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Este material é parte integrante do curso online "Urgência e Emergência" do EAD 
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução 
total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa 
do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
60 horas Urgência e Emergência 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
 
 
 
 
 
 
 
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Urgência e Emergência 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
60 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5 
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 6 
1.2 PREMISSAS ............................................................................................................... 6 
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA ........................................................................................ 7 
CAMPO DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA 
E EMERGÊNCIA ............................................................................................................... 8 
TIPO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ................................................................. 10 
4.1 ANÁLISE PRIMÁRIA ............................................................................................. 10 
4.2 AFOGAMENTO ....................................................................................................... 11 
4.3 SÍNCOPE/ DESMAIO .............................................................................................. 12 
4.4 CHOQUE ELÉTRICO .............................................................................................. 12 
4.5 CONVULSÃO .......................................................................................................... 12 
4.6 ENVENENAMENTO PELA PELE .......................................................................... 13 
4.7 ENVENENAMENTO POR ASPIRAÇÃO ............................................................... 13 
4.8 ENVENENAMENTO POR INGESTÃO ................................................................. 13 
4.9 ESTADO DE CHOQUE ........................................................................................... 14 
4.10 FERIMENTO ABERTO OU PERDA DE MEMBRO ........................................... 14 
4.11 FERIMENTO LEVE ............................................................................................... 14 
4.12 FERIMENTO PROFUNDO .................................................................................... 15 
4.13 FRATURA EXPOSTA ........................................................................................... 15 
4.14 FRATURA FECHADA ........................................................................................... 16 
4.15 HEMORRAGIA ...................................................................................................... 16 
4.16 HEMORRAGIA EXTERNA .................................................................................. 17 
4.17 HEMORRAGIA INTERNA ................................................................................... 17 
4.18 LESÃO CRANIANA .............................................................................................. 17 
4.19 LESÃO NA COLUNA VERTEBRAL ................................................................... 18 
4.20 SITUAÇÃO DE PARADA CARDIORESPIRATÓRIA ........................................ 18 
4.21 DESTAQUES DO GUIDELINES 2015 EM SITUAÇÃO DE PCR ...................... 19 
4.22 PARADA CARDÍACA ........................................................................................... 20 
4.22 PARADA RESPIRATÓRIA ................................................................................... 20 
4.23 PICADA DE INSETOS, ARANHA, COBRA OU ESCORPIÃO .......................... 20 
4.24 QUEIMADURA ...................................................................................................... 21 
4.25 TORÇÃO, DISTENSÃO E LUXAÇÃO ................................................................ 21 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR / SAMU ........................................................... 22 
5.1 HISTÓRICO DO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .............. 23 
5.2 OBJETIVOS DO SAMU .......................................................................................... 23 
5.3 EQUIPE DO SAMU .................................................................................................. 25 
 
 
5.4 TIPOS DE UNIDADES DE INTERVENÇÃO DA SAMU ..................................... 26 
5.5 OS TIPOS DE UNIDADES E AS INTERVENÇÕES ............................................. 26 
LEGISLAÇÃO SOBRE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO BRASIL ................. 28 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ........................................................................................ 30 
7.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 30 
7.2 QUEM FAZ O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? ............. 31 
7.3 A QUEM SE DESTINA? .......................................................................................... 31 
7.4 COMO SE APLICA O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO? 31 
7.5 CONDUTA A SER TOMADA ................................................................................. 32 
7.6 OBSERVAÇÕES GERAIS ....................................................................................... 33 
7.7 INDICADORES ........................................................................................................ 33 
CONTENÇÃO AO PACIENTE EM SITUAÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 ............................................................................................................................................. 34 
8.1 CONTENÇÃO .......................................................................................................... 34 
8.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 34 
8.3 TIPOS ........................................................................................................................ 34 
8.4 CONTENÇÃO FÍSICA ............................................................................................. 35 
8.4.1 Contenção de Tórax ............................................................................................ 35 
8.5 CONTENÇÃO QUÍMICA ........................................................................................ 35 
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 38 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 42 
 
 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
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01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
O cenário brasileiro com relação ao atendimento nas urgências e emergências tem crescido 
no país nos últimos anos. Isso tem sido influenciado pela criação de Políticas Públicas 
voltadas para atender a população nessas situações. 
Portanto, é de relevância pública estabelecer normas e protocolos de atendimento, 
padronizando assim as condutas adotadas nas situações de urgência e emergência, 
atentando também para a regionalizaçãoe o contexto do cuidar devido às proporções 
continentais do Brasil. 
O atendimento aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou 
psiquiátrica, deve ser prestado por todas as portas de entradas do SUS, ou seja, pelo 
conjunto das unidades básicas de saúde e suas equipes de Programa Saúde da Família, 
pelas unidades de atendimento pré-hospitalar fixa e móveis e pelas unidades hospitalares, 
possibilitando a resolução dos problemas de saúde dos pacientes ou transportando-os 
responsavelmente a um serviço de saúde hierarquizado e regulado. 
 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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1.1 OBJETIVOS 
Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca urgências 
e emergências mais comuns no Brasil. 
Descrever os protocolos mais utilizados no país para atendimento das urgências e 
emergências clínicas ou violência. 
Descrever a escala de classificação de risco utilizada nas Unidades de Pronto 
Atendimento do país. 
Esclarecer dúvidas acerca do Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar - SAMU. 
 
 
1.2 PREMISSAS 
As principais causas de mortalidade na população na região metropolitana, nas faixas 
etárias entre 15 e 49 anos, são os acidentes e a violência. 
São também as mais importantes causas de incapacitação física permanente ou 
temporária nessa população, levando-se em conta as perdas econômicas, previdenciárias e 
grande dispêndio em tratamento das complicações na saúde dos pacientes. 
As complicações podem ser evitadas, uma vez que boas partes das complicações 
ocorrem em função de atendimentos realizados de forma inapropriada durante a fase 
aguda. 
Esse quadro apontou a necessidade de estruturar melhor os atendimentos de 
urgência e emergências nas grandes capitais do país. Tendo como objetivo o atendimento 
imediato dos pacientes de forma a torná-lo resolutivo e eficaz. 
 
Unidade 2 – Urgência x Emergência 
 
 
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02 
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
 
Emergência é caracterizado como uma situação crítica, gravíssima, com ocorrência 
de perigo; incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a circunstância que exige uma 
cirurgia ou intervenção médica de imediato, caso contrário, o paciente pode morrer ou 
apresentará uma sequela irreversível. O atendimento é feito imediatamente. 
Urgência é caracterizada como um evento grave, que deve ser resolvido 
urgentemente, mas que não possui um caráter imediatista, ou seja, é quando há uma 
situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver 
demora, corre-se o risco até mesmo de morte. Na medicina, ocorrências de caráter urgente 
necessitam de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia, contudo, possuem um caráter 
menos imediatista. O atendimento deve ser dado nas primeiras 24 horas. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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03 
CAMPO DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO 
NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
O (A) enfermeiro (a) que atua na área de Urgência e Emergência necessita de um 
treinamento específico para identificar problemas de saúde dos pacientes em situação de 
crise. 
Faz-se necessário estabelecer prioridades, monitorar e avaliar continuamente os 
pacientes em situação de crise. 
Existem diversas áreas de atuação para o enfermeiro trabalhar tanto na urgência 
quanto na emergência. São diversos locais onde os profissionais de enfermagem podem 
atuar como, por exemplo: 
 Unidades de atendimento pré-hospitalar (SAMU); 
 Unidades de saúde 24 horas; 
 Pronto socorro; 
 Unidades de terapia intensiva; 
 Unidades de dor torácica; 
 Unidade de terapia intensiva neonatal 
Os profissionais de enfermagem devem estar atentos e preparados para atuarem em 
situações de urgência e emergência, pois a capacitação profissional, a dedicação e o 
conhecimento teórico e prático, irão fazer a diferença no momento crucial do atendimento 
ao paciente. 
Unidade 3 – Campo de Atuação do Enfermeiro no Atendimento de Urgência e Emergência 
 
 
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Muitas vezes estas habilidades não são treinadas e quando ocorre a situação de 
emergência, o que vemos são profissionais correndo de um lado para outro sem 
objetividade, com dificuldades para atender o paciente e ainda com medo de aproximar-se 
da situação. 
Por outro lado, quando temos uma equipe treinada, capacitada e motivada, o 
atendimento é realizado muito mais rapidez e eficiência, podendo na maioria das vezes, 
salvar muitas vidas. 
A enfermagem trabalha diariamente com pacientes em risco de morte e que 
dependem deste cuidado para que mantenham suas vidas. As ações da equipe de 
enfermagem visam sempre à assistência ao paciente da melhor forma possível, 
expressando assim, a qualidade e a importância da nossa profissão. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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04 
TIPO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 
 
 
 
 
 
Os primeiros socorros ou socorro básico de urgências são as medidas inicias e imediatas 
dedicada à vítima, fora do ambiente hospitalar, executada por qualquer pessoa treinada 
para garantir a vida, proporcionando bem-estar e evitando agravamento das lesões 
existentes. 
O socorrista deve agir com bom senso, tolerância e calma. 
 
 
4.1 ANÁLISE PRIMÁRIA 
 Verifique nível de consciência 
 Abra as vias respiratórias 
 Verifique a respiração 
Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 
 
 
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 Verifique os batimentos cardíacos 
 Aplicar colar cervical (trauma) 
 
 
4.2 AFOGAMENTO 
 O afogamento é a segunda causa mais comum de mortes não-intencionais em 
crianças com menos de 14 anos. 
 Os fatores associados ao afogamento incluem a ingestão de álcool, a incapacidade 
de nadar, lesões ao mergulhar, hipotermia e exaustão. 
 Não se deve abandonar prematuramente os esforços para salvar o paciente. Uma 
reanimação bem – sucedida com recuperação neurológica integral já ocorreu em 
paciente de quase-afogamento depois de uma submissão prolongada em água fria. 
 Depois da reanimação, a hipóxia e a acidose são as principais complicações 
apresentadas por uma pessoa que quase se afogou; elas tornam necessária a 
intervenção imediata no Serviço de Emergência. 
 As alterações fisiopatológicas e as lesões pulmonares decorrentes dependem do tipo 
de líquido aspirado (água doce ou salgada) e do volume aspirado. 
 A aspiração de água doce acarreta edemapulmonar e, portanto, a incapacidade de 
expandir os pulmões. 
 A aspiração de água salgada acarreta edema pulmonar pelos efeitos osmóticos do 
sal no interior do pulmão. 
 Tratamento: Os objetivos terapêuticos incluem manter a perfusão cerebral e uma 
oxigenação adequada, para impedir danos adicionais aos órgãos vitais. 
 A reanimação cardiopulmonar imediata é o fator com maior influência na 
sobrevida. 
 A prioridade maior na reanimação é controlar a hipóxia, a acidose e a hipotermia. 
 A prevenção e o tratamento da hipóxia são realizados assegurando-se uma via aérea 
e uma respiração adequada e melhorando, assim a ventilação, o que ajuda a corrigir 
a acidose respiratória e a oxigenação. 
 Depois de um quase afogamento o paciente corre risco de complicações como 
lesões cerebrais hipóxicas ou isquêmicas, síndrome da angústia respiratória aguda, 
lesão pulmonar secundária à aspiração e uma parada cardíaca com risco de morrer. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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4.3 SÍNCOPE/ DESMAIO 
Acontece quando há uma redução do fluxo de sangue no cérebro. Sem oxigenação 
adequada, o metabolismo do cérebro reduz-se o que causa perda breve e transitória da 
consciência. 
 Sintomas: Inconsciência, suor excessivo, respiração bastante fraca e batimentos 
cardíacos lentos. 
 O que fazer: Sentar a pessoa e pôr a sua cabeça entre suas próprias pernas, pedindo 
que ela respire profundamente. Molhar seus lábios com água fresca. 
 O que não fazer: Fazê-la ingerir líquidos. 
 Cuidados: Manter a pessoa sentada por algum tempo, mesmo depois de passados 
os sintomas. 
 
 
4.4 CHOQUE ELÉTRICO 
É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo corpo quando em contato com partes 
energizadas. 
 Sintomas: Paralisia e convulsões. 
 O que fazer: Desprender a pessoa da fonte de energia com um material isolante 
(madeira, borracha). Deitar a vítima de costas, afrouxar sua roupa e verificar seus 
sinais vitais. 
 O que não fazer: Encostar na pessoa enquanto ela estiver ligada à fonte de energia. 
 Cuidados: Sinalizar o local para evitar novos acidentes. 
 
 
4.5 CONVULSÃO 
 Sintomas: Espasmos incontroláveis, lábios azulados, olhos virados para cima, 
inconsciência e salivação abundante. 
 O que fazer: Deitar a pessoa de costas. Retirar de seu corpo os objetos que podem 
feri-la. Levantar seu queixo para facilitar a respiração. Colocar um pano torcido 
entre seus dentes, para evitar mordidas na língua. 
Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 
 
 
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 O que não fazer: Molhar ou tentar imobilizar a vítima. 
 Cuidados: Afastar os objetos que podem machucar enquanto a vítima se debate. 
Depois de as convulsões terminarem, manter a pessoa deitada por alguns minutos. 
 
 
4.6 ENVENENAMENTO PELA PELE 
 Sintomas: Ardência, coceira e erupções. 
 O que fazer: Lavar rapidamente a região com água corrente, enquanto as roupas 
contaminadas são retiradas. 
 O que não fazer: Deixar que o veneno seja absorvido. 
 Cuidados: Proteger-se usando luvas e evitando inalar o veneno. Identificar o 
produto. 
 
 
4.7 ENVENENAMENTO POR ASPIRAÇÃO 
 Sintomas: Sufocamento e inconsciência. 
 O que fazer: Deitar a vítima de costas, com a cabeça mais baixa do que o corpo, 
para facilitar a respiração. Imobilizá-la. Afrouxar as roupas. Agasalhá-la. Arejar o 
ambiente e fazer com que ela respire ar puro. 
 O que não fazer: Permitir que a vítima tome bebida alcoólica. Provocar vômito. 
 Cuidados: Descobrir qual foi o veneno aspirado e encaminhar, imediatamente, a 
pessoa para o atendimento médico, tendo cuidado com a ventilação no trajeto. 
 
 
4.8 ENVENENAMENTO POR INGESTÃO 
 Sintomas: Desconforto, convulsões e indigestão. 
 O que não fazer: Provocar vômito na pessoa que estiver inconsciente ou tiver 
tomado: soda cáustica, desinfetantes, amoníacos, ácidos, derivados de petróleo ou 
alvejantes. 
Urgência e Emergência 
 
 
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 Cuidados: Encaminhar, imediatamente, a vítima para o atendimento médico, 
levando o veneno e a embalagem para ser examinada. 
 
 
4.9 ESTADO DE CHOQUE 
 Sintomas: Pulsação fraca e rápida, pele fria, palidez, fraqueza, suor excessivo, frio 
e inquietação. 
 O que fazer: Deitar a pessoa, com a cabeça no mesmo nível ou mais baixa do que 
o corpo. Afrouxar a roupa da vítima, conservando a agasalhada. Retirar qualquer 
objeto da boca. Caso não haja fratura, levantar suas pernas cerca de 30 cm do chão. 
 O que não fazer: Oferecer líquidos à pessoa semi-inconsciente ou inconsciente. 
 Cuidados: Quando houver vômitos, virar a cabeça da vítima para o lado. 
 
 
4.10 FERIMENTO ABERTO OU PERDA DE MEMBRO 
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo com grau 
de sangramento, laceração e contaminação variável. 
 
 Atentar para: Priorizar o controle do sangramento. 
 O que fazer: Cobrir o ferimento com uma compressa limpa e úmida que deve ser 
presa por uma atadura. Levar o membro amputado para o hospital. 
 O que não fazer: Tentar colocar dentro do corpo os órgãos externos que estejam 
fora da cavidade abdominal. Tocar neles com as mãos. 
 Cuidados: Não apertar demais a atadura. Colocar o membro amputado em um saco 
plástico limpo e lacrado. Levá-lo para o hospital dentro de uma vasilha com água 
gelada. Não pôr gelo diretamente na parte amputada. 
 
 
4.11 FERIMENTO LEVE 
 Sintomas: Dor local e sangramento leve. 
Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 
 
 
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 O que fazer: Fazer uma compressa com um pano limpo, colocá-la sobre a ferida e 
amarrá-la com uma tira de pano para evitar a perda de sangue. 
 O que não fazer: Usar pó de café, pano queimado, papel ou outros objetos para 
estancar o ferimento. 
 Cuidados: Trocar o curativo com frequência e mantê-lo limpo e seco. 
 
 
4.12 FERIMENTO PROFUNDO 
 Sintomas: Dor no local e sangramento abundante. 
 O que fazer: Fazer uma compressa com um pano limpo, colocá-la sobre a ferida e 
amarrá-la com uma tira de pano para evitar a perda de sangue. 
 O que não fazer: Usar pó de café, pano queimado, papel ou outros objetos para 
estancar o ferimento. 
 Cuidados: Manter a compressa limpa e seca. Se não tiver um pano, fechar o 
ferimento com as mãos. 
 
 
4.13 FRATURA EXPOSTA 
 Caracterizada pelo afloramento de osso por ruptura da pele e de tecidos adjacentes. 
 Sintomas: Redução da capacidade de mover o membro afetado, dor no local da 
fratura e sangramento. 
 O que fazer: Deitar a vítima. Fazer uma compressa com um pano limpo, colocá-la 
sobre a ferida e amarrá-la com uma tira de pano. Imobilizar o membro, usando duas 
talas (qualquer material rígido) amarradas com tiras de pano. 
 O que não fazer: Tentar colocar o osso no lugar. Dar remédios à vítima. 
 Cuidados: Não deslocar a vítima antes de imobilizar o membro afetado. Impedir 
que o tronco se curve. 
 O tratamento apropriadoe imediato da fratura pode determinar, em grande parte, a 
evolução final do paciente e pode significar a diferença entre a recuperação e a 
incapacidade. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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4.14 FRATURA FECHADA 
São aquelas em que a pele não sofre solução de continuidade, ou seja, não apresenta 
nenhum ferimento mantendo-se íntegra. 
 Sintomas: Redução da capacidade de mover o membro afetado, dor no local da 
fratura e inchaço da região. 
 O que fazer: Pôr o membro acidentado na posição natural, sem forçar ou causar 
desconforto para a pessoa. Imobilizar, usando duas talas (qualquer material rígido) 
amarradas com tiras de pano. Colocar gelo no local. 
 O que não fazer: Usar talas que não tenham o comprimento suficiente para 
alcançar a parte superior e inferior da articulação. 
 Cuidados: Acolchoar a parte interna das talas para evitar que a pele seja ferida. 
Não apertar demais as ataduras ou as tiras de pano. Impedir que o tronco se curve. 
 
 
4.15 HEMORRAGIA 
 Estancar a hemorragia é essencial para o cuidado e a sobrevida de pacientes em 
uma situação de emergência ou desastre. 
 Uma hemorragia pode acarretar a redução do volume sanguíneo circulante gerando 
o choque hipovolêmico. 
 Os sangramentos de menor gravidade, que são comumente venosos, geralmente 
cessam espontaneamente, a não ser que o paciente seja portador de um transtorno 
hemorrágico ou esteja tomando anticoagulante. 
 O paciente é avaliado quanto aos sinais e sintomas de choque: pele fria e úmida, 
queda da pressão arterial, taquicardia, retardo do enchimento capilar e redução do 
volume urinário. 
 O objetivo do tratamento de emergência é controlar o sangramento, manter um 
volume sanguíneo circulante adequado a oxigenação tecidual e impedir o choque. 
 Pacientes que apresentam hemorragia estão em risco para parada cardíaca 
ocasionada pela hipovolemia, com anóxia secundária. 
 
 
Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 
 
 
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4.16 HEMORRAGIA EXTERNA 
 Se um paciente apresentar uma hemorragia externa, deve-se fazer uma avaliação 
física rápida enquanto são cortadas as roupas do paciente na tentativa de identificar 
a área da hemorragia. 
 Uma pressão firme é realizada na área do sangramento ou sobre a artéria envolvida. 
Muitos sangramentos podem ser estancados ou, no mínimo, controlados pela 
aplicação da pressão direta. 
 É aplicado um curativo compressivo firme e a parte lesada é elevada para estancar 
sangramentos venosos e capilares se possível. Se a área lesada for uma 
extremidade, esta é imobilizada para controlar a perda sanguínea. 
 
 
4.17 HEMORRAGIA INTERNA 
 Se o paciente não apresentar nenhum sinal externo de sangramento, mas apresentar 
taquicardia, hipotensão, sede, pele fria e úmida, retardo no enchimento capilar 
suspeita-se de hemorragia interna. 
 Sintomas: Manchas roxas na pele, pulsação fraca, suor excessivo, perda de cor, 
tontura, desmaio, náuseas e vômitos. 
 O que fazer: Imobilizar a vítima e procurar atendimento médico imediatamente. 
 O que não fazer: Movimentar a vítima. 
 Cuidados: Manter o paciente deitado com a cabeça mais baixa do que o corpo, 
exceto quando houver suspeita de fratura craniana ou derrame cerebral. 
 
 
4.18 LESÃO CRANIANA 
 Sintomas: Depressão no couro cabeludo, paralisia de um lado do corpo, convulsões 
e vômitos, dor de cabeça persistente, perda da visão, escoriação em torno de um 
olho ou atrás de uma orelha e inconsciência. 
 O que fazer: Deitar o acidentado. Afrouxar as roupas. Agasalhá-lo. Se houver 
algum ferimento no couro cabeludo, pôr uma compressa limpa sobre o local, 
prendendo com uma atadura. 
 O que não fazer: Pressionar o crânio. Interromper a drenagem de sangue ou 
líquido claro pelo nariz, pelo ouvido ou pela boca. 
Urgência e Emergência 
 
 
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 Cuidados: Em caso de sangramento no nariz, na boca ou no ouvido, voltar à 
cabeça para o lado ferido. 
 
 
4.19 LESÃO NA COLUNA VERTEBRAL 
 Sintomas: Perda da sensibilidade e dormência ou incapacidade de movimentar os 
membros. 
 O que fazer: Deitar a vítima, agasalhá-la e imobilizá-la até que chegue o socorro 
médico. 
 O que não fazer: Deitar ou virar a vítima sob qualquer pretexto. 
 Cuidados: Ficar atento à respiração da pessoa acidentada. Se houver necessidade, 
fazer respiração artificial. 
 
 
4.20 SITUAÇÃO DE PARADA CARDIORESPIRATÓRIA 
 Na abordagem ao paciente em parada cardiorrespiratória, as prioridades do cuidado 
de emergência são a estabilização, a provisão de tratamentos crítico e a 
transferência imediata para uma unidade de terapia intensiva. 
 Uma abordagem sistemática para estabelecer e tratar efetivamente as prioridades de 
saúde, consiste na abordagem de avaliação primária e secundária. 
 A avaliação primária consiste na estabilização das condições que acarretam risco de 
vida para o paciente. 
 A equipe do Serviço de Emergência trabalha de forma colaborativa e segue o 
método de C-A-B da reanimação (A- Abertura de Vias Aéreas; B- Respiração; C – 
Circulação). 
 Princípios da Reanimação: 
 Estabelecer uma via aérea permeável; 
 Fornecer uma ventilação adequada, empregando medidas de reanimação; 
 Avaliar e restaurar o débito cardíaco, controlando hemorragias, prevenindo e 
tratando o choque e mantendo ou restaurando a circulação eficaz. Isso inclui 
prevenção e tratamento de hipotermia. 
Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 
 
 
19 
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(Artigo 29). 
 Avaliação secundária: testes diagnósticos e exames laboratoriais; inserção de 
dispositivo de monitorização; imobilizar fraturas suspeitas, limpeza e fechamento 
de feridas. 
 
 
4.21 DESTAQUES DO GUIDELINES 2015 EM SITUAÇÃO DE PCR 
 As atualizações das Diretrizes da American Heart Association (AHA) 2015 para 
Parada Cardiorrespiratória (PCR) se baseia em um processo internacional de 
avaliações de evidências que envolveram 250 revisores de 39 países. 
 Recomendações importantes, novas e atualizadas, que podem servir de base para 
decisões éticas: 
 Uso da Reanimação Cardiorrespiratória Extracorpórea (ECPR) para PCR. 
 Fatores prognósticos durante PCR. 
 Revisão de evidências sobre os escores do prognóstico para bebês 
prematuros. 
 Prognóstico para criança e adultos pós PCR. 
 Função de órgãos transplantados recuperados após PCR. 
 Suporte Básico de Vida em Adulto: 
 Deu-se mais ênfase à rápida identificação de PCR por parte dos atendentes, com 
disponibilização imediata das instruções de RCP para a pessoa por telefone. 
 A sequência recomendada para um único socorrista foi confirmada: o único 
socorrista deve iniciar as compressões torácicas antes de aplicar as ventilações de 
resgate (C-A-B) para reduzir o tempo até a primeira compressão. 
 O único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões seguida por duas 
respirações. 
 A velocidade recomendada para as compressões torácicasé de 100 a 120/ min. 
 As recomendações para a profundidade da compressão torácica é de pelo menos 2 
polegadas (5 cm). 
 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
4.22 PARADA CARDÍACA 
 Sintomas: Ausência de batimentos cardíacos, contração da faringe, dilatação das 
pupilas e coloração azulada da pele e dos lábios. 
 O que fazer: Deitar a vítima. Imobilizar a cabeça e o pescoço. Fazer massagem 
cardíaca. 
 O que não fazer: Aplicar a massagem sem ter a certeza de que o coração está 
parado. 
 
 
4.22 PARADA RESPIRATÓRIA 
 Sintomas: Pupilas dilatadas e unhas, língua e lábios cianóticos. 
 O que fazer: Desobstruir as vias respiratórias com os dedos cobertos por um pano 
limpo. Imobilizar a cabeça e pescoço. Aplicar respiração artificial. 
 O que não fazer: Aplicar a respiração artificial se a pessoa estiver sangrando ou 
vomitando. 
 
 
4.23 PICADA DE INSETOS, ARANHA, COBRA OU ESCORPIÃO 
 Uma pessoa pode ter uma sensibilidade extrema aos venenos de insetos. A alergia 
ao veneno é considerada como sendo uma reação mediada pelo IgE e constitui-se 
uma emergência aguda. 
 Embora picadas em qualquer área do corpo possam desencadear a anafilaxia, 
picadas na cabeça e pescoço ou múltiplas picadas são particularmente graves. 
 Manifestações Clínicas: urticária, prurido, mal-estar, edema de laringe, 
broncoespasmo, perda de consciência, tontura, visão embaçada, erupções e 
inchaços e vermelhidão local. Podendo levar a morte. 
 O que fazer: Imobilizar a vítima. Lavar o local com água e sabão. Agasalhar a 
pessoa e mantê-la calma. Procurar imediatamente auxílio médico. 
 O que não fazer: Tentar sugar o veneno. Aplicar receitas caseiras. 
 Cuidados: Enquanto uma pessoa encaminha a vítima para o atendimento médico, 
outra deve recolher o animal, para facilitar a identificação da espécie e do soro a ser 
utilizado. 
Unidade 4 – Tipo de Urgências e Emergências 
 
 
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(Artigo 29). 
 
 
4.24 QUEIMADURA 
 Sintomas: 1º grau - pele avermelhada, lesão superficial e dor local suportável. 2º 
grau - formação de bolhas, dor local e desprendimento da pele. 3º grau - visão de 
todas as camadas da pele e dores bem fortes. 
 O que fazer: Deitar a pessoa, mantendo a cabeça e o tórax abaixo do resto do 
corpo. Cortar as roupas próximas ao local afetado. Retirar anéis, colares e outros 
acessórios. Colocar um pano limpo e umedecido sobre a área afetada, sem retirá-lo 
do local (exceto em caso de queimaduras causadas por produtos químicos). 
 O que não fazer: Perfurar as bolhas. Tocar diretamente na queimadura. Passar 
pomadas, cremes ou remédios sem orientação profissional. 
 Cuidados: Não remover a roupa posta na queimadura. Se a queimadura tiver sido 
causada por produtos químicos, lavar a área, aplicando jatos de água enquanto as 
roupas forem retiradas. Se a roupa estiver pegando fogo, abafar as chamas, 
utilizando um cobertor ou toalha de material natural. 
 
 
4.25 TORÇÃO, DISTENSÃO E LUXAÇÃO 
 Sintomas: Dor no local da torção ou do deslocamento. 
 O que fazer: Pôr o membro na posição natural, sem causar desconforto para o 
acidentado. Imobilizar, usando duas talas (qualquer material rígido) amarradas com 
tiras de pano. 
 O que não fazer: Aplicar compressas da água quente ou esquentar a região afetada. 
Usar talas que não tenham o comprimento suficiente para alcançar a parte superior 
e inferior da articulação. 
 Cuidados: Acolchoar a parte interna das talas para evitar que a pele seja ferida. 
Não apertar demais as ataduras ou tiras de pano. 
 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
05 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR / 
SAMU 
 
 
 
 
 O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 1864/GM, em setembro de 2003, 
iniciou a implantação do componente móvel de urgência com a criação do Serviço 
de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU-192. 
 O SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é um serviço de saúde, 
desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com o Ministério da 
Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde do Estado. 
 É responsável pelo componente Regulação dos Atendimentos de Urgência, pelo 
Atendimento Móvel de Urgência da Região e pelas transferências de pacientes 
graves da região. 
 Faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender, dentro da 
região de abrangência, todo enfermo, ferido ou parturiente em situação de urgência 
ou emergência, e transportar-nos com segurança e acompanhamento de 
profissionais da saúde até o nível hospitalar do sistema. 
 Além disto, intermédia, através da central de regulação médica das urgências, as 
transferências inter-hospitalar de pacientes graves, promovendo a ativação das 
equipes apropriadas e a transferência do paciente. 
 
 
Unidade 5 – Atendimento Pré-Hospitalar / SAMU 
 
 
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(Artigo 29). 
5.1 HISTÓRICO DO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA 
 
 O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) é responsável pelo 
atendimento de urgências e emergências no espaço pré-hospitalar, ou seja, 
atendimentos em domicílios, em vias públicas, enfim, qualquer lugar coberto pelo 
serviço, o qual é público e mantido com recursos do SUS. 
 Esse serviço elevou consideravelmente a qualidade de transporte dos pacientes aos 
hospitais, aumentando a expectativa de vida dessas pessoas e melhorando a 
qualidade do atendimento a pacientes de urgências e emergências. 
 O médico de urgência trabalha dentro das Unidades de Suporte Avançado de Vida. 
O emergencista atendente de saúde ou socorrista trabalha dentro da Viatura para 
Suporte Básico da Vida. Ambos, indo até os atendimentos dos casos mais graves. 
 
 
5.2 OBJETIVOS DO SAMU 
 
 Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de 
Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito; 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
 Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que concerne 
às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e proporcionando 
resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou 
pelo envio de equipes, visando atingir todos os municípios da região de 
abrangência; 
 Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à distância, de 
todos os atendimentos pré-hospitalares; 
 Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de 
traumas como em situações clínicas, prestando os cuidados médicos de urgência 
apropriados ao estado de saúde do cidadão e, quando se fizer necessário, transportá-
lo com segurança e com o acompanhamento deprofissionais do sistema até o 
ambulatório ou hospital; 
 Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos serviços de 
salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia 
Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças Armadas quando se fizer necessário; 
 Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de pacientes graves 
internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional e 
estadual, ativando equipes apropriadas para as transferências de pacientes; 
 Participar dos planos de organização de socorros em caso de desastres ou eventos 
com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário, inundações, terremotos, 
explosões, intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de radiações ionizantes, e 
demais situações de catástrofes; 
 Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis para o 
atendimento às urgências; 
 Prover banco de dados e estatísticos atualizados no que diz respeito a atendimentos 
de urgência, a dados médicos e a dados de situações de crise e de transferência 
inter-hospitalar de pacientes graves, bem como de dados administrativos; 
 Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de urgência, 
transferências inter-hospitalares de pacientes graves e recursos disponíveis na rede 
de saúde para o atendimento às urgências; 
 Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino; 
 Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação, ações que precisam 
ser desencadeadas dentro da própria área da saúde e de outros setores, como 
trânsito, planejamento urbano, educação dentre outros. 
 Participar da educação sanitária, proporcionando cursos de primeiros socorros à 
comunidade, e de suporte básico de vida aos serviços e organizações que atuam em 
urgências; 
 Estabelecer regras para o funcionamento das centrais regionais. 
Unidade 5 – Atendimento Pré-Hospitalar / SAMU 
 
 
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(Artigo 29). 
 
 
5.3 EQUIPE DO SAMU 
 
Todas as equipes trabalham em sistema de plantão, com cobertura por 24 horas, todos os 
dias da semana, excetuando-se a equipe aérea, onde somente são realizados vôos diurnos. 
 
Equipe da central de regulação 
Médicos reguladores 
Técnicos auxiliares de regulação médica 
Controladores de Frota e Radioperadores 
 
Equipe das Unidades de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM) 
Médico 
Enfermeiro 
Motorista-socorrista 
 
Equipe do Helicóptero de Suporte Avançado PRF-SAMU 
Médico (SAMU) 
Enfermeiro (SAMU) 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
Piloto (PRF) 
Técnico de Operações Especiais (PRF) 
 
Equipes das Unidades Móveis de Suporte Básico 
Técnico de Enfermagem 
Motorista-socorrista 
As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192 estabelecem a 
conexão com toda a rede de saúde na macrorregião de abrangência através de telefonia ou 
rádio. 
As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192, estão inter 
conectadas entre si através de telefonia. Há interação entre as centrais de regulação, a 
Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. 
 
 
5.4 TIPOS DE UNIDADES DE INTERVENÇÃO DA SAMU 
 
5.5 OS TIPOS DE UNIDADES E AS INTERVENÇÕES 
Unidades de Suporte Básico de Vida do SAMU Cada Unidade Móvel de Suporte Básico 
tem, além de material de consumo onde inclui-se medicações, no mínimo: rede de 
oxigênio, prancha longa de madeira para imobilização da coluna, colares cervicais, cilindro 
de O2, talas de imobilização de fraturas e ressuscitador manual adulto e infantil (ambu). 
UTI móveis do SAMU Cada Unidade de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM) tem, 
além de material de consumo, no mínimo: uma incubadora para transporte, um aspirador 
cirúrgico para ambulância, um respirador a volume, um monitor multiparâmetros, um 
Unidade 5 – Atendimento Pré-Hospitalar / SAMU 
 
 
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(Artigo 29). 
oxímetro digital e bomba de infusão para seringas, além de todo o material para 
imobilização e medicamentos de cuidados intensivos. 
Helicóptero de Suporte Avançado de Vida PRF-SAMU O Helicóptero de Suporte 
Avançado de Vida PRF-SAMU, viabilizado através de um convênio entre a Polícia 
Rodoviária Federal e o SAMU tem, além de material de consumo, no mínimo: um 
aspirador cirúrgico, um respirador a volume, um monitor multiparâmetros, um oxímetro 
digital e bomba de infusão para seringas, além de todo o material para imobilização e 
medicamentos de cuidados intensivos. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
06 
LEGISLAÇÃO SOBRE URGÊNCIAS E 
EMERGÊNCIAS NO BRASIL 
 
 
 
 
A Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde Regulamento Técnico dos Sistemas 
Estaduais de Urgência e Emergência. Ela propõe a implantação nas unidades de 
atendimento às urgências do acolhimento e da “triagem classificatória de risco”. 
De acordo com esta Portaria, este processo “deve ser realizado por profissional de 
saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-
estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, 
colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento”. 
 Mais que uma previsão legal, a classificação de risco é entendida como uma 
necessidade para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada 
de urgência/emergência, garantindo um atendimento resolutivo e humanizados àqueles em 
situações de sofrimento agudo ou crônico agudizado de qualquer natureza. 
Por questões históricas e também por encontrar dificuldades para o acesso ao 
sistema público de saúde, a população procura a urgência como porta de entrada para 
resolução de seus problemas. 
Estes serviços são frequentemente criticados pela população e seus trabalhadores 
sentem-se desmotivados com a pressão por atendimento em maiores quantidade e rapidez. 
Vários trabalhos confirmam este cenário caracterizado por um custeio elevado, grande 
demanda saturação dos serviços, usuários e trabalhadores insatisfeitos e violência cotidiana 
contra os trabalhadores. 
Muitos estudiosos do processo de organização em saúde, com formação e olhares 
diversos, vêm pesquisando e apontando a necessidade da mudança do paradigma 
assistencial vigente como saída mais provável e eficaz para os problemas citados. 
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), como tentativa de minimizar os 
efeitos da pressão na porta de entrada, iniciativas isoladas foram tomadas por profissionais 
Unidade 6 – Legislação Sobre Urgência e Emergências no Brasil 
 
 
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(Artigo 29). 
enfermeiros que atuavam como “priorizadores” do atendimento médico, 
responsabilizando-se, durante seus plantões, pelo acesso do cidadãoà consulta médica. 
Portaria GM/ MS 1863/ 2003 – Política Nacional de Atenção às urgências a ser 
implantado em todas as unidades federais, respeitadas as competências das três esferas de 
gestão. 
Portaria GM/ MS1864/ 2003 – Institui os Componentes pré-hospitalar móvel da 
Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da implantação de Serviços de 
Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de todo o território brasileiro 
SAMU- 192. 
Portaria 1020/2009 – Estabelece as diretrizes para a implantação do componente 
Pré-hospitalar fixo para a organização de redes loco - regionais de atenção integral as 
urgências em conformidade com a Política Nacional de Atenção às urgências. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
07 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 
 
 
 
 
7.1 OBJETIVOS 
 Humanizar o atendimento mediante escuta qualificada do cidadão que busca os 
serviços de urgência/emergência; 
 Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços 
de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento 
médico mediato ou imediato; 
 Utilizar o encontro com o cidadão como instrumento de educação no que tange ao 
atendimento de urgência/emergência; 
 Construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando a rede 
dos serviços de prestação de assistência à saúde. 
 O profissional de saúde, o usuário dos serviços de urgência/emergência e a 
população constroem estratégias coletivas que promovem mudanças nas práticas 
dos serviços. O acolhimento é uma destas estratégias. 
 Tradicionalmente, o acolhimento no campo da saúde é identificado ora como uma 
dimensão espacial (recepção administrativa e ambiente confortável), ora como uma 
ação de triagem administrativa e repasse de encaminhamentos. 
 Entretanto, essas medidas, quando tomadas isoladamente dos processos de trabalho 
em saúde, se restringem a uma ação pontual, isolada e descomprometida com os 
processos de responsabilização e promoção de vínculo. 
 Portanto, propõe-se o acolhimento aliado aos conceitos de sistema e rede numa 
estratégia ampla, na promoção da responsabilização e vínculo dos usuários ao 
sistema de saúde. 
 
Unidade 07 – Classificação de Risco 
 
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(Artigo 29). 
 
7.2 QUEM FAZ O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE 
RISCO? 
Equipe multiprofissional composta por: enfermeiro, auxiliar de enfermagem, serviço 
social, equipe médica, profissionais da portaria/recepção e estagiários. 
 
 
 
7.3 A QUEM SE DESTINA? 
Usuários que procuram as portas dos serviços de urgência/emergência do sistema de saúde 
da rede SUS no município de Belo Horizonte, no momento definido pelo mesmo como de 
necessidade aguda ou de urgência. 
Observação importante: Nenhum paciente poderá ser dispensado sem ser atendido, 
ou seja, sem ser acolhido, classificado e encaminhado de forma responsável a uma 
Unidade de Saúde de referência. 
 
 
7.4 COMO SE APLICA O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO 
DE RISCO? 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
É um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de intervenção 
médica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde 
ou grau de sofrimento. 
Esse processo se dá mediante escuta qualificada e tomada de decisão baseada em 
protocolo, aliadas à capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro. 
Ao chegar ao serviço de urgência demandando necessidade aguda ou de urgência, o 
usuário é acolhido pelos funcionários da portaria/recepção ou estagiários e encaminhado 
para confecção da ficha de atendimento. 
Após a sua identificação, o usuário é encaminhado ao espaço destinado à 
Classificação de Risco onde é acolhido pelo auxiliar de enfermagem e enfermeiro que, 
utilizando informações da escuta qualificada e da tomada de dados vitais, se baseia no 
protocolo e classifica o usuário em: 
 VERMELHO, ou seja, emergência (será atendido imediatamente na sala de 
emergência); 
 AMARELO, ou seja, urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes 
classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação); 
 VERDE, ou seja, sem risco de morte imediato (somente será atendido após todos 
os pacientes classificados como VERMELHO e AMARELO); 
 AZUL, ou seja, quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social (deverá ser 
preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Básica de Saúde ou 
atendido pelo Serviço Social). Se desejar poderá ser atendido após todos os 
pacientes classificados como VERMELHO, AMARELO e VERDE. 
 
 
7.5 CONDUTA A SER TOMADA 
 Os pacientes classificados como VERMELHO devem ser rapidamente 
encaminhados para a sala de emergência, onde deverão receber cuidados médicos e 
de enfermagem imediatos. Existe um subgrupo de pacientes classificados como 
VERMELHO considerados PRIORIDADE I, que toda a equipe deve estar alerta 
para identificá-los e encaminhá-los à sala de emergência com acionamento de sinal 
sonoro. 
 Os pacientes classificados como AMARELO devem aguardar atendimento médico 
em sala de espera priorizada, assentados, onde deverão estar sob supervisão 
contínua de toda a equipe da Unidade. Deverão ser reavaliados idealmente a cada 
30min ou imediatamente em caso de alteração do quadro clínico, durante a espera 
para o atendimento médico. 
Unidade 07 – Classificação de Risco 
 
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(Artigo 29). 
 Os pacientes classificados como VERDE também aguardam atendimento médico 
em sala de espera, tendo sido orientados que serão atendidos após os pacientes 
classificados como VERMELHO ou AMARELO. Deverão ser reavaliados em caso 
de alteração do quadro clínico. Pacientes classificados como VERDE podem 
também receber encaminhamento à unidade básica de referência pelo serviço 
social, via contato telefônico, com garantia de consulta médica e/ou cuidados de 
enfermagem, situação que deve ser pactuada previamente. 
 Pacientes classificados como AZUL poderão ser encaminhados, através de 
documento escrito, para o acolhimento na Unidade Básica de Saúde de referência 
ou terão seus casos resolvidos pela Equipe de Saúde. 
 Observação importante: Todos os pacientes classificados como VERDE e AZUL, 
se desejarem, serão atendidos pela Equipe de Saúde. 
 
 
7.6 OBSERVAÇÕES GERAIS 
Alguns grupos de pacientes foram descritos no protocolo como situações especiais. 
São eles: idosos, deficientes físicos, deficientes mentais, acamados, pacientes com 
dificuldade de locomoção, gestantes, algemados, escoltados ou envolvidos em ocorrência 
policial, vítimas de abuso sexual e pacientes que retornam em menos de 24h sem melhora. 
Esses pacientes devem merecer atenção especial da equipe da Classificação de 
Risco e, dentro do possível, a sua avaliação deve ser priorizada, respeitando a situação 
clínica dos outros pacientes que aguardam atendimento. 
 
 
7.7 INDICADORESPropõe-se que sejam avaliados, entre outros, os seguintes indicadores: 
 Percentual de usuários segundo classificação de gravidade (VERMELHO, 
AMARELO, VERDE e AZUL); 
 Tempos de espera (chegada do paciente até a classificação, classificação até o 
atendimento médico) e de permanência de acordo com a classificação; 
 Número de altas, transferências, internações e óbitos de acordo com a classificação 
de gravidade; 
 Número de consultas simples, consulta com terapia e consulta com observação de 
acordo com a classificação de gravidade. 
Urgência e Emergência 
 
 
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08 
CONTENÇÃO AO PACIENTE EM 
SITUAÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
8.1 CONTENÇÃO 
Trata-se da adoção de qualquer material, método, dispositivo físico ou mecânico, que 
imobilize ou reduza a capacidade do paciente de movimentar braços, pernas, cabeça ou 
qualquer parte do corpo livremente. 
 
 
8.2 OBJETIVOS 
 Garantir a segurança física imediata do paciente, do profissional da saúde ou de 
outros 
 Limitar a atividade dos pacientes confusos e agressivos 
 Evitar ou diminuir os riscos de queda, quando desassistidos 
 
 
8.3 TIPOS 
 Física 
 Química 
 
Unidade 08 – Contenção do Paciente em Situação de Urgência e Emergência 
 
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(Artigo 29). 
 
8.4 CONTENÇÃO FÍSICA 
 Quando deve-se utilizar: A contenção física deve ser usada quando o paciente se 
encontra em estado de crise, quando se coloca em situação de risco ou as demais 
pessoas a sua volta. Toda a técnica deve ser treinada por toda a equipe. Inicialmente 
deve-se utilizar a técnica verbal, esta deverá ser realizada pelo profissional que tem 
um maior vínculo com o paciente. Em caso de necessidade de contenção o 
profissional deverá sinalizar a outros quatro profissionais a necessidade de conter o 
paciente. 
 Atenção: O profissional deve estar atento para os sinais de alerta como: 
agressividade verbal, punhos e dentes cerrados, movimentação excessiva, tom de 
voz elevado Durante todo o procedimento de contenção, o paciente deve ser 
esclarecido sobre o que está sendo feito, bem como os motivos, tentando explicar o 
caráter não-punitivo. 
 
8.4.1 Contenção de Tórax 
Cuidado para evitar lesões de estiramento do braço e não restringir movimentos 
respiratórios. 
 Contenção do abdome: Cuidado para não comprimir vísceras. 
 Contenção dos joelhos: Cuidado com garroteamento. 
 Contenção de punhos e tornozelos - MMSS E MMII: Cuidado com 
garroteamento. 
 
 
8.5 CONTENÇÃO QUÍMICA 
 O uso de medicamentos com o propósito de aliviar ou manejar sintomas ou 
comportamentos associados a condições subjacentes. 
 Uso inapropriado de qualquer forma de contenção pode constituir abuso ou 
negligência.
Urgência e Emergência 
 
 
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autor (Artigo 29). 
09 
MAUS TRATOS 
 
 
 
 
 
Maus tratos são quaisquer tipos de ações/omissões aplicadas de forma consciente ou não 
que provocam dor física ou emocional. São tipificados pelo Código Penal Brasileiro (CPB) 
como crimes, geralmente cometidos por pessoas do âmbito familiar ou extra-familiar, em 
geral o agressor tem algum grau de parentesco com a vítima. 
Importante notar que os maus tratos pode ser a origem de outras formas de 
violência, exercida por quem antes era vítima de maus-tratos. 
Todo profissional da área de saúde deve estar preparado e familiarizado com os 
fluxos de conduta frente aos casos suspeitos ou confirmação de maus-tratos. Além disso, 
eles devem estar atentos, pois na maioria das situações tais casos aparecem mascarados em 
outros problemas, sintomas e queixas, o que dificulta o diagnóstico de violência. 
Um aspecto primordial é a identificação do agressor como um agente extra-familiar 
ou familiar. Às vezes os responsáveis tentam minimizar a violência sofrida seja 
transferindo a culpa do fato para vítima, seja negando o acontecido. Isso pode ser notado, 
quando a família refuta tratamento e medidas legais. 
No que diz respeito a violência doméstica, o profissional de saúde deve ser 
preparado para observar a presença de injúrias físicas, emocionais e sexuais. Além de 
avaliar o envolvimento dos diversos membros da família. 
Unidade 08 – Contenção do Paciente em Situação de Urgência e Emergência 
 
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(Artigo 29). 
Ao notificar a situação, o profissional de saúde deve tornar aquele caso evidente aos 
olhos dos órgãos públicos responsáveis, que devem tomar as medidas cabíveis para 
proteger a vítima. Tendo em vista que deverão ser tomadas as decisões para interromper as 
atitudes violentas às quais o paciente vinha sendo submetido. 
Portanto, a notificação desses casos, é obrigação moral e legal do profissional de 
saúde que atende um paciente vítima de maus tratos, pois com essa medida, auxiliam na 
punição do agressor e na quebra do silencia que inviabiliza casos de maus tratos. 
Urgência e Emergência 
 
 
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AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
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ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado. 
 
 
1. A síncope é caracterizada por: 
 
a. Aumento do fluxo sanguíneo. 
b. Hemostasia sanguínea 
c. Redução do fluxo sanguíneo no cérebro. 
d. Hemorragia interna 
 
2. Após um acidente traumático, o paciente apresenta sinais de hipotensão e ao exame 
indica acentuada diminuição do número de glóbulos vermelhos, da hemoglobina e do 
hematócrito. O paciente está apresentando um quadro de: 
 
a. Infarto 
b. Hemorragia 
c. PCR 
d. Desmaio 
 
3. Um trabalhador sofreu queimadura extensa dor determinado agente físico. Qual 
cuidado o enfermeiro deve dar? 
 
Avaliação 
 
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a. Aplicar soro fisiológico 
b. Aplicar Hidrocolóide 
c. Aplicar xilocaína 
d. Aplicar saf-gel 
 
4. No tratamento da emergência vários princípios são aplicados, exceto: 
 
a. Controlar hemorragia 
b. Manter vias aéreas abertas 
c. Avaliar o nível de consciência. 
d. Solicitar antibiograma 
 
5. Na assistência a um paciente com crise convulsiva, o enfermeiro deve: 
 
a. Mantê-lo em decúbito ventral 
b. Mantê-lo sentado 
c. Elevar sua cabeça para que não se sufoque. 
d. Garantir a permeabilidade das vias aéreas. 
 
6. Após um acidente com lesão visível da cabeça, a vítima queixa-se de dor no pescoço. 
O enfermeiro deve: 
 
a. Imobilizar adequadamente a cervical.b. Mantê-lo em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 45°. 
c. Mantê-lo em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 30°. 
d. Perguntar ao paciente como ocorreu o acidente. 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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7. Uma das estratégias do Ministério da Saúde no atendimento das urgências e 
emergências no país foi à utilização da classificação de risco. Sobre este procedimento 
é incorreto afirmar que: 
 
a. VERMELHO, ou seja, emergência (será atendido imediatamente na sala de 
emergência). 
b. AMARELO, ou seja, urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes 
classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação). 
c. VERDE, ou seja, risco de morte imediato (será atendido imediatamente). 
d. AZUL, ou seja, quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social (deverá 
ser preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Básica de 
Saúde ou atendido pelo Serviço Social). 
 
8. Equipe presente na ambulância de Suporte Básico de Vida: 
 
a. Médico, enfermeiro, condutor 
b. Técnico de enfermagem e condutor 
c. Técnico de Enfermagem, enfermeiro e condutor 
d. Condutor e médico. 
 
9. Sobre as Portarias que regulamentam os serviços de urgência e emergências no Brasil, 
assine a alternativa incorreta. 
 
a. Portaria GM/ MS 2.048/ 2002 
b. Portaria GM/ MS 1863/ 2003 
c. Portaria GM/ MS 1865/ 2002 
d. Portaria GM/ MS 1020/ 2009 
 
10. Sobre os objetivos do SAMU, é incorreto afirmas: 
 
Avaliação 
 
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(Artigo 29). 
a. Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de 
Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito; 
b. Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que 
concerne às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e 
proporcionando resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão, 
através de orientação ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os 
municípios da região de abrangência; 
c. Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à 
distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares; 
d. Impedir a realização do atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto 
em casos de traumas como em situações clínicas. 
 
 
Urgência e Emergência 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda 
mais o seu conhecimento. 
 
 
BARRETO, S.S. M.; VIEIRA, S. R. V. e PINHEIRO, C. T. S. e Cols. Rotinas em 
Terapia Intensiva.4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
BELLATO, R; PEREIRA WR, MARUYAMA SAT, OLIVEIRA PC. A convergência 
cuidado-educação-politicidade: um desafio a ser enfrentado pelos profissionais na garantia 
aos direitos à saúde das pessoas portadoras de estomias. Texto Contexto Enferm, 
Florianópolis 2006 abr-jun; 15 (2): 334-42. 
BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenação de Urgência e 
Emergência. Proposta de Regulação da Porta de Entrada das Unidades de Urgência e 
Emergência de Belo Horizonte. Belo Horizonte: SMSA, 2002. 8p. 
BRAGA, CP, CHRIZOSTIMO, MM. Sistematização da assistência de enfermagem: 
análise do registro do enfermeiro. Enfermagem Brasil, julho-agosto, 2000; 5(4): 207-211. 
CIANCIARULLO, Tamara Iwanow (Org.). Instrumentos básicos para o cuidar: um 
desafio para a qualidade de assistência. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2012. 
GOMES, Frankyleide Santana; SOUZA, Leonardo Moura Ferreira. Manual de urgência e 
emergência. Salvador: Sanar, 2018. 
GUIDELINES 2015 CPR e ECC. Destaques da American Heart Association 2015. 
Atualização das Diretrizes de RCP e AGE, 2015. 
KNOBEL, E. e Cols. Terapia Intensiva: enfermagem. São Paulo: Atneu, 2013. 
LIMA, E. X.; SANTOS, I. Atualização de enfermagem em nefrologia. Rio de Janeiro: 
Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia, 2004. 
NORONHA, R. Projeto de Sistematização: atendimento contínuo, regular e 
escalonado na 14- UPA Oeste. Belo Horizonte: UPA Oeste, 2003. 73p. 
ROCHA, A. F. S. Determinantes da Procura de Atendimento de Urgência Pelos 
Usuários nas Unidades de Pronto Atendimento da Secretaria Municipal de Saúde de 
Referência 
 
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(Artigo 29). 
Belo Horizonte. Dissertação. Belo Horizonte: Faculdade de Enfermagem da UFMG, 2005. 
98f. 
SMITH-TEMPLE, Jean; JOHNSON, Joyce Young. Guia para procedimentos de 
enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
SANTOS JÚNIOR, E. A. Violência no Trabalho: o retrato da situação dos médicos das 
Unidades de Pronto Atendimento da Prefeitura de Belo Horizonte. Dissertação. Belo 
Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2004. 145f. 
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
 
 
 
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