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Primeiros Socorros - Parte 01

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PRIMEIROS SOCORROS – PARTE 01 
Definição: medidas iniciais de emergência para evitar agravamento de lesões, aliviar o 
sofrimento, deixando a vítima em boas condições até o suporte adequado. Tem como 
objetivo manter a vítima viva e protegida contra outros ou maiores danos. 
Princípios: 
o Ser rápido, mas não precipitado 
o Reconhecer minhas limitações 
o Agir com calma e confiança 
o Mostrar tranquilidade ao acidentado 
o Manter a atenção para vitima quando tiver interrogando-a 
o Falar alto e claro para o entendimento da vítima 
o Explicar qual procedimento irá realizar antes de executa-lo 
o Atender a vitima em um local seguro 
Medidas iniciais: PAS – Prevenir (afastar o perigo, protegendo a vítima), Alertar (assumir 
o comando, contactar o atendimento emergencial, informando o tipo de acidente, o local 
onde está e o estado da vítima) e Socorrer (fazer isso após as iniciações anteriores) 
Ao alertar para o serviço de emergências, é importante saber: endereço do ocorrido e um 
ponto de referência; Informações sobre os sinais de gravidade da vítima para a equipe saber 
qual suporte é para o atendimento da vítima, o Suporte Básico de Vida (SBV) ou Suporte 
Avançado de Vida (SAV) 
Os sinais de gravidade incluem: 
o Inconsciente 
o Múltiplas vítimas 
o Ausência de respiração 
o Alteração da respiração 
o Sangramento ativo 
Não esqueça dessas primeiras medidas: 
 
 1. Checar o local 
2. Pedir Ajuda 
3. Avaliar a vítima 
4. Cuidar da vítima 
5. Manter sinais vitais 
Atenção: 
o Só retire a vítima do local em casos de outros acidentes externos (vazamento de gás, 
desabamento, explosão). Caso seja obrigado a mover a vítima, fique atento a lesões 
da coluna cervical e vertebral. 
o Não oferecer líquidos para vítimas inconscientes pois pode haver risco de: 
aspiração/sem reflexo para engolir... 
o Manter a vítima deitado e de costas, com a cabeça de lado 
o Falar para equipe médica os sinais que avaliei durante o socorro 
 
SINAIS VITAIS: 
- Indicam a existência de vida e permite concluir algum estado geral de uma pessoa; 
- Esses sinais agilizam o atendimento e salva vidas. 
- Esses sinais são: temperatura, pulso, respiração e Pressão arterial (TPRP) 
Temperatura: 
 
A vítima de febre apresenta a seguinte sintomatologia: 
· Inapetência (perda de apetite); 
· Mal estar 
· Pulso rápido 
· Sudorese 
· Temperatura acima de 40 graus Celsius 
· Respiração rápida 
Medidas pra combater da febre: 
• Compressa úmida na testa, cabeça, pescoço, axilas e virilhas 
• Adulto: submeter a um banho gelado 
Pulso: onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o coração exerce sobre o 
sangue. 
- Pulso rítmico (normal) / pulso arrítmico: anormal; 
- Frequência do pulso por minuto 
- Volume: pulso cheio (normal), pulso filiforme (fraco/anormal) 
 
 
Temos alguns locais para aferição do pulso: radial, carótida, femoral, poplítea, pedioso e tibial 
posterior. 
 
Respiração: 
- Conta-se observando a elevação do tórax ou do abdômen. Sem que o paciente saiba. 
 
SINAIS DE APOIO: 
• Dilatação e reatividade das pupilas 
• Cor e umidade da pele 
• Estado de consciência (escala de Glasgow) 
• Motilidade e sensibilidade do corpo 
 
ESCALA DE GASGOW 
 
 
 
 
 
 
FORÇA MUSCULAR (VÍDEO DO SLIDE) 
Gradação de força muscular do medical Research Council (MRC) segue 3 níveis: 0, 1, 2, 3, 
4, e 5. Sendo o grau 5 o maior nível de ativação muscular possível e o grau zero ausente. 
VEJA: 
Grau 0: não se observa contrações musculares. 
Grau 1: MÍNIMA – sinais sutis de contração muscular, sem movimento da articulação. 
Grau 2: FRACA – Movimento da articulação em todos os sentidos normais, com eliminação 
da gravidade. 
Grau 3: REGULAR – Movimento de amplitude normal com ação da gravidade. 
Grau 4: BOA – Mobilidade integral com ação da gravidade e certa resistência ao movimento. 
Grau 5: NORMAL – Movimento completo contra resistência acentuada e contra a ação da 
gravidade. 
 
 
IMPORTANTE CHECAR NO PACIENTE: 
• Antecedentes médicos; 
• Uso de medicações; 
• Uso de próteses; 
• Última refeição. 
 
QUESTÃO DE PROVA!!! -> Veja abaixo as condutas que são direcionadas para a avaliação 
e intervenção inicial em pacientes que podem estar inconscientes ou gravemente 
comprometidos, exigindo uma resposta rápida e eficiente para garantir as funções vitais 
básicas. 
 
➔ Essa parte de abrir as vias áreas com manobras manuais, como a hiperextensão da 
cabeça e elevação do queixo são as manobras que ela ensinou em sala de aula: CHIN 
LIFT e JAW THRUST. Veja abaixo! 
MANEJO DAS VIAS AÉREAS 
Uma cia área segura e patente é um dos princípios do suporte básico de vida. Para 
compreender um adequado acesso as vias aéreas são necessárias saber as condições do 
paciente, o cenário clínico, o trauma para assim poder atende-lo. 
A obstrução das vias áreas pode comprometer as vias superiores, se estendendo do nariz ou 
boca até a laringe, enquanto que a obstrução das vias inferiores seria relacionado a arvore 
brônquica. 
Essa obstrução pode ser parcial (ainda tem ruídos) ou completa (ausência completa de 
ruídos). Um completa causará hipoxia e parada cardíaca rapidamente. Enquanto isso, a 
parcial, é meio que enganosa no início, a ventilação se reduz e pode causar hipercapnia 
(aumento de co2 preso), acidose respiratória devido esse CO2 e hipoxemia. 
Jaw Thrust (Tração mandibular) 
Essa manobra serve para anteriorizar o osso hioide e a língua para longe da parede faríngea. 
É usado em pacientes inconscientes, pois a hipotonia da língua (língua sem o tônus muscular 
dela) e pode obstruir a hipofaringe. 
Além do mais, essa manobra é boa pra limpar as vias áreas, pois faz pouco ou nenhum 
movimento da cabeça e da coluna cervical, Isso é de extrema importância, principalmente 
para pacientes com suspeita de trauma na cabeça, pescoço ou face, pois a coluna cervical 
tem que ser mantida em uma posição estável. 
Deve-se primeiro, certificar-se da estabilidade da coluna cervical, em seguida colocar os 
polegares em cima do osso zigomático em ambos os lados da face e os dedos indicadores e 
médio no ângulo da mandíbula, tracionando pra frente. 
A manobra de Jaw Thrust apresenta desvantagens em pacientes com limitações de abertura 
bucal, uma vez que tracionar a mandíbula será mais difícil. 
 
Resumindo: Paciente com suspeita de lesão cervical, tenho que deixar a cabeça neutra e 
realizar o Jaw thrust, onde coloco meus polegares da região do arco zigomático, em ambos 
os lados e os outros dedos posiciono no ângulo da mandíbula, fazendo assim uma alavanca 
e tracionando a mandíbula para cima, liberando as vias aéreas. 
Chin Lift (elevação do mento/ queixo) 
A técnica consiste em se posicionar de lado do paciente e colar a palma de uma das mãos 
sobre a região frontal, empurrando suavemente para realizar uma hiperextensão da cabeça. 
Os dedos da outra mão do socorrista devem ser colocados sob a região de sínfise mandibular 
levantando o queixo para frente. 
Essa manobra é contraindicada em pacientes politraumatizados de face com possível lesão 
cervical, pois essa manobra pode aumentar riscos de danos as vertebras e a medula espinhal 
da vítima. 
 
Resumindo: estabiliza a cervical, faz uma hiperextensão da cabeça do paciente e eleva a 
mandíbula. Essa manobra é ao para uma melhor visualização da cavidade oral e se for colocar 
algum dispositivo. 
 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) https://youtu.be/dM28SGRdAfE?si=3Iaejtuv6ABPf5T5 
(VÍDEO AULA) 
Objetivo: Manter a oxigenação e a perfusão dos órgãos vitais através de manobras simples, até o 
retorno da circulação espontânea (RCE) ou início do suporte avançado de vida cardiovascular (SAVC). 
Passos do SBV: 
o Avalie a responsividade: Verifique se a pessoa está consciente ou responde a estímulos. 
https://youtu.be/dM28SGRdAfE?si=3Iaejtuv6ABPf5T5
o Chame por ajuda e peça o desfibrilador: Peça a alguém para ligar para osserviços de 
emergência e buscar um desfibrilador externo automático (DEA). 
o Realize a Reanimação Cardiopulmonar (RCP): CAB: Circulação (compressões), vias aéreas 
(Airway) e respiração (Breathing). Ou Compressões, Abertura das Vias Aéreas e ventilações. 
Detalhes do Processo: 
o Pulso carotídeo: Verifique o pulso carotídeo por 10 segundos. 
o Se ausente, inicie a RCP com uma proporção de 30 compressões para 2 ventilações. 
o Continue por 2 minutos ou até a chegada do DEA. 
DEA/Desfibrilador: 
o Análise do ritmo: O DEA irá analisar o ritmo cardíaco da vítima. 
o Se for um ritmo chocável (são aqueles que o uso do desfibrilador pode ser eficaz para 
restaurar um ritmo cardíaco normal, como Fibrilação ventricular, onde os ventrículos do coração 
tremem de forma desorganizada e ineficaz, sem bomber sangue adequadamente ou uma 
taquicardia ventricular sem pulso, uma condição em que os ventrículos batem muito rápido, 
mas de forma ineficaz, e não consegue bombear sangue), o DEA dará um choque. 
o Se o ritmo não for chocável (são aqueles em que o uso do desfibrilador não é indicado, pois 
não são ritmos que podem ser revertidos por uma descarga elétrica, como Assistolia ou “linha 
reta” em que tenho a ausência de atividade elétrica no coração, sem contrações cardíacas nem 
circulação. Ou até mesmo AESP atividade elétrica sem pulso, quando há atividade elétrica no 
coração, mas ele não está contraindo de forma eficaz para gerar um pulso ou circulação), 
continue a RCP por mais 2 minutos antes de uma nova análise de ritmo. 
 
 
Resumo dos Passos: 
✓ Verifique responsividade. 
✓ Peça ajuda e o desfibrilador. 
✓ Realize RCP (30:2). 
✓ Use o DEA assim que disponível: 
✓ Siga as instruções do DEA para choque ou continue a RCP conforme necessário. 
 
 
 
 
RITMOS CHOCÁVEIS 
1. Fibrilação Ventricular (FV): 
o Na FV, os ventrículos do coração apresentam uma atividade elétrica caótica e desorganizada. 
Isso impede que o coração bombeie sangue de maneira eficaz. 
o O choque elétrico do desfibrilador pode despolarizar todas as células cardíacas ao mesmo 
tempo, interrompendo a atividade elétrica desordenada. Isso permite que o marcapasso natural 
do coração (nó sinoatrial) retome o controle e restabeleça um ritmo normal. 
o No eletrocardiograma é representado por um traçado completamente anárquico, sem a 
visualização de padrão nenhum. 
 
2. Taquicardia Ventricular sem Pulso (TV): 
o Na TV, os ventrículos batem muito rapidamente de forma regular, mas sem gerar um pulso 
efetivo. 
o O choque pode interromper esse ritmo rápido e permitir que o coração volte a um ritmo mais 
lento e organizado, restabelecendo a circulação eficaz. 
o A Taquicardia ventricular pode surgir gradativamente com alargamento do QRS e aumento da 
frequência, evoluindo para a taquicardia ventricular sem pulso que pode inclusive virar 
posteriormente uma fibrilação VENTRICULAR 
 
 
RITMOS NÃO CHOCÁVEIS 
1. Assistolia: 
o A assistolia é a ausência total de atividade elétrica no coração. Isso é frequentemente chamado 
de "linha reta" no monitor cardíaco. 
o Não há atividade elétrica a ser reorganizada pelo choque. A desfibrilação não pode reiniciar a 
atividade elétrica ausente; nesse caso, as compressões torácicas (RCP) e medicamentos 
específicos são necessários para tentar reestabelecer a atividade elétrica e a circulação. 
 
 
 
2. Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP): 
o Na AESP, há alguma atividade elétrica presente no coração, mas o coração não está 
contraindo de forma a gerar um pulso ou circulação. 
o O problema não é a desorganização elétrica, mas sim que o coração não está respondendo 
adequadamente à atividade elétrica presente. Isso pode ser devido a diversas causas, como 
hipovolemia (perda de sangue), hipóxia, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, 
entre outras. Nessas situações, a desfibrilação não é eficaz, e o tratamento se concentra em 
identificar e corrigir a causa subjacente enquanto se realiza a RCP. 
 
 
 
 
 
RESUMO DOS TIPOS DE CHOQUES 
 
 
PARADA RESPIRATÓRIA 
 
• Diferentemente da parada cardiorrespiratória, nessa o paciente tem pulso, mas não consegue respirar 
oxigenar a nível de alvéolo, ou seja, não há hematose (troca gasosa). 
 
• Essa parada respiratória pode ser por questões filológica mesmo ou por obstrução das vias áreas por 
corpos estranhos (OVACE) ou até mesmo por afogamento. Nesse tópico vou abordar apenas a 
questão fisiológica. 
 
• Primeiro passo a fazer é observar a expansibilidade torácica enquanto checa o pulso do indivíduo. 
 
• Ao avaliar o pulso, em adultos e crianças realizo a aferição da carótida e em lactantes na braquial. 
 
• Se o individuo tá sem respirar e tá com pulso filiforme (fraco) já início a RCP. 
 
• Todavia, o indivíduo não respira, mas tem pulso, isso é sinal apenas de uma parada respiratória que 
não evoluiu ainda para uma RCP. Logo, tenho que fornecer O2 ao paciente. 
 
• Como esse paciente não está respirando, tem que haver uma respiração ativa: Boca-boca, Pocket 
Mask ou Ambu (bolsa válvula máscara) a qual fornece 21% de O2 quando não acoplada a um galão 
e acoplada 90% de O2. 
 
• No caso do ambu, ela em casos de PCR, é difícil de usar se a pessoa não tiver um segundo socorrista. 
 
• Nos adultos fazer uma ventilação e um intervalo de 5 a 6 segundos. Já em crianças e lactentes, 1 
ventilação e pausa de 3-5 segundos. 
 
• Caso não haja esse intervalo de tempo e a respiração esteja muito rápida, não ocorrerá a hematose e 
correrá risco de insuflação gástrica. 
 
• Por fim, avaliar de 2 em 2 minutos, onde vejo se o paciente voltou a respirar sozinho ou se infelizmente 
ele evoluiu para uma parada cardiopulmonar. Nesse caso terei que imediatamente iniciar a RCP. 
 
 
 
 
VIA ÁEREA AVANÇADA 
 
• A função da via aérea avançada é a ventilação. 
• Não bronquioaspiração 
• Função artificial 
• Para ser via área avançada tem que haver balão abaixo da glote. 
 
o Tubo orotraqueal – mais comum. O tubo entre na cavidade oral, passa pela faringe, 
atinge a via respiratória na traqueia e infla o balão lá. 
 
 
o Tubo nasotraqueal – entra pelas narinas, passa pela faringe, atinge a via respiratória na 
traqueia e infla o balão lá. 
 
o Cânula de traqueostomia – de caráter cirúrgico, onde é inserido por um óstio que se faz 
na traqueia. 
o Cânula de cricotireoidostomia cirúrgica 
 
Temos também outras, mas não são de vias áreas avançadas!!! 
 
Assim, veja que nessas não há insuflação de balão, logo, não é considerada avançada. 
Indicações para via área avançada: 
 
 
 
 
DROGAS 
 
• A administração de adrenalina (epinefrina) durante a PCR é uma prática recomendada. 
• A adrenalina causa vasoconstrição periférica: o que aumenta a pressão arterial diastólica e 
melhora a perfusão coronariana durante a compressão torácica. Isso é crucial para aumentar 
as chances de retorno da circulação espontânea (ROSC). 
• Aumenta débito cardíaco: Embora o efeito beta-adrenérgico da adrenalina aumente a 
frequência cardíaca e a contratilidade miocárdica, o que poderia ser útil após o ROSC, durante 
a PCR, a principal vantagem é a vasoconstrição mediada pelos receptores alfa. 
CUIDADOS PÓS PARADA CARDIORESPIRATÓRIA 
 
CASOS CLÍNICOS: 
1) Paciente masculino, 35 anos, vítima de acidente de motocicleta encontra-se desacordado 
em decúbito ventral no chão, respiração ruidosa e bradipnéia, presença de sangue no chão. 
Qual a conduta: 
Primeiramente, deve-se avaliar a segurança do local para garantir que é seguro abordar o paciente. Caso necessário, sinalizar o local e 
pedir ajuda para evitar novos acidentes. Em seguida, verificar a responsividade do paciente tocando nos seus ombros e chamando por ele. 
Se o paciente não responder, deve-se gritar por ajuda e acionar os serviços de emergência (192 no Brasil). 
Após isso, o paciente deve ser cuidadosamente virado para a posição de decúbito dorsal para permitir uma melhor avaliaçãoe 
intervenção. Esse movimento deve ser realizado cuidadosamente para evitar lesões adicionais, especialmente na coluna cervical. O ideal é 
utilizar a técnica de "log roll" (rolamento em bloco) com a ajuda de outras pessoas, se disponível, para manter o alinhamento da coluna. 
Com o paciente em decúbito dorsal, deve-se abrir as vias aéreas realizando a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo 
(head-tilt, chin-lift), a menos que haja suspeita de lesão cervical, caso em que se deve utilizar a técnica de "jaw thrust" (elevação da 
mandíbula) sem inclinação da cabeça. Verificar a respiração olhando, ouvindo e sentindo por respirações normais por até 10 segundos. 
Se o paciente não estiver respirando normalmente (apenas gasping) ou estiver apneico, iniciar imediatamente as compressões torácicas. 
Colocar as mãos no centro do tórax e começar as compressões torácicas, com uma profundidade de pelo menos 5 cm, a uma taxa de 100-
120 compressões por minuto, alternando 30 compressões com 2 ventilações, se houver treinamento e dispositivo para ventilação. 
Enquanto realiza esses passos, deve-se avaliar rapidamente a presença de hemorragias graves e aplicar pressão direta sobre os 
sangramentos visíveis com gaze ou pano limpo. Se houver suspeita de trauma na coluna cervical, imobilizar manualmente a cabeça e o 
pescoço até que um colar cervical possa ser aplicado ou que chegue ajuda especializada. 
Finalmente, é essencial monitorar continuamente o paciente enquanto aguarda a chegada dos serviços de emergência e informar a equipe 
de emergência sobre a condição do paciente e as intervenções realizadas. Esses passos são cruciais para garantir a sobrevivência do 
paciente até que cuidados avançados possam ser providenciados. 
 
2) Paciente com pulso firme, regular, com FC 80bpm, FR 16, enquanto você checa o pulso e 
após adequada abertura de via aérea, paciente vai acordando. Qual a conduta? 
Manter a calma e reavaliar o paciente, colocando-o em posição de recuperação se estável. Tranquilize o paciente, avalie por lesões, e continue 
monitorando os sinais vitais. Busque assistência médica para avaliação completa e obtenha um breve histórico médico. 
3) Você está correndo no Dique do Tororó quando avista um senhor que aparenta ter por volta 
de 50 anos, obeso, cair no chão desacordado. Múltiplos curiosos começam a se aglomerar. 
Quando você se aproxima, nota que o mesmo está completamente imóvel. 
A) Qual o primeiro passo em relação a sua conduta nesse caso? 
O primeiro passo ao encontrar uma pessoa desacordada e imóvel é avaliar a segurança do local e garantir que não há riscos imediatos para você ou para 
a vítima. Em seguida, deve-se verificar a responsividade da pessoa tocando nos seus ombros e chamando por ela. 
B) Qual o mnemônico que nos guia nesse caso? 
O mnemônico que nos guia nesse caso é o C-A-B-D do Suporte Básico de Vida (SBV): 
• C - Circulation (Circulação): Verifique se há pulso. Se o paciente estiver sem pulso, inicie as compressões torácicas imediatamente. 
• A - Airway (Vias Aéreas): Abra as vias aéreas utilizando a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo (head-tilt, chin-lift) ou a 
técnica de "jaw thrust" se houver suspeita de lesão cervical. 
• B - Breathing (Respiração): Verifique se o paciente está respirando normalmente. Se não estiver, forneça ventilações. 
• D - Defibrillation (Desfibrilação): Se disponível, use um desfibrilador externo automático (DEA) assim que possível e siga as instruções do 
aparelho. 
4) Você nota que o paciente está arresponsivo, sem pulso. Cite quais as manobras que farão 
você tentar salvar a vida desse cidadão. 
A mesma coisa do caso anterior: 
• Iniciar compressões torácicas (C) 
• Abrir as vias aéreas (A) 
• Fornecer ventilações (B) 
• Usar o DEA assim que disponível (D) 
 
5) O DEA chegou! Você coloca as pás no indivíduo e esse ritmo aparece no monitor: 
 
Esse ritmo é chocável?? Qual o próximo passo e a conduta terapêutica mais apropriada? 
Esse ritmo é chocável, de acordo com a caracterização por complexos QRS largos e regulares, é uma taquicardia ventricular. Logo, o 
dispositivo orientará para aplicar um choque. Assim, certifique-se de que todos estejam afastados do paciente e, em seguida, aplique o 
choque conforme instruído pelo DEA. Após o choque, retome imediatamente as compressões torácicas. Continue a RCP por 2 minutos antes 
de o DEA reavaliar o ritmo. Siga as instruções do DEA para administrar choques adicionais se necessário. Por fim, continue o ciclo de RCP 
e análise/desfibrilação conforme orientado pelo DEA até a chegada de ajuda avançada ou retorno da circulação espontânea (ROSC). 
6) Paciente apresenta esse ritmo após o primeiro choque: 
 
Quais os cuidados que devemos ter adiante? 
De acordo com o ritmo apresentado, parece ser um ritmo não-chocável, ou seja, uma AESP atividade elétrica sem pulso. Nesse caso, como 
o desfibrilador não pode desconverter esse ritmo com a descarga elétrica. Nesse caso, o que deve ser feito é continuar realizado a massagem 
torácica e respirações na escala 30:2 até chegar o suporte avançado. 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS – PARTE 02 
OVACE – Obstrução das vias áreas por corpos estranhos 
 
• A obstrução das vias aéreas por corpos estranhos (OVACE) consiste na obstrução de vias aéreas 
causada por aspiração de corpo estranho, geralmente localizado na laringe ou traqueia. 
• Os corpos estranhos são pequenas partículas de variada origem o qual pode causar desconforto 
físico. 
• É comum e inesperado. 
• É importante o rápido reconhecimento da penetração do objeto, manter a calma e tranquilizar o 
acidentado. 
• Diante de um paciente com asfixia, caso as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro 
de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais cessarão totalmente, ocasionando a morte. O oxigênio 
é vital para o cérebro. 
Quando suspeitar? 
As vítimas com obstrução da via áreas se não forem socorridas a tempo, podem evoluir para uma 
PCR. 
Para o engasgo e a tentativa de eliminação do corpo estranho, existe a manobra de Heimlich. 
Durante a avaliação clínica, o paciente pode encontra-se com as mãos no pescoço tossindo, 
agitado, com dificuldade de respirar e cianose, sinais sugestivos de sufocamento. 
Gravidade: 
LEVE: são aqueles em que o paciente se encontra com uma obstrução parcial da via aérea, 
responde aos comandos do socorrista, tosse e está com a respiração preservada. 
GRAVE: a vítima, consciente ou inconsciente, apresenta uma obstrução total da via aérea, não 
conseguindo falar ou tossir, além de apresentar ruídos na respiração. 
Conduta: 
Em casos leves deve-se: 
• Acalmar o paciente. 
• Incentivar o estímulo da tosse. 
• Monitorar o paciente de forma vigilante, pois o quadro pode se agravar. 
Em casos graves, depende se o paciente se encontra responsivo ou não. Nos responsivos deve-
se iniciar a manobra de Heimlich. 
• Apresente-se ao paciente e explique o que será feito. 
• Se posicione atrás da vítima, com suas pernas entre as dela. 
• Abrace a vítima na altura na crista ilíaca. 
• Posicione uma mão com o punho fechado e polegar voltado para região abaixo do 
apêndice xifoide e a outra mão espalmada sobre a primeira cobrindo-a. 
• Faça compressões rápidas e firmes, para dentro e para cima, em movimento que 
lembre um J. 
• Repetir manobra até sucesso na desobstrução ou até o paciente perder a consciência. 
Nos casos não responsivos, deve-se solicitar uma ajuda especializada imediatamente, deitar o 
paciente em decúbito dorsal sob uma superfície rígida, checar os pulsos e caso necessário, 
iniciar as manobras de RCP. 
• Vítimas com o pulso ausente, deve-se iniciar imediatamente a RCP (30:2) 
• Caso o pulso esteja presente, realizar compressões torácicas em região intermamilar, 
com a parte hipotenar buscando a remoção do corpo estranho. 
• Checar vias aéreas e realizar inspeção a cada ciclo (remover corpo estranho se 
possível). 
• As compressões devem continuaraté o sucesso da expulsão do corpo estranho e 
retorno à respiração espontânea ou chegada do suporte avançado de vida. 
Manobra de Heimich em obesos, grávidas, pacientes sentados e sozinhos: 
• A manobra é adaptada para que as compressões ocorram em região torácica, de 
• modo a não comprimir o processo xifoide. 
• Nos pacientes sentados, a compressão pode ser feita com o paciente na cadeira. 
• No caso de uma vítima sozinha, ela pode se apoiar a uma superfície, como a de uma 
cadeira, inclinando-se sobre ela, e conduzindo seu punho em direção a si mesmo, 
simulando as compressões, para tentar expulsar o corpo estranho. 
 
OVACE em bebês – quadro grave: 
• Os bebês com quadros graves e responsivos devem ser apoiados sobre o antebraço do 
socorrista em decúbito ventral, estando esse apoiado sobre a coxa, posicionando a mão 
próxima ao mento, com os dedos próximos às clavículas e fúrcula. 
• O socorrista deve realizar uma inclinação da vítima, de maneira que a cabeça fique em um nível 
inferior aos membros e posteriormente promover 5 golpes com a região hipotênar entre as 
escápulas, para, em seguida, virar o bebê e realizar 5 compressões torácicas na região 
intermamilar com 2 dedos. 
• Feita as compressões, vira a criança e avalia via aérea buscando corpo estranho. Caso o corpo 
estranho não seja facilmente retirável você deve retorna a manobra. 
• Esse procedimento deve ser repetido até que o bebê expulse o corpo estranho ou perca a 
consciência. Se ele perder a consciência, iniciar a RCP. 
 
 -> Obesos, sentados e sozinhos 
 -> bebês 
 
OXIGENOTERAPIA: DISPOSITIVOS DE OXIGENAÇÃO 
• Ventilação: entrada e saída de ar entre as unidades funcionais dos pulmões, alvéolos, e o 
meio externo. 
• Oxigenação: participação do oxigênio molecular no processo de obtenção de oxigênio. Este 
conceito se relaciona, dentre outros fatores com a saturação de oxigênio. 
• Saturação de Oxigênio (SatO2): porcentagem de hemoglobina que está ligada a moléculas de 
oxigênio. 
• Fração inspirada de O2 (FiO2): porcentagem de oxigênio no ar inspirado. Em ar ambiente, ao 
nível do mar, temos uma FiO2 de 21%. 
 
DISPOSITIVOS DE OXIGENAÇÃO 
 
Cateter/Cânula nasal 
- Dispositivo mais usado 
- Dispositivo simples, de baixo fluxo, suportando um fluxo de 6 L/min 
- Fornece uma FIO2 de no máximo 45%; 
- A cada 1 litro por minuto, corresponde a 3-4% de FiO2 do ar ambiente; 
- É indicado para hipoxemia leve; 
- Suas desvantagens incluem: uso prolongado e aplicação de fluxos altos podem levar a 
ressecamento da mucosa nasal ou lesões. 
 
Máscara simples 
- Pode aumentar a FiO2 ATÉ 60% 
- Deve ser usada com um fluxo mínimo de 5 L/min para prevenir retenção de CO2. 
- É vantajosa pois é simples e leve e desvantajosa pois o paciente precisa retirar para comer 
e falar. 
 
Máscara de Venturi 
- Possui um sistema de válvulas que possibilita um controle da FiO2 a ser fornecido ao 
paciente. 
- Cada válvula tem uma cor e tem escrito o tanto de fluxo de FiO2 ofertado por ele, o que 
varia de 24-50%. 
- É indicado quando se busca um desmame da oferta de O2 ou quando uma oferta 
exagerada e/ou descontrolada pode ser prejudicial ao paciente, como indivíduos com DPOC 
- é usado em crianças que estão sendo retiradas da oxigenoterapia. 
 
Máscara não reinalante 
- Destaca-se pelo reservatório de oxigênio e por um sistema de válvulas expiratórias e 
inspiratórias. 
- Confere até 100% de FiO2 (fluxo de 12-15 Litros/min) 
- Usada em setores de emergência e UTI 
- é indicada em traumas, quando a intubação não é indicada. 
- E em casos onde a hipoxemia não foi convertida com a cânula e quando ainda não há 
indicação de intubação ou ventilação não invasiva. 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS NO PACIENTE POLITRAUMATIZADO 
Objetivo: Assimilar os principais pontos do ATLS e seus tipos de Traumatismos (Crânio-Encefálico, 
Raqui-Medular, Músculo-Esquelético, Tóraco-Abdominal e Amputação Traumática) 
 
 
 
A – Via aérea e coluna cervical 
- Cuida-se primeiro da via aérea pois ela mata mais rápido 
- Paciente que conseguem conversar, possuem uma via aérea pérvia”! 
- Avaliar a via aérea e buscar por sinais como: detecção de corpos estranhos, lesões, 
fraturas na face, trauma traqueal/larínge e outras lesões que podem resultar em obstrução 
da via aérea 
- é necessário colocar o colar cervical 
 
B – Ventilação e Respiração 
- A permeabilidade da via aérea por si só não garante uma ventilação adequada. 
- O pescoço e o tórax devem ser expostos, a fim de avaliar veias jugulares, posição da 
traqueia e movimentos respiratórios. 
- Tem-se que fazer o exame físico do tórax, como inpenção, ausculta e percussão. 
- é nessa etapa que faz diagnósticos como pneumotórax hipertensivo, lesão de árvore 
traqueobrônquica, hemotórax maciço e pneumotórax aberto. 
 
C – Circulação 
- A hemorragia é uma das causas de morte pós-traumática evitável. 
- Deve-se identificar rapidamente um potencial sangramento, parar a hemorragia e repor o 
volume perdido. O principal tipo de choque no trauma é o hemorrágico. 
- Avalia a PA, FC, pulso e perfusão periférica. 
- Após constatado o choque: buscar a fonte de sangramento – parar o sangramento e repor 
o volume perdido. 
- Hemorragia externa: tratar com compressão manual direta. Os torniquetes são efetivos em 
exsanguinação. 
- Possíveis fontes de sangramento no trauma: tórax, abdome, pelve e retroperitônio, ossos 
longos. 
 
D – Avaliação neurológica 
- Escala de Glaswon 
- Pupilas: tamanho e reatividade 
- Sinais de lateralização (déficits motores) 
 
Todavia, com a nova escala de Glaswon, eu tenho a reatividade pupilar: 
- Menos 2 pontos caso não haja nenhuma reatividade pupilar 
- Menos 1 ponto caso apenas uma pupila esteja sem reatividade 
- Menos 0 pontos se as duas pupilas estiverem normais, com reatividade pupilar. 
 
E – Exposição (Prevenção de Hipotermia) 
- Exposição e aquecimento do ambiente. 
- Deve-se despir todo o paciente e examiná-lo da cabeça aos pés, buscando lesões que 
tenham passado desapercebidas. 
- Deve-se virar o paciente em monobloco, para visualizar o dorso, nádegas e períneo, 
mantendo a estabilidade da coluna vertebral. 
- Prevenir a hipotermia 
- Infusão de fluidos deve ser feita com soro previamente aquecido a 39 graus. 
- Podemos também fazer a passagem de sonda. 
 
ATLS é ABCDE! Somente utilize o conceito de XABCDE se o autor for muito claro ao 
afirmar que há um sangramento arterial ativo e incompatível com a vida! 
 
 
 
 
 
Tipos de traumatismo 
 
Trauma cranioencefálico (TCE) 
- Tipo mais comum 
- É classificado de acordo com a gravidade da lesão. 
- A Escala de Glaswon é adotada como ferramenta para classificação do tauma. 
- A partir da escala, o paciente pode estar em 3 categorias: 
o Leve (13-15) 
o Moderado (9-12) 
o Grave (3-8) 
- Acidentes automobilísticos, quedas são as causas mais comuns que resulta em TCE. 
 
Tipo 1 de TCE: Fraturas 
- O TCE com fratura é de dois tipos: calota craniana e base do crânio 
- A fim de identifica-las com precisão é necessário um TC de crânio. 
- Depressão óssea já sugere sinais de fatura no crânio 
- Dois sinais são o que indica fratura de base de crânio 
o “Sinal de gaxinim”: esquimose periorbital 
o “Sinal de Battle”: esquimose retroauicular 
 
Tipo 2 de TCE: Lesão difusa 
- Concussão: forma mais branda da lesão difusa. Cursa com perda de consciência transitória, por 
cerca de um período de 6 horas. 
- Lesão axonal Difusa (LAD): é resultado da aceleração rotacional e/ou angular mais importante da 
cabeça. Em cerca de 20% dos casos, o paciente segue com coma ou algum déficit neurológico nas 
6-24 horas seguintes ao trauma, o que caracteriza um quadro leve. Caso o coma se estenda além de 
24 horas associado a lesão de tronco cerebral, em 50% dos casos o desfecho é o óbito. 
- Hemorragia meníngea traumática: a rotura é dos próprios vasos mais superficiais, comum nos 
casosgraves de TCE. 
 
Tipo 3 de TCE: Lesão focal 
- Contusões cerebrais: frequentemente estão acompanhadas de outras lesões como hematomas 
extradurais e/ou subdurais. Costumam ser frontais, principalmente nos giros orbitários e lobos 
temporais. 
- Hematomas: Subdural (banana – entre a aracnoide e a dura-máter) e Epidural (Pêra- entre a dura 
máter e o crânio). 
 
 
AVALIAÇÃO E COTROLE DE HEMORRAGIAS 
 
Hemorragias 
• A hemorragia é a parda de sangue por ferimentos ou pelas cavidades nasais e podem 
ser internas sem a exteriorização do sangue. 
• Quadros agudos com grande perda de volume são graves e podem levar a choque 
hipovolêmico e óbito. 
• Enquanto as perdas lentas e crônicas costumam levar a anemia ferropriva. 
• As hemorragias podem ser classificadas em arteriais, venosas ou capilares (interna 
ou externa). 
• Hemorragias arteriais: sangue com cor viva, em jato pulsátil. 
• Hemorragias venosas: sangue mais escuro e sai mais lendo, escorrendo pela 
corrida. 
• Hemorragias capilares apresentam coloração intermediária, o sangue goteja! 
• Nas hemorragias internas, ela ocorre em uma cavidade pré-formada, como pleura, 
pericárdio, peritônio. O sangue não é observado no exterior, mas o individuo pode-se 
apresentar pálido, taquicardíaco, sonolento, pele fria e úmida e algum hematoma. 
• Até que se prove o contrário, a baixa PA em individuo pós-trauma deve ser sinônimo 
de hipovolemia. 
 
Avaliação da hemorragia 
 
➢ Hemorragia classe I: perda de sangue até 15%. Sinais vitais ainda em bom estado. 
A frequência cardíaca e minimamente elevada ou normal. Em paciente saudáveis, 
essa quantidade de perda de sangue não requer substituição porque tem os 
mecanismo compensatórios. 
➢ Hemorragia classe II: perda de volume de 15-30%, manifesta taquicardia (100 a 
120), taquipneia (20-24 respirações), pressão do pulso diminuída. O paciente pode 
estar ansioso ou hostil. Nessa classe, o paciente pode ser estabilizado com soluções 
cristaloides, porem em alguns casos precisa-se de transfusão de sangue. 
➢ Hemorragia classe III: perda de 31-40% do volume sanguíneo, resultando numa 
queda na PA e alterações no estado mental. FC e FR estão elevadas. Redução no 
débito urinário. Hemorragia considerada grave. Nessa classe, a maioria dos pacientes 
necessita de um concentrado de hemácias. 
➢ Hemorragia classe IV: perda de mais de 40%. Depressão significativa na PA e no 
estado mental. A maioria dos pacientes é hipotensa (PAS menor que 90 mmHg). A 
pressão do pulso está reduzida e há taquicardia de mais de 140 bpm. Diurese está 
muito reduzida ou ausente. Esses pacientes precisam de transfusão rápida e 
intervenção cirúrgica imediata. 
 
 
Choque hemorrágico 
O choque e uma anormalidade no sistema circulatório, que resulta em perfusão orgânica e 
oxigenação tecidual inadequada. 
No paciente vítima de trauma a hemorragia é a causa mais comum de choque. 
 
 
Débito cardíaco = volume sistólico x FC -> determina o volume sanguíneo bombeado pelo 
coração. 
Volume sistólico: quantidade de sangue bombeada a cada sístole e é definido por pós-
carga (contratilidade do miocárdio) e pré-carga (quantidade do retorno venoso para o 
coração). 
 
Respostas a perda de sanguínea 
 
Vasoconstricção da circulação cutânea, muscular e visceral (para preservar o sangue para o 
cérebro, rins e coração) 
Pressão diastólica aumenta e a Pressão de pulso reduz. 
A nível celular, as células mal perfundidas e mal oxigenada começam a realizar 
metabolismo anaeróbico, com formação de ácido láctico e acidose metabólica. 
 
Abordagem do choque hemorrágico 
O princípio básico do tratamento é interromper o sangramento e repor as perdas volêmicas. 
ABCDE (vias aéreas, respiração, circulação, disfunção neurológica e exposição com 
prevenção de hipotermia). 
O controle da hemorragia é essencial em conjunto com a reposição apropriada do volume 
intravascular. 
O acesso vascular deve ser estabelecido por dois cateteres venosos calibrosos (16G ou 
maior) para administração de fluidos, sangue e plasma. 
Quando não é possível obter acesso periférico, infusão intraóssea, acesso venoso central ou 
dissecção venosa podem ser usados. 
 
 
Sangramentos externos 
 
 
Sangramento interno 
 
➔ o ácido tranexâmico ajuda a controlar hemorragias ao aumentar a estabilidade dos coágulos 
sanguíneos, inibindo a degradação da fibrina pela plasmina. Isso é crucial em situações onde é 
necessário manter o coágulo por mais tempo para permitir que o processo de cicatrização 
ocorra de forma adequada e segura

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