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Acidentes com animais peçonhentos

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Acidentes com animais peçonhentos
Enf. Esp. Prof. Marcela Tessália
1
 As picadas dos animais peçonhentos podem
provocar intoxicação ou envenenamento.
 Animais peçonhentos ou venenosos são todos
aqueles que expelem substâncias tóxicas (venenos)
e que têm órgãos específicos para sua inoculação.
2
 Entre eles, os mais importantes, pelo número de
acidentes que provocam, são as serpentes
(cobras), os escorpiões, as abelhas e as
aranhas.
3
Serpentes
 As serpentes são classificadas em venenosas e não
venenosas.
 A picada das não venenosas não provoca
manifestações gerais, mas pode causar alterações
locais, como dor moderada e, eventualmente,
discreto inchaço.
 Já a picada de uma cobra venenosa pode levar a
vítima à morte, caso não sejam tomadas
providências de imediato.
4
DIVIDEM-SE EM 04 SUBGRUPOS:
 Botrópico  Crotálico
 Elapídico  Laquético
5
Botrópico (bothrops)
 Fazem parte desse grupo as cobras caiçada, jararaca-
grão-de-arroz, jararaca-de-barriga-preta (ou cotiara),
jararaca-pimenta (ou boca-de-sapo), jararacuçu e
urutu (ou rabo-de-porco).
6
 Características
 Geralmente têm mais de um metro de comprimento.
 A jararaca é a principal responsável por grande
número de acidentes, pois existe em abundância
em todo o País e vive em lugares onde é comum a
presença humana, especialmente nos locais
úmidos.
7
Sinais e sintomas da vítima
 Reações locais: dor persistente, que vai
aumentando; inchação e vermelhidão no local da
picada; arroxeamento, podendo aparecer bolhas,
abscessos ou necrose de tecidos
 Face: normal
 Sangue: incoagulável (nos casos graves)
8
Crotálico (crotalus)
 A mais conhecida desse grupo é a cobra cascavel 
(ou boicininga).
9
 Características
 A cascavel pode alcançar mais de um metro de
comprimento.
 Tem um chocalho na ponta da cauda e é
encontrada em todo o Brasil,com exceção da
Floresta Amazônica.
10
Sinais e sintomas da vítima
 Reações locais: a dor no local da picada é pouco 
comum e pouco intensa; a região afetada 
permanece normal ou mostra pequena aumenta de 
volume e sensação de formigamento
 Face: pálpebras superiores caídas ou semicerradas 
(neurotóxica); diminuição ou perda da visão
 Corpo: podem ocorrer dores musculares, 
particularmente na região da nuca
 Urina: diminuição do volume; coloração escura (em 
casos graves)
11
Elapídico (micurus)
 A mais conhecida desse grupo é a coral verdadeira.
12
 Características
 Tem entre 70 cm e 80 cm de comprimento e é
encontrada em todo o Brasil, sendo responsável por
1% dos casos registrados no país. Seu veneno é
muito potente e tem ação bastante rápida.
13
Sinais e sintomas da vítima
 Reações locais: em geral, não há dor ou outra 
reação no local da picada; apenas sensação de 
adormecimento, que se difunde para a raiz do 
membro atingido
 Face: pálpebras superiores caídas ou semicerradas 
(neurotóxica); salivação grossa; dificuldade para 
engolir e , às vezes, também para falar
14
Laquético (lachesis)
 Fazem parte desse grupo as cobras surucucu, 
surucutinga e surucucu-pico-de-jaca.
15
 Característica
 São as que apresentam maior tamanho, chegando
ao tamanho de 4 metros.
 Costumam ser encontradas nas florestas litorâneas
do Rio de Janeiro e em todo o vale amazônico.
16
Sinais e sintomas da vítima
 Reações locais: dor persistente, que vai
aumentando; inchação e vermelhidão no .local da
picada; arroxeamento, podendo aparecer bolhas,
abscessos ou necrose de tecidos
 Face: normal
 Sangue: incoagulável (nos casos graves)
17
 Como o veneno se difunde para os tecidos nos
primeiros 30 minutos após a picada, a ação do
socorrista precisa ser rápida, seja qual for a cobra
que tenha provocado o acidente.
18
Procedimentos que o socorrista deve adotar
 Manter a vítima deitada e calma, não permitindo
que ela se esforce, porque a movimentação faz com
que o veneno se espalhe mais facilmente pelo
corpo.
 Retirar anéis se o dedo for atingido, pois o edema
pode tornar-se intenso e produzir garroteamento.
 Lavar o local com bastante água corrente.
19
 Manter, sempre que possível, a região atingida pela
picada abaixo do nível do coração.
 Remover a vítima rapidamente para o local mais
próximo que disponha de soro antiofídico – único
tratamento eficiente para combater os males
causados por serpentes venenosas.
20
Por outro lado, o socorrista não deve:
 Dar bebidas alcoólica à vítima.
 Usar garrote ou torniquete, pois podem causar
necrose ou gangrena.
 Fazer incisões ou cortes no local da picada, já que
alguns venenos provocam hemorragias. Além disso,
os cortes favorecem as infecções.
 Deixar que a vítima vá caminhando em busca de
atendimento médico, pois quando mais ela se
movimenta mais risco há de o veneno se espalhar
pelo organismo.
21
 Acidentes com serpentes podem ser evitados, se
algumas precauções tomadas:
22
 Não andar descalço em locais onde haja suspeita
da existência desses animais. Aliás, o ideal é usar
botas de cano alto ( até os joelhos).
 Segundo dados do Instituto Vital Brasil, no Rio de
Janeiro, e do Instituto Butantã, em São Paulo, 72%
das picadas ocorrem no pé, na parte inferior e no
meio da perna
23
 Olhar com muita atenção o chão e os locais onde
se deseja apanhar pequenos objetos ou animais,
principalmente nos matagais e montes de folhas
mais ou menos secas, que podem ser locais
propícios para ninhos de cobras
24
 Não enfiar a mão em buracos no chão, como tocas
de tatu e cupinzeiros, nem em montes de pedras
 Lembrar sempre que a presença de muitos
roedores em áreas cultivadas pode indicar um
número apreciável de cobras venenosas
 Evitar mexer em cobras, mesmo que estejam
mortas
25
Escorpiões e aranhas
 Tanto os escorpiões quanto as aranhas
representam perigo não só para o homem, mas
também para suas próprias espécies, pois devoram-
se mutuamente.
26
 Segundo o Instituto Butantã, cerca de 4% das
vítimas de ferroadas de escorpião morrem. Quando
maior for o número de ferroadas, mais grave será o
envenenamento.
27
Escorpião
 Características
◦ Dentre as muitas espécies, no Brasil a que mais ataca é
a do gênero Tityus (lacraus).
◦ De vida noturna, esse tipo de escorpião se esconde
durante o dia sob troncos de árvores, pedras, frestas de
muros, mas também se adapta ao ambiente doméstico.
28
 Atenção: há risco de vida nas primeiras 24 horas 
após a picada.
29
Sinais e sintomas da vítima
 Dor intensa no local da picada, podendo espalhar-
se pelo corpo (nos casos mais graves, pode durar
até oito horas)
 Náuseas, vômitos, diarréia, dor na “boca do
estômago”, vontade constante de urinar, dificuldade
para respirar, palidez e suor intenso
 Às vezes, salivação abundante e dificuldade para 
falar
30
 Aranha-caranguejeira
 Características
 Esse tipo de aranha, assim como a tarântula 
(aranha-de-grama), não é considerado perigoso. 
Errante e solitária, costuma ser encontrada em 
galerias no solo.
 Sinais e sintomas da vítima
 Coceira intensa na pele
31
 Aranha-armadeira
 Características 
 Venenosa, é responsável pela maioria dos
acidentes graves provocados por aranhas no Brasil.
 Pode ser encontrada com freqüência nas
bananeiras e em lugares úmidos. Muitas vezes
invade ambientes domésticos, onde se esconde
dentro de sapatos ou atrás de cortinas.
32
 Sinais e sintomas da vítima
 Dor intensa e imediata no local da picada
 Aumento de pressão, suor abundante, agitação, 
visão turva, vômitos e salivação (em casos 
moderados)
 Diarréia, diminuição dos batimentos cardíacos, 
queda da pressão arterial, dificuldade para respirar, 
convulsões, podendo chegar ao choque (em casos 
graves e geralmente com criança)
33
 Aranha viúva-negra
 Características
 Não é agressiva e, quando molestada, deixa-se cair 
no chão, imóvel, simulando a morte. Pequena, trata-
se de uma aranha não muito comum, mas de 
veneno tóxico. Sinais e sintomas da vítima
 Elevação avermelhada no local na ferroada
 Dor, formigamento, coceira e, às vezes, sudorese
34
 Aranha-marrom
 Características
 Não é agressiva. Só pica se não houver 
possibilidade de fuga – por exemplo, quando fica 
espremida entre o corpo e a roupa de uma pessoa. 
De hábitos noturnos, é mais comumente encontrada 
em meio a tijolos ou telhas.
35
 Sinais e sintomas da vítima
 Dor e “queimação” no local afetado, depois de 
passado algum tempo da picada
 Surgimento de áreas hemorrágicas intercaladas 
com placas marmóreas.
 Febre, anemia aguda e icterícia
 Urina escura (em casos graves)
36
 Em acidentes provocados por escorpiões ou aranhas, o 
socorrista deve:
 Manter a vítima no mais completo repouso, enquanto 
providencia e aguarda atendimento médico.
 Lavar o local afetado com água corrente.
 Além dos cuidados especiais com sapatos, roupas etc., 
a melhor maneira de evitar acidentes por picadas é 
combater os escorpiões e as aranhas, matando-os. 
Mas também há outras medidas preventivas:
37
 Manter jardins e quintais bem limpos, com a grama 
aparada e sem restos de matérias de construção 
(telhas, tijolos, madeiras)
 Não plantar bananeiras ou folhagens muito espessas 
perto das residências
 Solicitar, aos responsáveis pelos terrenos abandonados 
nos arredores de locais habitados, tanto sua limpeza 
quanto conservação
 Proteger as soleiras das portas com rolos de pano 
cheios de areia e fechar as janelas no fim da tarde, pois 
aranhas conseguem subir em paredes ásperas e 
costumam entrar nas casas ao entardecer
38
Lacraias
 As lacraias, também conhecidas como "centopéias", 
são animais caçadores noturnos muito rápidos e 
têm o corpo adaptado para penetrar em frestas, 
onde se escondem durante o dia. Podem medir até 
23cm e se alimentam de insetos, lagartixas, 
camundongos e até filhotes de pássaros.
39
 O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o 
homem. Embora existam muitas lendas a respeito 
desse animal, não há, no Brasil, relatos 
comprovados de morte nem de envenenamentos 
graves em acidentes com lacraias.
 Os sintomas são: dor forte e inchaço (edema) no 
local da picada. Em acidentes com lacraias grandes 
também podem ocorrer febre, calafrios, tremores e 
suores, além de uma pequena ferida.
40
As lacraias gostam muito de umidade. Os acidentes 
podem ser evitados com as seguintes precauções:
 Limpe os ralos semanalmente e mantenha-os fechados quando não estiverem em 
uso;
 Limpe e mantenha fechadas as caixas de gordura e os esgotos;
 Limpe os jardins, apare a grama e afaste as plantas ornamentais e trepadeiras das 
casas. Além disso, pode-as para que os galhos não toquem o chão;
 Não use porões, garagens e quintais como depósito para objetos fora de uso que 
possam servir de esconderijo para as lacraias;
 Cuide dos muros e calçamentos para que não apresentem frestas onde a umidade se 
acumule e os animais possam se esconder.
 Em caso de acidente, não beba álcool. Mantenha o local da picada o mais limpo 
possível. Embora o veneno das lacraias não seja muito perigoso para o ser humano, é 
bom procurar orientação médica.
41
Insetos
 Embora não estejam considerados animais
peçonhentos, existem insetos – como abelha,
marimbondo, formiga, mosquito, pulga, piolho,
percevejo, borrachudo – cuja picada pode provocar
reações graves e generalizadas, que se
desenvolvem rapidamente.
 Além desses, há o barbeiro, transmissor da doença
de Chagas.
42
 Quando picada por algum desses insetos, a pessoa 
(principalmente criança) pode apresentar algumas 
reações.
 Principais sinais e sintomas:
 Dor intensa
 Inchaço na região da picada
 Náusea
 Vômito
 Tontura
43
 Transpiração
 Rigidez dos músculos
 Dificuldade para respirar
 Manchas avermelhadas na pele (salientes e de 
formato irregular)
 Coceira no local
 Convulsões e coma (nos casos graves)
44
 Ao atender uma pessoa picada por inseto, o 
socorrista deve:
 Manter a vítima em repouso, enquanto aguarda 
assistência médica.
 Aplicar compressas geladas na área afetada, para 
aliviar a dor.
 Conduta geral de urgência
45
 As picadas de animais podem causar problemas
graves, como já foi visto.
 Por isso é importante reforçar algumas medidas que
podem auxiliar no tratamento das vítimas:
46
 Sempre que possível, levar o animal causador do
acidente para identificação.
 Pelo exame do animal pode-se reconhecer, pelo
menos, a que gênero pertence e assim administrar
o soro especialmente indicado para o caso
47
 Remover, com urgência, a vítima para o local mais
próximo que disponha de recursos para tratamento
com soro (hospital, pronto-socorro etc.)
48

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