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ANAMNESEANAMNESE Ana: trazer de volta Mnesis: memória É uma entrevista realizada pelo profissional da saúde ao seu doente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no seu diagnóstico de uma doença. Sugestão de roteiro: Identificação do paciente Fonte e confiabilidade das informações Queixa principal História da doença atual Medicações em uso Doenças e condições concomitantes Revisão de sistemas História médica pregressa História médica familiar Perfil psicossocial Identificação do paciente É o início da relação médico-paciente, humanizando-o: a) Nome completo; b) Idade; c) Sexo e gênero: d) Etnia e raça; e) Estado civil; f) Profissão; g) Naturalidade; h) Procedência; i) Residência; j) Religião ou crença; Fonte e confiabilidade das informações (Se for relevante, é claro!) Quem fornece as informaçõe? Paciente? Familiar? Acompanhante? Vizinho? Exemplo: “Fonte e confiabilidade: o próprio paciente, confiabilidade baixa”. “Em que posso ajudá-lo?” É o principal problema, o que trouxe o paciente para consultar. Pode ser descrita entre aspas, nas palavras do paciente. Geralmente, é um sinal ou um sintoma. Queixa Principal (QP) História da doença atual (HDA) Parte mais importante da anamnese! Explica o motivo da consulta. Iniciar indagando a quanto tempo: duração, fatores desencadeantes, forma de início (aguda ou crônica), características clínicas (tipo de dor, localização, intensidade, aspecto, coloração, volume, etc.), fatores atenuantes, fatores agravantes e o que for importante e associado à QP. Pode incluir procedimentos, atendimentos, intervenções terapêuticas, medicamentos usados. Paciente relata de maneira que imagina o mecanismo da doença (Sentimentos, Ideias, Expectativas, Funcionalidade) 7 atributos de um sintoma: 1- Localização 2- Características 3- Quantidade ou intensidade 4- Cronologia 5- Situação que ocorre 6- Fatores agravantes ou aliviantes 7- Manifestações associadas “Anotar os nomes de outros medicamentos que o paciente está usando ou que usou recentemente. Obs.: anticoncepcional é medicamento! Posologia, tempo de uso, se é usado regularmente conforme prescrito, se tem efeitos colaterais, se foi prescrito ou é automedicação. Medicações em uso concomitante Doenças e condições clínicas concomitantes Comorbidades associadas, por exemplo: HAS, diabetes, osteoporos, asma, AIDS, depressão, neoplasias. Alergias e intolerâncias: alimentar e medicamentosa. Gravidez e amamentação: mulheres em idade fértil deve-se sempre esclarecer. Revisão de aparelhos e sistemas (RAS) Visão do paciente como um todo, importante para a formação de hipótese diagnóstica e dos diagnósticos diferenciais. Pode orientar para avaliação preventiva. Os achados podem ou não ter a ver com a QP. Dispensar em situações de emergência. Sinais e sintomas gerais; Sistema dermatológico; Olhos, nariz, seios paranasais, boca, orelhas, garganta; Sistema respiratório; Sistema cardiovascular; Sistema digestivo; Sistema nefrourinário; Sistema urogenital masculino ou sistema ginecológico; Sistema neurológico; Sistema psíquico; Sistema hemolinfopoético e sistema imunológico; Sistema musculoesquelético e sistema reumatológico; História médica pregressa (HMP) Doenças prévias e seus tratamentos, doenças de infância. Cirurgias prévias e procedimentos invasivos (anotar datas). Traumatismos e acidentes, transfusões sanguíneas (data, local, motivo, número, efeitos adversos). História familiar médica Componente genético das doenças, conhecer a história de saúde de avós, pais, tios, irmãos e filhos. Estado de saúde dos familiares em 1° grau vivos e a causa da morte dos falecidos. Exemplos: doenças cardiovasculares, HAS, diabetes, dislipidemia, alcoolismo, depressão, neoplasias, colelitíase, doença renal e anemia; Perfil psicossocial Dependências: tabagismo, alcoolismo, drogas; Atividades físicas; Problemas sociais e econômicos; Problemas familiares; Religião e espiritualidade; Abordagem de aspectos pessoais e do bem-estar geral, escolaridade, habitação: local, condições de esgoto e saneamento, quantas pessoas vivem no local, animais domésticos. História ocupacional: detalhes das atividades profissionais e por hobby: se a QP sugere doença ocupacional, a história ocupacional será aprofundada na HDA. Exposição a situações de risco: ocupacionais, urbanas ou rurais, doenças endêmicas transmissíveis. Registro Clínico Orientado por Problemas SUBJETIVO: primeira parte de qualquer consulta com entrevista clínica. Transcrita com a subjetividade do paciente. Dividido em 3 partes: entrevista clínica, motivos da consulta e impressões gerais. S O OBJETIVO: informações que podem ser mensuradas. O objetivo serve para apoiar o raciocínio clínico, a partir dos motivos de consulta do paciente, e possíveis suspeitas diagnósticas. Mesmo que não tenham sido trazidos como motivo, dividido em 2 partes: exame físico e exames complementares. A P AVALIAÇÃO: listamos as impressões da consulta. Problemas crônicos trazidos pelo paciente. Dividido em 2 partes: lista de problemas e hipóteses diagnósticas. ´PLANO: depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas, chega o momento de iniciarmos uma proposta terapêutica. É dividido em 6 partes: solicitação de exames, encaminhamentos, atestados, orientações, medicamentos e observações.