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Rinossinusite: sintomas e diagnóstico

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Inflamação do nariz e um ou mais seios paranasais, sendo 
caracterizada por dois ou mais dos seguintes sintomas, 
sendo que um deles deve ser: 
bloqueio/congestão/obstrução ou descarga nasal: +/-
pressão/dor na face; +/-redução do olfato; +/- alterações 
endoscópicas (descarga mucopurulenta por meato médio 
ou edema de mucosa) e/ou alterações na TC. 
 
• Afecção comum na infância e idade adulta. 
• Um dos principais motivos de consulta com 
pediatras, otorrinos e pronto-
atendimentos/emergências. 
• Quinto diagnóstico mais comum para uso de 
Antibiótico (ATB). 
ANATOMIA DOS SEIOS PARANASAIS 
Nariz e seios representam conjunto de espaços 
preenchidos por ar no crânio anterior. 
Seios paranasais: 
• Seios maxilares. 
• Células etmoidais anteriores e posteriores. 
• Seio frontal. 
• Seios esfenoidais. 
 
 
Os SPN comunicam-se com o nariz através de pequenas 
aberturas – complexo ostiomeatal. 
Epitélio colunar ciliado pseudoestratificado com células 
caliciformes e glândulas produtoras de muco e enzimas 
(lisozima e lactoferrina). 
Transporte mucociliar. 
A parede lateral apresenta 3 projeções ósseas, recobertas 
por mucosa, denominadas conchas nasais (superior, 
média e inferior). 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmedpri.me%2Fupload%2Ftexto%2Ftexto-aula-1092.html&psig=AOvVaw0liXMK2L3CdkHzwNl5Y3zs&ust=1592589845981000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLC52tf5i-oCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.anatomiaonline.com%2Fseios-paranasais%2F&psig=AOvVaw0liXMK2L3CdkHzwNl5Y3zs&ust=1592589845981000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLC52tf5i-oCFQAAAAAdAAAAABAu
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpuromd.com%2Fsinus-cavities-seios-paranasais-localizacao-anatomia-fotos%2F&psig=AOvVaw0liXMK2L3CdkHzwNl5Y3zs&ust=1592589845981000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLC52tf5i-oCFQAAAAAdAAAAABAV
FISIOPATOLOGIA 
Doença multifatorial. 
Fatores desencadeantes: 
• Diminuição da capacidade mucociliar. 
• Infecção. 
• Edema de mucosa por outra razão (atopia). 
• Obstruções físicas no nariz e/ou no SPN (complexo 
ostiomeatal - pólipos, tumores corpo estranhos). 
• Imunodeficiências. 
Há discordância quanto a classificação por tempo de 
evolução: 
Rinossinusite (Bailey): 
• Aguda: até quatro semanas com resolução 
completa dos sintomas. 
• Subaguda: de quatro a doze semanas com 
resolução completa dos sintomas. 
• Crônica: Acima de doze semanas sem resolução 
completa dos sintomas. 
• Aguda Recorrente: são infecções que duram 
menos de 30 dias, com remissão completa por no 
mínimo 10 dias. Caracterizada por 3 episódios em 
6 meses ou 4 episódios em 12 meses. 
Rinossinusite (Diretrizes Brasileiras para Rinossinusites, 
2008): 
• Aguda: até doze semanas com resolução 
completa dos sintomas. 
• Crônica: acima de doze semanas sem resolução 
completa dos sintomas. 
• Recorrente: mais de 4 episódios em um ano com 
resolução completa dos sintomas. 
ETIOLOGIA 
Segundo o EPOS de 2012 as RS agudas podem ser de 3 
etiologias: 
• Viral: resfriado comum. 
• Pós-viral: quando há piora ou persistência dos 
sintomas após 10 dias. 
• Bacteriana. 
Rinossinusite viral: 
Quadro típico do resfriado comum. 
Menos de 10 dias de duração – pico dos sintomas em 48 
horas. 
Incidência alta (2-5 episódios/ano em adultos e 5-10 em 
crianças). 
Agentes mais comuns: Rinovírus (24%), influenza (11%). 
Resolução completa com terapia sintomática. 
Rinossinusite aguda não viral: 
Quando há piora dos sintomas após cinco dias de doença 
ou quando os sintomas persistem por mais de dez dias. 
 Antiga definição de rinossinusite bacteriana aguda. 
Apenas alguns poucos irão persistir com sintomas e 
necessitar de ATB. 
Rinossinusite bacteriana aguda: 
Diagnóstico mais provável quando 2 sinais/sintomas 
maiores e/ou 1 sinal/sintoma maior e 2 menores. 
Sinais maiores: 
• Descarga purulenta anterior ou posterior. 
• Tosse. 
Sinais menores: 
• Cefaleia/dor facial. 
• Edema periorbitário. 
• Otalgia. 
• Halitose. 
• Dor dentária. 
• Febre. 
• Dor de garganta. 
Infecção bacteriana em mucosa já danificada é a causa 
mais comum. 
Diminuição da função mucociliar. 
Atopia – edema da mucosa do complexo ostiomeatal (?) 
AGENTES MAIS COMUNS 
• Streptococcus pneumoniae. 
• Haemophilus influenzae. 
• Moraxella catarrhalis (mais comum em crianças). 
• Outros menos frequentes: Staphylococcus aureus, 
anaeróbios e outros estreptococcus. 
 
SINTOMAS 
Sintomas locais: 
• Bloqueio, congestão ou obstrução nasal. 
• Descarga nasal ou gotejamento pós-nasal. 
• Cefaleia ou dor/pressão facial – dor dentária. 
• Redução ou perda do olfato. 
Sintomas distantes: 
• Irritação faríngea com dor de garganta. 
• Irritação Laríngea com disfonia. 
• Irritação traqueal com tosse. 
Sintomas gerais: mal-estar, sonolência, febre, mialgias. 
DIAGNÓSTICO 
 
Diagnóstico: CLÍNICO!!! Anamnese e exame físico. 
Rinoscopia anterior: 
• Primeiro passo na avaliação. 
• Especificidade 75%. 
• Pode detectar: hiperemia e edema de mucosa, 
secreção purulenta, pólipo, crostas. 
Endoscopia: 
• Especificidade de 85%. 
• Permite visualizar diretamente o complexo 
ostiomeatal e presença de pólipos e secreção. 
 
Diagnóstico por Imagem: 
Radiografia: 
• Pouco sensível e pouco específico. 
• Útil apenas na presença de nível hidroaéreo no 
interior do seio. 
• Uso deve ser desencorajado. 
Tomografia Computadorizada: 
• Melhor método de imagem para avaliação. 
• Não deve ser realizada como primeiro passo. 
 
Ressonância Magnética: na suspeita de complicações. 
Diagnósticos diferenciais: 
• Adenoidite Aguda Bacteriana. 
• Rinite Crônica. 
• Corpo Estranho Nasal (rinorreia fétida unilateral). 
• Rinite Aguda Epidêmica. 
SINUSITE ODONTOGÊNICA 
Infecção/inflamação isolada do seio 
maxilar secundariamente a uma 
infecção odontogênica. 
Demais SPN sem alterações. 
Aumento da incidência após 
popularização dos implantes 
dentários. 
Muitas vezes necessidade de Cirurgia 
para o tratamento. 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
Opções: 
• Antibióticos (penicilinas/amoxicilina, macrolídeos, 
cefalosporinas) – Nível Ia - Grau de recomendação 
A. 
• Corticoides tópicos – Nível Ib - Grau de 
recomendação A. 
• Corticoide sistêmicos – Nível Ib – Grau de 
recomendação A (para alivio da dor em doença 
grave). 
• Associação ATB + Corticoide tópico – Nível Ib – 
Grau de recomendação A. 
• Antialérgicos – Nível Ib – Grau de recomendação B 
(para pacientes atópicos). 
• Lavagem nasal – Nenhuma evidência – Grau de 
recomendação D. 
• Descongestionantes tópicos e sistêmicos – 
Nenhuma evidência – Grau de recomendação D 
(para alivio sintomático). 
Lavagem nasal com solução salina: 
• Grau de recomendação D. 
• Objetivo: 
o Reduzir o edema da mucosa. 
o Melhorar o fluxo mucociliar. 
o Promover remoção mecânica do muco 
espesso. 
o Promover regressão de mediadores 
inflamatórios. 
Corticoide sistêmico: 
• Nível Ib – Grau de recomendação A. 
• Para pacientes com dor facial importante. 
• Via oral por 3 a 5 dias. 
Corticoide tópico: 
• Nível Ib - Grau de recomendação A. 
• Objetivo: diminuição dos sintomas de obstrução 
nasal. 
• Reduzir o edema da mucosa dos cornetos e meato 
médio. 
• Esquema de tratamento em dose dobrada. 
 
 
Antibiótico: 
• Escolha deve levar em conta: 
o A gravidade dos sintomas. 
o Uso prévio de antibióticos pelo paciente. 
o Presença de quadros nasossinusais 
prévios. 
o Presença de comorbidades associadas. 
o Histórico de reações alérgicas prévias. 
• Não previnem complicações. 
• Devem ser usados de forma racional - maioria dos 
pacientes tem resolução espontânea. 
• Prescrição adiada – reduz em 1/3 o uso 
indiscriminado de ATB. 
1° Escolha: Amoxicilina. 
• Boa resposta na maioria dos casos (80%). 
• Alternativas: 
o Azitromicina; 
o Claritromicina; 
o Sulfametoxazol-trimetropin. 
2° Escolha: 
• Em casos de uso de ATBnas últimas quatro 
semanas. 
• Doença de base associada. 
• Sem resposta à amoxacilina dentro de 24 a 48h. 
• Alternativas: 
o Amoxicilina + ácido clavulânico; 
o Cefalosporinas de 1° e 2° geração; 
o Sulfametoxazol-trimetropin. 
COMPLICAÇÕES 
Ainda prevalentes em países em desenvolvimento. 
Mais comum em crianças. 
Associada a imunosupressão e fatores anatômicos 
(espessura das paredes ósseas e proximidade de 
determinados órgãos). 
Classificação: 
Complicações Orbitárias: 
• Celulite Pré-septal. 
• Celulite Orbital. 
• Abscesso subperiosteal. 
• Abscesso Orbital. 
• Trombose de Seio Cavernoso. 
Complicações Intracranianas: 
• Meningite. 
• Abscesso Extradural. 
• Abscesso Subdural. 
• Abscesso Cerebral. 
Complicações ósseas: 
• Osteomielite frontal (adolescentes e adultos 
jovens). 
• Osteomielite Maxilar (crianças).

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