1.Tibial anterior 5 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI PROVA!!!!!!!!!!!! Quando ocorre uma fratura de tíbia, fíbula, a pressão dentro do compartimento aumenta muito e essa cápsula que tem lá, faz com que a pressão fique retida e todas as estruturas vásculo-nervosas dentro, ficam comprimidas ocasionando a SINDROME COMPARTIMENTAL. Aumenta a pressão no compartimento. A fratura leva a isso, aumentando o edema, comprime e vai, nessa sequencia cronológica os sintomas vão se apresentando. 1. Dor intensa que se mistura pela fratura e pelo processo de isquemia inicial. 2. Parestesia, porque a CONDUÇÃO NERVOSA fica prejudicada. 3. Paralisia, condução nervosa fica OBSTRUÍDA totalmente. 4. Palidez, pela falta de sangue. 5. Pulso ausente, o membro já está evoluindo para NECROSE → AGIR IMEDIATAMENTE DESCOMPRIMINDO O COMPARTIMENTO → FAZ UMA FASCIOTOMIA, onde faz uma incisão lateral e medial, onde vai desobstruir fazendo com que a pressão “distenda (??)”. Imagem: ligaduras elásticas em zig-zag. Devem sem trocadas a cada 2 dias. Com isso, estimula a mitose e desenvolvimento de células para o fechamento. Fratura com comprometimento do pulso distal, PCT teve uma fratura, chegou no hospital, fratura fechada, pulso estável → exame. Instável → abordagem, não faz exame. QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO E RESUMO • Descreva a sucintamente vascularização do membro superior. OK • Descreva a sucintamente vascularização do membro inferior. OK • Descreve a estrutura óssea das cinturas escapular e pélvica. Cintura escapular: é formada pela clavícula e a escápula. Cintura pélvica: é formada pelos ossos do quadril ou ossos pélvicos. • Descreva a estrutura óssea dos membros superior e inferior. Membros superiores: Os membros superiores são constituídos pelo úmero (osso do braço), ulna e rádio (ossos do antebraço), carpos (ossos do punho), metacarpos (ossos da palma da mão) e falanges (ossos dos dedos). Cintura escapular: A cintura escapular é constituída pela clavícula e pela escápula. Membros inferiores: Os membros inferiores são constituídos pelo fêmur (osso da coxa), tíbia e fíbula (ossos da perna), patela (osso do joelho), tarsos, metatarsos e falanges (ossos dos dedos). • Descreva os compartimentos musculares do membro inferior. A perna é dividida em três compartimentos: anterior, posterior e lateral. O grupo muscular anterior inclui: tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e o fibular/peroneal terceiro. O compartimento posterior consiste em sete músculos no total, divididos nos grupos superficial e profundo. • Descreva detalhadamente o procedimento de imobilização de membros. Imobilização membro superior com lenços. Um socorrista ajusta sob tração mas comodamente o braço 6 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI a uma tala de madeira almofadada, lateralmente, com o antebraço fletido para a frente do corpo. O outro socorrista aplicará as ligaduras, imobilizando o braço contra a tala e depois contra o tórax, apoiando o antebraço. • Defina fraturas. Cite os tipos. Perda da continuidade óssea. Ou seja, qualquer perda de continuidade óssea, mesmo que não seja completa. Principais tipos de fraturas: • Simples: apenas o osso é atingido; • Expostas: a pele é perfurada, havendo a visualização do osso. ... • Complicadas: afetam outras estruturas além do osso, como nervos, músculos ou vasos sanguíneos; • Incompletas: são lesões nos ossos que não geram quebra, mas resultam nos sintomas de fratura. • Descreva a classificação de Gustilo. É baseada no tamanho da laceração na pele, grau de lesão das partes moles e sua contaminação. • Sobre o torniquete, citar: Definição: Torniquetes são dispositivos de contenção de hemorragias que são aplicados nos membros (inferiores e superiores) geralmente para conter lesões de extremidades exsanguinantes. Descrição detalhada: Use uma tira de pano resistente e largo, um lenço, fralda, gravata etc., para fazer o torniquete. Coloque um rolo de pano no provável trajeto do vaso que sangra. Passe a tira ao redor do braço ou da perna (duas vezes), logo acima do ferimento, prendendo o rolo de pano. Dê um meio nó (como o primeiro nó da amarração do tênis), coloque um pedaço pequeno de madeira no meio do nó (lápis por exemplo) e dê um nó completo sobre a madeira. Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia, quando parar fixe o pedaço de madeira. Marque na testa da vítima ou em lugar visível, a hora e os minutos da aplicação do torniquete. Mantenha o torniquete a descoberto e em observação. Desaperte gradualmente a cada 10 ou 15 minutos. Conserve-o frouxo no lugar, quando cessada a hemorragia. Aperte-o novamente, se necessário. Indicações: O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como: Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples. Riscos: lesões nervosas, dor, síndrome compartimental, lesões por pressão, queimaduras químicas e necrose tecidual. Lesões mais graves, incluindo trombose venosa profunda, dano térmico aos tecidos, lesões isquêmicas graves e rabdomiólise. • Descreva medidas auxiliares e de reanimação na avaliação secundaria do trauma das extremidades. • Descreva detalhadamente o tratamento da fratura exposta. O tratamento inicia-se pelo desbridamento o mais completo possível, na sala cirúrgica, seguido pela irrigação abundante. A fixação da fratura é o passo seguinte e é feita muitas vezes com o fixador externo para as fraturas mais graves e com haste intramedular para as mais leves. • Defina rabdomiólise. Descreva: Definição: Rabdomiólise é uma doença caracterizada pela destruição das fibras musculares. Conforme os tecidos musculares são acometidos, diferentes substâncias são liberadas na corrente sanguínea, afetando rins e sistema urinário, causando mais sintomas para o indivíduo. Fisiopatologia: A função muscular esquelética normal depende da troca adequada de eletrólitos, metabolismo adequado da adenosina trifosfato (ATP) e membrana plasmática intacta dos miócitos. Na rabdomiólise, esses processos são interrompidos, resultando na ruptura do músculo esquelético. Manifestações: A rabdomiólise se caracteriza por necrose muscular, que resulta na libera- ção para a circulação de constituintes do músculo, entre eles a mioglobina. Tipicamente, a rabdomiólise se apresenta com mialgia, fraqueza muscular e urina escura. 7 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI Tratamento: O tratamento é bimodal: direcionado à etiologia subjacente + hidratação vigorosa. Isso porque a toxicidade renal é uma das complicações mais temidas. Além disso, é indicada reidratação venosa com objetivo de diurese de 300 ml/h, o que pode exigir infusão de até 1,5 L/h de líquidos. • Defina síndrome compartimental. Descreva: A síndrome compartimental(SC) diz respeito ao aumento da pressão intersticial sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento osteofascial fechado, podendo comprometer vasos, músculos e terminações nervosas provocando lesão tecidual.Os compartimentos mais afetados são aqueles que possuem uma menor capacidade elástica de seus ossos e fáscia. Embora seja mais frequente nos membros (devido a formação de compartimentos pela fáscia que envolve os grupos musculares), pode ocorrer em outros locais, como o globo ocular (glaucoma), na cavidade intracraniana, na cavidade abdominal e nos rins. Manifestações: Podem apresentar-se de quatro a seis horas após a lesão, ou em uma forma mais tardia, depois de 48-96 horas. Sendo a dor desproporcional à lesão, dor aos movimentos ativos e passivos do grupo de músculos dentro do compartimento, palidez, enchimento capilar prejudicado, parestesia e ausência de pulso os principais achados clínicos. A dor é um sinal precoce e não deve ser ignorada, sendo caracterizada como pulsante ou em queimor, progressiva e persistente, profunda e que não alivia com medicação analgésica. A dor também não diminui com a imobilização do membro. A parestesia pode ser um sintoma mais tardio e é geralmente descrita como uma sensação de queimação, e reflete sofrimento nervoso. O edema do membro é evidente, brilhante, duro e quente. Outros sinais tardios incluem paralisia, devido à prolongada compressão de nervos e danos musculares irreversíveis, palidez e ausência de pulso. A ausência de pulso pode ser verificada na palpação ou com doppler, e sua existência não é necessária para o diagnóstico da síndrome compartimental. Ao exame físico ainda podemos encontrar equimoses e flictenas. Tratamento: Após realizar o diagnóstico, devem ser retirados curativos ou talas que possam estar contribuindo para o surgimento do quadro. Se não houver melhora, a descompressão deve ser realizada urgentemente. Ainda, é importante proceder à elevação do membro ao nível cardíaco, com uma contenção elástica e gelo. Habitualmente, a descompressão é realizada por meio de uma fasciotomia, ou seja, a abertura cirúrgica da fáscia que inclui uma incisão alargada da pele, do tecido celular subcutâneo e da fáscia muscular em toda a sua extensão e em todos os compartimentos envolvidos, a fim de libertar os tecidos moles comprimidos e aumentar o volume muscular provocando, deste modo, a redução imediata da pressão intracompartimental e o restabelecimento da perfusão das estruturas contidas nesse compartimento. A ferida cirúrgica fica, então, aberta e vai sendo progressivamente encerrada, consoante o grau de edema e tensão dos tecidos moles. Também pode ser realizada uma fasciectomia, que seria a retirada da fáscia ao invés de apenas abri-la. Sempre quando é a feita a fasciotomia com a liberação da aponeurose, faz-se ainda uma dermotomia, pois a pele nesse caso pode atuar como um torniquete impedindo a expansão dos tecidos. A conduta pós-operatória mais importante será a prevenção das complicações. A posição neutra do membro afetado é a mais indicada, pois permite que a perfusão permaneça adequada. É sempre importante observar os sinais vitais do paciente, principalmente no controle da pressão, corrigir a hipoperfusão com soro fisiológico e se necessário coloides. O manitol pode ser utilizado para reduzir a pressão do compartimento e diminuir o prejuízo da reperfusão. • Defina fasciotomia, cite indicações. A fasciotomia é um procedimento cirúrgico realizado como tratamento da síndrome compartimental. O método tem como objetivo aliviar a pressão nos 8 ROTEIRO DE ESTUDO EMERGÊNCIAS CIRÚRGICAS TRAUMA DE EXTREMIDADES VERENA FACCHINI músculos quando ela aumenta demasiadamente e impede que chegue sangue no músculo, situação esta que provoca isquemia e necrose nos membros. • Defina ligadura elástica, cite indicações. Fechamento de fasciotomia. • Explicar como é realizada uma arteriografia. A arteriografia, também conhecida por angiografia, é um meio de diagnóstico que permite observar a circulação de sangue e os vasos sanguíneos de uma determinada região do organismo, para que se possam identificar possíveis alterações ou lesões, que estejam a causar determinado sintomas. • Explicar detalhadamente o uso do ultrassom com doppler e da arteriografia no trauma das extremidades. • Defina amputação de membros. Cite causas. A amputação é a remoção de uma extremidade do corpo. As causas mais comuns de amputação dos membros inferiores e superiores são de ordem vascular, por tumores e traumas decorrentes de acidentes em diversas situações.