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Técnica Cirúrgica

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Técnica Cirúrgica
INFECÇÃO EM CIRURGIA:
A cirurgia pode ser terapêutica ou diagnó�ica. E não se con�itui apenas do procedimento cirúrgico, mas integra a 
propedêutica médica, diagnó�ico, indicação e conveniência operató�a, assim como os cuidados pré, per e pós-
operató�os.
A técnica operató�a divide-se em fundamental ou especializada. A fundamental consi�e no conhecimento do 
ambiente cirúrgico, dos in�rumentos, assepsia, �os e técnicas básicas e a especializada consi�e nas manobras e 
incisões especí�cas. 
Para que o procedimento utilize uma técnica atraumática é necessá�o que haja uma coordenação entre as equipes, 
delicadeza, uso de mate�al cirúrgico especí�co, simplicidade e objetividade e uma operação atraumática para 
minimizar danos aos tecidos decorrentes do procedimento e uma futura respo�a in�amató�a
Deve-se e�abelecer uma e�ratégia cirúrgica pré (avaliação do paciente), pe� e pós operató�a, traçando um 
planejamento desde o momento de diagnó�ico e indicação do procedimento, até a sua realização e alta hospitalar. 
Também deve-se e�abelecer a execução desse planejamento, a tática, que ocorrerá de forma padronizada e 
coordenada em vi�a do objetivo �nal. OBS: Tática é diferente de técnica. 
O procedimento pode ser classi�cado a partir do porte, infecção, tempo e complexidade.
PORTE: 
1. Pequeno: Rápida, pequena profundidade, pode ser realizada em regime ambulato�al e simples. Exemplo: Cirurgia em 
pele, biópsia de linfonodo, dissecção venosa ( Também chamada de �ebotomia, consi�e em pequena intervenção 
cirúrgica para proporcionar a visualização e acesso à uma veia, feito a quando veia pe�fé�ca ou veia central não 
podem ser alcançadas por uma venóclise), cantopla�ia ( Realizada com ane�esia local na base do dedo, é removido o 
canto da unha verticalmente até a mat�z, sob a pele, para que não cresça mais para os lados), exérese de sinais, 
traqueo�omia, punções sobre órgãos ou cavidades naturais.
2. Médio: Necessita de internação, e o tempo no centro cirúrgico va�a entre 1-2 horas. Alguns podem ser feitos em 
regime ambulato�al e outros em centro cirúrgico, com internação hospitalar.Exemplos: Colecis�e�omia 
(procedimento para a retirada de vesícula), herniorra�a (procedimento para reparo de hérnias que pode usar malha 
sem tensão ou sem uso de malha), va�zes (�ebe�omia de t�butá�as), RTU (Ressecção transuretral da pró�ata, por 
via uretral), correções e�éticas, nascimentos, etc.
3. Grande: Dura vá�as horas, mais de um órgão, grande incisão, grande profundidade e grande sangramento. Também 
pode de grande porte se for decorrente de procedimentos combinados, quando duas ou mais enfermidades são 
tratadas no mesmo ato operató�o. Exemplos: Cirúrgias cardíacas, aorta, bypass, ga�re�omias (retirada de parte ou 
total do e�ômago, para tratar tumores por exemplo), pânreas, transplantes, cérebro, entere�omia ( retirada de 
segmento do inte�ino delgado)
3° causa de infecção hospitalar
38% das infecções ocorrem no próp�o sítio da cirurgia
1.Limpa: Cirurgia eletiva; fechada p�ma�amente; não traumática nem infe�ada; sem in�amação; não drenada; sem 
penetração nos tratos.
2.Potencialmente contaminada: Cirurgia ocorrer com penetração controlada dos tratos e sem a contaminação natural do 
método; casos de apendice�omia (sem necrose ou perfuração); a penetração em orofa�nge, no trato biliar, na vagina, sem 
evidência de infecção; quando, em cirurgias limpas, ocorrem falhas menores na técnica asséptica; e presença de dreno;
3.Contaminada: Quando apresenta fe�das traumáticas, abertas, recentes (menos de 6 horas); contaminação grosseira da 
fe�da cirúrgica a partir do trato ga�rointe�inal; penetração em trato genitu�ná�o ou trato biliar na presença de infecção 
e falha maior na técnica asséptica;
4.Infe�ada: Quando também há fe�da traumática, aberta e antiga (mais de 6 horas); Presença de tecidos desvitalizados, 
corpos e�ranhos, contaminação fecal e presença de pus no sítio cirúrgico.
A fe�da pode ser super�cial ou profunda. A super�cial na pele e tecido subcutâneo e a profunda na fáscia e musculo e 
intra-abdominal (abaixo da camada muscular).
A infecção no centro cirúrgico pode ser na:
OBS: O abcesso e o enpiema são coleções purulentas. Mas, o enpiema ocorre em cavidades pré-exi�entes e o abcesso 
ocorre em um espaço c�ado para que ele se forme. Se há pus livre na cavidade: piope�tonio, empiema na cavidade 
abdominal, mas se espaço for delimitado e �car bloqueado é abcesso cavitá�o/abdominal.
QUEM CAUSA ESSAS INFECÇÕES:
P�ncipalmente por ruptura do TGI, falha da técnica asséptica, contaminação da parte di�al para proximal. A infecção pode 
ter fonte endógena ou exógena. 
A infecção consi�e na relação entre meio nut�ente, patógeno e a respo�a in�amató�a do hospedeiro, o qual possui 
defesas mecânicas (curativo com clorexidina ou ba�e�o�ático, antissepsia, PELE), imunes especí�cas ou inespecí�cas.
FATORES DA INFECÇÃO:
1. Inicisional super�cial: Na pele
2. Inicisional profunda: Fáscia/músculos
3. Espaços ou órgãos intracavitá�os: Pode ser um abcesso intra-adbominal. 
1. Mecânicas- Física, química, ecológica e imune.
ANTIBIOTICOPROFIXALIA
-Morbidade
-Tempo de hospitalização
-Cu�o
-Carga microbiana
Não é utilizado sempre. 
O antibiótico mais usado é a cefazolina (1-2g).
A pro�laxia é feita para fe�das potencialmente contaminadas e para as limpas não há indicação, a menos que coloque uma 
tela/prótese.
Para fe�das contaminadas ou infe�adas o ATB é para terapia, visando tratar a infecção. 
OU SEJA: A Antibioticopro�laxia cirúrgica se refere à prevenção de complicações infecciosas pela admini�ração de um 
agente antimicrobiano efetivo antes da exposição a contaminação durante a cirurgia. A antibioticopro�laxia de sucesso, 
requer liberação do agente antimicrobiano em concentrações efetivas no sítio operató�o antes que a contaminação ocorra. 
De acordo com a literatura atual, o benefício do uso da antibioticopro�laxia antes de cirurgias não-limpas e naquelas com 
implantes é inque�ionável. Quanto à duração, os guias de�nem claramente o período máximo de duração de�a medida 
como 24hs, pois não há benefício ou redução da frequência de ISC pela manutenção da antibioticopro�laxia por período de 
tempo supe�or. Ainda que na presença de drenos, não e�á indicada a extensão do uso da antibioticopro�laxia.
No tocante a escolha da droga a ser utilizada, deve-se selecionar os agentes com base no procedimento cirúrgico, nos 
patógenos mais comumente implicados nas ISC relacionados ao procedimento e nas recomendações da literatura vigente
-Eletiva: Pode ser marcada, não necessita fazer em poucos dias, conforme desejo do paciente e sua comodidade, assim 
como a do cirurgião; Como a colescsi�e�omia, herniorra�a, va�zes, RTU.
-Urgência: Deve ser iniciada nas próximas horas ou dias após a indicação. Exemplo: ob�rução inte�inal, perfuração de 
úlcera péptica,apendicite. 
-Emergência: Início imediato, pois ameaça a vida do paciente. Exemplos: Sangramentos ativos, rotura de víscera oca, rotura 
de aneu�sma, fe�mentos cardíacos, ruptura de órgãos maciços como fígado e baço.
Pré-operató�a: Escovação; preparo com a pele. 
Pe�-operató�a: Ve�imenta+campo+luvas; Técnicas assépticas.
Paciente: Idade, tabagismo, diabetes, obesidade, doença preexi�ente, tempo de internação, infecção em outro sítio, 
má-nut�ção, malignidade, alcoolismo, e�eróides e colonização nasal com Staphy. aureus.
Mandamentos da pro�laxia- Condon e Wittmann: usar antibióticos para os MO mais comuns daquele local. 
Objetivos: Tipo de ATP, �sco de infecção, dose e horá�o aprop�ado e efeitos colaterais.
Alergia a penincilina: clindamicina ou vancomicina
TGI: Aztreonam+clindamicina ou metronidazol
ATB tópicos para cirurgia local de pequena incisão: creme, gel. 
Quanto à necessidade de sua realização, no que se refere ao tempo decor�do após a sua indicação: Pode ser eletiva, 
de urgência ou de emergência.
Nomeclatura:
3 su�xos importantes:
tomia: Corte, secção, divisão.
Stomia: c�ação de abertura ou comunicaçãoentre dois órgãos ou entre órgão e a pele.
E�omia: ressecção, retirada, excisão.
Termos no pe�-operató�o: Apresentar, reparo, descolar, gaze montada, campo operató�o e plano anatômico.
Campo operató�o: Local onde se realiza o procedimento cirúrgico, englobando a via de acesso e a área especi�ca em que 
vai-se atuar
Quanto à complexidade: Pode ser simples (Fácil de executar, com etapas padronizadas) ou complexas ( procedimento 
delicado e de �sco, demorados e que exigem habilidade e expe�ência).
Apresentar- É a exposição do órgão/local em que será realizado o ato operató�o.
Reparo- Auxiliar ou médico segura ou evidencia os �os de sutura ou tecido/órgão com auxílio de in�rumentos para 
facilitar a intervenção.
 Descolar- O mesmo que dissecção.
Gaze montada- Colocação da gaze na porção operacional da pinça para realizar a limpeza do campo operató�o. 
Plano anatômico: Refere-se ao plano correto para dissecção de tecido/órgão em que se e�á trabalhando, observando 
menor sangramento. 
Assepsia, paramentação, equipe cirúrgica, local da operação:
-Ventilação isolada, com ar central e pressão positiva.
-Iluminação: Não pode haver formação de sombras e re�exo, gerar o mínimo de calor possível e impedir o acúmulo de 
sujidades.
Desinfecção: é o processo pelo qual se de�roem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se 
inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessa�amente de�ruídos. Artigos críticos, semicríticos e não-críticos. 
Centro cirúrgico (CC): É um ambiente calmo e isolado. Para cada 50 leitos, um centro cirúrgico (sempre arredondar 
para mais) ou regra de especialidade (a cada 15 leitos um centro cirúrgico). Deve-se usar uma ve�imenta especí�ca. 
É dividido em áreas, re��ta, semi-re��ta e não re��ta; As paredes são arredondadas, lisas, com cores neutras e 
foscas. Os pisos são antiderrapantes, lisos, não porosos e resi�entes e as portas são geralmente de correr, janelas de 
vidro ou plá�ico.
Assepsia: O que quer ser atingido. Ambiente e�é�l. 
Antissepsia: Meios para combate da sepsia.
- Não crítico: Entra apenas em contato com a pele do paciente. Termometro, lençol, maca, re�etor, cadeira, armá�o, raio-x, 
mesa cirúrgica, avental, superfícies mobiliá�as.
 -Semi-crítico: Mate�al que entra em contato com mucosa integra ou pele não integra (regiões mais profundas, 
intravasculares).Mate�al para assi�ência ventilató�a, espéculo otológico e circuitos. Ex.: se�nga de ar, alta rotação, micro 
motor, brocas, moldeiras, la�ngoscópios, endoscópios. Faz-se desinfecção (eliminação de formas vegetativas exi�entes em 
superfícies inanimadas) ou e�e�lização 
-Crítico: Pele não integra -Agulhas, in�rumentos cirúrgicos e soluções injetáveis. Ex.: agulhas de ane�esia e de sutura, 
lâminas de bi�u�, mate�ais pe�odontais, cateteres utilizados para inserção em cavidades e�éreis, dispositivos 
implantáveis (próteses, parafusos e placas de cirurgias ortopédicas). 
- A desinfecção pode ser de alto nível, nível intermediá�o e baixo nível. - Deve-se realizar limpeza manual/mecânica antes 
da e�e�lização ou desinfecção. Podem, para isso, serem utilizados diversos artigos (ver tabela). P�ncipais desinfetantes 
hospitalares: álcool 70%, cloros e compo�os clorados, formaldeído aquoso, de�vados fenólicos, glutaraldeído e quaterná�os 
de amônia.
E�e�lização é feita em artigos críticos ou semi críticos, usando meios físicos : 
- Calor úmido 121-134°C: Fervura ou autoclave. 
- Calor seco 180°c por 30 min, 170°C por 60 min ou 160 por 120min. E�ufa, �ambagem e fulguração. 
- Radiação ionizante, �ltração); Ou meios químicos (óxido de etileno, formaldeído ou plasma de peróxido de hidrogênio). 
Na utilização de e�ufas a temperatura deve-se manter con�ante, além de evitar ab�r a e�ufa antes do tempo vencer
Anti-sépticos: Há os ba�e�cidas, ba�e�o�áticos, duração prolongada, baixo cu�o, baixa reação de hipersensibilidade.
1. Iodo: Penetra na parede celular, mas causa muita reação. 
2. Iodóforo: Combinação com iodo, menos toxicidade. PVPI, degermante, alcóolico, aquoso. Não deve mi�urar com 
clorexidina.
3. Hexaclorofeno: Ba�e�o�ático, menos duradouro. 
4. Clorexidina: De�ruição da mp, largo espe�ro e duradouro, baixa toxicidade, alta a�nidade com a pele, efeito 
cumulativo, não usar em globo ocular e ouvido.
5. Álcool: Desnaturação das proteínas, pode ser associado a clorexidina ou iodopovidine.
6. Paraclorometaxilenol (PCMX): De�ruição da parede celular, degermante para lavagem das mãos.
7. T�closan: Ação lenta, degermante para lavagem das mãos.
EQUIPE CIRÚRGICA:
Para higiene pessoal: Equipe do CC não deve usar adornos, unhas limpas, banho, uso de touca, propés, máscara, avental, 
realizar a lavagem das mãos; 
-Na mesa pode �car em decúbito dorsal/posição supina ou em trendelenburg. A posição supina é mais utilizada, atrapalha 
menos o ane�esi�a, é mais anatômica, possui mínimos efeitos sobre a circulação e função pulmonar e possibilita vá�as 
modi�cações, como cabeceira elevada, uso de coxins no dorso, �xação dos membros supe�ores ao longo do corpo ou 
abertos. Em operações longas devem ser aplicados redutores de pressão sob essas áreas.
 Já a posição trendelenburg é mais para abdomen infe�or e para uma abordagem pélvica,e ginecológica, maiores chances 
de complicalções, como aumento da pressão venosa central, edema pulmonar, atele�asia, pvc e di�culdade de identi�car 
hipovolemia, sangramentos que podem ser mascarados. As vezes esse posicionamento é adotado para melhorar perfusão 
A escovação cirúrgica pode ser raealizada com uso de clorexidina, álcool, iodóforo, em um tempo médio de 5 minutos, 
entre cirurgias 3 minutos. Após a escovação, devemos secá-las. Po�e�ormente colcoar o avental cirúrgico, colocar as 
luvas e�éreis. Após o procedimento retirar luvas e avental.
O posicionamento do paciente objetiva facilitar o acesso e a exposição, melhorar a forma de executar, além de não 
di�cultar a respiração, não comp�mir ou e�ender as terminações nervosas ou vasos, não deixar membros 
pendentes. 
cerebral, quando pressão cai repentinamente. Pode ser feita a posição trendelenburg reversa ou proclive, com a cabeça 
ainda acima dos pés. Outras va�ações também são possíveis. 
O paciente também pode �car em decúbio lateral (Indicada para abordagem dos �ns, adrenais, pulmões e quad�s, é 
ob�gató�o o uso de equipamento para segurar paciente nessa posição, travesseiro para alinhar cabeça com a coluna e 
entre as pernas para diminuir pressão nos pontos ósseos).
A posição decúbito ventral interfere muito na mecânica respirato�a, indicada para operações na coluna, sacro, cóccix, 
adrenais e anorretais, geralmente usa-se a e�rutura de wilson, facilita acesso em e�ruturas da coluna torácica e lombar 
e melhora o movimento do diafragma. A e�rutura de wilson pode ser acoplada à mesa para possibilitar a expansão do 
pulmão e a movimentação do diafragma.
OBS: A ane�esia e demais procedimentos são feitos com o p� em decúbito dorsal e, só depois, o p� é po�o em decúbito 
ventral.
Mesa de Wilson
Há também a posição de Kraske:
A posição de Kraske é uma va�ante do decúbito ventral, indicada para procedimentos anorretais e na região glútea.
A litotomia ou ginecológica é usada em procedimentos pe�neais, ginecológicos, ob�ét�cos ou anorretais. É a va�ação mais 
extrema do decúbito dorsal.
Fowler modi�cada ou sentada: Usada para plá�icas faciais e torácicas. A pressão no dorso e glúteo aumentam, deve-se 
por acolchoamento extra nessas regiões para diminuir pressão sobre o nervo ciático. 
Posicionamento da equipe: Cirurgião �ca a direta do paciente, a menos que o alvo do ato cirurgico e�eja na esquerda
Os mate�ais devem ser acondicionados nas mesas de Mayo e auxiliar, sendo divididos conforme os tempos cirúrgicos de 
diérese, hemo�asia, síntese, exérese, in�rumentos auxiliares (como pinças anatômicas com e sem dente)e afa�adores. Na 
mesa auxiliar deverão e�ar os campos, as compressas cirúrgicas, ponta do aspirador, caneta de bi�u�, in�rumentos de 
exérese,afa�adores, sondas e aqueles usados com menor frequência. Os �os deverão ser oferecidos por circulanre de 
sala, um a um, evitando desperdício, os ob�gatóros e�arão sobre a mesa.
A altura da mesa operató�a também deve ser aju�ada de acordo com os membros da equipe cirúrgica. O campo cirúrgico 
deve �car abaixo dos cotovelos, possibilitando conforto e mobilidade.
LOCAL DA OPERAÇÃO 
No local da cirurgia pode ser necessá�o realizar t�cotomia, preparo da pele com soluções anti-sépticas e colocação 
campos cirúrgicos ou coberturas cirúrgicas.
Para �xar o campo cirúrgico utilizamos a pinça Backhaus e para pintar o campo cirúrgico usamos a Cheron e a Pean.
-Situações especiais: Espaços interdigitais, e�omas, órgãos genitais, procedimentos ob�ét�cos, ânus, membros, local de 
desb�damento (feito quando há traumatismo externo por contusão ou queimaduras, podendo ser necessá�a a retirada de 
mate�ais e�ranhos ou desvitalizados e,depois, proceder com a anti-sepsia padrão. 
Campos: Em membros a paramentação e isolamento do membro especí�co a ser operado;
Cervical- posição semelhante (deve ser amplamente limpa)
O campo fene�rado deve ser preso por pinças, geralmente é a de Backhaus ou �o de nylon, incluindo ou não a pele. (a 
inclusão não é recomendada).
T�cotomia: Deve ser realizada até 2 horas antes da cirurgia, feita com lâminas ou barbeadores elét�cos apenas no 
local da incisão ou ainda por depiladores químicos que podem e�ar associados a reações de iperssensibilidade, 
realizada por pessoas treinadas e usando mate�al e�é�l ou de uso único, uso de luvas, a pele deve ser lavada com 
água e são antimicrobiano. 
Preparo da pele: Objetiva a eliminação da maior parte dos MO no local da incisão e em suas áreas adjacentes.Deve 
ser iniciado após a liberação do ane�esi�a, etapa seguinte a paramentação e divide-se em 2 fases: degermação 
e anti-sepsia. Na degermação deve-se lavar o campo com esponja, ou compressa ou com escova usando solução 
anti-séptica degermante, feita de corma centrífuga. Cuidado especial com o umbigo, nunca retornar para área 
central com gazes ou compressas e realizar de maneira centrífuga, circular ou lateralizada. Depois a anti-sepsia 
é feita pelo cirurgião ou 1 auxiliar através da gaze montada (para isso, usa-se pinça colllin, pean-murphy, kocher, 
cheron e foer�er. 
FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS MEMBROS DA EQUIPE:
Idealmente o cirurgião deve�a trabalhar com a mesma equipe sempre, para compreensão recíproca entre os membros, 
tornando o ato operató�o mais e�caz.
A equipe cirúrgica é formada pelo cirurgião, p�meiro e segundo auxiliares ou assi�entes (as vezes um terceiro auxiliar), 
ane�esi�a, in�rumentador e circulante de sala. No caso de procedimento sob ane�esia local, a equipe pode prescindir de 
um ane�esi�a, mas se for um procedimento de grande porte (como transplante), pode-se precisar de 2 (muitos 
parâmetros para monitorar).
O cirúrgião deve ser capaz de assimilar novas técnicas em det�mento de outras já ultrapassadas, exercitar capacidade 
minuciosa de observar todos os detalhes da operação e atos da equipe. O ambiente deve dispor de boa iluminação, boa 
ref�geração, bom in�rumental e boa equipe.
O improviso faz parte da tática cirúrgica, mas não pode se tornar uma regra. 
Não se deve realizar um procedimento sem pleno conhecimento anatômico da região, da doença do paciente e da técnica 
operató�a.
Deve-se manter a limpeza do campo e da mesa operató�a e não desperdiçar mate�al cirúrgico. Ao usar um in�rumento, 
logo deve ser devolvido ao in�rumentador.
Não perder tempo desnecessá�o no ato cirúrgico e não querer ser mais veloz do que as condições permita. 
O cirurgião deve ser autocrítico e ter responsabilidade, buscando reconhecer eventuais deslizes técnicos cometidos.
O p�meiro auxiliar ou assi�ente geralmente é responsável pelo preparo pré-operató�o imediato na sala, por realizar a 
anti-sepsia e colocação dos campos operató�os, intervém con�antemente ao enxugar o sangue, colaborar para 
hemo�asia, reparo e corte de �os, uso de afa�adores,etc. Simpli�ca as manobras do cirurgião. Deve ser capaz de assumir 
procedimento em andamento se o cirurgião não puder de forma súbita.
O segundo auxiliar tem papel quase sempre passivo, mas sempre deve e�ar atento ao desenrolar da operação. Deve ajudar 
nas manobras de afa�amento, mantendo afa�adores colocados no lugar, dar liberdade ao 1 auxiliar, sub�ituir o 1 
assi�ente ou in�rumentador se necessá�o. Não pode pedir in�rumentos. 
O ane�esi�a faz a visita pré-ane�ésica para ve��car condições clínicas do paciente e da operação propo�a, inteirar-se 
sobre a e�ratégia cirúrgica, garantir via adequada para infusão IV e controle da PA e outros parâmetros , prezar pelas 
A prevenção e controle de infecção operató�a pode ser feita por 
observação da ventilação, superfíies, redução do número de 
pessoas na sala de operações, redução das correntes de ar na SO, 
paramentação adequada, planejamento adequado do �uxo de 
mate�ais, pessoas e equipamento. 
O si�ema de ventilação controla a temperatura e a umidade da 
sala, odores, exau�ão de gases ane�ésicos (tóxicos ou 
in�amáveis) e o controle de infecção pela diminuição da 
concentração microbiana no ar. 
Pode haver no campo operató�o duas equipes, como em captação de órgãos tóraco-abdominais para transplante. Em 
procedimento de menor porte, usa-se apenas o auxiliar e pode-se dispensar a presença de in�rumentador, como 
ocorre também em pequenos hospitais em que não se pode contar com a presença de um in�rumentador. Ou seja, a 
conformação da equipe pode mudar a depender do porte e do hospital. 
funções vitais do paciente, avaliando perdas sanguíneas e outras descompensações, cuidados na recuperação pós-
ane�ésica.
FIOS PARA SUTURA
São usados durante uma operação com �nalidade hemo�ática (ligadura ou laqueadura dos vasos sanguíneos) e para 
sutura (em diferentes órgãos e planos anatômicos).
-Sutura: União das bordas de uma fe�da com �os especí�cos para promover uma melhor e mais rápida cicat�zação. Os 
�os são usados até consumar o processo natural da cicat�zação. 
Algumas cara�erí�icas usadas para classi�car os �os são fatores decisivos para saber em que tecido ou situação utilizá-
los. 
ORIGEM DOS FIOS CIRÚRGICOS: 
Os naturais são tradicionalmente mais usados, mas os sintéticos geram menor reatividade tecidual, sendo mais usados 
atualmente.
ASSIMILAÇÃO PELO ORGANISMO: Absorvíveis e não-absorvíveis.
-Absorvíveis: Alguns são absorvidos em curtíssimo tempo, como categue simples (sete a dez dias), em curto tempo , como 
o categue cromado (15-20 dias), tempo médio, como ácido poliglicólico e poligla�ina (50-70 dias), moderado tempo (90-120) 
e longo tempo, como polidioxanona (90-180 dias) ou poligliconato (150-180 dias).
-Não-absorvíveis: �cam inde�nidamente nos tecidos podendo ser encapsulados (formação de tec �broso em sua volta), 
mas não dige�dos. Algodão, linho, nylon, polipropileno, seda, polié�er, seda, aço inoxidável, etc. Alguns são biodegradáveis a 
1. O�gem do mate�al para sua fab�cação: Biológicos ou naturais; Sintéticos. 
2. Possibilidade de assimilação pelo organismo: Absorvíveis e não-absorvíveis.
3. Prop�edades físicas: Con�guração básica, capila�dade, calibre, força tênsil, força do nó e memó�a.
4. Manuseio: Flexibilidade. coe�ciente de f�cção, arra�o tecidual e visibilidade do �o no campo operató�o.
5. Desencadeamento de reação tecidual: reação celular in�amató�a e �brosa, potencial para desenvolvimento de 
infecção e alergia, e facilidade para e�e�lização.
Biológicos ou naturais: O�undos de vegetais (algodão e linho), o�undos de animais (categuete, vem de inte�ino de 
ovino ou bovino, colágeno e seda, do casulo da larva do bicho da seda).
Sintéticos: Nylon (poliamida), dacron (polie�er), polipropileno (poliole�na), ácido poliglicólico, poligla�ina e polidioxanona.
Metálicos: Aço inoxidável.
longo prazo , como nylon (20% degradação ao ano) e seda (absorvido por fagocitose em 2 anos).
PROPRIEDADES FÍSICAS:
-Geralmenteos mono tem menor potencial para desenv de infecções, mas devem ser manuseados com delicadeza, pois a 
pinça pode enfraquecer. . Os multi são vulneráveis a força de cisalhamento, tendendo à ruptura.
-Os multif tem maior capila�dade que o mono. O categue tem a maior capila�dade e o polie�er quase não exibe esse efeito.
-Os �os de menor diâmetro sãu usados em microcirurgia e os de maior diâmetro para síntese de tecido ósseo. Ao 
aumentar o diâmeteo há aumento da resi�ência e força tênsil (mas não há ganho ao usar �o com maior força tênsil do 
que a necessá�a para a sutura do tecido que e�á sendo empregado). Deve-se escolher o �o mais �no possível para o 
tecido, utilizando menos tecido e�ranho ao organismo. 
-Maior força tênsil: Aço inoxidável
-Menor força tênsil: Biológicos, como categute, algodão, linho e seda.
Os �os sintéticos e�ão entre esses extremos.
Os �os podem ser mono�lamentares ou multi�lamentares. O 1 tem apenas 1 �lamento e é menos maleável (categue 
simples e cromado, polidioxanona, coláeno, seda nylon, polipropilen, polié�er, aço inoxidável) e o 2 tem vá�os 
�lamentos, são mais �exíveis e mais fáceis de manusear, são mais traumatizantes e ásperos ao passar pelo tecido, 
podendo gerar arra�o tecidual, como algodão, linho, seda, nylon, polie�er, aço, ac poliglicolico, polligla�ina.
Absorção de liq (capacidade de reter líquido) e capila�dade (forma como líquido absorvido se propaga pelo �o, 
propiciando carreamento de MO). In�uenciam no surgimento de infecção.
Diâmetro: Há os de maior diâmetro (1, 2, 3, 4, 5 e 6, sendo o último com maior diâmetro) e o de menor diâmetro (00 
ou 2-0, 000 ou 3-0, 4-0, 5-0 ... 12-0, que é o de menor diâmetro.
Força ou resi�ência tênsil: Para que a e�rutura anatômica suturada possa resi�ir aos e�ímulos mecanicos habituais 
a força tênsil do �o deve ser mantida até completar o processo de cicat�zação. Essa força tênsil vence a resi�ência 
(força ofe�cida pelos tecidos opo�a a junção). Quanto maior a força tênsil de um tecido menor o diâmetro 
necessá�o.
É a força necessá�a para que nó não sofra processo de deslizamento ou ruptura. Conhecida como resi�ência tensil efetiva. 
Quanto menor o coe�ciente de f�cção maior a chance de desfazer um nó. 
-Em uma sutura a parte mais fraca é o nó e não as extremidades tracionadas.
-Os não absorvíveis monof possuem o menor coe�ciente, exigindo muitos seminós, aumento a quantidade de corpo 
e�ranho no corpo. 
-Nós que não são bem �xados permitem deslizamento, comum em todos os nós, mas mais frequentes em alguns �os 
monof sintéticos. 
-Fixação é in�uenciada por condição do mate�al, comp�mento das extremidades seccionadas e sua con�guração 
e�rutural. 
-Quanto mais e�irado menor a tendência ao retorno à forma o�ginal.
-Quanto maior for a memó�a do �o maior será a sua �gidez, mais difícil o manuseio e menor a segurança do nó realizado 
com ele (maior tendência ao deslizamento).
-Os �os de nylon e polipropileno mono�lamentares exibem mais esse fênomeno. Por isso, devemos adicionar seminós para 
conseguir segurança contra o deslizamento. No mínimo de 5 a 7 seminós para que ele não se desfaça, dando segurança à 
sutura. 
MANUSEIO
Nesse quesito importa a �exibilidade, coe�ciente de f�cção, arra�o tecidual e visualização do �o no campo operató�o. 
-Relaciona-se com a pla�icidade e ela�icidade e memó�a de um �o. 
Força e segurança dos nós: 
Memó�a: é a capacidade inerente de um mate�al retornar à sua forma o�ginal, depois de deformado, relacionando-
se com a pla�icidade e ela�icidade. A pla�icidade é a capacidade de expansão quando submetido a tração para 
e�iramento e a ela�icidade é a capacidade de voltar a fora e comp�mento o�ginais quando e�irado. 
Flexibilidade e facilidade de manuseio: Relacionada a �gidez do �o para sutura. O mais difícil é o de aço inoxidável 
(fere paciente e equipe) e o mais fácil é a seda. 
CARACTERÍSTICAS RELATIVAS À REAÇÃO TECIDUAL
-Os �os absorvíveis (p�ncipalmente naturais) causam reação maior que os não absorvíveis (COMO NYLON, AÇO E 
POLIPROPILENO, QUE GERAM MÍNIMA REAÇÃO, E ELA É MAIOR COM LINHO, SEDA E ALGODÃO). Os absorvíveis sintéticos causam 
pouca reação tecidual. A reação persi�e até ser encapsulado ou absorvido.
2.Absorção x não-absorção: A absorção ocorre por atividade enzimática ou hidrólise, surgindo a assimilação durante a 
cicat�zação. Os mate�ais não abosrvíveis resi�em à absorção, sendo encapsulados ou isolados pelos tecidos durante a 
cicat�zação. Nylon e seda são biodegradáveis em 2-3 anos.
3.Potencial para multiplicação ba�e�ana: Todos os �os diminuem a e�ciência de combate aos MO. P�ncipalemnte os multif, 
por permitirem assentamento de MO entre os �lamentos. 
4.Antigenicidade e alergenicidade: Mais antigênicos e alergênicos: categute simples e cromado e os menos são nylon, 
polipropileno, aço e de�vados do ácido glicólico.
5.E�e�lização: O �o deve e�ar dentro da validade e não pode ser reutilizado (�sco de transmissão de infecções).
PRINCIPAIS TIPOS DE FIOS CIRÚRGICOS:
Coe�ciente de f�cção: pertinente à facilidade que o �o desliza através do tecido e nós. Quanto maior, maior a 
di�culdade de deslizar, gerando maior arra�o tecidual. Quanto menor for, maior in�abilidade e segurança dos nós. 
Arra�o tecidual: Quanto mais rígico ou quanto maior o coe�ciente de f�cção, maior o arra�o tecidual e, portanto, 
maior dando ao tecido. 
Visualização do �o no campo operató�o: Cores verde,lilás, azul e preta podem ser facilmente visualizados, diferente 
dos incolores.
1. Intensidade da reação in�amató�a tecidual desencadeada: Multi�lamentares acarretam maior reação tecidual, a 
iniciar por leucócitos, depois macrófagos e �brobla�os. 
Poligla�ina- Vyc�l
ác poliglicólico- Dexon
Poliglecaprona- Monoc�l, caprofyl
Polidioxanona: PDS
Nylon é muito escorregadio, com baixo coe�ciente de f�cção (nós desprendem facilmente), é rígido, pouco �exível, com 
alta memó�a.
ESCOLHA DO FIO CIRÚRGICO
O �o deve ser �exível, mo�rar resi�ência à tração e torção, ter fácil manuseio, apresentar calibre �no e regular, facilitar 
nó cirúrgico, desencadear pouca reação tecidual, ser e�e�lizável, não servir como nicho para infecções, ter baixo cu�o. 
Eles devem ser selecionados conforme as suas cara�erí�icas e prop�edades que apresentam.
O objetivo p�ncipal é proporcionar apoio mecânico para preservar a força de uma determinada fe�da até que surja 
su�ciente cicat�zação para suportar qualquer e�resse ou sobrecarga. Ao optar po um mate�al ou outro devemos pensar 
no grau de força necessá�o para aquele tecido e por quanto tempo ela terá que �car. O �o não deve ser mais forte que o 
tecido, e após a fe�da ganhar força de remodelação, não necessidade de mantê-la. 
ABSORVÍVEIS
→ CATEGUE: O simples pode ser empregado na sutura pe�toneal, bolsa escrotal, no períneo e na reaproximação do tecido 
muscular e tecido celular subcutâneo. Muito em usado em c�anças pq não precisa de retirada. Pode ser usado em região 
Tecidos que cicat�zam devagar (pele, tendões, fáscia) devem ser suturados com �o não absorvível ou absorvível em 
longo espaço de tempo (até 6 meses). 
Tecidos que cicat�zam rápido (e�ômago, inte�ino,bexiga) podem ser suturados com �os absorvíveis de médio 
espaço de tempo. 
palmar e plantar para o�entar a cicat�zação. Possuem sensibilidade a enz proteoliticas, nçao devem ser usados nas vias 
biliares e pancreáticas e duodeno. Provoca reação tecidual, absorção irregular, pouca força tênsil (precisa aumentar 
diâmetro), tende a afrouxar por alta capila�dade. maior taxa de infecção
→ Ácido poliglicólico: Absorvido por hidrólise química, é absorvível e sintético. Força tênsil inaltatera por 21 dias, pequena 
capila�dade e mem´�a, pouca reação in�amató�a, menor taxa de infecção. Uso em todos os tipos de tecidos: pe�toneal, 
muscular, aponeurótico, subcutâneo e pele. Em cavidade abdominal pode ser usado em ana�omoses ga�rointe�inais e 
biliodige�ivas. Pode se desintegrar por enz pancreáticas, como lipase e amilase. 
->Poligla�ina: Similar ao ante�or,é multi�lamentar. Após um mês mantém apenas 6% de sua força tênsil. Pode se 
desintegrar por enz pancreáticas, como lipase e amilase. 
→ Poliglecaprona:Sintético, mono�lamentar, absorvível, pouco arra�o, força tensil regular, pouca mem´�a.
→ Polidioxanona:Mono, absorvível, alta força tensil e duradoura. Pequena reação tecidual, Pode ser usado no si�ema 
dige�ó�o, inclusive na região pancreática.
→ Poligliconato: sintético, mono,absorvível por hidrólise, tem a melhor e mais duradoura força tênsil e a maio segurança 
em relação aos nós, pouca reação tecidual. Indicado para todos os tipos de tecidos, fechamento de parede abdominal em 
todos os planos.
NÃO ABSORVIVEIS
→ SEDA: Biológico, multi�lamentar trançado não absorvível, fácil de manusear, �exível, com pquena memó�a e força tênsil 
decai lentamente. Provoca alta reação in�amató�a, podendo potencializar infecções. Pode ser uada em suturas 
ga�rointe�inais e ligadura de vasos. Sofre biodegradação em dois dias. 
→ ALGODÃO: Biológico, multi�lamentar não absorvível, com as mesmas cara�erí�icas da seda, mas com menor resi�ência 
e maior tendência à �oculação. Leva a reação tecidual, baixa memó�a, mas alta capila�dade. Pode ser usado em 
ana�omoses ga�rointe�inais realizadas em 2 planos, ligadura de vasos sanguíneos e camadas aponeuróticas.
→ LINHO: Biológico multi�lamentar não absorvível. Também propicia o assentamento ba�e�ano, podendo gerar abcesso. 
→ NYLON: Sintético, mono ou mutli trançado, não absorvível. Causa pequena reação tecidual, boa e duradoura força tênsil, 
pouca ou nula capila�dade(exceto multi). Tem menor efeito de deslizamento, mas nós tendem a soltarem. É muito 
escorregadio, necessitando de muitos seminós e aumenta qtd de corpo e�ranho, com alta memó�a e alta �gidez. É inerte, 
pode ser usado em todo tecido, inclusive em ana�omose ga�rointe�inal e biliares. 
→ Polipropileno:Sintético, mono, não absorvível, muito liso, com coe�ciente de at�o muito baixo, causando pouco arra�o 
tecidual e liberação excelente na retirada. Praticamente inerte, pode ser usado em áreas infe�adas e causa mínima reação 
tecidual. Mas, tem alta memó�a, ela�icidade re��ta. Excelente para implantes de próteses cardíacas e ana�omoses 
vasculares, pois mantém força tênsil, pode ser usado em qualquer tecido. É mais caro que o Nylon mono. 
→ Polié�er: Sintético multi�lamentar não absorvível trançado. Tende a cortar ao passar pelos tecidos, atrás do aço é o 
mais forte dos �os, determina pouca reação tecidual, é ótimo para fechar aponeuroses, tem alto deslizamento, média 
memó�a. 
→ Aço: Mono ou multi torcido ou trançado. Tem a maior força tênsil, com a menor reação tecidual. Pouco �exível e pouco 
maleável, sendo desconfortável e não é muito durável, fragmentand-se nos tecidos. Indicado em operações ortopédicas, 
pois é bom durante a síntese óssea.
Tecidos potencialmente contaminados devem ser suturados com �o absorvívrl ou não absorvível monof.
-São preferíveis os �os agulhados em det�mento da agulha nua, prevenindo acidentes e traumas extras ao tecido, já que a 
agulha tem maior diâmetro em relação ao �o.
-Podem ser braço único (1 agulha no �o) ou duplo (duas agulhas no �o, uma em cada extremidade). A dupla é usada em 
ana�omose vascular. 
São e�erelizados por óxido de etileno ou radiação gama. 
Os �os podem ser agulhados (�os sert�x) ou não. O não-agulhado é apresentado como �o contínuo longo, enrolado ao 
redor de tubo ou como diversos �os pré-cortados (sutupak). Alguns agulhados permitem de�aque facil da agulha 
para facilitar nó cirúrgico. Se agulha for cilínd�ca terá circulo na embalagem e se for cortante será t�ângulo.
As embalagens de �os são padronizadas por cor
Fita de algodão é branca e de grande valia quando e�rutura é isolada e deve permanecer em evidência durante etapa 
do ato cirú�co.
Agulhas cirúrgicas: A escolha da agulha deve levar em consideração a espessura do tecido e o seu tipo, preferência 
do cirurgião, tamanho da sutura, localização e acessibilidade. Va�am em relação a ponta, corpo e terminação. 
Corpo da agulha/ha�e: Podem ser retas ou curvas e o seu corpo pode ser arredondado, t�angular ou achatado. 
Geralmente seguem a circunferência de um círculo ( ⅝ ,½ , ⅜ e ¼ ). A agulha reta é utilizada apenas na pele e é 
segurada por 3 dedos. A agulha mi�a ou semicurva tem ha�e reta com extremidade curva. 
Ponta das agulhas: Cortante, cortante tradicional ou t�angular, cortante invertida ou t�angular inversa, espatular ou 
hexagonal, romba, a�lada ou cilínd�ca, em lanceta e com ponta de precisão ou de diamante. As mais usadas, quanto à 
ponta e corpo, são as cilínd�cas ou redondas (secção circular), penetram por divulsão e são usadas para suturas 
delicadas como no tubo dige�ó�o e vasos sanguíneos, pode ser corpo cilínd�co e ponta romba (usada em tecidos 
pouco resi�entes, como fígado e baço). Podem ser t�angular ou espatulada, com are�as cortantes e que seccionam 
suas �bras ao penetrarem no tecido, usadas em pele e aponeuroses ou ainda podem ser mi�as com corpo cilínd�co 
e ponta t�angular. 
O�fícios ou olhos das agulhas: O�fícios das agulhas reutilizáveis, os quais podem ser únicos ou duplos e de 3 tipos 
p�ncipais: elíptico, quadrado e frânces. Os �os são montados nessas agulhas. 
NÓS CIRÚRGICOS: 
O nó consi�e no entreleçamento do �o cirúrgico, no intuito de realizar hemo�asia ou a união entre duas bordas teciduais. A 
exigência essencial é que não se afrouxe, permitindo a manutenção da oclusão vascular ou o perfeito aju�e das bordas. 
Para que isso ocorra deve-se levar em conta a força tensil do �o, o tipo de nó, o tipo de �o, o treinamento e a expe�ência 
do cirúrgião. Cada cirúrgião, a partir se sua expe�ência adqui�da, e�abalece o método mais adequado e e�ciente para a 
sua execução. 
PARTES DOS NÓS CIRÚRGICOS
Con�a de um p�meiro seminó (laçada de cotenção, que aproxima, aperta), o segundo seminó �xador (�xa o 
entrelaçamento do �o cirúrgico e impede o afrouxamento do p�meiro) e, para maior segurança, o terceiro seminó (ou até 
mais) conforme necessidade e tipo de �ov (maior deslizamento, maior wtd de seminós). 
PRINCIPIOS GERAIS PARA CONFECÇÃO DO NÓ CIRÚRGICO
TIPOS DE NÓS CIRÚRGICOS
O seminó simples (ou nó simples) é o p�meiro tempo de um nó, alcançado pela p�meira laçada, ed forma que uma 
extremidade é totalmente rodada em torno da outra. A partir dele, cinco tipos de nós são desc�tos. 
Agulha de Deschamps: É uma agulha acoplada a uma ha�e 
com pontas rombas, o �o �ca na extremidade, passado sob 
a e�rutura desejada e po�e�ormente retirado da agulha 
para que se possa realizar o nó cirúrgico. Usado em 
cirurgia geral, ginecologia, etc. 
Precisa ser de rápida e fácil execucação. 
Utilizar minimamente o �o.
Ao completar o nó, ele deve ser �rme → minimizando o deslizamento. 
Deve ter o menor volume possível para prevenir a ração tecidual excessiva e minimizar a reação tipo e�ranho;
As extremidades dos �os devem ser cortadas o mais curtas possíveis (se �o tem alta memó�a e muito deslizamento 
não deve ser cortado rente ao nó, pois ele pode desatar). 
F�cção entre extremidades dos �os devem devem ser evitadas, enfraquecem sutura. Preensão do nó/seminó com 
in�rumento cirúrgico deve ser evitada. 
Tensão excessiva pode causar quebra do �o e causar mais dando tecidual. Pode causar também isquemia tedicual. 
Após realização do p�meiro seminó, a tração em uma das extremidades deve ser mantida para não perder a laçada. 
Seminós extras (mais que o necessá�o apenas adicionam volume e não aumentam a resi�ência de um nó).
Nó Pauchet de dedo médio
Pauchet de dedo indicador
Nó do cirurgião (técnica bimanual de Pauchet)
Técnica do sapateiro (realização de nós sem a peda de tensão, pois �os �cam e�icados o tempo todo).
Nó antideslizante (de técnica mi�a) : Pode ser simples ou duplo
SUTURAS
É a união de e�ruturas teciduais pela aposição de nós cirúrgicos. Pode ser contínua ou descontínua. A contínua (ou chuleio) 
exi�e a continuidade do �o entre as suas alças, com apenas um nó inicial e �nal.Na sutura descontínua (com nós 
separados), cada alça de �o corresponde a um nó, sem continuidade entre suas alças. 
DIRETRIZES BÁSICAS PARA A SUTURA
Para efetuar uma sutura as bordas devem ser elevadas e apresentadas, uma de cada vez, de modo a serem trans�xadas 
pela agulha. Para isso, deve-se usar uma pinça delicada, como a dente de rato (para tecidos mais resi�entes, como a pele) 
ou mais delicada, como Adson (tecidos f�áveis).
2.COLOCAÇÃO DA AGULHA NO PORTA AGULHA:
 Comumente, a agulha é presa em sua parte média (ou pouco atrás) pelo porta-agulha (a preensão muito próxima a ambas 
as extremidades, i�o é, na ponta ou no olho, pode quebrá-la). A agulha geralmente é po�a com a ponta para cima e para a 
esquerda, podendo apresentar-se na posição inversa (a direita) ou em outras angulações, a depender do procedimento. 
3.DIREÇÃO DA LINHA DE SUTURA
Se a agulha for curva: di�al para proximal; Se a agulha for reta, o contrá�o.
4.TRANSFIXAÇÃO DAS BORDAS:
A passada de agulha pelas duas bordas do tecido pode ser feita em um ou dois tempos (sendo e�a preferível para tecidos 
muito rígidos e se a agulha for curta para atravessar ambas as bordas). A quantidade de tecido a ser englobada em cada 
passada da agulha deve ser a menor possível para que se consiga propiciar �rme apoio ao �o cirúrgico. Devemos:
- Inse�r a agulha (curva) na pele em um ângulo de 90º.
Ligadura de vasos ou du�os: passagem do �o em torno da e�rutura, os quais geralmente são clampeados por pinça 
hemo�ática e, em seguida, o nó inicia
1. MANIPULAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS TECIDOS
 - Adotar um caminho curvilíneo através dos tecidos. 
- Ter certeza quanto à simet�a entre os extremos da agulha inse�dos no tecido, tanto dos lados como na profundidade. A 
profundidade da agulha deve ser maior que a di�ância entre cada extremo da agulha e a fe�da. 
5:EXTRAÇÃO DAS AGULHAS
 As agulhas devem ser extraídas dos tecidos em que foram passadas com a sua forma e com a direção de suas pontas. 
Assim, uma agulha curva deve ser tracionada para cima, de modo a completar um semicírculo semelhante à sua forma; 
similarmente, uma agulha reta deve ser tracionada para adiante, e, somente após trans�xar totalmente as duas bordas, 
deve ser apontada para cima. O porta agulha deve ser utilizado para retirar a agulha após a trans�xação. Durante o 
tempo em que se solta o porta agulha de um lado da borda para pegar a agulha do outro, devemos segurá-la com a pinça 
elá�ica
SUTURAS COM PONTOS SEPARADOS: São mais trabalhosas e demoradas. Exi�em diversos tipos, como ponto simples, ponto 
em U em ho�zontal ou colchoeiro, ponto U vertical ou de Donnatti, ponto em X, ponto em X com nó inte�or,etc.
SUTURAS CONTÍNUAS: São rápidas e hemo�ática,mas usam mais �os, favorecendo reação tecidual e se uma parte se solta 
ou parte, pode ocorrer deiscência total da fe�da. Tipos: Chuleio simples, chuleio ancorado, em barra grega/colchoeiro, em 
bolsa, perfurante total invaginante ou de Connel-Mayo, perfurante parcial ou de Cushing, total não invaginente ancorada ou 
de Cúneo, etc.
-Chuleio simples: fácil e rápida, aplicada em tecido com borda não muito espessa e pouco separada. É feita pela aposição de 
nós simples com a direção obliqua da alça interna em relação a fe�da.
-Chuleio ancorado (ou fe�onado): chuleio simples e o �o, depois de passado é ancorado na alça ante�or ou a cada 4 ou 5 
pontos. 
TIPOS DE SUTURAS PREFERENCIAS EM DIFERENTES TECIDOS:
PELE: Pontos separados simples ou Donnatti, com �os não-absorvíveis ou absorvíveis em moderado-longo tempo, 4-0 ou 5-
0. Se quiser efeito e�ético usar 5-0, 6-0, em sutura contínua intradérmica longitudinal
DIÉRESE, HEMOSTASIA E SÍNTESE:
Diérese refere ao afa�amento/abertura dos tecidos, envolvendo incisão, dissecção, punção e divulsão. A direção da incisao 
depende da cirurgia, a �m de evitar trauma deve-se fazer de forma transversal ou esca��cando os tecidos. E�á presente 
em todo e qualquer ato operató�o. 
A incisão deve ser proporcional ao procedimento, com técnica adequada ao plano anatômico, manipulação cuidadosa.
In�rumentos utilizados na diérese: Bi�u� (lâmina+cabo), tesoura, pinça de preensão (com dente e sem dente), afa�adores.
Antes de incisar o local delimitado deve ser isolado com a coloração de compressas laterais para evitar contato com a pele 
e para absorver sangue das bordas da fe�da. Para diérese a pele deve �car inta�a, imóvel, por via do p�meiro e segundo 
dedos com leve movimento de afa�amento da linha de incisão. 
Para pedir bi�u� deve-se imitar o movimento de corte e ao entregar, a ponta deve e�ar virada para quem entrega e com 
a lâmina para baixo. Para pedir pinça, deve-se imitar movimento de prensão que se realiza com ela. Após isso a lâmina de 
bi�u� deve ser aplicada. inicialmente quase em perpendicular e depois abaixar para entrar em contato maior com a 
pele/lâmina.
Para pedir afa�ador deve-se imitar também o seu movimento, bem como a tesoura.
In�rumentos :
BISTURI
Exi�em vá�os modelos de lâminas e cabos com numerações. Os cabos mais utilizados são 3,4 e 7. No 3 e 7 acoplam-se 
lâminas de números 10 a 15 e no 4, lâmina 20 a 25. 
Para posicionar lâmina no cabo deve-se utilizar pinça reta como auxílio, sempre apontando para um espaço vazio.
TESOURAS:
Podem cortar, dissecar, desb�dar e divulsionar tecidos, além de cortar �os, gaze, borracha, plá�icos, etc.
 
As pontas podem ser rombas, agudas e semi-agudas, retas ou curvas. Utilizar parte proximal para cortar �o. As curvas 
permitem maior visualização em regiões profundas e são usadas apenas pelo cirurgião. Há 5 tipos p�ncipais:
1. TESOURAS PARA DISSECÇÃO TECIDUAL: Metzenbaum reta ou curva, com ambas as pontas arredondadas, Mayo Stille, 
com ponta romba, Mayo Har�ngton, com pontas semi-agudas ou biseladas, retas ou curvas. Além dessas há a 
Standard (pontas rombas ou agudas ou mi�a), Boyd, curva e com ponta romba delicada (cirurgia cardiov), Deaver 
(ponta aguda e romba), Lahey (reta ou curva, delicada), Joseph,pontas agudas, Kelly (pontas agudas) Si�runk(pontas 
discretamente curvas) e Stevens (ambas as pontas agudas). Se tem ponta �na e aguda → secções precisas e 
delicadas, cuidado para não pefurar cavidades (abdominal e torácica são mais comuns).
2. TESOURAS ESPECÍFICAS: Como as tesouras de Baliu(uso ginecológico, p�ncipalmente o colo ute�no), há as de uso 
vascular, como Potts ou Potts-Doet�ch (as vezes usadas na cirurgia geral, coledocotomia), Metzenbaum com entrada 
para dispositivos monopolar.
3. TESOURAS FORTES: Não são usadas em dissecção tecidual e sim para incisão de tecidos rígidos, resi�entes e espessos 
e corte de bandagens. Como Doyen (pontas rombas, curvas ou retas), Ferguson (retas, com ponta romba), Li�er 
(angulada), Mayo-Noble(curva ou reta, pontas arredondadas), Reynolds (�os dentados nas pontas para incisão de 
cartilagem e tecido �broso e tesoura para �os de aço.
4. TESOURA PARA RETIRADA DE PONTOS CIRÚRGICOS: Spencer (reta ou curva com reentrância em uma das lâminas para 
encaixe do �o cirúrgico), Littauer (retas, mais robu�as) e O’B�en (retas, anguladas). 
5. INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS AUXILIARES:Durante a diérese, hemo�asia e síntese são necessá�os in�rumentos auxiliares 
para obter exposiçao do campo operató�o (afa�adores dinâmicos ou e�áticos)
PINÇAS ELÁSTICAS OU DE DISSECÇÃO: Auxiliam na diérese.Consi�e em duas ha�es unidas, cujas pontas podem ser lisas 
ou com dentes. Quando são sem dentes (apenas e��adas ou ser�lhadas) são as pinças de dissecção tipo anatômica 
ou simplesmente pinça de dissecção, servindo para manipular tecidos delicados, vasos, nervos, paredes viscerais, etc. 
Seu uso não é indicado na prrensão da pele, pois pode causar isquemia. Quando há dentes chamam-se de dente de 
rato ou pinça de dissecção, sendo usadas para tecidos resi�entes, como pele e aponeuroses, são delicadas, mas não 
devem ser usadas em vísceras ocas e vasos, as com dentes menores sõ menos traumáticas. Há também na 
dissecção a pinça de Adson(delicada, com ou sem dente), Adson-Brown (Componta angulada e ser�lhada), Cushing 
(reta ou curvilínea, mais pontiaguda que a potts-smith, para áreas profundas e com pouca exposição. A pinça de 
Bakey e delicada e atraumática, o�ginalmente usadas em cirurgia vascular, são também usadas em cirurgias na 
mucosa inte�inal e vias biliares. A pinça Diet�ch é reta e similar ]á cushing, atraumática. Lucae tem a�es em 
baioneta, boa para campo cirurgico exíguo, permitindo visibilidade. A Mayo-Russa é reta com ser�khado arredondado 
a ponta, usada para realizar preensão tecidual da forma mais atraumática possível e mais e�caz do que com as 
mais delicadas. A pinça Nelson é reta e com ser�lhado delicado na ponta, preensão fácil e pouco traumática e a Potts-
Smith retas com ou sem dentes, pouco traumática, com guia. 
TENTACÂNULA: In�rumento de muitas aplicações, em sua ponta tem fene�ração (permite liberar freios de lingua e 
lábio, possibilitando secção), na outra extremidade tem face côncava (co calha que permite incisão retilínea) e 
convexa é de grande utilidade nas operações de unhas. 
-Afa�adores manuais são de posicionamento dinâmico, alterado pela necessidade e os auto�xantes permanecem em uma 
posição pré-determinada, bons quando não há equipe grande. As vezes precisam de força física vigorosa dos auxiliares.
E�ilete: Mais frequentes são o biolivar, ginecológico, otológico e hi�ológico. Auxiliam para afa�ar, segurar e levantar 
tecidos no auxílio da limpeza. 
AFASTADORES: In�rumento auxiliar para afa�ar e�ruturas teciduais, visando exposiçao propícia ao desenvolvimento 
de determinado ato operató�o. Dividido em afa�adores/retratores de parede ou de conteúdo intracavitá�o abdominal 
ou torácico, manuais (dinâmicos) e autoe�áticos(auto�xantes).
1. Afa�adores mecânicos de parede:O mais frequente é do Farabeuf (de mão, com duas extremidades com lâminas 
discretamente curvas). O de Mayo-Collins e o de Parker são semelhantes. Outros exemplos que podem ser 
manuseados com a mão ou dedos: Gillies (delicado, com extremidade em gancho, usado em operações e�éticas), 
Senn-Muller ou Senn-Taylor tem uma extemidade com garra e outra com lâmina); Langenbeck com cabo longo e 
lâmina delicada na ponta; Volkman em forma de ancinho com garra única com 1 a 4 garras rombas ou agudas. ou 
um parecido com o Volkman: Rollet ou Bair-Rollet,mudando apenas cabo.
2. Afa�adores mecânicos de cavidade:Deaver (curvilíneo), Doyen(lâminas retilíneas de diversos tamanhos, além da 
válvula suprapúbica de Doyen, usada para afa�ar leito hepático durante a retirada de vesícula biliar, Har�ngton 
(lâminas assimét�cas na extemidades), Sick (afa�ador de fígado) e lâminas �exíveis ou maleáveis, moldadas 
conforme necessidade do cirurgião.
-Afa�adores auto-e�áticos de superfície: Gelpi (extremidade aguda única de preensão, Mayo-Adams (extremidade romba 
em ancinho) e Weitlaner com cabos articuláveis e não articuláveis e tres ou 4 ramos rombos ou agudos em ancinho . 
-Afa�adores especiais: reunem qualidades dos auto-e�áticos e dinâmicos. São o Smith, Kirschner e Bookwalker, com parte 
�xa ligada a uma ha�e �xa á mesa onde são acopladas lâminas maleáveis e não maleáveis.
HOMEOSTASIA: Refere-se ao controle de sangramentos. Pode ser temporá�a ou de�nitva; preventiva ou 
corretiva; Seus benefícios: evita a perda excessiva de sangue, melhores condições técnicas, bom rendimento do trabalho 
cirúrgico. Depois do ato cirúrgico: favorece uma evolução normal da fe�da operató�a, evita infecção e deiscência e afa�a 
necessidade de reoperação para drenagem de hematomas e abscessos.
No que se refere ao ato operató�o, denomina-se hemo�asia o conjunto de manobras de�inadas a prevenir ou coibir 
hemorragias. Falhas ne�e processo da hemo�asia pode comprometer a vida do paciente. Se o sangramento inadvertido 
ocorre na parede abdominal, por exemplo, em geral é de pequena monta e evolui para a formação de hematoma, que, se 
não reconhecido, poderá propiciar infecção e, mesmo, sepse. Se na cavidade abdominal ou torácica, e proveniente de um 
vaso de grosso calibre, o paciente poderá desenvolver rapidamente quadro de choque hipovolêmico e, se não reconhecido e 
tratado em regime de emergência, evoluir para morte. A hemo�asia pode ser �siológica/espontânea, pode ser temporá�a 
ou de�nitiva, além de preventiva ou corretiva.
1. Temporá�a: controla sangramento, mas depois o sangue �ui normalmente, o �uxo é reduzido ou sup�mido durante 
etapa do . Pode ser realizada por compressão (tamponamento com gaze e�erelizada), impedimento do aporte 
sanguíneo (parada do �uxo sanguíneo por parada circulatpo�a com hipotermia em cirurgias de revascula�zação do 
miocárdio) ou medicamentosa (vasocon��tor, como solução de adrenalina ou colocar sub�ancias dentro do vaso 
para ocluir sangramento → oclusão endovascular)). Pode ocluir �uxo por ligaduras falsas com elá�ico ou �o, a 
exemplo: �ta ela�ica de borracha, vassel lock(passa no vaso duas vezes) ou por pinçamento/auxílio de in�rumentos 
Uso de pinça hemo�ática de Satinsk, para clampear vaso tempora�amente, até realizar a ligadura uso de clipe 
metálico para chegar à homeo�asia de�nitiva), fora do campo cirúrgico pode ser feito garrote, torniquete ou 
manguito pneumático (método não cruento, na superfície corpórea), compressão digital. Pode ser preventiva (antes 
da ocorrência do sangramento, ou seja, a montante e a jusante da seção vascular) ou corretiva (quando o 
sangramento já se in�alou, após a lesão a arté�a é clampeada de um e outro e depois realiza-se a junção, a síntese).
2. De�nitiva: Pode ser realizada por ligadura do vaso, há obliteração permanente do lúmen vascular, não ree�abelece 
�uxo. Pode ser através de ligadura com �os cirúrgicos, sutura, coagulação elét�ca (bi�u� elét�co, conforme lei d 
Ohm, e uma parte da energia retorna a pele e outra para a máquina, placa-terra, um gel é necessá�p para evita 
queimaduras)ou térmica, fotocoagulação ou obturação tópica (cera óssea), por campleamento com clipes metálicos, 
coagulação tópica (cola, adesivo), tamponamento com compressas (quando foi seccionado parcialmente ou 
completamente, comp�me-se vaso até tromobozar e tamponar), por in�rumentos (pinça Kelly, clamps como satinsk. 
Para pedir pinça devemos colocar polegar entre dedos, como se fosse “prender” e o �o em forma de garra. 
MÉTODOS PARA REALIZAR HEMOSTASIA TEMPORÁRIA:
MÉTODOS PARA HEMOSTASIA DEFINITIVA: 
1. Compressão: Feita por pressão digital sobre o vaso com dedo, gaze e compressa. Se for sangramento capilar a 
compressão por tempo va�ável pode formar coágulo,sendo uma hemo�asia de�nitiva, como na manobra de p�ngle 
para identi�car hemorragia no pedículo hepático ou no próp�o parênquima. As gazes/compressas funcionam por 
capila�dade, descartadas quantos ⅔ de sua área forem atingidas, se for em superfície é comp�mida com dedo, mas 
se for em cavidade abdominal usa-se pinça elá�ica para conduzir até o sangramento, tomando cuidado na contagem 
para não esquecê-las. Por isso prefere-se a gaze montada, quando a gaze é po�a em chumaços na ponta de uma 
pinça longa, como a Foer�er. OBS:As vezes as gazes são usadas para dissecção tecidual romba, comumente 
chamadas de gazes disse�oras, assemelham-se a uma circunferência.
2. Pinçamento do vaso sangrante: impede apote sanguíneo enquanto se providencia a ligadura com �o cirúrgico, clipe 
metálico ou caute�zação para hemo�asia de�nitiva. 
3. Clampeamento de tronco vascular: Usada em vasos de grosso calibre, usam-se pinças hemo�áticas atraumáticas ou 
clampes tipo bulldog aplicadas antes e depois do ponto para realizar ana�omoses venoses e arte�ais. As pinças de 
Bakey e de Satinsky possuem formas e tamanhos va�ados. Ao mesmo tempo pode se usar �nas alças de elá�ico 
vessel-loop, usado preferencialmente aos �os cirúrgicos (e�abelece falsa ligadura em vasos, para evitar lesão na 
parede dos vasos), em sua ausência pode-se usar os cadarços (�tas cardíacas).
4. Garrote ou torniquete: Geralmente é um método não cruento, que comp�me vaso contra e�rutura óssea, impedindo 
livre �uxo.Também sãousados os manguitos pneumáticos ou faixas de Esmarch (frequente em procedimento 
ortopédico, feita com o membro elevado, da extremidade à raiz do membro.
5. Posicionamento anti-hemorrágico: permite dimiuição do aporte e facilita o escoamento do sangue da fe�da se o local 
for acima do nível do coração, como a posição de Trendelenburg, ou Trendeleburg reversa em operações de cabeça 
ou pescoço.
6. Oclusão endovascular com cateter Fogarty: sua inserção no vaso, com po�e�or insu�ação do balão interrompe o 
aporte sanguíneo em uma área especí�ca. Deve ser feito em parte proximal para manipulação di�al e vice-versa. 
Feito para retirada de trombos arte�ais e venosos.
7. Hemo�asia temporará�a medicamentosa: vasocon��tores, como a adrenalina, hipotensores (nitroprussiato de 
sódio)para chegar a hipotensão controlada. 
1. Ligadura: em sequência a um procedimento de hemo�asia temporá�a, geralmente, como pinçamento e pode ser 
aplicado de forma preventiva. A ligadura preventiva de um vaso pode ser feita de duas formas, pode-se dissecar o 
vaso, pinça-lo a montante e jusante, seccionar e realizar a ligadura ou, ainda, com dissecção do vaso, pinça 
hemo�ática curva sobre o leito com ligadura na porção proximal e di�al do vaso, com po�e�or secção.
2. Clipe: Uso de clipe hemo�ático/hemogrampo para grampear vasos sanguíneos previamente isolado. Podem ser 
absorvíveis ou não, compatíveis com o tamanho dos clipadores, muito usados em video cirurgia e em locais de campo 
operató�o exíguo. 
3.Tamponamento por compressas: Quando há sangramento difuso e de difícil controle pode-se fazer tamponamento com 
compressas umedecidas com soro f�o (ir�tam e aderem menos aos coágulos) de 5 a 10 minutos geralmente resolvem a 
hemorragia. 
In�rumental para hemo�asia: Os p�ncipais aparatos cirúrgicos para a realização da hemo�asia são as pinças 
hemo�áticas. Todas são in�rumentos de preensão, com cremalheira/trava, permanecendo presas aos tecidos ou vísceras 
em que foram aplicadas, sem a necessidade de que o cirurgião as su�ente. As garras de uma pinça hemo�ática devem 
conter, ob�gato�amente, ranhuras (e��as internas) que propiciam a compressão dos vasos sanguíneos sangrantes, 
evitando que o tecido deslize para fora das garras da pinça. O desenho e a extensão dessas ranhuras, bem como o 
tamanho das ha�es de das garras, servem para a di�inção entre as diferentes pinças hemo�áticas. As p�ncipais pinças 
hemo�áticas de uso geral são a pinça de Kelly apresenta ranhuras apenas até a metade das garras, pode ser reta ou 
curva, com ser�lhado transversal em ⅔ da garra; a pinça de C�le apresenta ranhuras ao longo de toda a garra; a pinça 
de Hal�ed é menor que as duas previamente citadas, com ranhuras em toda a garra. A Adson assemelha-se a kelly, mas é 
maior; Schnidt ou longuete, possui ranhuras em ⅔ da garra de 19 a 21 cm; A Mixter, com a ponta angulada e com 
ranhuras transversais na metade supe�or da garra, em J, para secção do pedículo biliar; A Faure reta ou curva, robu�a, 
20-24 cm; Roche�er-Pean curva ou reta, robu�a, seu serrlhado é mais grosseiro em toda a garra; A Kocher era para 
hemo�asia, mas é muito traumática, possui dente de rato, hoje é clampe grosseiro e reparo de tecido �broso.
CLAMPES VASCULARES: Ocluem a luz dos vasos, sem causar dano ~´as paredes. A superfície das garras apresentam e��as 
ou ser�lhados. Os p�nciapais são de Bakey (ser�lhado com dentes t�angulados de um lado e do outro o encaixe, para 
preensão �rme e atraumática); Cooley com dupla �la de dentes ser�lhados em ambos os lados, Potts com pequenos 
ser�lhados em ambos os ramos e o Ser�lhado duplo cruzado em toda a extensão das garras.
-Bulldogs: para vasos de pequeno calibre de difícil acesso, podem ser retas, curvas ou anguladas, va�ando tipo de e��a e 
força de preensão. Pode ser De Bakey (de pequenos até 30 cm, são os mais usados em cirurgia vascular), Diet�ch, Glover 
e Wood.
Clampes ga�rointe�inais: São usados em técnicas de ressecção de segmentos do tubo dige�ó�o para evitar passagem de 
secreção para área manuseada. Podem ser traumáticos (Payr, angulado e robu�o com 15-35 cm, para ressecções 
gá��cas subtotais) e atraumáticos (Doyen, Kocher, Allen, Brunner, Scudder, Pean)
Outras pinças para preensão tecidual para permitir graduação decompressão necessá�a para determinada ação. Exemplos: 
Allis (pequenos e multiplos dentes) com pequenas va�ações allis-Willauer, �oms-Allis, Lockwood-Allis,etc; Babcock ou 
Babcock-Tendler com ponta curva fene�rada, sem dente, para agarrar e�rutura delicada, como a alça inte�inal, ureteres, 
trompas de falópio; Collin com pontas em formato de coração para pinçar vísceras ocas; Duval de formato t�angular com 
dentes ou ser�lhados pequenos e delicados em todos os lados do t�angulo; Foer�er reta ou curva para prensar visceras 
ocas, ao permitir que ramos �quem afa�ados mesmo travado; Uma va�ação da Duval é a Duval-Collin em que somente a 
porção ho�zontal posui ser�lhados transversos, usada para vísceras ocas.
Síntese: Termo de recon�rução e ana�omoses. C�té�os: Assepsia e anti-sepsia, bordas regulares (retirar tecidos 
necrosados presente nas bordas), sem tensão( a �m de evitar a deiscência) , hemo�asia (perfusão tecidual), mate�al 
aprop�ado, técnica inadequada. 
Denomina-se síntese o conjunto de manobras operató�as de�inadas à recon�rução anatômica e/ou funcional de um tecido 
ou órgão, consi�indo em etapa ob�gató�a da maio�a dos procedimentos cirúrgicos. Nas operações em que se realiza a 
exérese (parcial ou completamente), a síntese se de�ina à recon�ituição �siológica. A síntese cirúrgica con�itui, junto com 
a cicat�zação, um conjunto que visa re�abelecer a continuidade tecidual. A função da p�meira não deve terminar antes 
que a segunda já e�eja em pleno curso. Enquanto se processam as di�intas fases do processo de cicat�zação, é 
indispensável que as bordas teciduais unidas pela síntese permaneçam perfeitamente ju�apo�as, minimizando o �sco de 
ocorrência de desvios cicat�ciais, por vezes com grave prejuízo à anatomia e função dos tecidos ou órgãos. Durante esse 
período, essa aproximação deve ser mantida por mate�ais que resi�am à tração e tesão que serão exercidas sobre a 
fe�da e, à medida que se processa a cicat�zação, a função desempenhada pelo mate�al utilizado para síntese é, 
gradativamente, sub�ituída pela cicat�z. Sempre que possível, a síntese deve ser total, haja vi�a que favorece melhor 
recuperação anatômica e funcional (síntese imediata). Contudo, quando não exi�e condição satisfató�a, ela pode ser parcial 
(síntese tardia-> sendo completada naturalmente, sem intervenção cirúrgica ->cat�zação por segunda intenção ou 
secundá�a).ou por aproximação tardia das bordas da lesão após melhora das condições si�êmicas ou locais do 
paciente(terceira intenção), O fechamento deve ser plano por plano e usando-se mate�al resi�ente às tensões que 
exi�irão durante as fases de cicat�zação. Na maio�a das situações, a síntese é realizada com o emprego de �os 
cirúrgicos, com ou sem utilização de próteses. Entretanto, também se pode utilizar �tas adesivas ou colantes, sem 
emprego de sutura. É aconselhável que as suturas sejam feitas em planos anatômicos, ou seja, seguindo o sentido inverso 
da e�ratigra�a rebatida pela diérese. Contudo, eventualmente se utiliza síntese em plano único, quando geralmente o 
paciente apresenta infecções importantes na parede abdominal, impossibilitando a percepção dos e�ratos anatômicos. A 
sutura pode ser realizada com pontos separados (para cada eferência da agulha, um nó) ou contínuos (com apenas um 
ponto no início e um ponto no �nal, unidos entre si por vá�as alças).
In�rumental: porta agulha, pinça de pressão e �os. Para pedir porta agulha devemos imitar o movimento de trans�xação 
dos tecidos. 
Os porta agulha podem ser delicados, semidelicados ou robu�os, a escolha depende da agulha e da resi�ência tecidual.Seu 
tamanho depende da profundidade em que se encontram os tecidos a serem suturados. O mais usado é o mayo-hegar,va�ando de 14-30cm, podendo ser usada com a videa quando necessá�o. 
Condições essenciais para a síntese cirurgica: Assepsia e anti-sepsia (infecção desvia a cicat�zação, promovendo 
danos funcionais), bordas regulares (irregulares aumentam chance de desvitalização tecidual), hemo�asia 
(hematomas alteram a recon�ituição anatômica e propiciam infecções e hemo�asia em excesso também propicia 
infecção pela presença de isquemia. Uso de mate�al aprop�ado (�os e in�rumentos) e, por �m, técnica perfeita.
Outros:
Baumgartner: reto, similar ao mayo-hegar
C�le-Murray-reto
C�le-Wood: similar ao c�le-murray, mas com reentrância para possibilitar melhor encaixe da agulha.
De Bakey, reto, delicado, uso em sutura delicada e locais de difícil acesso. 
Halsey: reta, lisa e delicada
Masson:reto com ser�lhado trançado
Sarot
Stratte-duplamente angulado
Wangen�een-longo e delicado 
Web�er-reto e curto, ponta delicada e lisa, similar a halsey
Não convencioanais: 
CIRURGIA DA UNHA
Cirurgia ambulato�al, deve-se fazer assepsia, o bloqueio digital antes de realizá-lo. Retirar capa �brosada e excesso de 
pele, deixando região cicat�zar por segunda intenção, ou seja, sem aproximar bordas com sutura. 
Anatomia da unha: 
PARONÍQUEA: In�amação que atinge a base da unha, entre a unha e o leito ungueal, aparecendo também na região lateral, 
necessitando de drenagem. Sem abcesso subungueal. O hiponíquio deve ser deslocado com a ponta de um bi�u� lâmina 11 
para descolar a pele e promover tratamento. Pode haver formação de abcesso.
OBS: ABCESSO é uma coleção de secreção purulenta em uma cavidade que ante�ormente não exi�ia. O ENPIEMA é a 
presença de secreção purulenta em uma cavidade já exi�ente (empiema pleural, por exemplo). 
Pode ser aguda: in�amação entre a unha e o leito ungueal, de 1-3 dias. Geralmente é causada por �ha�lococcus aureus ou 
pyogenes. Pode ser iniciada antibiótico terapia oral e se houver piora ATB venoso. 
A forma crônica da paroníquea é uma in�amação entre a unha e leito ungueal ocorrendo em pro�ssionais que mantém as 
mãos úmidas (lavadeiras, cozinheiras,etc), em unhas arredondas e espessadas. Pode ser tratado com corticoide tópico, 
raramente oral. Pode gerar infecção sec por candida, fungos e s. aureus. 
-Técnica de bunnel para abertura e liberação do tecido in�amató�o. 
ONICOMICOSE: 
-Leito ungueal através do hiponíquio, promovendo a di�ruição da unha (onicólise), aparecendo no trajeto da unha. 
Trychophyton rubrum
-Pessoas com mãos úmidas
-Leuconíquia proximal: placa esbranquiçada. 
ONICOGRIFOSE: 
Unhas com crescimento irregular, com forma espessada, curvadas, endurecidas. Mais comum nos pés e pacientes idosos. 
Geralmente por cortes mal feitos e irregulares, com os anos �cam endurecidas. O tratamento ´´e feito por assepsia 
interdigital, ane�esia, garrote no dedo. Tira-se o excesso da unha endurecida, limpa-se os leitos, aplica-se fenol puro ou 
solução alcoolica no leito ungueal/mat�z por até 3 minutos. 
UNHA EM PINÇA: Mais comum em mulheres, quando cortada muito no canto, unha cresce de forma lateral, ou por uso de 
lixa excessiva. Idiopática, pode associar-se a paroniquia, Tratamento apenas para pacientes sintomáticos. A unha pode e�ar 
em pinça, em telha e com margens laterais em angulo agudo. A técnica de Haneke é para correçao da unha em pinça feita 
pelo corte longitudinal no leito ungueal, retirada dos ⅔ ante�ores da unha e das bordas laterais e depois realiza-se o 
e�iramento do leito ungueal atraves de suturas que tracionam suas bordas. 
UNHA ENCRAVADA: Umas das p�ncipais procuras do cirurgião para tratar unha. É uma infecção crônica com granulação.
HEMATOMA SUBUNGUEAL: (cromoníquia-unha escura,Pode ocorrer por trauma. Tratamento feito quando há dor persi�ente, 
realizando ane�esia, assepsia e perfuração da unha com agulha para extravasar sangue. 
Infecção fúngica subungueal e lateral.
Subungueal proximal
invasão da unha sobre o tecido
etiologia: corte inadequado, calçado inadequado, traumas e deformidades nos artelhos. Tratamento é feito pela 
o�entação (corte adequado, mate�al de unha de uso individual, enxugar unhas e pés) e cirurgia (assepsia, 
antissepsia, garrote, retirada do tecido de granulação e do canto da unha)
Unha pode ser retirada com pinça kelly retirando unha, aplicação de fenol no leito e mat�z. Deixar expo�o para 
cicat�zação de segunda intenção. 
Técnica de Bartlett: incisão antes de tecido de granulação para retirá-lo e diminuir pressão da unha no tecido. Usada 
se não infecção. 
TRAUMA EM UNHA: Manter sempre que possível a unha, realizar anelgesia local (pois haverá muita dor e in�amação), 
reimplantar unha com pontos de nylon em U deitado. 
TUMORES BENIGNOS:
GLÔMICO: Menos comuns. E�á associado à dor intensa, que se irradia proximalmente, sendo muitas vezes agravado por 
e�ímulo físico ou térmico (especialmente o f�o). Os sintomas subjetivos tipicamente excedem os sinais clínicos. O tumor 
apresenta-se como uma mácula vermelho-azulada no leito ungueal visível através da lâmina ungueal.
VERRUGAS: Uso de ácido t�cloroacético, eletrocaute�zação, curetagem, injeção intralesional de bleomicina, não fazer excisão 
cirúrgica. As verrugas pe�ungueais são comuns em indivíduos que roem as unhas, nos quais elas são múltiplas, 
acometendo vá�as unhas. As verrugas aparecem como pápulas queratósicas, e quando localizadas na dobra ungueal 
proximal, geralmente produzem hiperqueratose pe�ungueal, simulando uma cutícula hiperqueratósica. As verrugas do leito 
ungueal levam à elevação da lâmina ungueal e consequente onicólise. O carcinoma espinocelular pode simular ou surgir em 
uma verruga; portanto, deve ser feita inve�igação adicional das lesões suspeitas.
GRANULOMA: Por corpo e�ranho, nas pontas dos dedos. Realizar excisão
FIBROMA: Parte endurecida
CONDROMA
TUMORES MALIGNOS:Melanoma, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular. Tratamento é excisão cirúrgica com 
acompanhamento de hi�opatologico e linfonodo sentinela. 
INDICAÇÃO E CONVENIÊNCIA OPERATÓRIA
AVALIAÇÃO DO CASO CLÍNICO CIRÚRGICO:
EXAMES A SEREM SOLICITADOS:
OPERAÇÃO ELETIVA: Momento operató�o é escolhido sem pressa. Solicita-se hemograma, glicemia, coagulograma com TAP e 
PTT, uréia, creatinina, fator RH, grupo sanguíneo e u�na. 
1. Anamnese: Deve ser completa e gerar uma boa relação entre médico-paciente. Pesquisar a presença de alergia a 
medicamentos e outras sub�âncias, se há cirurgia prévia, complicações ane�ésicas, hi�ó�co de doenças (HAS, DM, 
DRC, Convulsoõs, doença hepática, infecções,etc). Todos os medicamentos em uso devem ser ve��cados, 
p�ncipalmente os que afetam a coagulação. Na mulher, ve��car DUM, uso de contraceptivos e se e�á grávida. 
Avaliar tabagismo, etilismo e uso de drogas. 
2. Exame físico: Deve-se realizar um exame completo. Tocar o doente. Avalia-se em sequencia o aspe�o geral do 
paciente, pA, FC, FR, pulso, mucosas e orofa�nge, região cervical, tórax, coração, abdome e membros. 
3. Exames: Ve��car todos os exames já realizados.
4. Con�rmação do diagnó�ico: Após análise da anamnese, exame físico e análise pormeno�zada dos exames. Para 
con�rmar o diagnó�ico previamente feito, protegendo o cirurgião e o paciente. Caso haja dúvidas solicitar exames 
complementares. 
5. Avaliação global: Avaliação de todos os dados, ve��car qual operação será feita, intensidade da agressão cirúrgica, 
sendo ideal que o paciente e�eja em e�ado �siológico perfeito. 
6. Participação dos pacientes e familiares: Complicações devem ser detalhadas, além do procedimento em si. Depois deve 
assinar documento de cossentimento.
Hemograma- Hb>10 g/dL em idosos e >8 em jovens. Em alguns lugares só é solicitado para pacientes com �sco de 
hemorragias, como mulheres, idosos, doença hepática, dm, obsidade, uso de anticoagulantes,etc. 
Glicemia: <250mg/dL. Em idosos, diabéticos, doença maligna e em uso de corticoides. 
Coagulograma: TAP,TPP, tempo de sangramento, plaquetas. Em caso de doença hepática, di�úrbio hemorrágico e em 
pacientes utilizando anticoagulantes.Ureia e creatinina: Para idosos, com diarreia, doença hepática, renal, cardio, dm ou em uso de diuréticos. Alteração pode 
indicar necessidade de hemodiálise no pré-operató�o.
RX- Pacientes >55 anos submetidos a procedimento de grande porte, tabagismo, doença resp ou cardio, hi�o�co de câncer 
e procedimentos intratorácicos; 
Eletro, eco e te�e ergomét�co: Mulheres > 55 anos (procedimento de grande porte), tabagismo, HAS, DM, cardiopatias. 
Mesmo que ECG dê normal não descarta �sco de isquemia, por isso solicita-se o te�e ergomét�co. Eco é necessá�o 
naqueles em que se ausculta sopro.
Transaminases (ALT,AST), amilase, bilirrubinas para ve��car função hepática. 
Beta-HCG- mulheres com amenorréia em idade fertil. 
Fator Rh e grupo sanguíneo: Deve ser pedido se houver �sco de grande perda de sangue. A hemotransfusão deve ser 
evitada. 
OPERAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA: Há necessidade de operar o mais rápido possível, mas há tempo para tentar melhorar o 
e�ado geral do paciente. 
Hemograma: Serve para avaliar perdas e qual a reposição necessá�a. A análise da ´se�e branca permite análise de 
presença de infecções. 
Eletrólitos: Para avaliar di�úrbios e providenciar sua correção.
Ureia e creatinina para avaliar função renal
Glicemia: diagno�ico ou avaliação de diabetes que pode e�ar descompensada.
Tipagem sanguíena: perda aguda ou cronica de sangue
Transaminases, amilase, lipase, bilirrubinas e outros. 
Exames de imagem: rx, us de abdomen e torax, tc e outros necessá�os. 
Rx de coluna cervical, tórax, bacia e abdome: para politraumatizado. 
OPERAÇÃO EM REGIME DE EMERGÊNCIA: Nenhum exame. Se e�iver hemodinamicamente e�ável solicitar hematóc�to, 
tipagem sanguíena, rx de cervical, tórax, abdome e pelve. 
PREPARAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA: 
USO/SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS: Importante para que se possa sub�ituir medicamentos essenciais à vida ou para 
conhecimento de sub�âncias que possam ter efeito deleté�o no pré e pós-operató�o, para que sejam suspensas. 
Apoio psicológico
Deve-se atentar as expe�ativas da família e do paciente, pois �cam ansiosos e angú�iados. Explicar o processo de forma 
detalhada e com termos simples, para que os exames são pedidos, a natureza do procedimento e possíveis complicações. 
São feitas também os alertas e o�entações do pós-operató�o.
Preparo nut�cional: A via de preferência é sempre oral, seguida da enteral e por �m parenteral.
Correção de di�úrbios hidroeletrolíticos;A desidratação e hpovolemia devem ser tratadas por medidas aprop�adas. Quanto 
maior o tempo de doença maior o tempo de reposição para o dé�cit.A não ser em condições de emergência o paciente não 
FITOTERÁPICOS
deve ser operado sem ter ree�abelecido suas condições �silógicas. Pode ser por soro ou �nger la�ato, a correção é vi�a 
pela correção da pressão e aumento da diurese.
Pode ocorer hipocalemia e hipercalemia, indicando-se, respe�ivamente, adm de potássio em pacientes com �ns normais e 
re��ção da adm do K, com alcalose cor�gida por soro e acidose cor�gida por bicarbonato ou la�ato.
RISCO CIRÚRGICO: Realizada por clínico geral, cardiologi�a ou ane�esiologi�a. A monito�zação mínima é ecg, PA e oxímet�a. 
Em casos especí�cos a monto�zação pode ser invasiva, como pacientes com IAM recente, IC descompensada, procedimento 
vascular de grande porte e doença pulonar ob�rutiva grave. oS CRITÉRIOS DE GOLDMAN E ASA permitem delinear a 
importância da avaliação do �sco ane�ésico.
Nos c�té�os de Goldman os graus va�am de 1 a 4, grau 4 quando e�á acima de 23 pontos, e�ando associado a 
sub�ancial mortalidade, procura-se ao �nal e�abelecer uma correlação com os c�té�os propo�os pela ASA. Nos c�té�os 
de goldman a classe I e II possuem �sco aceitável, a III precisam de preparo pré-operató�o para controlar os fatores de 
�sco e na IV, apenas operações de emegência são permitidas.Depois de usar esses c�té�os o paciente é dito como apto ou 
não à operação (se não for, cirurgia poderá ser emergencial com o paciente ciente dos �scos).
CUIDADOS ADICIONAIS:
Ane�esi�a deve atentar-se a paciente com e�ômago cheio, pois há �sco de broncoaspiração. Observar hi�ó�co de 
uso de drogas e tabagismo, por �sco de nteração com outros medicamentos, conhecer as comorbidades do paciente. 
Paciente com insu�ciência hepatica usa classi�caçãi de Child-Pugh. Se for catego�a C cirurgia só é feita se for 
emergência. 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO; 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DO INDIVÍDUO SADIO: Os pacientes assintomáticos e livres de doenças (exceto a que motivará a 
operação), com idade <50 anos tem �sco muito baixo de complicações pe�operató�as. Sua avaliação deve ser feita 
p�mordialmente por anamnese e exame físico. Deve interrogar a presença de sangramentos como epi�axe ou 
sangramento gengival frequente, hipermenorreia com de�ciencia de ferro, hi�o�co de sangramento excessivo em 
procedimento cirúrgico, hi�o�co de di�úrbio renal ou hepático ou hi�ó�co de sangramento anormal na família. 
A avaliação deve incluir ECG (H e M>40 e 50 anos, pessoas com �sco cardiov. por HAS, DM, obesidade, sedenta�smo, 
dislipidemias, hi�ó�co familiar). Outros te�es merecem considerações especiais, como não oferecer �scos, não ter cu�o 
elevado, alta sensibilidade e especi�cidade aceitável.
HT E HB: A anemia tem maiores taxas apenas em idosos. Perdas sanguíneas em pacientes com anemia podem induzir 
hipóxia tecidual e suas consequências. HT e Hb podem informar sobre e reposiçao em pacientes que sofreram perdas 
sanguíneas ou se a cirurgia tiver algo �sco de perda de sangue. Deve ser pedido também se paciente tem insuf renal, 
palidez, taquicardia e hi�o�co de anemia.
LEUCOGRAMA: Não de indicação rotineira. Apenas se tiver sinais de infecção ou com hi�o�co de leucopenia induzida por 
medicamentos. 
PLAQUETAS, TMPO DE SANGRAMENTO, TEMPO DE ATIVIDADE DA PROTROMBINA (TAP) E TEMPO DA TROMBOPLASTINA PARCIAL 
(PTT); 
A trombocitose é mais frequente que a trombocitopenia. Deve ser realizado exame de plaquetas em paciente com hi�o�co 
de sangramento facil, uso de drogas que induzem plaquetopenia (quimioterapia) e doenças mieloproliferativas.Tempo de 
sangramento é fraco preditor de sangramento pe�operató�o. O te�e de TAP mo�ra poucas alterações e sua 
normalidade/anormalidade não indicam ausência de sangramento ou prediz sangramento, respe�ivamente. As alterações 
do PTT são mais frequentes em exames pré-operató�os, mas também não prediz sangramentos em sua anormalidade. 
Assim, devem ser reservados se paciente tem hi�ó�a de sangramento fácil, doença hepática ou uso recente e prolongado 
de ATB.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E ELETRÓLITOS: 
A insu�ciência renal é um dos fatores de �sco mais importantes para complicações pós-operató�as e pe�operató�as. 
Anormalidades na dosagem de ureia e creatinina são relevantes para in�uenciar no ato pe� e pós operató�o. Portanto, 
recomenda-se avaliação da função renal para paciente com idade >5o anos, HAS, DM, IC, em uso de IECA, em uso de AINES 
por tempo prolongado ou se submetido a procedimentos de grande porte.
A anormalidade nos eletrólitos pode gerar ar�tmias cardíacas durante o procedimento. 
GLICEMIA:
Pacientes imunode�cientes como os transplantados e com síndrome da imunode�ciência adqui�da, em tratamento 
quimioterápico, merecem atenção espeicla para evitar contaminações desnecessá�as. A antibioticoterapia pro�lática 
deve ser feita em todos os pacientes imunodep�midos.
Toda morte que ocorre após o ato cirúrgico e antes da ata é uma morte cirúrgica: não ocorre�a se a operação não 
tivesse sido realizada. 
A DM aumenta o �sco de complicações cardiovasculares no período pós-operató�o, aumentando mortalidade e morbidade 
de pacientes submetidos a revascula�zação do miocárdio. Apesar disso há baixas taxas de alterações de�e exame e de 
sua in�uência no período pe�operató�o. Assim, é recomendado apenas para paciente com suspeita clínica de diabetes ou 
para indivíduos obesos ou pacientes com diagnó�ico de DM prévio. 
ELEMENTOS ANORMAIS E SEDIMENTO

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