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TRABALHO DE NUTRIÇÃO E ATENÇÃO A SAÚDE 2

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DIRETRIZES DO PNAN
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição
 	As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito, capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população. Sendo consolidadas em: 
• Organização da Atenção Nutricional; 
• Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; 
• Vigilância Alimentar e Nutricional; 
• Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; 
• Participação e Controle Social; 
• Qualificação da Força de Trabalho; 
• Controle e Regulação dos Alimentos; 
• Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; 
• Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional. 
1- Organização da Atenção Nutricional 
A atual situação alimentar e nutricional do País torna evidente a necessidade de uma melhor organização dos serviços de saúde para atender às demandas geradas pelos agravos relacionados à má alimentação, tanto em relação ao seu diagnóstico e tratamento quanto à sua prevenção e à promoção da saúde. Incluem-se, ainda, as ações de vigilância para proporcionar a identificação de seus determinantes e condicionantes, assim como das regiões e populações mais vulneráveis.
2- Promoção da Alimentação Adequada e Saudável 
Entende-se por alimentação adequada e saudável a prática alimentar apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio ambiente. Ou seja, deve estar em acordo com as necessidades de cada fase do curso da vida e com as necessidades alimentares especiais; referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade; baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis com quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e biológicos.
3- Vigilância Alimentar e Nutricional 
A vigilância alimentar e nutricional consiste na descrição contínua e na predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes. Deverá ser considerada a partir de um enfoque ampliado que incorpore a vigilância nos serviços de saúde e a integração de informações derivadas de sistemas de informação em saúde, dos inquéritos populacionais, das chamadas nutricionais e da produção científica.
4- Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição A PNAN, 
Além de se constituir como uma referência política e normativa para a realização dos direitos à alimentação e à saúde, representa uma estratégia que articula dois sistemas: o Sistema Único de Saúde, seu lócus institucional, e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), espaço de articulação e coordenação intersetorial.
5- Participação e Controle Social 
O SUS é marco da construção democrática e participativa das políticas públicas no Brasil. Sua legislação definiu mecanismos para que a participação popular, fundamental para sua constituição, faça parte do seu funcionamento por meio da prática do controle social nos Conselhos e Conferências de Saúde nas três esferas de governo. 
6- Qualificação da Força de Trabalho 
A situação alimentar e nutricional da população brasileira e o Plano Nacional de Saúde, combinados com o movimento em defesa da segurança alimentar e nutricional, fornecem indicações importantes para a ordenação da formação dos trabalhadores do setor saúde que atuam na agenda da alimentação e nutrição no SUS. Nesse contexto, torna-se imprescindível a qualificação dos profissionais em consonância com as necessidades de saúde, alimentação e nutrição da população, sendo estratégico considerar o processo de trabalho em saúde como eixo estruturante para a organização da formação da força de trabalho.
7- Controle e Regulação dos Alimentos 
O planejamento das ações que garantam a inocuidade e a qualidade nutricional dos alimentos, controlando e prevenindo riscos à saúde, se faz presente na agenda da promoção da alimentação adequada e saudável e da proteção à saúde. A preocupação em ofertar o alimento saudável e com garantia de qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica à população é o produto final de uma cadeia de processos, desde a produção (incluindo a agricultura tradicional Política Nacional de Alimentação e Nutrição 47 e familiar), processamento, industrialização, comercialização, abastecimento até a distribuição, cuja responsabilidade é partilhada com diferentes setores de governo e da sociedade.
8- Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição 
O desenvolvimento do conhecimento e o apoio à pesquisa, à inovação e à tecnologia, no campo da alimentação e nutrição em saúde coletiva, possibilitam a geração de evidências e instrumentos necessários para implementação da PNAN. Com relação ao conhecimento da situação alimentar e nutricional, o Brasil conta, atualmente, com os sistemas de informação de saúde e, em especial, o SISVAN, bem como pesquisas periódicas de base populacional nacional e local. Nesse aspecto, é importante que essas fontes de informação sejam mantidas e fortalecidas e que a documentação do diagnóstico alimentar e nutricional da população brasileira seja realizada por regiões, estados, grupos populacionais, etnias, raças/cores, gêneros, escolaridade, entre outros recortes que permitam visualizar a determinação social do fenômeno.
9- Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional 
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base: práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Esse conceito congrega questões relativas à produção e disponibilidade de alimentos (suficiência, estabilidade, autonomia e sustentabilidade) e à preocupação com a promoção da saúde, interligando os dois enfoques que nortearam a construção do conceito de SAN no Brasil: o socioeconômico e o de saúde e nutrição.
DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Os 10 Passos para uma Alimentação Saudável são orientações práticas sobre alimentação para pessoas saudáveis com mais de dois anos de idade. Caso você tenha alguma doença como diabetes, hipertensão, colesterol alto e necessite de orientação nutricional específica procure um nutricionista. Comece escolhendo aquela orientação que lhe pareça mais fácil, interessante ou desafiadora e procure segui-la todos os dias. Não é necessário que você tente adotar todos os passos de uma vez e também não é preciso seguir a ordem dos números sugerida nos 10 passos. 
• Faça pelo menos 3 refeições (café-da-manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. 
• Inclua diariamente 6 porções do grupo do cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. 
• Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 
• Coma feijão com arroz todos os dias ou , pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde. 
• Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! 
• Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. 
• Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitosdoces e recheados, sobremesas e outras guloseimas como regra da alimentação. 
Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. 
• Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 
• Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.
NUTRISUS
A integração das políticas de educação e saúde, dentro do território de localização da equipe de saúde, em que a escola está situada, é um dos desafios do Programa Saúde na Escola (PSE). Espera-se que a equipe de saúde com a equipe da educação encare a saúde dos educandos de forma integral, como parte de uma formação ampla para a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos. As ações devem ser ampliadas com um caráter progressivo, para a real efetivação da saúde como uma ação integral por parte das equipes e com foco nas necessidades das crianças, adolescentes e jovens. Além disso, as ações desenvolvidas têm o potencial de articular os saberes da comunidade com a participação de alunos, de pais, da comunidade escolar e da sociedade em geral na construção e no controle social da política (BRASIL,2014). Assim, o PSE apresenta-se como uma janela de oportunidade para a ampliação das ações de alimentação e de nutrição entre crianças, em especial, o NutriSUS. A estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS consiste na adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições oferecidas para as crianças diariamente. Os micronutrientes em pó são embalados individualmente na forma de sachês (1g) e deverão ser acrescentados e misturados às preparações alimentares, obrigatoriamente no momento em que a criança for comer. Os alimentos podem ser facilmente fortificados em casa ou em qualquer outro local, como por exemplo, nas creches e nas escolas.
As crianças que receberem os sachês de micronutrientes nas creches não precisam receber o suplemento de sulfato ferroso isolado na Unidade Básica de Saúde (UBS). Por outro lado, as crianças que não forem contempladas na estratégia NutriSUS devem receber o sulfato ferroso nas UBS para prevenção e controle da anemia, conforme recomendações do Programa Nacional de Suplementação de Ferro). O registro da administração do sachê de micronutrientes, bem como da suplementação de sulfato ferroso e vitamina A, deverá ser feito na Caderneta de Saúde da Criança, de modo a permitir ao profissional de saúde e à família o acompanhamento das crianças quanto à suplementação com micronutrientes.
A fortificação da alimentação infantil com o sachê de micronutrientes é importante para a prevenção da anemia e carências nutricionais, as crianças que foram diagnosticadas com anemia ou qualquer outro tipo de carência nutricional deverá interromper a suplementação com o sachê e iniciar o tratamento adequado ao seu agravo, com acompanhamento da equipe de Atenção Básica.
Os sachês da estratégia de fortificação serão adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde e encaminhados diretamente aos municípios (central de medicamentos ou outro local indicado para a recepção de medicamentos). Para o cálculo do quantitativo de sachês encaminhados a cada município será considerado o número de crianças matriculadas nas creches que fizeram a adesão à estratégia e foram contempladas de acordo com dados do Censo Escolar. Durante o processo de adesão é informado ao município o número de crianças matriculadas em cada um das creches contempladas.