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RESUMO: ESTABILIDADES PROVISÓRIAS - DIREITO DO TRABALHO

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ESTABILIDADES PROVISÓRIAS DE EMPREGO
Estabilidade do emprego x estabilidade no emprego: O primeiro tem acepção econômica, a existência de empregos na sociedade. A segunda, diz respeito à dispensa. 
O que é estabilidade provisória? É o direito do trabalhador de permanecer no emprego, mesmo contra a vontade do empregador, enquanto inexistir uma causa relevante expressa em lei e que permita a sua dispensa.
Estabilidade no emprego também difere de garantia de emprego. Não se identificam as duas figuras, embora próximas. Garantia de emprego é um instituto mais amplo que estabilidade. Compreende, além da estabilidade, outras medidas destinadas a fazer com que o trabalhador obtenha o primeiro emprego, como também à manutenção do emprego conseguido.
ESTABILIDADE GERAL é aquela dirigida e aplicada a todo empregado que esteja em determinada condição prevista pela norma que fundamenta o direito assegurado. (exemplo, estabilidade decenal. Hoje só pode ser instituída por negociação coletiva) 
ESTABILIDADE ESPECIAL é a que é dirigida a um determinado grupo de empregados, definido pela norma que a institui, podendo decorrer essa escolha de uma condição diferenciada na qual se encontram os empregados beneficiados e que justifica sua instituição. A estabilidade especial é plenamente compatível com o ordenamento constitucional brasileiro, podendo decorrer de previsão legal ou convencional. Caracterizam -se como especiais as estabilidades provisórias no emprego previstas em nosso ordenamento jurídico.
Sumula 54/TST: Rescindindo por acordo seu contrato de trabalho, o empregado estável optante tem direito ao mínimo de 60% do total da indenização em dobro, calculada sobre o maior salário percebido no emprego. Se houver recebido menos do que esse total, qualquer tenha sido a forma de transação, assegura-se-lhe a complementação até aquele limite.
O art. 19 do ADCT adotou regra de estabilidade a ser aplicada aos servidores públicos civis da administração direta, autárquica e fundacional, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, “em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados”, que não tenham sido admitidos mediante aprovação em concurso público.
OJ nº 247 da SDI1
 
SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICAOU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE. Inserida em 20.06.2001 (Alterada – Res. nº 143/2007 - DJ 13.11.2007)
I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade;
II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais.
1 - Súmula 390/TST - 20/04/2005. Servidor público. Estabilidade. Celetista. Administração direta, autárquica ou fundacional. Aplicabilidade. Empregado de empresa pública e sociedade de economia mista. Inaplicável. CF/88, art. 41.
«I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/88. (ex-OJ 265/TST-SDI-I - Inserida em 27/09/2002 e ex-OJ 22/TST-SDI-II - Inserida em 20/09/2000). 
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ 229/TST-SDI-I - Inserida em 20/06/2001).
AFINAL, QUAIS SÃO? 
GESTANTE
Uma das medidas de proteção à gestante é a estabilidade no emprego a que tem direito por força do disposto no art. 10, II, b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que declara que fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa “da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto”
O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade;
1 - Súmula 244/TST - 05/12/1985. Gestante. Garantia de emprego. Estabilidade provisória. Contrato de experiência. CLT, art. 8º, CLT, art. 443, § 2º, «c» e CLT, art. 445, parágrafo único. CPC/1973, art. 638, parágrafo único. ADCT da CF/88, art. 10, II, «b».
«I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, «b» do ADCT). (ex-OJ 88/TST-SDI-I - DJ 16/04/2004). 
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula 244/TST - Res 121/2003, DJ 21/11/2003) 
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, II, «b», do ADCT da CF/88, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.» 
O desconhecimento da gravidez pela própria empregada no momento da dispensa também não impede o reconhecimento do direito à estabilidade. O que importa é que a empregada esteja grávida no momento da extinção do contrato de trabalho!
A dispensa sem justa causa da empregada gestante implica, em princípio, na sua reintegração ao emprego. No entanto, a garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período da estabilidade. Do contrário, a garantia restringe -se aos salários e demais direitos correspondentes ao período da estabilidade
A estabilidade é assegurada à empregada gestante admitida mediante contrato por tempo determinado 
A confirmação do estado de gravidez, durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória (art. 391-A, CLT).
No caso de aborto espontâneo, o entendimento adotado pela jurisprudência do TST tem sido no sentido de que, tendo sido interrompida a gravidez por aborto não criminoso, a empregada faz jus ao reconhecimento do direito à estabilidade somente em relação ao período em que esteve grávida, com o limite do art. 395 da CLT, ou seja, até o término do período de licença de duas semanas assegurado por tal dispositivo legal
Na hipótese de morte da criança após o parto, o direito à estabilidade é garantido até o quinto mês após o parto. O entendimento é no sentido de que não há nessa hipótese antecipação do termo ad quem da estabilidade
No caso de morte da mãe, com sobrevivência da criança, o direito à estabilidade provisória no emprego é assegurado a quem detiver a guarda do seu filho (Lei Complementar n. 146/2014).
Direito irrenunciável – 
OJ SDC 30/TST: Nos termos do art. 10, II, «b», do ADCT da CF/88, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do art. 9º da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário
DIRIGENTE SINDICAL
De acordo com o disposto no art. 8º, VIII, da Constituição Federal, “é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”
Fundamento da estabilidade do dirigente sindical é o interesse coletivo da categoria representada
Considera -se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício decorre de eleição, nos termos dos arts. 522 e 524 da CLT, e que tem como atribuições, entre outras, a administração do sindicato e a atuação em nome da categoria representada.
Não alcança os membros do Conselho Fiscal do sindicato - OJSDI -1 365, TST
Da mesma forma, os delegados sindicais não são abrangidos pela proteção de garantia de emprego assegurada constitucionalmente - OJ SDI -1 369, TST
Assim, não há que se falar em direito a estabilidade provisória no emprego dos dirigentes de entidades que congregam profissionais liberais e atuam na fiscalização do exercício da profissão, uma vez que tais órgãos não são sindicatos e a extinção de eventual vínculo de emprego do dirigente da entidade não prejudicará a continuidade de seu mandato.
Aos dirigentes das associações profissionais não é assegurada a estabilidade no emprego!
A estabilidade provisória é assegurada ao administrador de sindicato, federação ou confederação de empregados e aos representantes eleitos pelos trabalhadores em empresas de mais de 200 empregados, na forma do art. 11 da Constituição.
A estabilidade do dirigente sindical abrange tanto os empregados eleitos como titulares quanto os suplentes (art. 8º, Constituição Federal).
O registro do sindicato no Ministério do Trabalho não é requisito essencial para que se assegure a estabilidade no emprego de seus diretores eleitos
Se a função exercida pelo empregado na empresa não corresponde à da categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito, inexistindo nexo de causalidade entre a sua categoria e o seu emprego, a estabilidade no emprego não lhe é assegurada (Súmula 369, III, TST).
Súmula nº 369 do TST
 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
No entanto, o TST adotou entendimento no sentido de ser assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho (Súmula 369, I, TST).
Não há motivo para manutenção da referida estabilidade em caso de extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato (Súmula 369, IV, TST).
Se a empresa continua com outro ou outros estabelecimentos em funcionamento na base territorial do sindicato, deverá o empregador promover a remoção do empregado dirigente sindical para o outro estabelecimento, permitindo que continue a exercer o mandato, sob pena de, não o fazendo, ter que lhe pagar os salários e direitos do período da estabilidade.
Registro da candidatura no curso do aviso prévio – NÃO CABE ESTABILIDADE 
O registro da candidatura do dirigente sindical no curso de contrato de experiência ou de outra modalidade de contrato por prazo determinado não lhe assegura o direito à estabilidade no emprego, tendo em vista que ao celebrarem o contrato as partes validamente estipularam sua duração e antecipadamente já sabiam a data de sua extinção
Compete ao juiz da Vara do Trabalho conceder liminar de reintegração do empregado dirigente sindical, até a decisão final do processo, caso seja dispensado ou afastado do trabalho (art. 659, X da CLT).
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave, mediante a apuração em inquérito judicial, nos termos do art. 494 da CLT (Súmula 379, TST).
Não sendo reconhecida pela Justiça do Trabalho a prática da justa causa imputada ao empregado, será determinada a reintegração do dirigente sindical, com o pagamento dos salários e direitos do período da suspensão. Reconhecida a justa causa, o juiz considerará o contrato de trabalho rescindido desde a data da suspensão do empregado.
REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS NA CIPA
Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), desde o registro de sua candidatura, até um ano após o término do mandato.
Permitida uma reeleição
A garantia constitucional da estabilidade é assegurada apenas aos representantes dos empregados na CIPA (cipeiros), que são eleitos, conforme previsão do art. 164, § 2º, da CLT. Os representantes do empregador que, de acordo com o § 3º do referido dispositivo legal, são por ele designados, não são detentores da garantia da estabilidade no emprego
O fundamento desta estabilidade está no fato de que “esses empregados têm o dever de zelar por condições de trabalho seguras. Compete -lhes relatar área de risco, solicitar ao empregador as medidas necessárias para reduzi-lo ou elimina -lo, com o objetivo de prevenir a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. Por essa razão estão eles quase sempre em confronto com a vontade patronal, achando -se constantemente suscetíveis a represálias ou, ao menos, a intimidação no cumprimento desse mister”, ou seja, a garantia de emprego visa “conferir ao cipeiro autonomia no exercício do mandato
Aos suplentes da representação dos empregados na CIPA também é assegurada a estabilidade no emprego
Em caso de dispensa por justa causa, não é necessário inquérito judicial para a apuração do eventual ato faltoso praticado pelo cipeiro
Conforme entendimento adotado pelo TST, a extinção do estabelecimento implica no término da estabilidade do cipeiro, não se falando em reintegração, nem em pagamento de indenização.
Admite -se a renúncia por parte do trabalhador ao direito à estabilidade no emprego quando este manifesta expressamente sua intenção de deixar o emprego, mormente se o termo de rescisão do contrato de trabalho foi homologado pelo sindicato dos trabalhadores
EMPREGADO ACIDENTADO
O art. 118 da Lei n. 8.213/91 garantiu ao empregado acidentado no trabalho, pelo período de 12 (doze) meses após a cessação do benefício previdenciário (auxílio -doença acidentário), a garantia de emprego.
O fundamento de tal estabilidade reside na grande dificuldade que o empregado que tenha sofrido acidente de trabalho ou, por equiparação, que seja portador de doença profissional encontra para se recolocar no mercado de trabalho. “A garantia visa a remediar esse mal, proporcionando ao trabalhador segurança em uma fase em que poderá apresentar certa fragilidade, com redução do ritmo normal de trabalho”
Requisitos: que o empregado fique afastado do trabalho por período superior a 15 (quinze) dias em razão do acidente ou da doença profissional / que o empregado receba o auxílio -doença acidentário
Excepciona -se a exigência de preenchimento de tais pressupostos no caso de constatação, após a despedida do empregado, de que ele é portador de doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do emprego.
Em razão do caráter imperativo da norma e da natureza do direito assegurado, a garantia decorrente do art. 118 da Lei n. 8.213/91 não pode ser objeto de transação, ainda que por meio de acordo coletivo de trabalho - OJ SDC 31, TST
A estabilidade no empregoserá assegurada ao empregado mesmo na hipótese de o acidente ter ocorrido no curso de contrato de trabalho celebrado por prazo determinado, ou de contrato de experiência. Não existe incompatibilidade entre o contrato por prazo determinado, em qualquer de suas modalidades, e a estabilidade decorrente de acidente do trabalho. – Sumula 378 
Súmula nº 378 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012   
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)   
 III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no  n  no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Importante ressaltar que, nessa hipótese, o contrato por prazo determinado não se transforma em contrato por prazo indeterminado, sendo direito do trabalhador somente a garantia provisória no emprego
Súmula nº 371 do TST
AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DESTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 40 e 135 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. (ex-OJs nºs 40 e 135 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 28.11.1995 e 27.11.1998)
DIRETORES DE SOCIEDADES COOPERATIVAS
A estabilidade dos diretores de sociedades cooperativas inicia -se com o registro da candidatura, estendendo -se até um ano após o término do mandato
A referida estabilidade abrange apenas os diretores eleitos como titulares, não sendo garantida aos eleitos como suplentes, sendo este o entendimento adotado pelo TST.
A estabilidade em comento também não abrange os membros do Conselho Fiscal das sociedades cooperativas, sendo certo que a Lei faz referência apenas aos diretores dessas entidades
A eles se aplica a exigência de inquérito judicial para apuração de falta grave
MEMBROS DE COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Quando instituída no âmbito da empresa, a CCP será composta de no mínimo dois e no máximo dez membros, sendo que a metade será indicada pelo empregador e a outra metade será eleita pelos empregados. Haverá na CCP tantos suplentes quantos forem os membros titulares. O mandato será de um ano, permitida uma recondução (art. 625 -B, CLT).
Aos representantes dos empregados na CCP, titulares e suplentes, é assegurada garantia de emprego, sendo vedada a sua dispensa até um ano após o término do mandato
Muito embora a lei não fixe de forma expressa o início da referida estabilidade, o entendimento que vem prevalecendo na doutrina é no sentido de se aplicar analogicamente o art. 543, § 3º, da CLT, ou seja, a estabilidade começa com o registro da candidatura
REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NO CONSELHO
CURADOR DO FGTS
Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais, nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social e terão mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez
Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada por meio de processo sindical (§ 9º, art. 3º, Lei n. 8.036/90)
REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NO CONSELHO
NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos aposentados, dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e confederações nacionais (§ 2º, art. 3º, Lei n. 8.213/91). Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada por meio de processo judicial (§ 7º, art. 3º, Lei n. 8.213/91).
MEMBRO DA COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS
Nos termos do art. 510-D, § 3º, CLT, desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro
O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano, sendo que o membro que houver exercido a função de representante dos empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes (art. 510-D, caput e § 1º, CLT).
A comissão de representantes dos empregados não substituirá a função do sindicato de defender os direitos e os interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas, hipótese em que será obrigatória a participação dos sindicatos m negociações coletivas de trabalho, conforme previsto no art. 8º, III e VI, da CF (art. 510-E, CLT)
REABILITADOS OU PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIA HABILITADAS
A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social (§ 1º, art. 93, Lei n. 8.213/91)
LEIS ELEITORAIS
As leis eleitorais têm instituído regras que impedem a contratação, a transferência e a dispensa de servidores públicos, bem como a supressão de vantagens asseguradas a eles, por ocasião das eleições
HIPÓTESES ASSEGURADAS EM PRECEDENTES
NORMATIVOS DO TST
Empregado transferido para outra localidade: PN 77, TST
Nº 77 EMPREGADO TRANSFERIDO. GARANTIA DE EMPREGO (positivo)
Assegura-se ao empregado transferido, na forma do art. 469 da CLT, a garantia de emprego por 1 (um) ano após a data da transferência
Empregado alistando no serviço militar; PN 80
Nº 80 SERVIÇO MILITAR. GARANTIA DE EMPREGO AO ALISTANDO (positivo)
Garante-se o emprego do alistando, desde a data da incorporação no serviço militar até 30 dias após a baixa.
Empregado em vias de aposentadoria; PN 85 
Nº 85 GARANTIA DE EMPREGO. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA (positivo)
Defere-se a garantia de emprego, durante os 12 meses que antecedem a data em que o empregado adquire direito à aposentadoria voluntária, desde que trabalhe na empresa há pelo menos 5 anos. Adquirido o direito, extingue-se a garantia.
Representante dos trabalhadores em empresas com mais de 200 empregados – PN 86 
Nº 86 REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES. ESTABILIDADE NO EMPREGO (positivo)
Nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição direta de um representante, com as garantias do art. 543, e seus parágrafos, da CLT.
EQUIVALÊNCIA E COMPATIBILIDADE ENTRE ESTABILIDADE NO
EMPREGO E O REGIME DO FGTS
A opção pelo regime do FGTS exclui automaticamente o empregado do sistema da estabilidade decenal previstana CLT. Isto porque a equivalência entre os dois regimes é meramente jurídica, e não econômica. Ao contrário, a estabilidade contratual ou regulamentar é plenamente compatível com o regime do FGTS, convivendo ambas as garantias concomitantemente.
REINTEGRAÇÃO DO EMPREGADO APÓS O TÉRMINO DO PERÍODO DE ESTABILIDADE PROVISÓRIA NO EMPREGO
A garantia de reintegração no emprego do empregado detentor de estabilidade provisória dispensado sem justa causa restringe -se ao período da estabilidade
Exaurido o período da estabilidade, a garantia restringe -se à condenação ao pagamento de salários e demais direitos trabalhistas até o término do referido período.
Súmula nº 396 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
Não há que se falar em abuso de direito quando o trabalhador ajuizar ação trabalhista pleiteando seus direitos decorrentes da estabilidade quando o respectivo período já tenha se exaurido. - OJ SDI -1 399, TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA E EXTINÇÃO DA EMPRESA
O TST adota entendimento no sentido de que a extinção da empresa gera a automática cessação do contrato de trabalho.
Súmula nº 173 do TST. SALÁRIO. EMPRESA. CESSAÇÃO DE ATIVIDADES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício com a cessação das atividades da empresa, os salários só são devidos até a data da extinção (ex-Prejulgado nº 53).
Como consequência, os efeitos da estabilidade provisória cessam com o encerramento das atividades empresariais. Tal posicionamento foi adotado expressamente pelo TST em relação ao dirigente sindical e ao cipeiro. 
Súmula nº 369 do TST
 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Súmula nº 339 do TST
CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)
No entanto, como EXCEÇÕES À REGRA supracitada, em relação à gestante e ao empregado que sofre acidente do trabalho, a jurisprudência do TST tem se encaminhado no sentido de garantir a estes empregados o direito ao recebimento da indenização decorrente da estabilidade, mesmo com a extinção da empresa
ESTABILIDADE PROVISÓRIA E AVISO PRÉVIO
Sendo vedada a dispensa sem justa causa do empregado no curso do período de estabilidade provisória, resta evidente a impossibilidade de concessão de aviso prévio na fluência de tal garantia. O aviso prévio somente pode ser dado pelo empregador após o término da estabilidade, quando o direito de dispensar o empregado pode ser exercido normalmente 
Súmula nº 348 do TST. AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.
Situação totalmente distinta diz respeito à aquisição do direito à estabilidade no curso do aviso prévio, ou seja, o aviso foi concedido validamente pelo empregador e no seu decorrer verifica -se situação específica que geraria o direito do empregado à estabilidade no emprego. 
Conforme visto anteriormente, em relação ao dirigente sindical o TST adotou posicionamento expresso no sentido de que o registro da candidatura no curso do aviso prévio, ainda que indenizado, não assegura ao empregado a estabilidade (Súmula 369, V, TST). Tal entendimento vem sendo adotado pelo TST geralmente em relação às demais hipóteses de estabilidade provisória, com exceção, porém, da estabilidade da gestante e da estabilidade do acidentado no trabalho.
ESTABILIDADE PROVISÓRIA E EXERCÍCIO DE CARGOS DE CONFIANÇA
Como o exercício dos cargos de diretoria, gerência ou outros de confiança imediata do empregador sempre se dá de forma interina, não haverá estabilidade provisória para o exercício de tais cargos, ressalvado o cômputo do tempo de serviço para todos os efeitos legais (art. 499, CLT).
ESTABILIDADE PROVISÓRIA E PEDIDO DE DEMISSÃO
O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça do Trabalho (art. 500, CLT).

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