Buscar

Atendimento inicial ao politraumatizado - Trauma

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atendimento Inicial ao Politraumatizado
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: 
 Verificar a segurança da cena; 
 Desastre versus catástrofe (natureza); 
 Atentados terroristas; 
 Produtos químicos; 
 Produtos radioativos; 
 A importância da central de regulação; 
 Vítimas excedem a capacidade:  Chance de vida; 
 Vítimas não excedem a capacidade: Mais graves. 
TRIAGEM 
 TRIAGEM EM CATÁSTROFES E DESASTRES: 
 Zona quente: Epicentro do acidente, onde se deve 
evitar o excesso de pessoas e recursos, pelo risco 
de novos eventos adversos. Quem entra são 
profissionais da brigada militar, bombeiros, etc; 
 Zona morna: Região segura mais próxima do 
evento de catástrofe, onde se deve montar o 
posto médico avançado para tratamento inicial das 
vítimas mais graves; 
 Zona fria: Região mais segura, onde se deve 
concentrar a maior parte dos recursos humanos e 
materiais para atendimento. 
TRIAGEM START 
 TRIAGEM START: START (Simple Triage and Rapid 
Treatment). 
 Parâmetros clínicos: 
 Capacidade de locomoção; 
 Respiração; 
 Enchimento capilar; 
 Nível de consciência. 
 Classificação: 
 Verde: Estável, deambula, pode aguardar; 
 Amarelo: Potencialmente grave sem risco em 2h; 
 Vermelho: Grave, risco em 2h (30-2/pode fazer); 
 Preto: Óbito. 
ABCDE 
 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: ABCDE. 
 A: Controle de via aérea e colar cervical. 
 Abertura da via aérea; 
 Aspiração de secreções; 
 Estabilização cervical; 
 Colocação do colar. 
 B: Frequência/qualidade das respirações, fornecer O2. 
 Iniciar reanimação se necessário; 
 Inspeção do tórax. 
 C: Ver pulso, perfusão, cor, temp e sangramentos. 
 Avaliar necessidade de volume ou sangue; 
 Parar grandes sangramentos e desconsiderar 
pequenos. 
 D: Avaliar consciência (Glasgow) e avaliar pupilas. 
 Graduar abertura ocular, resposta verbal e 
motora, reflexos e simetria pupilares. 
 E: Exposição das zonas afetadas. 
 Despir completamente o paciente; 
 Buscar lesões; 
 Prevenir hipotermia. 
ATUALIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR (PHTLS) 
 ATUALIZAÇÃO DO ABCDE: Torna-se XABCDE. 
 X: Hemorragia exsanguinante (controlar sangramento 
externo grave). 
 A: Controle das vias aéreas e coluna cervical. 
 B: Respiração e ventilação. 
 C: Circulação com controle de hemorragia. 
 D: Exame neurológico sumário. 
 E: Exposição com controle de hipotermia. 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: 
 Exame primário e secundário; 
 Vítimas estáveis e instáveis; 
 Suporte básico e suporte avançado; 
 Imobilizações; 
 Encaminhamento ao local adequado. 
ATENDIMENTO INTRA-HOSPITALAR 
 ATENDIMENTO INTRAHOSPITALAR: Precaução padrão. 
 Etapas do atendimento: 
 1: Avaliação primária: 
 Medidas auxiliares; 
 Reanimação. 
 2: Avaliação secundária; 
 3: Encaminhamento ao tratamento definitivo. 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
ABCDE DO TRAUMA 
 ABCDE DO TRAUMA: 
 A: Via aérea com proteção cervical (Airway); 
 B: Respiração e ventilação (Breathe); 
 C: Circulação com controle da hemorragia (Circulation); 
 D: Incapacidade, estado neurológico (Disability); 
 E: Exposição com controle do ambiente (Exposure). 
ALGUMAS OBSERVAÇÕES 
 ALGUMAS OBSERVAÇÕES: 
 Falar é a maneira + rápida de saber que está tudo bem. 
 ABCDE serve pra crianças/idosos/grávidas. 
 Medidas auxiliares obrigatórias: 
 Raios X (tórax AP/bacia); 
 
 Monitorização (oxímetro); 
 Sondagens urinária e gástrica. 
VIAS AÉREAS COM COLUNA CERVICAL 
 VIAS AÉREAS COM COLUNA CERVICAL: 
 Examinando: Palpe/olhe/escute. 
 Falou ou chorou? Permeável! 
 Sinais de obstrução? 
 Reanimação desde manobras simples a mais 
complexas. 
 Medidas auxiliares  Oximetria de pulso. 
 Reanimação  Aspirador rígido, cânulas, máscara, 
oxigênio, material para via aérea definitiva ou via aérea 
cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Máscara de Venturi: Com reservatório/bolsa fechada pra 
não causar aerossóis (muito usada em tempos de COVID) 
 
 
 
AMBU (Artificial Manual Breathe Unit) 
 
Cânula orofaríngea (Guedel): Indicada para pacientes 
inconscientes, com queda da base da língua 
 
 
Via aérea definitiva: Indicada em casos de obstrução maior 
ou incapacidade ventilatória e deve ser feita sob 
visualização direta da corda vocal 
 
 
Via aérea cirúrgica: Cricotireoidostomia, recomendada se 
não houver condições anatômicas de garantir via aérea 
definitiva. Deve-se acessar a membrana cricotireoidea 
(menor distância da via aérea ao meio externo). 
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO 
 RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO: 
 Integridade e bom funcionamento: 
 Pulmões; 
 Parede torácica; 
 Diafragma. 
 Exame físico: 
 Inspeção; 
 Palpação; 
 Percussão; 
 Ausculta. 
 Diagnóstico clínico; 
 Oxigênio suplementar; 
 Medidas auxiliares: 
 Oximetria; 
 Raios X de tórax; 
 Identificação da lesão. 
Chin lift: 
Elevação do mento 
Jaw trust: Elevação do 
ângulo da mandíbula, 
protegendo a cervical 
 
TRAUMA TORÁCICO 
 TRAUMA TORÁCICO: 
 Lesão com risco de morte: 
 Pneumotórax hipertensivo: Realizar punção 
descompressiva no 2º ou 5º espaço intercostal ou 
transformar em pneumotórax aberto; 
 Pneumotórax: Curativo 3 pontas; 
 Lesão da árvore traqueobrônquica: Suporte 
ventilatório/drenagem/ broncoscopia/cirurgia; 
 Hemotórax maciço: Drenagem pleural e avaliação 
cirúrgica precoce; 
 Tamponamento cardíaco: Pericardiocentese e 
avaliação cirúrgica precoce. 
 Lesões com risco iminente: 
 Pneumotórax simples; 
 Hemotórax; 
 Contusão pulmonar; 
 Tórax instável; 
 Contusão cardíaca; 
 Rotura traumática de aorta; 
 Ferimento transfixante do mediastino; 
 Rotura traumática do diafragma; 
 Outras: Enfisema subcutâneo, asfixia traumática, 
ruptura esofágica, fraturas ósseas. 
CIRCULAÇÃO COM CONTROLE 
DE HEMORRAGIAS 
 CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIAS: 
 Perda sanguínea  Mortes evitáveis. 
 Choque hipovolêmico + comum no politraumatizado: 
 Parâmetros clínicos; 
 Frequência cardíaca; 
 Pressão arterial; 
 Diurese; 
 Consciência. 
 Medidas no choque hipovolêmico: 
 Parar o sangramento; 
 Repor a volemia. 
 Exame físico: 
 Hemorragia externa  Compressão; 
 Torniquete: Possui 2 exceções. 
 Amputação traumática; 
 Hemorragia exsanguinante arterial não 
coibida por compressão. O torniquete só pode 
ficar por 1h pra não correr risco de lesões de 
reperfusão. 
 Hemorragia não aparente em cavidades 
abdominal/torácica/pélvica  RX em todo mundo! 
 Reanimação: 
 Ringer lactato 39 ºC  1 L em veias periféricas; 
 Coleta de exames  Reserva de sangue; 
 Reposição sanguínea  Depende grau de choque; 
 Reposição de plasma e plaquetas; 
 Ácido tranexâmico  1 g IV nas primeiras 3 horas 
(benefício comprovado no estudo CRASH). 
 
 
 
 Classe 
I 
Classe 
II 
Classe 
III 
Classe 
IV 
Perda sanguínea 
(% volume) 
< 15% 15-30% 31-40% > 40% 
Frequência de 
pulso (bpm) 
nl nl /   / 
PA nl nl nl /   
Pressão de pulso nl    
FR (irpm) nl nl nl /   
 
 Classe 
I 
Classe 
II 
Classe 
III 
Classe 
IV 
Diurese 
(mL/h) 
nl nl   
Glasgow nl nl   
Déficit de 
base 
0-2mEq/L -2 a -6 
mEq/L 
-6 a -
10 
mEq/L 
-10 mEq/L 
ou menos 
Reposição 
volêmica 
Monitorizar Possível Sim Protocolo 
reposição 
maciça 
 
 Resposta 
rápida 
Resposta 
transitória 
Sem 
resposta 
Sinais vitais Retorno ao 
normal 
Recidiva dos 
sinais de 
choque % 
Continuam 
anormais % 
Perda de 
sangue 
10 a 20% 20 a 40% > 40% 
Necessidade 
de + soro 
Baixa Baixa Alta 
Necessidade 
de sangue 
Baixa Moderada 
ou alta 
Imediata 
Necessidade 
de cirurgia 
Possível Provável Muito 
provável 
 
 Prioridade: 
 Controle da hemorragia; 
 Abdome  Lavado peritoneal, FAST; 
 Tórax  Exame físico, raios X; 
 Pelve  Exame físico, raios X. 
 Medidas auxiliares: 
 Cateterismo vesical; 
 Sonda gástrica. 
 Cuidado: 
 Condições que simulam choque; 
 Choques de outras etiologias. 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Avaliação rápida do sistema nervoso central: 
 Reação pupilar; 
 Escala de coma de Glasgow. 
 Impedir a lesão secundária: 
 Manter ABC; 
 Manter a pressão de perfusão maior que a PIC. 
 Classificar o TCE: 
 Leve (Glasgow 13-15); 
 Moderado (Glasgow 9-12); 
 Grave (Glasgow 3-8). 
 
 Escala de coma de Glasgow: 
 Abertura ocular: 
 Espontâneo (4); 
 Ao comando verbal (3); 
 Pressão de abertura dos olhos (2); 
 Nenhuma (1). 
 Resposta verbal: 
 Orientado e conversando (5); 
 Desorientado (4); 
 Palavras (3); 
 Sons (2); 
 Nenhuma (1). 
 Resposta motora: 
 Ao comando (6); 
 Localiza dor (5); 
 Flexão normal (4); 
 Flexão anormal (3); 
 Extensão (2); 
 Nenhuma (1). 
 
 Conduta: 
 TCE leve: 
 Observação. 
 TCE moderado: 
 Tomografia; 
 Observação. 
 TCE grave: 
 Tomografia; 
 Via aérea definitiva; 
 Controle da PIC. 
EXPOSIÇÃO 
 EXPOSIÇÃO: 
 Despir o paciente. 
 Avaliação do dorso, períneo e extremidades. 
 Prevenção da hipotermia: 
 Cobertores; 
 Manta térmica. 
EXAMES RADIOLÓGICOS NO 
EXAME PRIMÁRIO 
 EXAMES RADIOLÓGICOS NO EXAME PRIMÁRIO: 
 RX de Tórax AP; 
 RX Pélvico. 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: Realizada após terminar a 
avaliação primária, com o paciente estável ou 
tendendo a estabilização. 
 Início: História ampla. 
 Mnemônico: 
 A: Alergia; 
 M: Medicamentos; 
 P: Passado médico, gravidez; 
 L: Líquidos e sólidos ingeridos; 
 A: Ambientes do trauma. 
 
 Exame físico: 
 “Da cabeça aos pés”; 
 “Tubos e dedos em todos os orifícios”; 
 Cabeça, face e pescoço; 
 Tórax; 
 Abdome; 
 Períneo, reto e vagina; 
 Musculoesquelético; 
 Exame neurológico completo. 
 Outros aspectos importantes: 
 Medidas auxiliares; 
 Radiografias; 
 Procedimentos diagnósticos; 
 Estado de vacinação antitetânica; 
 Reavaliações; 
 Monitorização. 
ANALGESIA NO POLITRAUMATIZADO 
 ANALGESIA NO POLITRAUMATIZADO: 
 Opioides intravenosos (morfina); 
 Estabilidade no exame secundário. 
TRANSFERÊNCIA PARA O TTO DEFINITIVO 
 TRANSFERÊNCIA PARA O TRATAMENTO DEFINITIVO: 
 Local adequado para o tratamento adequado; 
 Acordos de transferência. 
ESCALAS DE TRAUMA 
 ESCALAS DE TRAUMA: 
 RTS: Revised Trauma Score (Fisiológica); 
 ISS: Injury Severity Score (Anatômica); 
 TRISS: Trauma and Injury Severity Score. 
RTS (REVISED TRAUMA SCORE) 
 RTS – REVISED TRAUMA SCORE: Fisiológica. 
 RTS = 0,9368 x ECG + 0,7326 x PAS + 0,2908 x FR 
 
ECG Valor PAS (mmHg) Valor FR (irpm) Valor 
13 a 15 4 > 89 4 10 a 29 4 
9 a 12 3 76 a 89 3 > 29 3 
6 a 8 2 50 a 75 2 6 a 9 2 
4 a 5 1 1 a 49 1 1 a 5 1 
3 0 0 0 0 0 
 
RTS Possibilidade de sobrevida 
8 0,988 
7 0,969 
6 0,919 
5 0,807 
4 0,605 
3 0,361 
2 0,172 
1 0,071 
0 0,027 
 
 
 
 
ISS (INJURY SEVERITY SCORE) 
 ISS (INJURY SEVERITY SCORE): Anatômica. 
 Lesões em 6 regiões corporais: 
 1: Cabeça e pescoço; 
 2: Face; 
 3: Tórax; 
 4: Abdome/conteúdo pélvico; 
 5: Extremidades e anel pélvico; 
 6: Geral ou externo. 
 Escala de gravidade: AIS – Abbreviated Injury Score. 
 Lista de lesões de gravidade 1 a 6. 
 Escolha de 3 lesões mais graves em segmentos 
diferentes. 
 Soma do quadrado dos índices: ISS varia de 1 a 75. 
TRISS (TRAUMA AND INJURY 
SEVERITY SCORE) 
 TRISS (TRAUMA AND INJURY SEVERITY SCORE): União 
do fisiológico com o anatômico. 
 Champion (1981); 
 Associação RTS e ISS; 
 Idade; 
 Mecanismo do trauma (penetrante ou contuso); 
 American College of Surgeons.