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AULA 4 DEMANDA E COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Introdução: Nesta aula 4 de Microeconomia, iremos ampliar a análise a respeito da demanda e examinaremos os princípios básicos das condutas que o consumidor faz para comprar uma determinada cesta de mercadorias. I) Demandas individuais dos consumidores e demanda de mercado: uma análise explicativa: O resultado das decisões que os consumidores tendem a tomar sobre a alocação do seu dinheiro e tempo que são escassos é o que verdadeiramente está por trás das curvas de demanda. Nesta aula, iremos ampliar a análise a respeito da demanda e examinaremos os princípios básicos das condutas que o consumidor faz para comprar (uma cesta de) bens (mercadorias ou produtos). Destaca-se que a teoria da demanda é derivada de hipóteses sobre a escolha do consumidor entre os diversos bens que o seu orçamento permite adquirir. É claro que um determinado consumidor tende a escolher aqueles produtos que mais valorizam, que os deem maior nível de satisfação, isto é, que lhes tragam maior nível de utilidade . Em outras palavras, estamos supondo nesta aula que todo e qualquer consumidor maximize sua utilidade, escolha da melhor maneira possível, as suas cestas de mercadorias. Utilidade: Subjetivamente, define-se como utilidade o sentimento de satisfação que o consumidor individualmente experimenta como consequência ao consumir determinado bem (produto ou mercadoria). “O mexilhão (Mytilus edulis ou Mytilus galloprovincialis) é um molusco bivalve da ordem Mutiloida, consumido como fonte de alimento. O mexilhão vive em zonas intertidais, fixo pelas rochas costeiras e é usado, com frequência, como indicador de poluição marinha, devido a sua habilidade de filtração aquática como forma de obter nutrientes”. II) A curva de demanda individual e o excedente do consumidor Observe bem a figura a seguir que contempla uma curva de demanda individual (D) formada pela relação entre os preços (P) e as quantidades a serem consumidas (Q) por um consumidor chamado Márcio. Há uma determinada área verde hachurada neste gráfico, que chamamos de excedente do consumidor. III) Comportamento do consumidor A discussão que empregaremos aqui é de como um consumidor racional distribui os seus recursos entre os diferentes bens de forma que consiga maximizar o seu nível de utilidade (ou satisfação). Sob o ponto de vista histórico, o conceito de utilidade empregado era o de utilidade cardinal, ou seja, o de utilidade como uma magnitude que se podia medir. Neste caso, o argumento era o de que aumenta a satisfação (ou utilidade total) do consumidor conforme aumenta a quantidade a ser consumida de um determinado produto. Produto: Toda a análise a respeito do comportamento do consumidor está calcada na discussão sobre demanda Marshalliana e Hicksiana. Atualmente, os economistas levam mais em consideração, na moderna teoria a respeito do comportamento do consumidor, o princípio da utilidade ordinal. Sob este enfoque, examina-se a ordem de preferências pelas diferentes cestas de mercadorias que o consumidor vai consumir. Neste princípio, examina-se se, por exemplo, se a cesta de bens A é preferida à cesta de bens B, se a B é preferida à cesta C, e assim sucessivamente. A partir desta ordem é possível estabelecer formalmente as prioridades gerais na formação de uma curva de indiferença. Consumidor: A utilidade total, derivada do consumo do bem, cresce à medida que o consumidor aumenta a quantidade a ser consumida ao longo do tempo. Entretanto, cabe destacar que o valor acrescentado à utilidade total por cada uma unidade a mais do bem a ser consumido é chamado de utilidade marginal. Por uma fórmula, a utilidade marginal pode ser calculada da seguinte maneira: UMgx = (∆UT/∆Qx), sendo UMgx = utilidade marginal do produto X; ∆UT = variação da utilidade total; ∆Qx = variação da quantidade a ser consumida do bem X. Define-se como sendo uma cesta de mercadorias ao conjunto de uma ou mais mercadorias (ou bens, ou produtos) associado às quantidades consumidas de cada uma dessas mercadorias.