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RECOMENDAÇÕES: Para a saúde e emagrecimento: 50 a 55% do VET Para exercício : 60 a 70% do VET Kleiner, 2002 → Manutenção e hipertrofia muscular – 8 a 9g/kg/dia Hipertrofia e redução do % gordura – 5 a 6g/kg/dia Alicerce para o desempenho físico; Proporciona combustível para o trabalho biológico e fornece as substâncias químicas para extrair e utilizar a energia potencial contida neste combustível; Os nutrientes dos alimentos fornecem elementos essenciais para a síntese de novos tecidos e o reparo das células existentes. Deve compreender quais as fontes de energia alimentar e o papel dos nutrientes no processo de liberação de energia; Deve reconhecer a importância de uma nutrição “adequada” e avaliar de maneira crítica a validade das reivindicações acerca dos suplementos nutritivos e das modificações dietéticas especiais visando aprimorar o desempenho físico; Deve saber que atividade física regular e práticas nutricionais sadias contribuem para combater muitas patologias. Classificação geral dos Carboidratos: Monossacarídeos – Frutose, galactose, glicose Dissacarídeos – Lactose, maltose, sacarose Oligossacarídeos - Maltodextrina Polissacarídeos – Glicogênio, amido, fibras. Monossacarídeos → importância nutricional → açúcares hexoses → glicose, frutose e galactose. Glicose (dextrose ou açúcar do sangue) → --- açúcar natural existente nos alimentos ou produzida no corpo através da digestão dos carboidratos mais complexos ou também durante os processos da Gliconeogênese. --- forma de açúcar encontrada na corrente sanguínea (jejum a glicemia varia entre 70 e 110 mg/dl) --- o SNC utiliza glicose como principal fonte de energia. UTILIZAÇÃO da GLICOSE pelo Organismo: 1) diretamente pela célula como fonte de energia; 2) armazenada sob a forma de glicogênio nos músculos e fígado; 3) convertida em gordura como estoque de energia. Frutose (açúcar das frutas) --- É o + doce dos açúcares simples → frutas e mel. --- Pequenas quantidades de frutose podem ser absorvidas diretamente para dentro do sangue a partir do trato digestivo, mas, toda ela é transformada em glicose no fígado. Galactose (açúcar do leite) --- Não é encontrada livremente na natureza --- No organismo é transformada em glicose para o metabolismo energético Dissacarídeos → Consistem de duas moléculas de monossacarídeos SACAROSE = GLICOSE + FRUTOSE MALTOSE = GLICOSE + GLICOSE LACTOSE = GLICOSE + GALACTOSE SACAROSE → Está presente na maioria dos alimentos que contém carboidratos → beterraba, mel, cana de açúcar, açúcar mascavo. LACTOSE → É encontrada na forma natural somente no leite → é o menos doce dos açúcares. MALTOSE → Está presente na cerveja, nos cereais matinais e nas sementes em processo de germinação. Constituído de 03 a 10 moléculas de glicose Pouco poder edulcorante (doce) O mais conhecido é a maltodextrina POLISSACARÍDEOS VEGETAIS → amido e fibra • Constituído de 10 ou + moléculas de glicose • Não tem poder edulcorante (doce) Amido: Forma de armazenamento de CHO nas plantas. Encontrado em sementes, batata, raízes,milho, vários grãos e leguminosas. Fibras → --- São compostos de origem vegetal não disponíveis como fonte de energia porque não sofrem hidrólise pelas enzimas do intestino; --- Fazem parte da estrutura da parede celular da planta; --- Estão presentes em folhas, caules, raízes, sementes, partes comestíveis e cascas de vegetais e frutas; --- Tipos: celulose, hemicelulose, pectina, lignina, gomas, mucilagens e polissacarídeos de algas. --- São classificadas em solúveis (pectina) e insolúveis (celulose e hemicelulose). GLICOGÊNIO: Armazenado no fígado e no músculo dos mamíferos Sintetizado a partir da glicose no processo da glicogênese. Seres humanos bem nutridos armazenam de 375 a 475g de CHO → 325g = reserva > de glicogênio muscular → 90 a 110g = glicogênio hepático → 5g = glicose sanguínea. Glicogênio armazenado pelo ser humano bem nutrido → 1500 a 1900 calorias na forma de carboidratos → quase suficiente para acionar uma corrida de 32km O glicogênio muscular armazenado → principal fornecedor de energia → 1º minutos de exercício (> contribuição dos CHO no exercício anaeróbico intenso vem do glicogênio muscular). Com a progressão do exercício → a glicose sanguínea aumenta sua contribuição como combustível metabólico → podendo fornecer 30% da energia total que necessitam os músculos. • Energia de transição do repouso → para o exercício submáximo ► fornecida pelo glicogênio armazenado nos músculos. • 20’ subsequentes → glicogênio hepático e muscular fornece entre 40/50% da demanda energética → o restante é fornecido pelas gorduras e por proteínas (em < quantidade). RESUMINDO: A medida que o exercício continua e as reservas de glicogênio são ↓ → a glicose sanguínea passa a ser a principal fonte de energia proveniente dos CHO, sendo que um % cada vez > da energia total é fornecido pela desintegração das gorduras. Quando a produção de glicose pelo fígado não consegue acompanhar sua utilização pelo músculo → [ ] plasmática de glicose ↓ podendo alcançar níveis hipoglicêmicos (<45ml/100mlsangue) durante 90’ de exercício extenuante. As evidências científicas indicam que atletas de vários países e de diferentes modalidades esportivas (aeróbias ou anaeróbias), não consomem as quantidades necessárias de CHO para a prática do exercício. ATENÇÃO: Para manter e/ou ↑ os estoques de glicogênio muscular nos períodos de treino/competição → necessário uma alimentação com ↑ quantidade de CHO. Fatores que determinam a contribuição dos CHO para o metabolismo energético durante o exercício: → intensidade do exercício → duração do exercício → influência do treinamento físico → influência da alimentação 60 a 70% do VET vindo dos CHO Recuperação muscular = 5 a 8g de CHO/kg/dia Atividades de longa duração=10g de CHO/kg/dia Na refeição anterior ao exercício deve-se consumir alimentos ricos em carboidratos com baixo a médio IG 3 a 4h antes: ↑ disponibilidade de glicose durante o treino 30 a 60’ antes: ↑ [ ] de glicose e ác. graxos no plasma 5’ antes: consenso – melhora o desempenho. 1 e 4h antes 1 a 4,5 g de CHO/Kg (SBME, 2003) 350g de Maltodextrina - 3h antes → ↑ de maneira significativa o rendimento e prorrogou a fadiga. (Wright & Shermann, 1999) A ingestão de carboidratos durante o exercício → manutenção dos níveis sanguíneos de glicose → prevenir a fadiga observada nos últimos 30’ de exercício. Recomendação → 30 a 60 g/h, em solução com [ ] de 4 a 8 g/dl (para manter a glicemiae retardar a fadiga) 250 a 300 ml de bebida com 4 a 8% de HCO a cada 15 ou 20’ O consumo após o exercício deve ocorrer nas 2 primeiras horas após o término da atividade. A ingestão de CHO simples e/ou alto IG são provavelmente + efetivos na síntese de glicogênio imediatamente após exercício. Imediatamente após: > Fluxo sanguíneo > Captação de Glicose > Ressíntese de Glicogênio (> atividade da glicogênio sintetase) → capacidade 50% após 2h pós treino 0,7 a 1,5g /Kg de 2 em 2h até 6h pós treino 1.0 a 1.5g/Kg dentro de 30’ após o treino, podendo repetir por + 3X com 2h de intervalo → elevada reposição de glicogênio muscular. Os alimentos foram classificados em razão do pão branco (equivalente de 100): Alto IG → > 85 Médio IG → entre 85 e 60 Baixo IG → > 60 (FAO/WHO,1998) ANTES do EXERCÍCIO: Depende do intervalo da modalidade. 1h antes : 1-2g / kg (liquida) 4h antes : 4 – 5g / Kg Preferir HCO baixo IG Aumentar [ ] de glicose e ác. graxos no plasma DURANTE o EXERCÍCIO: 0,7g/Kg/h ou 30-60g/h (depende da duração) Preferir CHO de moderado à alto IG APÓS o EXERCÍCIO (Recuperação): VET com 60% de CHO nas primeiras horas:30-60g/h Ou 0,7 a 1,5g /Kg a cada 2 horas, durante 6 horas (150-200g em 6 horas) Preferir CHO de alto IG A forma do CHO não parece interferir → alguns atletas podem preferir utilizar uma bebida esportiva, enquanto outros podem preferir um sólido ou gel e consumir água (ACSM; ADA; DC; 2000). Pode ocorrer com a ingestão de CHO de alto IG pré-treino (20 a 30’antes). O que é → Objetivo: ↑ os níveis de glicogênio muscular. Técnica que permite quase dobrar as reservas de glicogênio muscular → quanto > o conteúdo de glicogênio antes do exercício melhor desempenho. Usar → exercício que precede evento competitivo de resistência → com duração de + de 90’ (triatlon, maratona, ultramaratona, ciclismo, etc) ATENÇÃO: Não deve ser feita + que 2X no mês!!! Pode ocasionar cãibras, sensação de excesso de peso e fadiga precoce. Supercompensação modificada: redução gradativa da quantidade de exercícios ↑ ao mesmo tempo, também de forma gradativa, a ingestão de CHO de: 350g/dia de CHO para 550g/dia de CHO Ou de 50% para 70% do VET da dieta em CHO com duração total de 06 dias. 01 semana antes da competição (6,5 e 4 dias antes) → ↓ gradativamente o volume do treinamento → consumir dieta moderada em CHO → para reduzir o glicogênio muscular deixando o músculo pronto para a Supercompensação. Nos 3 últimos dias → o treino deve ser diminuído → a ingestão de CHO ↑ (em média 500 a 600g/dia) --- massas, pães, batatas, arroz → podendo levar ao desconforto gastrointestinal → + i ndicado uso da maltodextrina como complemento da dieta. Resumindo ... Modelo Clássico: Fase inicial com 3 a 4 dias de treinamento pesado e baixo consumo de CHO para depletar os estoques corporais de glicogênio. seguida da fase de “carregamento” de CHO (90% do VET), com duração de 3 a 4 dias, onde ocorre uma alta ingestão de CHO e diminuição dos exercícios. Modelo Modificado: 6 dias de diminuição do treinamento e alta ingestão de CHO (70% do VET). Não há a fase de depleção de CHO. NÃO PREVINEM A FADIGA DURANTE O EXERCÍCIO, APENAS A RETARDA ! Maughan, Ronald J. & Burke, Louise M.Nutrição esportiva. Ed. ARMED, 1ª ED, 2004 www.medicinadoesporte.org.br (SBME) Ler material didático capítulo 3 – Proteínas e aminoácidos necessários aos atletas.