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Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Com certificado online 60 horas Urgência e Emergência Denise Santana Silva dos Santos Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Urgência e Emergência Denise Santana Silva dos Santos 60 horas Com certificado online SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 6 1.2 PREMISSAS ............................................................................................................... 6 URGÊNCIA X EMERGÊNCIA ........................................................................................ 7 CAMPO DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ............................................................................................................... 8 TIPO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ................................................................. 10 4.1 ANÁLISE PRIMÁRIA ............................................................................................. 10 4.2 AFOGAMENTO ....................................................................................................... 11 4.3 SÍNCOPE/ DESMAIO .............................................................................................. 12 4.4 CHOQUE ELÉTRICO .............................................................................................. 12 4.5 CONVULSÃO .......................................................................................................... 12 4.6 ENVENENAMENTO PELA PELE .......................................................................... 13 4.7 ENVENENAMENTO POR ASPIRAÇÃO ............................................................... 13 4.8 ENVENENAMENTO POR INGESTÃO ................................................................. 13 4.9 ESTADO DE CHOQUE ........................................................................................... 14 4.10 FERIMENTO ABERTO OU PERDA DE MEMBRO ........................................... 14 4.11 FERIMENTO LEVE ............................................................................................... 14 4.12 FERIMENTO PROFUNDO .................................................................................... 15 4.13 FRATURA EXPOSTA ........................................................................................... 15 4.14 FRATURA FECHADA ........................................................................................... 16 4.15 HEMORRAGIA ...................................................................................................... 16 4.16 HEMORRAGIA EXTERNA .................................................................................. 17 4.17 HEMORRAGIA INTERNA ................................................................................... 17 4.18 LESÃO CRANIANA .............................................................................................. 17 4.19 LESÃO NA COLUNA VERTEBRAL ................................................................... 18 4.20 SITUAÇÃO DE PARADA CARDIORESPIRATÓRIA ........................................ 18 4.21 DESTAQUES DO GUIDELINES 2015 EM SITUAÇÃO DE PCR ...................... 19 4.22 PARADA CARDÍACA ........................................................................................... 20 4.22 PARADA RESPIRATÓRIA ................................................................................... 20 4.23 PICADA DE INSETOS, ARANHA, COBRA OU ESCORPIÃO .......................... 20 4.24 QUEIMADURA ...................................................................................................... 21 4.25 TORÇÃO, DISTENSÃO E LUXAÇÃO ................................................................ 21 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR / SAMU ........................................................... 22 5.1 HISTÓRICO DO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .............. 23 5.2 OBJETIVOS DO SAMU .......................................................................................... 23 5.3 EQUIPE DO SAMU .................................................................................................. 25 5.4 TIPOS DE UNIDADES DE INTERVENÇÃO DA SAMU ..................................... 26 5.5 OS TIPOS DE UNIDADES E AS INTERVENÇÕES ............................................. 26 LEGISLAÇÃO SOBRE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO BRASIL ................. 28 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ........................................................................................ 30 7.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 30 7.2 QUEM FAZ O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? ............. 31 7.3 A QUEM SE DESTINA? .......................................................................................... 31 7.4 COMO SE APLICA O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? 31 7.5 CONDUTA A SER TOMADA ................................................................................. 32 7.6 OBSERVAÇÕES GERAIS ....................................................................................... 33 7.7 INDICADORES ........................................................................................................ 33 CONTENÇÃO AO PACIENTE EM SITUAÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ............................................................................................................................................. 34 8.1 CONTENÇÃO .......................................................................................................... 34 8.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 34 8.3 TIPOS ........................................................................................................................ 34 8.4 CONTENÇÃO FÍSICA ............................................................................................. 35 8.4.1 Contenção de Tórax ............................................................................................ 35 8.5 CONTENÇÃO QUÍMICA ........................................................................................ 35 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 38 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 42 Unidade 1 – Apresentação 5 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 APRESENTAÇÃO O cenário brasileiro com relação ao atendimento nas urgências e emergências tem crescido no país nos últimos anos. Isso tem sido influenciado pela criação de Políticas Públicas voltadas para atender a população nessas situações. Portanto, é de relevância pública estabelecer normas e protocolos de atendimento, padronizando assim as condutas adotadas nas situações de urgência e emergência, atentando também para a regionalizaçãoe o contexto do cuidar devido às proporções continentais do Brasil. O atendimento aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, deve ser prestado por todas as portas de entradas do SUS, ou seja, pelo conjunto das unidades básicas de saúde e suas equipes de Programa Saúde da Família, pelas unidades de atendimento pré-hospitalar fixa e móveis e pelas unidades hospitalares, possibilitando a resolução dos problemas de saúde dos pacientes ou transportando-os responsavelmente a um serviço de saúde hierarquizado e regulado. Urgência e Emergência 6 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 1.1 OBJETIVOS Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca urgências e emergências mais comuns no Brasil. Descrever os protocolos mais utilizados no país para atendimento das urgências e emergências clínicas ou violência. Descrever a escala de classificação de risco utilizada nas Unidades de Pronto Atendimento do país. Esclarecer dúvidas acerca do Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar - SAMU. 1.2 PREMISSAS As principais causas de mortalidade na população na região metropolitana, nas faixas etárias entre 15 e 49 anos, são os acidentes e a violência. São também as mais importantes causas de incapacitação física permanente ou temporária nessa população, levando-se em conta as perdas econômicas, previdenciárias e grande dispêndio em tratamento das complicações na saúde dos pacientes. As complicações podem ser evitadas, uma vez que boas partes das complicações ocorrem em função de atendimentos realizados de forma inapropriada durante a fase aguda. Esse quadro apontou a necessidade de estruturar melhor os atendimentos de urgência e emergências nas grandes capitais do país. Tendo como objetivo o atendimento imediato dos pacientes de forma a torná-lo resolutivo e eficaz. Unidade 2 – Urgência x Emergência 7 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 URGÊNCIA X EMERGÊNCIA Emergência é caracterizado como uma situação crítica, gravíssima, com ocorrência de perigo; incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a circunstância que exige uma cirurgia ou intervenção médica de imediato, caso contrário, o paciente pode morrer ou apresentará uma sequela irreversível. O atendimento é feito imediatamente. Urgência é caracterizada como um evento grave, que deve ser resolvido urgentemente, mas que não possui um caráter imediatista, ou seja, é quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte. Na medicina, ocorrências de caráter urgente necessitam de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia, contudo, possuem um caráter menos imediatista. O atendimento deve ser dado nas primeiras 24 horas. Urgência e Emergência 8 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 CAMPO DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA O (A) enfermeiro (a) que atua na área de Urgência e Emergência necessita de um treinamento específico para identificar problemas de saúde dos pacientes em situação de crise. Faz-se necessário estabelecer prioridades, monitorar e avaliar continuamente os pacientes em situação de crise. Existem diversas áreas de atuação para o enfermeiro trabalhar tanto na urgência quanto na emergência. São diversos locais onde os profissionais de enfermagem podem atuar como, por exemplo: Unidades de atendimento pré-hospitalar (SAMU); Unidades de saúde 24 horas; Pronto socorro; Unidades de terapia intensiva; Unidades de dor torácica; Unidade de terapia intensiva neonatal Os profissionais de enfermagem devem estar atentos e preparados para atuarem em situações de urgência e emergência, pois a capacitação profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático, irão fazer a diferença no momento crucial do atendimento ao paciente. Unidade 3 – Campo de Atuação do Enfermeiro no Atendimento de Urgência e Emergência 9 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Muitas vezes estas habilidades não são treinadas e quando ocorre a situação de emergência, o que vemos são profissionais correndo de um lado para outro sem objetividade, com dificuldades para atender o paciente e ainda com medo de aproximar-se da situação. Por outro lado, quando temos uma equipe treinada, capacitada e motivada, o atendimento é realizado muito mais rapidez e eficiência, podendo na maioria das vezes, salvar muitas vidas. A enfermagem trabalha diariamente com pacientes em risco de morte e que dependem deste cuidado para que mantenham suas vidas. As ações da equipe de enfermagem visam sempre à assistência ao paciente da melhor forma possível, expressando assim, a qualidade e a importância da nossa profissão. Urgência e Emergência 10 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 TIPO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Os primeiros socorros ou socorro básico de urgências são as medidas inicias e imediatas dedicada à vítima, fora do ambiente hospitalar, executada por qualquer pessoa treinada para garantir a vida, proporcionando bem-estar e evitando agravamento das lesões existentes. O socorrista deve agir com bom senso, tolerância e calma. 4.1 ANÁLISE PRIMÁRIA Verifique nível de consciência Abra as vias respiratórias Verifique a respiração Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 11 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Verifique os batimentos cardíacos Aplicar colar cervical (trauma) 4.2 AFOGAMENTO O afogamento é a segunda causa mais comum de mortes não-intencionais em crianças com menos de 14 anos. Os fatores associados ao afogamento incluem a ingestão de álcool, a incapacidade de nadar, lesões ao mergulhar, hipotermia e exaustão. Não se deve abandonar prematuramente os esforços para salvar o paciente. Uma reanimação bem – sucedida com recuperação neurológica integral já ocorreu em paciente de quase-afogamento depois de uma submissão prolongada em água fria. Depois da reanimação, a hipóxia e a acidose são as principais complicações apresentadas por uma pessoa que quase se afogou; elas tornam necessária a intervenção imediata no Serviço de Emergência. As alterações fisiopatológicas e as lesões pulmonares decorrentes dependem do tipo de líquido aspirado (água doce ou salgada) e do volume aspirado. A aspiração de água doce acarreta edemapulmonar e, portanto, a incapacidade de expandir os pulmões. A aspiração de água salgada acarreta edema pulmonar pelos efeitos osmóticos do sal no interior do pulmão. Tratamento: Os objetivos terapêuticos incluem manter a perfusão cerebral e uma oxigenação adequada, para impedir danos adicionais aos órgãos vitais. A reanimação cardiopulmonar imediata é o fator com maior influência na sobrevida. A prioridade maior na reanimação é controlar a hipóxia, a acidose e a hipotermia. A prevenção e o tratamento da hipóxia são realizados assegurando-se uma via aérea e uma respiração adequada e melhorando, assim a ventilação, o que ajuda a corrigir a acidose respiratória e a oxigenação. Depois de um quase afogamento o paciente corre risco de complicações como lesões cerebrais hipóxicas ou isquêmicas, síndrome da angústia respiratória aguda, lesão pulmonar secundária à aspiração e uma parada cardíaca com risco de morrer. Urgência e Emergência 12 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.3 SÍNCOPE/ DESMAIO Acontece quando há uma redução do fluxo de sangue no cérebro. Sem oxigenação adequada, o metabolismo do cérebro reduz-se o que causa perda breve e transitória da consciência. Sintomas: Inconsciência, suor excessivo, respiração bastante fraca e batimentos cardíacos lentos. O que fazer: Sentar a pessoa e pôr a sua cabeça entre suas próprias pernas, pedindo que ela respire profundamente. Molhar seus lábios com água fresca. O que não fazer: Fazê-la ingerir líquidos. Cuidados: Manter a pessoa sentada por algum tempo, mesmo depois de passados os sintomas. 4.4 CHOQUE ELÉTRICO É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo corpo quando em contato com partes energizadas. Sintomas: Paralisia e convulsões. O que fazer: Desprender a pessoa da fonte de energia com um material isolante (madeira, borracha). Deitar a vítima de costas, afrouxar sua roupa e verificar seus sinais vitais. O que não fazer: Encostar na pessoa enquanto ela estiver ligada à fonte de energia. Cuidados: Sinalizar o local para evitar novos acidentes. 4.5 CONVULSÃO Sintomas: Espasmos incontroláveis, lábios azulados, olhos virados para cima, inconsciência e salivação abundante. O que fazer: Deitar a pessoa de costas. Retirar de seu corpo os objetos que podem feri-la. Levantar seu queixo para facilitar a respiração. Colocar um pano torcido entre seus dentes, para evitar mordidas na língua. Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 13 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O que não fazer: Molhar ou tentar imobilizar a vítima. Cuidados: Afastar os objetos que podem machucar enquanto a vítima se debate. Depois de as convulsões terminarem, manter a pessoa deitada por alguns minutos. 4.6 ENVENENAMENTO PELA PELE Sintomas: Ardência, coceira e erupções. O que fazer: Lavar rapidamente a região com água corrente, enquanto as roupas contaminadas são retiradas. O que não fazer: Deixar que o veneno seja absorvido. Cuidados: Proteger-se usando luvas e evitando inalar o veneno. Identificar o produto. 4.7 ENVENENAMENTO POR ASPIRAÇÃO Sintomas: Sufocamento e inconsciência. O que fazer: Deitar a vítima de costas, com a cabeça mais baixa do que o corpo, para facilitar a respiração. Imobilizá-la. Afrouxar as roupas. Agasalhá-la. Arejar o ambiente e fazer com que ela respire ar puro. O que não fazer: Permitir que a vítima tome bebida alcoólica. Provocar vômito. Cuidados: Descobrir qual foi o veneno aspirado e encaminhar, imediatamente, a pessoa para o atendimento médico, tendo cuidado com a ventilação no trajeto. 4.8 ENVENENAMENTO POR INGESTÃO Sintomas: Desconforto, convulsões e indigestão. O que não fazer: Provocar vômito na pessoa que estiver inconsciente ou tiver tomado: soda cáustica, desinfetantes, amoníacos, ácidos, derivados de petróleo ou alvejantes. Urgência e Emergência 14 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Cuidados: Encaminhar, imediatamente, a vítima para o atendimento médico, levando o veneno e a embalagem para ser examinada. 4.9 ESTADO DE CHOQUE Sintomas: Pulsação fraca e rápida, pele fria, palidez, fraqueza, suor excessivo, frio e inquietação. O que fazer: Deitar a pessoa, com a cabeça no mesmo nível ou mais baixa do que o corpo. Afrouxar a roupa da vítima, conservando a agasalhada. Retirar qualquer objeto da boca. Caso não haja fratura, levantar suas pernas cerca de 30 cm do chão. O que não fazer: Oferecer líquidos à pessoa semi-inconsciente ou inconsciente. Cuidados: Quando houver vômitos, virar a cabeça da vítima para o lado. 4.10 FERIMENTO ABERTO OU PERDA DE MEMBRO São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo com grau de sangramento, laceração e contaminação variável. Atentar para: Priorizar o controle do sangramento. O que fazer: Cobrir o ferimento com uma compressa limpa e úmida que deve ser presa por uma atadura. Levar o membro amputado para o hospital. O que não fazer: Tentar colocar dentro do corpo os órgãos externos que estejam fora da cavidade abdominal. Tocar neles com as mãos. Cuidados: Não apertar demais a atadura. Colocar o membro amputado em um saco plástico limpo e lacrado. Levá-lo para o hospital dentro de uma vasilha com água gelada. Não pôr gelo diretamente na parte amputada. 4.11 FERIMENTO LEVE Sintomas: Dor local e sangramento leve. Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 15 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O que fazer: Fazer uma compressa com um pano limpo, colocá-la sobre a ferida e amarrá-la com uma tira de pano para evitar a perda de sangue. O que não fazer: Usar pó de café, pano queimado, papel ou outros objetos para estancar o ferimento. Cuidados: Trocar o curativo com frequência e mantê-lo limpo e seco. 4.12 FERIMENTO PROFUNDO Sintomas: Dor no local e sangramento abundante. O que fazer: Fazer uma compressa com um pano limpo, colocá-la sobre a ferida e amarrá-la com uma tira de pano para evitar a perda de sangue. O que não fazer: Usar pó de café, pano queimado, papel ou outros objetos para estancar o ferimento. Cuidados: Manter a compressa limpa e seca. Se não tiver um pano, fechar o ferimento com as mãos. 4.13 FRATURA EXPOSTA Caracterizada pelo afloramento de osso por ruptura da pele e de tecidos adjacentes. Sintomas: Redução da capacidade de mover o membro afetado, dor no local da fratura e sangramento. O que fazer: Deitar a vítima. Fazer uma compressa com um pano limpo, colocá-la sobre a ferida e amarrá-la com uma tira de pano. Imobilizar o membro, usando duas talas (qualquer material rígido) amarradas com tiras de pano. O que não fazer: Tentar colocar o osso no lugar. Dar remédios à vítima. Cuidados: Não deslocar a vítima antes de imobilizar o membro afetado. Impedir que o tronco se curve. O tratamento apropriadoe imediato da fratura pode determinar, em grande parte, a evolução final do paciente e pode significar a diferença entre a recuperação e a incapacidade. Urgência e Emergência 16 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.14 FRATURA FECHADA São aquelas em que a pele não sofre solução de continuidade, ou seja, não apresenta nenhum ferimento mantendo-se íntegra. Sintomas: Redução da capacidade de mover o membro afetado, dor no local da fratura e inchaço da região. O que fazer: Pôr o membro acidentado na posição natural, sem forçar ou causar desconforto para a pessoa. Imobilizar, usando duas talas (qualquer material rígido) amarradas com tiras de pano. Colocar gelo no local. O que não fazer: Usar talas que não tenham o comprimento suficiente para alcançar a parte superior e inferior da articulação. Cuidados: Acolchoar a parte interna das talas para evitar que a pele seja ferida. Não apertar demais as ataduras ou as tiras de pano. Impedir que o tronco se curve. 4.15 HEMORRAGIA Estancar a hemorragia é essencial para o cuidado e a sobrevida de pacientes em uma situação de emergência ou desastre. Uma hemorragia pode acarretar a redução do volume sanguíneo circulante gerando o choque hipovolêmico. Os sangramentos de menor gravidade, que são comumente venosos, geralmente cessam espontaneamente, a não ser que o paciente seja portador de um transtorno hemorrágico ou esteja tomando anticoagulante. O paciente é avaliado quanto aos sinais e sintomas de choque: pele fria e úmida, queda da pressão arterial, taquicardia, retardo do enchimento capilar e redução do volume urinário. O objetivo do tratamento de emergência é controlar o sangramento, manter um volume sanguíneo circulante adequado a oxigenação tecidual e impedir o choque. Pacientes que apresentam hemorragia estão em risco para parada cardíaca ocasionada pela hipovolemia, com anóxia secundária. Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 17 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.16 HEMORRAGIA EXTERNA Se um paciente apresentar uma hemorragia externa, deve-se fazer uma avaliação física rápida enquanto são cortadas as roupas do paciente na tentativa de identificar a área da hemorragia. Uma pressão firme é realizada na área do sangramento ou sobre a artéria envolvida. Muitos sangramentos podem ser estancados ou, no mínimo, controlados pela aplicação da pressão direta. É aplicado um curativo compressivo firme e a parte lesada é elevada para estancar sangramentos venosos e capilares se possível. Se a área lesada for uma extremidade, esta é imobilizada para controlar a perda sanguínea. 4.17 HEMORRAGIA INTERNA Se o paciente não apresentar nenhum sinal externo de sangramento, mas apresentar taquicardia, hipotensão, sede, pele fria e úmida, retardo no enchimento capilar suspeita-se de hemorragia interna. Sintomas: Manchas roxas na pele, pulsação fraca, suor excessivo, perda de cor, tontura, desmaio, náuseas e vômitos. O que fazer: Imobilizar a vítima e procurar atendimento médico imediatamente. O que não fazer: Movimentar a vítima. Cuidados: Manter o paciente deitado com a cabeça mais baixa do que o corpo, exceto quando houver suspeita de fratura craniana ou derrame cerebral. 4.18 LESÃO CRANIANA Sintomas: Depressão no couro cabeludo, paralisia de um lado do corpo, convulsões e vômitos, dor de cabeça persistente, perda da visão, escoriação em torno de um olho ou atrás de uma orelha e inconsciência. O que fazer: Deitar o acidentado. Afrouxar as roupas. Agasalhá-lo. Se houver algum ferimento no couro cabeludo, pôr uma compressa limpa sobre o local, prendendo com uma atadura. O que não fazer: Pressionar o crânio. Interromper a drenagem de sangue ou líquido claro pelo nariz, pelo ouvido ou pela boca. Urgência e Emergência 18 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Cuidados: Em caso de sangramento no nariz, na boca ou no ouvido, voltar à cabeça para o lado ferido. 4.19 LESÃO NA COLUNA VERTEBRAL Sintomas: Perda da sensibilidade e dormência ou incapacidade de movimentar os membros. O que fazer: Deitar a vítima, agasalhá-la e imobilizá-la até que chegue o socorro médico. O que não fazer: Deitar ou virar a vítima sob qualquer pretexto. Cuidados: Ficar atento à respiração da pessoa acidentada. Se houver necessidade, fazer respiração artificial. 4.20 SITUAÇÃO DE PARADA CARDIORESPIRATÓRIA Na abordagem ao paciente em parada cardiorrespiratória, as prioridades do cuidado de emergência são a estabilização, a provisão de tratamentos crítico e a transferência imediata para uma unidade de terapia intensiva. Uma abordagem sistemática para estabelecer e tratar efetivamente as prioridades de saúde, consiste na abordagem de avaliação primária e secundária. A avaliação primária consiste na estabilização das condições que acarretam risco de vida para o paciente. A equipe do Serviço de Emergência trabalha de forma colaborativa e segue o método de C-A-B da reanimação (A- Abertura de Vias Aéreas; B- Respiração; C – Circulação). Princípios da Reanimação: Estabelecer uma via aérea permeável; Fornecer uma ventilação adequada, empregando medidas de reanimação; Avaliar e restaurar o débito cardíaco, controlando hemorragias, prevenindo e tratando o choque e mantendo ou restaurando a circulação eficaz. Isso inclui prevenção e tratamento de hipotermia. Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 19 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Avaliação secundária: testes diagnósticos e exames laboratoriais; inserção de dispositivo de monitorização; imobilizar fraturas suspeitas, limpeza e fechamento de feridas. 4.21 DESTAQUES DO GUIDELINES 2015 EM SITUAÇÃO DE PCR As atualizações das Diretrizes da American Heart Association (AHA) 2015 para Parada Cardiorrespiratória (PCR) se baseia em um processo internacional de avaliações de evidências que envolveram 250 revisores de 39 países. Recomendações importantes, novas e atualizadas, que podem servir de base para decisões éticas: Uso da Reanimação Cardiorrespiratória Extracorpórea (ECPR) para PCR. Fatores prognósticos durante PCR. Revisão de evidências sobre os escores do prognóstico para bebês prematuros. Prognóstico para criança e adultos pós PCR. Função de órgãos transplantados recuperados após PCR. Suporte Básico de Vida em Adulto: Deu-se mais ênfase à rápida identificação de PCR por parte dos atendentes, com disponibilização imediata das instruções de RCP para a pessoa por telefone. A sequência recomendada para um único socorrista foi confirmada: o único socorrista deve iniciar as compressões torácicas antes de aplicar as ventilações de resgate (C-A-B) para reduzir o tempo até a primeira compressão. O único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões seguida por duas respirações. A velocidade recomendada para as compressões torácicasé de 100 a 120/ min. As recomendações para a profundidade da compressão torácica é de pelo menos 2 polegadas (5 cm). Urgência e Emergência 20 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.22 PARADA CARDÍACA Sintomas: Ausência de batimentos cardíacos, contração da faringe, dilatação das pupilas e coloração azulada da pele e dos lábios. O que fazer: Deitar a vítima. Imobilizar a cabeça e o pescoço. Fazer massagem cardíaca. O que não fazer: Aplicar a massagem sem ter a certeza de que o coração está parado. 4.22 PARADA RESPIRATÓRIA Sintomas: Pupilas dilatadas e unhas, língua e lábios cianóticos. O que fazer: Desobstruir as vias respiratórias com os dedos cobertos por um pano limpo. Imobilizar a cabeça e pescoço. Aplicar respiração artificial. O que não fazer: Aplicar a respiração artificial se a pessoa estiver sangrando ou vomitando. 4.23 PICADA DE INSETOS, ARANHA, COBRA OU ESCORPIÃO Uma pessoa pode ter uma sensibilidade extrema aos venenos de insetos. A alergia ao veneno é considerada como sendo uma reação mediada pelo IgE e constitui-se uma emergência aguda. Embora picadas em qualquer área do corpo possam desencadear a anafilaxia, picadas na cabeça e pescoço ou múltiplas picadas são particularmente graves. Manifestações Clínicas: urticária, prurido, mal-estar, edema de laringe, broncoespasmo, perda de consciência, tontura, visão embaçada, erupções e inchaços e vermelhidão local. Podendo levar a morte. O que fazer: Imobilizar a vítima. Lavar o local com água e sabão. Agasalhar a pessoa e mantê-la calma. Procurar imediatamente auxílio médico. O que não fazer: Tentar sugar o veneno. Aplicar receitas caseiras. Cuidados: Enquanto uma pessoa encaminha a vítima para o atendimento médico, outra deve recolher o animal, para facilitar a identificação da espécie e do soro a ser utilizado. Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 21 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.24 QUEIMADURA Sintomas: 1º grau - pele avermelhada, lesão superficial e dor local suportável. 2º grau - formação de bolhas, dor local e desprendimento da pele. 3º grau - visão de todas as camadas da pele e dores bem fortes. O que fazer: Deitar a pessoa, mantendo a cabeça e o tórax abaixo do resto do corpo. Cortar as roupas próximas ao local afetado. Retirar anéis, colares e outros acessórios. Colocar um pano limpo e umedecido sobre a área afetada, sem retirá-lo do local (exceto em caso de queimaduras causadas por produtos químicos). O que não fazer: Perfurar as bolhas. Tocar diretamente na queimadura. Passar pomadas, cremes ou remédios sem orientação profissional. Cuidados: Não remover a roupa posta na queimadura. Se a queimadura tiver sido causada por produtos químicos, lavar a área, aplicando jatos de água enquanto as roupas forem retiradas. Se a roupa estiver pegando fogo, abafar as chamas, utilizando um cobertor ou toalha de material natural. 4.25 TORÇÃO, DISTENSÃO E LUXAÇÃO Sintomas: Dor no local da torção ou do deslocamento. O que fazer: Pôr o membro na posição natural, sem causar desconforto para o acidentado. Imobilizar, usando duas talas (qualquer material rígido) amarradas com tiras de pano. O que não fazer: Aplicar compressas da água quente ou esquentar a região afetada. Usar talas que não tenham o comprimento suficiente para alcançar a parte superior e inferior da articulação. Cuidados: Acolchoar a parte interna das talas para evitar que a pele seja ferida. Não apertar demais as ataduras ou tiras de pano. Urgência e Emergência 22 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR / SAMU O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 1864/GM, em setembro de 2003, iniciou a implantação do componente móvel de urgência com a criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU-192. O SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é um serviço de saúde, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde do Estado. É responsável pelo componente Regulação dos Atendimentos de Urgência, pelo Atendimento Móvel de Urgência da Região e pelas transferências de pacientes graves da região. Faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender, dentro da região de abrangência, todo enfermo, ferido ou parturiente em situação de urgência ou emergência, e transportar-nos com segurança e acompanhamento de profissionais da saúde até o nível hospitalar do sistema. Além disto, intermédia, através da central de regulação médica das urgências, as transferências inter-hospitalar de pacientes graves, promovendo a ativação das equipes apropriadas e a transferência do paciente. Unidade 5 – Atendimento Pré-Hospitalar / SAMU 23 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.1 HISTÓRICO DO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) é responsável pelo atendimento de urgências e emergências no espaço pré-hospitalar, ou seja, atendimentos em domicílios, em vias públicas, enfim, qualquer lugar coberto pelo serviço, o qual é público e mantido com recursos do SUS. Esse serviço elevou consideravelmente a qualidade de transporte dos pacientes aos hospitais, aumentando a expectativa de vida dessas pessoas e melhorando a qualidade do atendimento a pacientes de urgências e emergências. O médico de urgência trabalha dentro das Unidades de Suporte Avançado de Vida. O emergencista atendente de saúde ou socorrista trabalha dentro da Viatura para Suporte Básico da Vida. Ambos, indo até os atendimentos dos casos mais graves. 5.2 OBJETIVOS DO SAMU Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito; Urgência e Emergência 24 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que concerne às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e proporcionando resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os municípios da região de abrangência; Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares; Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de traumas como em situações clínicas, prestando os cuidados médicos de urgência apropriados ao estado de saúde do cidadão e, quando se fizer necessário, transportá- lo com segurança e com o acompanhamento deprofissionais do sistema até o ambulatório ou hospital; Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos serviços de salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças Armadas quando se fizer necessário; Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de pacientes graves internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional e estadual, ativando equipes apropriadas para as transferências de pacientes; Participar dos planos de organização de socorros em caso de desastres ou eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário, inundações, terremotos, explosões, intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de radiações ionizantes, e demais situações de catástrofes; Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis para o atendimento às urgências; Prover banco de dados e estatísticos atualizados no que diz respeito a atendimentos de urgência, a dados médicos e a dados de situações de crise e de transferência inter-hospitalar de pacientes graves, bem como de dados administrativos; Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de urgência, transferências inter-hospitalares de pacientes graves e recursos disponíveis na rede de saúde para o atendimento às urgências; Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino; Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação, ações que precisam ser desencadeadas dentro da própria área da saúde e de outros setores, como trânsito, planejamento urbano, educação dentre outros. Participar da educação sanitária, proporcionando cursos de primeiros socorros à comunidade, e de suporte básico de vida aos serviços e organizações que atuam em urgências; Estabelecer regras para o funcionamento das centrais regionais. Unidade 5 – Atendimento Pré-Hospitalar / SAMU 25 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.3 EQUIPE DO SAMU Todas as equipes trabalham em sistema de plantão, com cobertura por 24 horas, todos os dias da semana, excetuando-se a equipe aérea, onde somente são realizados vôos diurnos. Equipe da central de regulação Médicos reguladores Técnicos auxiliares de regulação médica Controladores de Frota e Radioperadores Equipe das Unidades de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM) Médico Enfermeiro Motorista-socorrista Equipe do Helicóptero de Suporte Avançado PRF-SAMU Médico (SAMU) Enfermeiro (SAMU) Urgência e Emergência 26 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Piloto (PRF) Técnico de Operações Especiais (PRF) Equipes das Unidades Móveis de Suporte Básico Técnico de Enfermagem Motorista-socorrista As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192 estabelecem a conexão com toda a rede de saúde na macrorregião de abrangência através de telefonia ou rádio. As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192, estão inter conectadas entre si através de telefonia. Há interação entre as centrais de regulação, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. 5.4 TIPOS DE UNIDADES DE INTERVENÇÃO DA SAMU 5.5 OS TIPOS DE UNIDADES E AS INTERVENÇÕES Unidades de Suporte Básico de Vida do SAMU Cada Unidade Móvel de Suporte Básico tem, além de material de consumo onde inclui-se medicações, no mínimo: rede de oxigênio, prancha longa de madeira para imobilização da coluna, colares cervicais, cilindro de O2, talas de imobilização de fraturas e ressuscitador manual adulto e infantil (ambu). UTI móveis do SAMU Cada Unidade de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM) tem, além de material de consumo, no mínimo: uma incubadora para transporte, um aspirador cirúrgico para ambulância, um respirador a volume, um monitor multiparâmetros, um Unidade 5 – Atendimento Pré-Hospitalar / SAMU 27 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). oxímetro digital e bomba de infusão para seringas, além de todo o material para imobilização e medicamentos de cuidados intensivos. Helicóptero de Suporte Avançado de Vida PRF-SAMU O Helicóptero de Suporte Avançado de Vida PRF-SAMU, viabilizado através de um convênio entre a Polícia Rodoviária Federal e o SAMU tem, além de material de consumo, no mínimo: um aspirador cirúrgico, um respirador a volume, um monitor multiparâmetros, um oxímetro digital e bomba de infusão para seringas, além de todo o material para imobilização e medicamentos de cuidados intensivos. Urgência e Emergência 28 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 06 LEGISLAÇÃO SOBRE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO BRASIL A Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Ela propõe a implantação nas unidades de atendimento às urgências do acolhimento e da “triagem classificatória de risco”. De acordo com esta Portaria, este processo “deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré- estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento”. Mais que uma previsão legal, a classificação de risco é entendida como uma necessidade para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, garantindo um atendimento resolutivo e humanizados àqueles em situações de sofrimento agudo ou crônico agudizado de qualquer natureza. Por questões históricas e também por encontrar dificuldades para o acesso ao sistema público de saúde, a população procura a urgência como porta de entrada para resolução de seus problemas. Estes serviços são frequentemente criticados pela população e seus trabalhadores sentem-se desmotivados com a pressão por atendimento em maiores quantidade e rapidez. Vários trabalhos confirmam este cenário caracterizado por um custeio elevado, grande demanda saturação dos serviços, usuários e trabalhadores insatisfeitos e violência cotidiana contra os trabalhadores. Muitos estudiosos do processo de organização em saúde, com formação e olhares diversos, vêm pesquisando e apontando a necessidade da mudança do paradigma assistencial vigente como saída mais provável e eficaz para os problemas citados. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), como tentativa de minimizar os efeitos da pressão na porta de entrada, iniciativas isoladas foram tomadas por profissionais Unidade 6 – Legislação Sobre Urgência e Emergências no Brasil 29 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). enfermeiros que atuavam como “priorizadores” do atendimento médico, responsabilizando-se, durante seus plantões, pelo acesso do cidadãoà consulta médica. Portaria GM/ MS 1863/ 2003 – Política Nacional de Atenção às urgências a ser implantado em todas as unidades federais, respeitadas as competências das três esferas de gestão. Portaria GM/ MS1864/ 2003 – Institui os Componentes pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o território brasileiro SAMU- 192. Portaria 1020/2009 – Estabelece as diretrizes para a implantação do componente Pré-hospitalar fixo para a organização de redes loco - regionais de atenção integral as urgências em conformidade com a Política Nacional de Atenção às urgências. Urgência e Emergência 30 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 07 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 7.1 OBJETIVOS Humanizar o atendimento mediante escuta qualificada do cidadão que busca os serviços de urgência/emergência; Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico mediato ou imediato; Utilizar o encontro com o cidadão como instrumento de educação no que tange ao atendimento de urgência/emergência; Construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando a rede dos serviços de prestação de assistência à saúde. O profissional de saúde, o usuário dos serviços de urgência/emergência e a população constroem estratégias coletivas que promovem mudanças nas práticas dos serviços. O acolhimento é uma destas estratégias. Tradicionalmente, o acolhimento no campo da saúde é identificado ora como uma dimensão espacial (recepção administrativa e ambiente confortável), ora como uma ação de triagem administrativa e repasse de encaminhamentos. Entretanto, essas medidas, quando tomadas isoladamente dos processos de trabalho em saúde, se restringem a uma ação pontual, isolada e descomprometida com os processos de responsabilização e promoção de vínculo. Portanto, propõe-se o acolhimento aliado aos conceitos de sistema e rede numa estratégia ampla, na promoção da responsabilização e vínculo dos usuários ao sistema de saúde. Unidade 07 – Classificação de Risco 31 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 7.2 QUEM FAZ O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? Equipe multiprofissional composta por: enfermeiro, auxiliar de enfermagem, serviço social, equipe médica, profissionais da portaria/recepção e estagiários. 7.3 A QUEM SE DESTINA? Usuários que procuram as portas dos serviços de urgência/emergência do sistema de saúde da rede SUS no município de Belo Horizonte, no momento definido pelo mesmo como de necessidade aguda ou de urgência. Observação importante: Nenhum paciente poderá ser dispensado sem ser atendido, ou seja, sem ser acolhido, classificado e encaminhado de forma responsável a uma Unidade de Saúde de referência. 7.4 COMO SE APLICA O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? Urgência e Emergência 32 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). É um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Esse processo se dá mediante escuta qualificada e tomada de decisão baseada em protocolo, aliadas à capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro. Ao chegar ao serviço de urgência demandando necessidade aguda ou de urgência, o usuário é acolhido pelos funcionários da portaria/recepção ou estagiários e encaminhado para confecção da ficha de atendimento. Após a sua identificação, o usuário é encaminhado ao espaço destinado à Classificação de Risco onde é acolhido pelo auxiliar de enfermagem e enfermeiro que, utilizando informações da escuta qualificada e da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica o usuário em: VERMELHO, ou seja, emergência (será atendido imediatamente na sala de emergência); AMARELO, ou seja, urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação); VERDE, ou seja, sem risco de morte imediato (somente será atendido após todos os pacientes classificados como VERMELHO e AMARELO); AZUL, ou seja, quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social (deverá ser preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Básica de Saúde ou atendido pelo Serviço Social). Se desejar poderá ser atendido após todos os pacientes classificados como VERMELHO, AMARELO e VERDE. 7.5 CONDUTA A SER TOMADA Os pacientes classificados como VERMELHO devem ser rapidamente encaminhados para a sala de emergência, onde deverão receber cuidados médicos e de enfermagem imediatos. Existe um subgrupo de pacientes classificados como VERMELHO considerados PRIORIDADE I, que toda a equipe deve estar alerta para identificá-los e encaminhá-los à sala de emergência com acionamento de sinal sonoro. Os pacientes classificados como AMARELO devem aguardar atendimento médico em sala de espera priorizada, assentados, onde deverão estar sob supervisão contínua de toda a equipe da Unidade. Deverão ser reavaliados idealmente a cada 30min ou imediatamente em caso de alteração do quadro clínico, durante a espera para o atendimento médico. Unidade 07 – Classificação de Risco 33 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Os pacientes classificados como VERDE também aguardam atendimento médico em sala de espera, tendo sido orientados que serão atendidos após os pacientes classificados como VERMELHO ou AMARELO. Deverão ser reavaliados em caso de alteração do quadro clínico. Pacientes classificados como VERDE podem também receber encaminhamento à unidade básica de referência pelo serviço social, via contato telefônico, com garantia de consulta médica e/ou cuidados de enfermagem, situação que deve ser pactuada previamente. Pacientes classificados como AZUL poderão ser encaminhados, através de documento escrito, para o acolhimento na Unidade Básica de Saúde de referência ou terão seus casos resolvidos pela Equipe de Saúde. Observação importante: Todos os pacientes classificados como VERDE e AZUL, se desejarem, serão atendidos pela Equipe de Saúde. 7.6 OBSERVAÇÕES GERAIS Alguns grupos de pacientes foram descritos no protocolo como situações especiais. São eles: idosos, deficientes físicos, deficientes mentais, acamados, pacientes com dificuldade de locomoção, gestantes, algemados, escoltados ou envolvidos em ocorrência policial, vítimas de abuso sexual e pacientes que retornam em menos de 24h sem melhora. Esses pacientes devem merecer atenção especial da equipe da Classificação de Risco e, dentro do possível, a sua avaliação deve ser priorizada, respeitando a situação clínica dos outros pacientes que aguardam atendimento. 7.7 INDICADORESPropõe-se que sejam avaliados, entre outros, os seguintes indicadores: Percentual de usuários segundo classificação de gravidade (VERMELHO, AMARELO, VERDE e AZUL); Tempos de espera (chegada do paciente até a classificação, classificação até o atendimento médico) e de permanência de acordo com a classificação; Número de altas, transferências, internações e óbitos de acordo com a classificação de gravidade; Número de consultas simples, consulta com terapia e consulta com observação de acordo com a classificação de gravidade. Urgência e Emergência 34 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 08 CONTENÇÃO AO PACIENTE EM SITUAÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 8.1 CONTENÇÃO Trata-se da adoção de qualquer material, método, dispositivo físico ou mecânico, que imobilize ou reduza a capacidade do paciente de movimentar braços, pernas, cabeça ou qualquer parte do corpo livremente. 8.2 OBJETIVOS Garantir a segurança física imediata do paciente, do profissional da saúde ou de outros Limitar a atividade dos pacientes confusos e agressivos Evitar ou diminuir os riscos de queda, quando desassistidos 8.3 TIPOS Física Química Unidade 08 – Contenção do Paciente em Situação de Urgência e Emergência 35 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.4 CONTENÇÃO FÍSICA Quando deve-se utilizar: A contenção física deve ser usada quando o paciente se encontra em estado de crise, quando se coloca em situação de risco ou as demais pessoas a sua volta. Toda a técnica deve ser treinada por toda a equipe. Inicialmente deve-se utilizar a técnica verbal, esta deverá ser realizada pelo profissional que tem um maior vínculo com o paciente. Em caso de necessidade de contenção o profissional deverá sinalizar a outros quatro profissionais a necessidade de conter o paciente. Atenção: O profissional deve estar atento para os sinais de alerta como: agressividade verbal, punhos e dentes cerrados, movimentação excessiva, tom de voz elevado Durante todo o procedimento de contenção, o paciente deve ser esclarecido sobre o que está sendo feito, bem como os motivos, tentando explicar o caráter não-punitivo. 8.4.1 Contenção de Tórax Cuidado para evitar lesões de estiramento do braço e não restringir movimentos respiratórios. Contenção do abdome: Cuidado para não comprimir vísceras. Contenção dos joelhos: Cuidado com garroteamento. Contenção de punhos e tornozelos - MMSS E MMII: Cuidado com garroteamento. 8.5 CONTENÇÃO QUÍMICA O uso de medicamentos com o propósito de aliviar ou manejar sintomas ou comportamentos associados a condições subjacentes. Uso inapropriado de qualquer forma de contenção pode constituir abuso ou negligência. Urgência e Emergência 36 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 09 MAUS TRATOS Maus tratos são quaisquer tipos de ações/omissões aplicadas de forma consciente ou não que provocam dor física ou emocional. São tipificados pelo Código Penal Brasileiro (CPB) como crimes, geralmente cometidos por pessoas do âmbito familiar ou extra-familiar, em geral o agressor tem algum grau de parentesco com a vítima. Importante notar que os maus tratos pode ser a origem de outras formas de violência, exercida por quem antes era vítima de maus-tratos. Todo profissional da área de saúde deve estar preparado e familiarizado com os fluxos de conduta frente aos casos suspeitos ou confirmação de maus-tratos. Além disso, eles devem estar atentos, pois na maioria das situações tais casos aparecem mascarados em outros problemas, sintomas e queixas, o que dificulta o diagnóstico de violência. Um aspecto primordial é a identificação do agressor como um agente extra-familiar ou familiar. Às vezes os responsáveis tentam minimizar a violência sofrida seja transferindo a culpa do fato para vítima, seja negando o acontecido. Isso pode ser notado, quando a família refuta tratamento e medidas legais. No que diz respeito a violência doméstica, o profissional de saúde deve ser preparado para observar a presença de injúrias físicas, emocionais e sexuais. Além de avaliar o envolvimento dos diversos membros da família. Unidade 08 – Contenção do Paciente em Situação de Urgência e Emergência 37 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Ao notificar a situação, o profissional de saúde deve tornar aquele caso evidente aos olhos dos órgãos públicos responsáveis, que devem tomar as medidas cabíveis para proteger a vítima. Tendo em vista que deverão ser tomadas as decisões para interromper as atitudes violentas às quais o paciente vinha sendo submetido. Portanto, a notificação desses casos, é obrigação moral e legal do profissional de saúde que atende um paciente vítima de maus tratos, pois com essa medida, auxiliam na punição do agressor e na quebra do silencia que inviabiliza casos de maus tratos. Urgência e Emergência 38 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). AVALIAÇÃO Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado. 1. A síncope é caracterizada por: a. Aumento do fluxo sanguíneo. b. Hemostasia sanguínea c. Redução do fluxo sanguíneo no cérebro. d. Hemorragia interna 2. Após um acidente traumático, o paciente apresenta sinais de hipotensão e ao exame indica acentuada diminuição do número de glóbulos vermelhos, da hemoglobina e do hematócrito. O paciente está apresentando um quadro de: a. Infarto b. Hemorragia c. PCR d. Desmaio 3. Um trabalhador sofreu queimadura extensa dor determinado agente físico. Qual cuidado o enfermeiro deve dar? Avaliação 39 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). a. Aplicar soro fisiológico b. Aplicar Hidrocolóide c. Aplicar xilocaína d. Aplicar saf-gel 4. No tratamento da emergência vários princípios são aplicados, exceto: a. Controlar hemorragia b. Manter vias aéreas abertas c. Avaliar o nível de consciência. d. Solicitar antibiograma 5. Na assistência a um paciente com crise convulsiva, o enfermeiro deve: a. Mantê-lo em decúbito ventral b. Mantê-lo sentado c. Elevar sua cabeça para que não se sufoque. d. Garantir a permeabilidade das vias aéreas. 6. Após um acidente com lesão visível da cabeça, a vítima queixa-se de dor no pescoço. O enfermeiro deve: a. Imobilizar adequadamente a cervical.b. Mantê-lo em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 45°. c. Mantê-lo em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 30°. d. Perguntar ao paciente como ocorreu o acidente. Urgência e Emergência 40 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 7. Uma das estratégias do Ministério da Saúde no atendimento das urgências e emergências no país foi à utilização da classificação de risco. Sobre este procedimento é incorreto afirmar que: a. VERMELHO, ou seja, emergência (será atendido imediatamente na sala de emergência). b. AMARELO, ou seja, urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação). c. VERDE, ou seja, risco de morte imediato (será atendido imediatamente). d. AZUL, ou seja, quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social (deverá ser preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Básica de Saúde ou atendido pelo Serviço Social). 8. Equipe presente na ambulância de Suporte Básico de Vida: a. Médico, enfermeiro, condutor b. Técnico de enfermagem e condutor c. Técnico de Enfermagem, enfermeiro e condutor d. Condutor e médico. 9. Sobre as Portarias que regulamentam os serviços de urgência e emergências no Brasil, assine a alternativa incorreta. a. Portaria GM/ MS 2.048/ 2002 b. Portaria GM/ MS 1863/ 2003 c. Portaria GM/ MS 1865/ 2002 d. Portaria GM/ MS 1020/ 2009 10. Sobre os objetivos do SAMU, é incorreto afirmas: Avaliação 41 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). a. Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito; b. Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que concerne às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e proporcionando resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os municípios da região de abrangência; c. Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares; d. Impedir a realização do atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de traumas como em situações clínicas. Urgência e Emergência 42 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). REFERÊNCIAS Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda mais o seu conhecimento. BARRETO, S.S. M.; VIEIRA, S. R. V. e PINHEIRO, C. T. S. e Cols. Rotinas em Terapia Intensiva.4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. BELLATO, R; PEREIRA WR, MARUYAMA SAT, OLIVEIRA PC. A convergência cuidado-educação-politicidade: um desafio a ser enfrentado pelos profissionais na garantia aos direitos à saúde das pessoas portadoras de estomias. Texto Contexto Enferm, Florianópolis 2006 abr-jun; 15 (2): 334-42. BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Urgência e Emergência. Proposta de Regulação da Porta de Entrada das Unidades de Urgência e Emergência de Belo Horizonte. Belo Horizonte: SMSA, 2002. 8p. BRAGA, CP, CHRIZOSTIMO, MM. Sistematização da assistência de enfermagem: análise do registro do enfermeiro. 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Determinantes da Procura de Atendimento de Urgência Pelos Usuários nas Unidades de Pronto Atendimento da Secretaria Municipal de Saúde de Referência 43 Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Belo Horizonte. Dissertação. Belo Horizonte: Faculdade de Enfermagem da UFMG, 2005. 98f. SMITH-TEMPLE, Jean; JOHNSON, Joyce Young. Guia para procedimentos de enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2014. SANTOS JÚNIOR, E. A. Violência no Trabalho: o retrato da situação dos médicos das Unidades de Pronto Atendimento da Prefeitura de Belo Horizonte. Dissertação. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2004. 145f. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 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