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MICROECONOMIA AULAS DE 1 A 10

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MICROECONOMIA
AULA 01 - A escassez e a curva de possibilidades de produção
Introdução
Ao analisarmos os vários mercados específicos de milhares de produtos, as 
alternativas de escolha são inúmeras. Neste sentido, dada a escassez existente de 
bens, de serviços e de fatores de produção, a curva de possibilidades de produção 
(CPP) mostra o máximo de combinações de produtos que uma dada organização 
social pode produzir utilizando todos os recursos existentes.
O problema da escassez
O termo “escassez” em economia, assim como em microeconomia, diz respeito ao 
que está limitado ou ao que é econômico, em oposição ao limitado ou livre. O 
problema de toda e qualquer organização econômica está na essência, que pode 
ser representada por:
• Uma sociedade 
• Uma nação 
• Uma empresa 
Esse conceito (relativo) está relacionado à disparidade que existe entre os desejos 
existentes dos agentes econômicos e os meios disponíveis para satisfazer a tais 
desejos.
A escassez é o princípio fundamental da ciência econômica. Provavelmente, os 
problemas econômicos não existiriam, se os recursos para se produzir bens e 
serviços não fossem escassos frente às necessidades ilimitadas das pessoas.
Devido a essa condição, as unidades econômicas são forçadas a fazer escolhas 
entre as diversas alternativas existentes para tentar resolver as seguintes 
questões:
• Quais bens e serviços devem ser produzidos ?
• Como produzi-los?
• Como distribuí-los?
Assim, para ajudar as unidades econômicas a fazer escolhas e para melhor ilustrar 
o problema da escassez de recursos, os economistas desenvolveram o modelo da 
curva ou fronteira de possibilidades de produção, conforme veremos a seguir nesta 
aula.
Definição e análise gráfica
A curva de possibilidades de produção pode ser definida como o conjunto 
representativo de pontos das quantidades máximas de dois produtos (x e y) que as 
unidades econômicas podem gerar num determinado período de tempo, admitindo 
uma disponibilidade constante de fatores de produção, dado certo grau de 
conhecimento tecnológico.
A CPP é a fronteira máxima que a organização econômica pode produzir de x e y, 
dados os recursos produtivos limitados. Melhor dizendo, mostra as alternativas de 
produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção 
na obtenção das quantidades dos bens x e y. A partir daí, observamos que se uma 
unidade de produção ou empresa tivesse todos os seus recursos aplicados na 
produção do produto x (ou seja, xmax), não teria produzido nenhuma quantidade 
de y (y = 0), porém, x estaria em abundância. Por outro lado, se a empresa 
empregasse todos os recursos na produção de y (isto é, ymax), ela não estaria 
produzindo nenhuma quantidade do bem x (x = 0).
A) Pelo gráfico, observamos que quando dispomos de um ponto (A) abaixo da CPP, 
significa que ou não estão se empregando todos os recursos produtivos, ou tais 
recursos não estão sendo usados com eficiência, existindo, neste caso, capacidade 
ociosa de produção. Conforme veremos no próximo item, neste ponto o custo de 
oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para 
aumentar a produção de qualquer um dos dois bens, reduzindo a quantidade 
produzida do outro.
B – C) Em B e C tem-se a combinação das quantidades dos dois produtos no pleno 
emprego, ou no nível eficiente de produção. Entretanto, não há como produzir mais 
de x ou de y, sem reduzir a produção do outro, tendo em vista a disponibilidade 
limitada dos fatores de produção e o nível de desenvolvimento tecnológico. Nesse 
contexto, a linha que combina esses pontos é definida como sendo a curva de 
possibilidades de produção (CPP), porque mostra as combinações máximas que a 
unidade de produção está apta a produzir.
D) Já no ponto D, o nível de produção de x e y é impossível, pois está fora da 
capacidade de produção da empresa no período imediato com os recursos de que 
dispõe. Para que a empresa possa alcançar este nível, há necessidade de aumento 
da utilização dos fatores, bem como da inovação tecnológica.
Custo de oportunidade
O modelo da curva de possibilidade de produção demonstra claramente a principal 
lição de que a elevação na produção de x somente pode ocorrer com a redução na 
produção de y e vice-versa, em virtude da limitação dos recursos produtivos e da 
tecnologia utilizada pela organização social.
A quantidade reduzida na produção de um produto para incorrer no aumento da 
produção de outro bem ou serviço é chamada de custo de oportunidade. Esse 
conceito explica o principio de que tudo tem um custo, ou seja, “não existe almoço 
grátis”. Por essa lógica, podemos dizer que a opção de estudar significa renunciar, 
durante o tempo de estudo, a outras coisas que poderíamos fazer, como ir a festas.
Observando o perfil da curva de possibilidade de produção, podemos dizer que o 
custo de oportunidade é crescente. Isto porque, ao deixar de produzir um bem para 
produzir outro, reduz-se a capacidade da unidade de produção. E a ideia é bastante 
simples: quando a empresa está empenhada em produzir y, ela acaba dominando 
técnicas de produção deste bem. Ao iniciar a produção de x, a empresa passa a 
atuar numa classe de produto que não detém conhecimento sobre as melhores 
formas de produção, as quais serão apreendidas com o passar do tempo.
Deslocamentos da CPP
Vamos imaginar que a empresa KZW, produtora dos bens x e y, inicialmente 
possuía 50 trabalhadores e 3 máquinas em um determinado período de tempo t1 e 
no tempo t2 resolve contratar mais 5 trabalhadores e comprar mais 2 máquinas. A 
ampliação da dotação desses recursos por essa empresa irá ampliar suas 
possibilidades de produção.
Por outro lado, no tempo t3, a empresa KZW passou a utilizar também técnicas de 
produção mais avançadas derivadas, por exemplo, da implantação de um sistema 
de controle de qualidade computadorizado. Logo, esta incorporação feita pela 
empresa irá permitir que ela produza uma quantidade maior dos dois bens com a 
mesma dotação de fatores produtivos de t2.
No desenrolar desses momentos de tempo discriminados, observamos que pela 
expansão dos fatores de produção disponíveis e pela geração de inovações 
tecnológicas, a empresa KZW obteve, portanto, um crescimento econômico ou uma 
maior quantidade de produtos x e y. Tais acontecimentos produzem deslocamentos 
positivos (para a direita) da CPP.
Deslocamento negativos: Mas havendo, por exemplo, redução, sucateamento ou 
progressiva desqualificação dos fatores de produção disponíveis, haverá 
deslocamentos negativos (isto é, para a esquerda) da curva de possibilidades de 
produção.
EXERCÍCIO AULA 01
1) A lei da oferta determina que a curva de oferta é:
( ) positivamente inclinada, indicando que a oferta varia de maneira direta com o 
preço do produto
( )positivamente inclinada, indicando que a oferta varia de maneira inversa com o 
preço do produto.
( ) vertical, indicando que a oferta independe do preço do produto.
( ) negativamente inclinada, demonstrando que a oferta varia diretamente com o 
preço do produto
( ) negativamente inclinada, demonstrando que a oferta varia inversamente com o 
preço do produto.
2) A lei da demanda determina que a curva de demanda é:
( ) vertical, indicando que a quantidade varia de maneira inversa ao preço do 
produto.
( ) horizontal, indicando que a quantidade varia diretamente ao preço do produto.
( ) positivamente inclinada, demonstrando que a quantidade tem uma relação 
inversa com o preço do produto.
( ) negativamente inclinada, demonstrando que a quantidade tem uma relação 
direta com o preçodo produto.
( ) negativamente inclinada, indicando que a quantidade varia de maneira inversa 
ao preço do produto.
3) Dada a função de demanda onde Qd = - 8P + 40, qual será o preço, a partir do 
qual, não ocorrerá demanda ? Marque a única alternativa correta: 
( ) 5 ( ) 8 ( ) 6 ( ) 4 ( ) 2 
4) Calcule o preço, supondo que a função da demanda seja : Q= - 8P + 120 e a 
quantidade demandada for 40. Marque a única alternativa correta: 
( ) 4 ( ) 8 ( ) 6 ( ) 10 ( ) 12 
5) Assinale dentre as alternativas abaixo qual a única que só apresenta divisões do 
estudo da Microeconomia:
( ) Teoria da Demanda da empresa, Teoria da Oferta agregada, Teoria da 
Organização Empresarial (foco específico na empresa) e Imperfeições de Mercado.
( ) Análise das Estruturas de Mercado (Mercado de Bens e Serviços e Mercado de 
Fatores de Produção), Análise do Equilíbrio agregado e Teoria do Bem-Estar.
( ) Teoria do Consumidor, Teoria da Oferta (Individual e Mercado), Teoria do 
Equilíbrio Geral, Teoria do Bem-Estar e Imperfeições de Mercado.
( ) Teoria da Organização Empresarial (foco específico na empresa), Análise das 
Estruturas de Mercado (Mercado de Bens e Serviços) e Mercado de Fatores de 
Produção.
( ) Análise dos agregados econômicos, Teoria da organização empresarial, Teoria 
da Demanda do Mercado e Teoria da Oferta Individual.
6) Um ponto interno da Curva de Possibilidades de Produção indica que a economia 
encontra-se : Marcar somente uma opção CORRETA 
( ) abaixo do limite máximo de produção, portanto gerando capacidade ociosa
( ) abaixo do limite de produção, portanto em capacidade máxima de produção
( ) além de sua capacidade máxima, portanto necessitando de investimentos
( ) em nível máximo de produção e portanto não gerando capacidade ociosa
( ) em ponto de impossibilidade de produção, necessitando menos investimentos 
AULA 02 - Demanda, oferta e mercado: princípios da microeconomia
Introdução
Na presente aula, discute-se a importância da microeconomia como uma divisão da 
ciência econômica, que tem como análise principal o estudo dos fenômenos 
econômicos a respeito da demanda, da oferta e do mercado. Tais fenômenos são 
tratados como elementos principais da formação de preços em um determinado 
mercado.
Noções Introdutórias a respeito da Microeconomia
A microeconomia é o ramo da ciência econômica que se preocupa com a análise do 
comportamento das unidades econômicas, como os consumidores, as famílias e as 
empresas, por exemplo, na formação dos preços em mercados específicos. Na 
verdade, o aspecto microeconômico observa, seja no âmbito econômico, mas 
também da administração, a atuação das diversas unidades econômicas como se 
fossem unidades individuais nestes mercados
Teoria de mercado
Um mercado específico caracteriza-se como sendo um lugar qualquer onde grupos 
de pessoas (físicas e jurídicas) se encontram para tentar comprar e vender alguma 
“coisa” (algum bem e/ou serviço). 
Com os modernos meios de comunicação, com a internet e com a diversificação do 
comércio, tais pessoas não precisam estar necessariamente em contato direto. 
Porém, desde que sejam “conhecedoras” dos preços e das possibilidades de 
entrega, procede-se o intercâmbio e, a partir daí, caracteriza-se o mercado de 
trocas.
A teoria de mercado (na microeconomia) nos demonstra, então, que um mercado é 
compreendido como um local (ou uma unidade econômica), ou mesmo uma 
convergência, onde são encontrados compradores e vendedores no qual se realizam 
as forças de oferta e demanda (ou procura) por bens e/ou serviços e onde são 
formados os preços, conforme veremos adequadamente na aula seguinte.
A lei da demanda
As trocas são realizadas nos mercados (interno e externo). Nestes atuam 
(conjuntamente) as forças da demanda e da oferta por mercadorias (ou produtos – 
bens e/ou serviços). Como os recursos são escassos, os compradores e os 
vendedores tendem a entrar em um acordo sobre os preços dos produtos, de tal 
forma que sejam feitas as transações das quantidades dessas mercadorias por uma 
determinada quantidade de dinheiro (ou moeda).
Nesse contexto, os preços dos produtos (ou das mercadorias) podem ser definidos, 
na verdade, como a quantidade de reais (R$) necessários para poder obter em 
troca uma determinada quantidade de mercadorias. Fixando preços para todos os 
produtos (bens e serviços e mesmo para os fatores de produção), o mercado 
permite a coordenação dos compradores e dos vendedores, assegurando a 
viabilidade de um sistema capitalista por meio do chamado livre jogo da oferta e 
demanda, que é uma peça-chave no funcionamento de toda a economia (de 
mercado) e onde tende-se a se obter o que definimos como sendo o equilíbrio de 
mercado.
Pela visão microeconômica, o funcionamento de um mercado e a formação de 
preços ocorre devido às relações entre demanda e oferta. A demanda (ou procura) 
de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas por um determinado produto X 
indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas desejam consumir, a dado preço 
desse produto, num determinado período de tempo.
No que diz respeito à oferta (de uma mercadoria em um determinado mercado), 
esta é a quantidade de um produto X (Qx) que um produtor ou conjunto de 
produtores está disposto a vender, a determinado preço, em um período de tempo. 
Pelo gráfico abaixo, podemos observar o comportamento da quantidade ofertada de 
um produto X (Qx). Com o nível de preço elevado (Px), os produtores tendem a 
ofertar uma quantidade maior do produto. Se o preço estiver em Px = R$10,00, a 
quantidade a ser colocada no mercado será de Qx = 15.000 Kg. Mas, se o nível de 
preço cair para Px = R$4,00, muitos produtores deixarão de ofertar a mercadoria, e 
a este preço teremos uma oferta de Qx = 8.000 Kg, ocasionando uma queda na 
quantidade ofertada.
Podemos perceber pela figura acima que há uma relação direta entre a quantidade 
ofertada do produto X e o seu respectivo preço. Mas, por que isso tende a 
acontecer? A resposta a esta questão, coeteris paribus, reflete em um 
procedimento no qual um aumento de Px no mercado irá instigar o aumento das 
produções das empresas. Devido a isso, novas empresas poderão ser atraídas para 
a produção deste produto, aumentando, portanto, a quantidade ofertada do 
produto X.
É claro que além do preço do produto X, outros fatores irão influenciar no nível da 
oferta deste produto no mercado. E entre eles, destacam-se: os custos com os 
fatores de produção, as alterações no nível de tecnologia, o aumento da quantidade 
de empresas no mercado etc. Qualquer modificação do Px gera o que chamamos de 
mudanças na quantidade ofertada, isto é, mudanças do nível da oferta ao longo da 
própria curva; e toda e qualquer variação nos custos dos fatores e no nível 
tecnológico, por exemplo, coeteris paribus, acaba acarretando um deslocamento da 
curva de oferta (ou modificações na oferta de mercado).
Dadas as curvas de demanda e de oferta já estudadas anteriormente, se fizermos o 
cruzamento destas curvas irá se determinar o que se chama de equilíbrio de 
mercado, formando o preço e a quantidade de equilíbrio, como está demonstrado 
no diagrama a seguir.
Nesta situação, há uma "harmonia" entre oferta e demanda. Teoricamente, neste 
ponto, o nível de preço não está nem muito alto nem muito baixo, satisfazendo 
tanto a consumidores quanto a produtores. Mas:
• Se tiver algum preço abaixo do preço de equilíbrio, haverá aí um excesso de 
demanda (ou uma escassez de oferta).
• Por outro lado, ocorrendo um preço acima do preço de equilíbrio, surgirá um 
excesso de oferta(ou uma escassez de demanda).
 Também não podemos nos esquecer que havendo uma modificação da renda 
dos consumidores e/ou aumento dos custos dos fatores de produção, por 
exemplo, acarretará alteração no ponto de equilíbrio de mercado.
EXERCÍCIOS AULA 02
1) 
No painel acima, qual dos gráficos mostra o impacto de uma diminuição na renda 
do consumidor, assumindo que o bem em questão é um bem normal?
( ) C e B ( ) B ( ) A ( ) C ( ) D 
2) Diz respeito à disposição de pagar do consumidor, pois tem um valor maior do 
que o preço de mercado. Tal definição refere-se ao conceito de :
( ) equilíbrio de mercado.
( ) oferta.
( ) excedente do produtor.
( ) demanda.
( ) excedente do consumidor. 
3) Leia e analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta. 
I - O excedente do consumidor diz respeito à disposição de pagar do consumidor, 
pois tem um valor maior do que o preço de mercado. 
II - Economia do bem estar é o estudo de como a alocação dos recursos escassos 
afeta o bem-estar econômico das pessoas. 
III - Toda e qualquer firma produtora ofertante tem ganhos ao participar de um 
mercado competitivo, sendo que sua curva de oferta demonstra uma relação que 
descreve quanto do seu produto a firma está disposta a ofertar a diferentes níveis 
de preços. 
( ) I, II e III são falsas.
( ) II e III são falsas e I é verdadeira.
( ) I e III são falsas e II é verdadeira.
( ) I e II são falsas e III é verdadeira.
( ) I, II e III são verdadeiras.
4) Determine o preço que garanta equilíbrio de mercado, de acordo com as 
seguintes curvas : P = - Q + 21 e P = 3 Q + 1 Marcar somente uma opção 
CORRETA 
( ) 4 ( ) 10 ( ) 16 ( ) 20 ( ) 5 
 
5) A diferença entre o valor que uma pessoa está querendo pagar por um 
determinado bem ou serviço e o preço cobrado pelo mercado é conhecida como :
( ) Preferencia revelada
( ) Excedente do consumidor
( ) Excedente do produtor
( ) Excedente de demanda
( ) Lucro
6) A diferença entre o valor que uma empresa está querendo aceitar por um bem 
ou serviço e o seu preço de mercado é conhecida como :
( ) Paradoxo do valor
( ) Excedente do produtor
( ) Excedente do consumidor
( ) Lucro
( ) Excedente de oferta
Aula 03:
Escassez ou Excedente de Mercado: estabelecimento de preços máximos e mínimos
Introdução
Nesta aula, nos preocupamos com os principais aspectos da atuação do setor 
público ao nível microeconômico. Tal atuação diz respeito à fixação de preços 
máximos e mínimos que geram interferências na formação de preços de mercado. 
Ao mesmo tempo, apresenta os aspectos dos impostos que incidem sobre os preços 
dos bens (ou das mercadorias).
Introdução aos aspectos da atuação do setor público na esfera 
microeconômica
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que nesta aula iremos nos preocupar com os principais 
aspectos da atuação do setor público ao nível microeconômico, ou seja, com o controle de 
preços. Mas antes de entramos nessa discussão, é importante entendermos como a 
incidência de um imposto modifica o equilíbrio de mercado.
De uma maneira geral, o imposto pode ser de dois tipos:
• De quota fixa, ou imposto específico.
• De um percentual sobre as vendas, definido como imposto ad valorem.
Esses dois tipos de impostos são chamados de impostos indiretos. Eles incidem sobre (os 
atos) de despesas feitas no mercado, afetando tanto os consumidores, quanto os produtores, 
e com isso, consequentemente, alteram o nível de preços.
No primeiro caso, tem-se um valor (em R$) fixo por unidade vendida, independente do preço 
do bem. Por exemplo, se no caso de um bem X, a quota é de R$ 10,00/kg, esse será o valor 
fixo cobrado, não importando se o preço original do bem seja de R$ 100,00/kg ou R$ 
150,00/kg.
Com o estabelecimento de um imposto com essa 
característica, são apresentadas duas curvas de oferta, uma antes da existência do imposto 
(S0) e outra após a incidência do imposto (S1).
Como podemos perceber, a incidência de um imposto acaba funcionando como um custo 
adicional para os produtores (ou vendedores), o que tende deslocar a curva de oferta para a 
esquerda e para cima, igual, verticalmente, ao montante do imposto (I), conforme a figura a 
seguir.
• A curva de oferta representa as quantidades do bem X que serão ofertadas pelos 
produtores (ou vendedores) em relação aos preços praticados no mercado. Nesse sentido, 
para qualquer nível de preços P de mercado, os produtores diminuem o valor do imposto (I), 
ficando, então, com a diferença, ou seja, receberá o valor P2 sendo dado por P2 = P1 – I.
• Com o estabelecimento do imposto de quota fixa, a curva de oferta de mercado faz o 
deslocamento de S0 para S1 e forma-se, por conseguinte, um novo ponto de equilíbrio dado 
através da interseção entre S1 e a curva de demanda de mercado (D).
• O ponto de equilíbrio anteriormente apresentado revelava que P0 e Q0 eram, 
respectivamente, o preço e a quantidade de equilíbrio. Mas, com a nova interseção entre S1 
e D, o equilíbrio se dá em P1 e Q1. Do preço P1, os produtores receberão apenas P2 (= P1 – 
I). Como P2 < P0, a oferta do mercado cai para Q1.
• Com a instituição de um imposto específico, haverá, portanto:
Aumento do preço pago pelos consumidores em ΔP1 = P1 - P0
Diminuição do valor recebido pelos produtores em ΔP2 = P0 – P2
Redução da quantidade transacionada no mercado de Q0 para Q1.
No caso de um imposto ad valorem, como é o caso do ICMS, o valor do imposto varia com o 
preço do produto, pois ele incide sobre o valor das vendas. O percentual do imposto também 
aumenta o preço de mercado e reduz a quantidade de equilíbrio. Os produtores receberão i% 
menos, não importando o preço de vendas. Ao mesmo tempo, os consumidores pagarão 
mais pelo produto e receberão menor quantidade do produto X no mercado, conforme o 
gráfico a seguir.
O controle de preços
Geralmente, o controle de preços é aplicado quando os formuladores de políticas acreditam 
que o preço de mercado de um bem ou serviço é injusto para o comprador, ou mesmo para o 
produtor (ou vendedor). Nesse contexto, tal controle é feito por uma fixação de preços 
realizada pelo governo de duas formas. A primeira delas se dá através da fixação de um teto 
(ou preço) máximo legal para o preço de venda de um bem. A segunda, pela formação de 
um piso (ou preço) mínimo legal para o preço de venda desse mesmo bem.
Política de preço (ou de teto) máximo
Esta política de preços tem como objetivo proteger o consumidor através do tabelamento de 
preços abaixo do preço de equilíbrio. O chamado preço-teto é o preço máximo legal, ou 
tabelado, que pode ser cobrado por um determinado bem. 
Conforme a figura, o preço-teto tende a criar escassez de oferta (ou um excesso de 
demanda). Nesse sentido, destaca-se que ao se ter um preço máximo obrigatório (P1), os 
consumidores estariam disponíveis para consumir maior quantidade (qd), mas os vendedores 
não irão colocar à venda tanta quantidade assim (qs).
As consequências desse tipo de política são as de que deixa-se de ter mercadoria disponível. 
Pode, ainda, haver uma certa degradação da qualidade do produto e surgir um mercado 
paralelo em que as as relações econômicas acontecem a um preço maior que o valor máximo 
imposto pelo governo, o chamado mercado negro.
Nas situações de imposição de uma política de preço (ou teto) máximo, o mercado vai ficar 
fora do “normal”. Se não houvesse o tabelamento, surgiriam pressões para os preços 
aumentarem até o equilíbrio (p0), fazendo desaparecer o excesso de demanda. Mas com 
essa imposição, os preços não podem subir, gerando desequilíbrios entre os níveis das 
quantidades deoferta e de demanda.
Política de preço (ou de um piso) mínimo
A política de preço mínimo objetiva proteger o produtor (ou vendedor), aumentando a sua 
lucratividade pela imposição de um preço acima do preço de equilíbrio. Ao adotar tal política, 
o governo estabelece que o preço cobrado por determinado produto não ficará abaixo de um 
determinado valor.
O estabelecimento de preços mínimos tem sido frequente nos mercados agrícolas, visando 
assegurar a renda dos agricultores. Antes do período do plantio, o governo divulga um preço 
mínimo. Com isso, garante a compra da safra após a colheita. Nesse contexto, vamos supor 
que o preço mínimo (Pm) seja maior do que o preço de mercado. Veja o gráfico a seguir.
Preço mínimo: Dado o valor de Pm, este afeta o equilíbrio de mercado, ou seja, qs > qd. 
Devido a isso, haverá por parte do governo a tendência a se adotarem dois mecanismos para 
que possa administrar o excedente (de mercadorias) ocasionado por esse tipo de política.
Excedente: O primeiro deles diz respeito às compras feitas pelo governo do excesso de 
mercadorias disponíveis no mercado. Tal mecanismo é conceituado como sendo uma política 
de compras e esta é aplicada na medida em que há uma diferença entre a quantidade 
ofertada e a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar.
 
Subsídio no preço: O segundo mecanismo é interpretado como sendo uma política de 
subsídios. Neste caso, o governo acaba deixando os agricultores venderem toda a sua 
produção no mercado. Isso faz com que o preço do bem caia até o nível de Pc, ou até o nível 
de preços que o consumidor paga no mercado. O governo, então, paga ao produtor a 
diferença entre os valores de Pm e Pc, isto é, subsidiando o produtor agrícola.
EXERCICIOS AULA 03
1) A política de preço mínimo objetiva : Marcar somente uma opção CORRETA
( ) proteger o produtor (ou vendedor), aumentando a sua lucratividade pela imposição de um 
preço acima do preço de equilíbrio.
( ) aliviar possíveis tensões no mercado, para equilibrar as relações entre os agentes econômicos 
envolvidos
( ) equilibrar preços de oferta e demanda, gerando maior transparência em mercados 
extremamente competitivos
( ) proteger tanto o produtor quanto o vendedor, equilibrando as relações de consumo do 
mercado
( ) proteger o comprador ( consumidor ), diminuindo a lucratividade do produtor pela imposição 
de um preço acima do preço de equilíbrio
2) Dadas as funções de demanda onde Q = - 2P + 50 e a função de oferta onde Q = 3P + 40, 
qual será o preço de equilíbrio ? O que ocorrerá se após a determinação deste preço de equilíbrio, 
o preço for elevado para $ 4, 00 e qual será a quantidade ofertada para este novo preço ?
( ) Preço Equilibrio = $ 2, Equilibrio de mercado, Nova Quantidade Ofertada = 46
( ) Preço Equilibrio = $ 2, Excesso de Demanda, Nova Quantidade Ofertada = 52
( ) Preço Equilibrio = $ 4, Excesso de Oferta, Nova Quantidade Ofertada = 52
( ) Preço Equilibrio = $ 2, Excesso de Oferta, Nova Quantidade Ofertada = 52
( ) Preço Equilibrio = $ 4, Excesso de Demanda, Nova Quantidade Ofertada = 52
3) Dadas as funções de demanda onde Q = - 3 P + 100 e a função de oferta onde Q = 12 P + 40, 
calcular o Preço de Equilibrio. A seguir, calcule a nova quantidade demandada , por ocorrência de 
um aumento da renda do consumidor representada por uma nova função de demanda, assim 
expressa : Q = - 5P + 120.
( ) 2 e 88
( ) 2 e 100
( ) 4 e 88
( ) 4 e 100
( ) 6 e 100
4) Considerando as seguintes funções de Demanda : Q = - 2 P + 50 e de Oferta : Q = 3 P - 40, 
calcular Preço e Quantidade de Equilíbrio. A seguir determine a quantidade de Oferta para um 
preço de $ 20 e determine se ocorre Escassez de Oferta ou de Demanda.
( ) 18, 14, 20, Oferta
( ) 10, 30, 20, Oferta
( ) 18, 14, 20, Demanda
( ) 10, 30, 20, Demanda
( ) 90, 230, 10, Demanda
5) Uma empresa vende peças para montagem de computadores. A função de demanda 
determinada para este produto é Q = - 3p + 44 e a função de oferta é O = 5p + 12. Assim sendo, 
calcule o Preço e a Quantidade de Equilibrio.
( ) 32 e 14
( ) 14 e 86
( ) 86 e 14
( ) 4 e 32
( ) 32 e 4
6) Quando o preço do café estava baixo, os apreciadores do café no Brasil gastavam anualmente 
cerca de R$3 milhões no consumo de café. Quando o preço dobrou , o gasto dos consumidores do 
produto aumentou para R$5 milhões anulamente. Estes dados indicam que:
( ) A curva de demanda por café tem inclinação negativa e é inelástica.
( ) A curva de demanda por café tem inclinação inclinação positiva e a quantidade demanda por 
café aumentou
( ) A demanda por café é inelástica
( ) A quantidade demandada de café aumentou
( ) A curva de demanda por café tem inclinação positiva
Aula 04: Demanda e comportamento do consumidor
Introdução
Nesta aula 4 de Microeconomia, iremos ampliar a análise a respeito da demanda e 
examinaremos os princípios básicos das condutas que o consumidor faz para 
comprar uma determinada cesta de mercadorias.
Demandas individuais dos consumidores e demanda de mercado: uma análise 
explicativa
O resultado das decisões que os consumidores tendem a tomar sobre a alocação do seu 
dinheiro e tempo que são escassos é o que verdadeiramente está por trás das curvas de 
demanda. Nesta aula, iremos ampliar a análise a respeito da demanda e examinaremos os 
princípios básicos das condutas que o consumidor faz para comprar (uma cesta de) bens 
(mercadorias ou produtos). Destaca-se que a teoria da demanda é derivada de hipóteses 
sobre a escolha do consumidor entre os diversos bens que o seu orçamento permite adquirir. 
É claro que um determinado consumidor tende a escolher aqueles produtos que mais 
valorizam, que os deem maior nível de satisfação, isto é, que lhes tragam maior nível de 
utilidade . Em outras palavras, estamos supondo nesta aula que todo e qualquer consumidor 
maximize sua utilidade, escolha da melhor maneira possível, as suas cestas de mercadorias.
Mas, antes de continuarmos a falar a respeito do comportamento do consumidor, é 
importante explicar a diferença entre demanda individual e demanda de mercado. A 
demanda de mercado é a soma de todas as demandas individuais existentes por uma 
determinada mercadoria (ou produto). Na verdade, a demanda de mercado é explicada como 
sendo a quantidade demandada a cada preço por cada um dos compradores. Por isso, 
graficamente, podemos mostrar que a curva de demanda de um mercado é determinada 
somando-se horizontalmente (no eixo das abscissas) as curvas individuais de demanda, de 
acordo com a figura:
Supondo que o mercado de mexilhão seja formado unicamente por dois indivíduos, Bert e 
Ernie, a tabela a seguir, derivada dos gráficos acima, reúne as demandas por este tipo de 
alimento destes consumidores. Suas demandas indicam as quantidades (kg) de mexilhão 
que eles estariam dispostos a comprar mensalmente a cada nível de preço.
Portanto, a demanda de mercado é o somatório das duas demandas individuais de Bert e 
Ernie. Visualizando por uma análise mais generalizada empiricamente, em muitos mercados, 
independente de quais sejam os tipos de produtos existentes, há várias demandas 
individuais a quaisquer preços que conjuntamente formam demandas de mercado.
A curva de demanda individual e o excedente do consumidor
Observe bem a figura a seguir que comtempla uma curva de demanda individual (D) 
formada pela relação entre os preços (P) e as quantidades a serem consumidas (Q) por um 
consumidor chamado Márcio. Há uma determinada área verde hachurada neste gráfico, que 
chamamos de excedente do consumidor.
O excedente do consumidor mede, objetivamente, o benefício (ou ganho) queo Márcio tende 
a receber ao comprar uma mercadoria, de acordo com o seu ponto de vista, ou seja, com o 
seu bem-estar econômico. Toda essa área hachurada demonstra que Márcio está propenso 
(está disposto) a comprar o produto acima do preço de mercado (P*), desde que receba 
certa magnitude de benefício líquido por meio da diferença entre o que ele tem que pagar 
pelo produto (o preço de mercado – P*) e o que ele estaria disposto a pagar por aquele 
produto, refletido na curva de demanda individual.
Assim, temos: Excedente do Consumidor = Disposição Para Pagar – Valor Efetivamente de 
Mercado.
Comportamento do consumidor
A discussão que empregaremos aqui é de como um consumidor racional distribui os seus 
recursos entre os diferentes bens de forma que consiga maximizar o seu nível de utilidade 
(ou satisfação). Sob o ponto de vista histórico, o conceito de utilidade empregado era o de 
utilidade cardinal, ou seja, o de utilidade como uma magnitude que se podia medir. Neste 
caso, o argumento era o de que aumenta a satisfação (ou utilidade total) do consumidor 
conforme aumenta a quantidade a ser consumida de um determinado produto.
Atualmente, os economistas levam mais em consideração, na moderna teoria a respeito do 
comportamento do consumidor, o princípio da utilidade ordinal. Sob este enfoque, examina-
se a ordem de preferências pelas diferentes cestas de mercadorias que o consumidor vai 
consumir. Neste princípio, examina-se se, por exemplo, se a cesta de bens A é preferida à 
cesta de bens B, se a B é preferida à cesta C, e assim sucessivamente. A partir desta ordem 
é possível estabelecer formalmente as prioridades gerais na formação de uma curva de 
indiferença.
Comportamento do consumidor - A) Curva de Indiferença
Neste tópico, iremos descrever como o consumidor deve classificar as diferentes opções de 
consumo segundo as suas preferências, representadas por meio de diferentes cestas de 
mercadorias. Neste sentido, definimos como curva de indiferença o lugar geométrico de 
todos os pontos, representados por cestas de mercadorias, que geram o mesmo nível de 
utilidade ao consumidor. Melhor explicando, a curva de indiferença representa graficamente 
um conjunto de cestas de consumo que são igualmente desejáveis pelo consumidor, por isso 
que esta curva é chamada de curva de indiferença. Pois, para este consumidor tanto faz, ou 
seja, ele é indiferente ao escolher a cesta A, ou B, ou C, por exemplo, todas elas 
proporcionam o mesmo nível de satisfação, de acordo com o gráfico a seguir.
No espaço-mercadoria do diagrama (X e Y) tem-se duas curvas de indiferença U1 e U2 
negativamente inclinadas, convexas em relação à origem dos dois eixos e que não se 
interceptam. As curvas são negativamente inclinadas porque demonstram que o nível de 
satisfação do consumidor permanece o mesmo. Por exemplo, tendo-se duas cestas A e B 
com diferentes quantidades de X e Y sobre a curva U1 se o consumidor substituir a cesta B 
pela cesta A, estará aumentando o consumo de X e diminuindo uma certa unidade de 
consumo de Y mantendo o mesmo nível de satisfação (ou de utilidade). A inclinação da curva 
de indiferença recebe o nome de taxa marginal de substituição (TMgS) e refere-se à taxa de 
troca da quantidade de um bem pela quantidade de outro, mantendo o mesmo nível de bem-
estar ou de satisfação, calculada por meio da expressão TMgS = │(∆Y/∆X)│ .
A convexidade em relação à origem diz respeito à utilidade ser decrescente proporcionada 
por um bem. Melhor explicando, a inclinação de uma curva de indiferença aumenta à medida 
que nos movimentamos para baixo ao longo da curva. A taxa marginal de substituição vai 
diminuindo à medida que aumenta a quantidade de X a ser consumida e reduzimos a 
quantidade de Y, como podemos perceber pela tabela a seguir.
Cabe destacar que aqui são apresentadas apenas duas curvas de indiferença. Entretanto, 
entre elas existe um grande número de outras curvas de indiferença, onde cada uma 
representa determinado nível de utilidade, sendo que a este conjunto dessas curvas 
chamamos de mapa de indiferença. Quanto mais distante está uma curva de indiferença (ou 
seja, mais para a direita) da origem dos eixos X e Y, maior a satisfação expressa do 
consumidor, que contém cestas mais desejadas. E quanto mais perto dessa origem (isto é, 
mais para a esquerda) apresenta-se uma curva de indiferença com cestas menos desejadas.
Comportamento do consumidor - B) Restrição Orçamentária
Com um orçamento (ou rendimento) limitado, o consumidor procura normalmente distribuí-
lo entre as diversas mercadorias que deseja comprar. Desta forma, ele deseja alcançar a 
melhor combinação que tende a lhe gerar o maior nível de satisfação racional possível.
Assumindo que um dado consumidor gasta toda a sua renda para comprar diferentes 
quantidades de dois produtos denominados de bem a e bem b em um dado mercado, a 
restrição orçamentária pode ser apresentada pela equação: R = Pa.Qa + Pb.Qb
Onde: 
R = Renda monetária do consumidor. 
Pa = Preço de uma unidade de a. 
Qa = Quantidade de a. 
Pb = Preço de uma unidade de b.
Qb = Quantidade de b
Tendo-se a hipótese de que o consumidor não compra a prazo, assim, ele aloca a sua renda 
na compra das quantidades de a e b, tem que:
A tabela demonstra as diversas possibilidades de consumo pelas quantidades dos bens a e b. 
Nela estamos supondo que o consumidor possui uma renda semanal de $ 240,00 para 
gastar, sendo Pa = $ 2,00 e Pb = $ 1,00. Existem várias combinações (ou cestas) possíveis 
discriminadas sob as quais o consumidor poderá escolher, como estão expostas a seguir.
A partir destas informações, traçamos uma linha de restrição orçamentária do consumidor 
descrevendo as combinações possíveis das quantidades dos bens a e b que podem ser 
adquiridas com um dado nível constante de renda semanal para determinados níveis de 
preços. 
Tendo-se no eixo vertical “a” = Qa e no eixo horizontal “b” = Qb, essa linha indica quais são 
as diversas combinações dos bens (a e b) que o consumidor poderá adquirir de acordo com a 
sua renda. Ao mesmo tempo, ela demonstra também graficamente qual é o máximo que o 
consumidor poderá gastar para obter dos dois bens. Cabe explicar que uma elevação da 
renda amplia a capacidade de consumo. Isto é representado graficamente por meio de um 
deslocamento paralelo para a direita da linha da restrição orçamentária (LRO). Já uma 
redução da renda promove o deslocamento para a esquerda da LRO. Paralelo a isso, a 
inclinação da LRO é dada pela relação dos preços dos bens. Assim, uma modificação em um 
destes preços irá promover uma alteração da inclinação desta linha.
Comportamento do consumidor - C) Equilíbrio do Consumidor
Neste tópico juntamos as informações que aprendemos a respeito da curva de indiferença e 
da restrição orçamentária, permitindo-nos explicar o equilíbrio do consumidor. 
Do ponto de vista do consumidor, ele sempre prefere estar no nível maior de satisfação com 
a sua curva de indiferença mais para a direita, ou seja, mais afastada das origens dos eixos. 
No entanto, este nível não poderá ser alcançado em função do seu orçamento, pois este 
acaba delimitando o seu poder de compra. De acordo com o gráfico a seguir, esta 
delimitação é dada pela linha da restrição orçamentária que tangencia uma dada curva de 
indiferença gerando uma máxima satisfação, ou chamado (ponto de) equilíbrio do 
consumidor, em função da renda do consumidor e dos preços dos produtos. Neste ponto, o 
consumidor distribui a sua renda adequadamente na compra entre os bens de forma a 
alcançar a combinação que lhe dá a maior satisfação (ou utilidade) possível.
Comportamento do consumidor - D) Efeito Preço, Efeito Renda e EfeitoSubstituição
Dado o tópico C anteriormente estudado, é importante destacar que há alterações da posição 
de equilíbrio do consumidor e tais alterações são conhecidas como análise dos efeitos (ou 
das causas) devidos (as) ao preço, à renda e à substituição dos produtos. Para uma análise 
mais simples, chamaremos q1 a quantidade do bem 1 e de q2 a quantidade do bem 2.
O gráfico a seguir apresenta o efeito renda. Este efeito retrata uma modificação na posição 
de equilíbrio do consumidor, em função de uma variação na renda nominal deste consumidor, 
onde os preços dos bens 1 e 2 são mantidos constantes. Se houver, por exemplo, um 
aumento de sua renda, o consumidor comprará maiores quantidades dos bens 1 e 2 
deslocando o ponto de equilíbrio do consumidor para a direita, gerando novos e diferentes 
níveis de satisfação alcançáveis, por causa da variação da renda. Ao mesmo tempo, observa-
se que ao unirmos todos os pontos de equilíbrio do consumidor, forma-se que denominamos 
de linha ou curva renda-consumo, mostrando a variação do consumo dos bens 1 e 2, 
mantidos constantes os preços destes bens.
No caso do efeito preço, este é caracterizado como sendo uma modificação da posição do 
ponto de equilíbrio do consumidor, em razão da alteração nos preços de um dos bens 
(supondo, do bem 2, mantida a sua renda nominal constante. Nesse caso, ocorre um 
deslocamento desse ponto em consequência de um giro das linhas centradas no intercepto 
do eixo do bem 1, cujo preço p1 não se modificou. Neste sentido, as sucessivas linhas de 
preços mantêm-se retas, porém, com inclinações diferentes, demonstrando que à medida 
que p2 diminui, eleva-se o consumo de q2.
A satisfação do consumidor aumenta, tão logo sejam atingidas as curvas que revelam 
utilidades cada vez maiores do ponto A para B e do B para o ponto C e que ao ligarmos esses 
pontos de equilíbrio, tem-se uma linha indicadora das modificações da posição de equilíbrio 
do consumidor, sendo que esta linha é definida como curva de preço-consumo. Cabe 
destacar que se determinarmos assim a quantidade a ser consumida do bem 2 para cada um 
de seus possíveis níveis de preços, podemos, portanto, derivar a curva de demanda do 
consumidor que demonstra uma relação inversa entre as quantidades e os preços.
Por último, o efeito substituição acaba sendo uma complementação do efeito preço. Este 
efeito demonstra como o consumidor realoca o seu consumo em função de quando se 
modificam os preços relativos dos bens 1 e 2, independentemente de haver uma modificação 
direta na sua renda nominal. Portanto, retrata como o consumidor tende a comprar mais do 
bem cujo preço relativo teve quedas, com o objetivo de substituir o outro bem que ficou 
relativamente mais caro. O efeito substituição caracteriza-se, na verdade, por mera 
modificação na posição do ponto de equilíbrio ao longo da mesma curva de indiferença (E 
para E’), tendo esta curva sofrido uma alteração da sua inclinação de acordo com a figura a 
seguir.
EXERCÍCIOS AULA 04
1) Há uma explicação em relação a um tipo de bem que é um paradoxo à Lei Geral da Demanda. 
Melhor dizendo, sua curva de demanda acaba sendo positivamente inclinada, ou seja, há uma 
relação direta e não inversa entre a quantidade demandada e o preço desse bem. Estamos nos 
referindo ao bem:
( ) de Veblen.
( ) substituto.
( ) inferior.
( ) normal.
( ) de Giffen.
2) Dada uma curva de utilidade total a curto prazo, quando ela apresenta o cenário no qual a 
satisfação do consumidor está crescendo em proporções cada vez menores, a utilidade marginal 
está:
( ) crescendo com resultado negativo.
( ) crescendo com resultado positivo.
( ) diminuindo com resultado negativo.
( ) crescendo constantemente
( ) diminuindo com resultado positivo.
 
3) Com base nas informações presentes na equação: Dx = 130 - 2,5Px - 0,5Py + 2R; para a 
demanda no mercado, assinale a única opção CORRETA:
( ) aumentos na renda promovem uma redução na quantidade demandada do bem X (Dx).
( ) a demanda deste bem apresenta um comportamento para um bem do tipo inferior.
( ) mantido tudo mais constante (coeteris paribus), uma aumento no preço de Y promove a 
elevação da quantidade demandada de X.
( ) os bens X e Y são bens complementares.
( ) o bem Y é um bem que possui um comportamento de bem superior.
4) Suponha que a demanda para determinado tipo de bem é dada por Qxd = 10000 - 2Px + 3Py - 
4,5R, onde Px = R$100, Py = R$50 e R = R$2000. Qual a quantidade consumida do bem X ?
( ) 1250 unidades
( ) 1000 unidades
( ) 1100 unidades
( ) 950 unidades
( ) 500 unidades
5) Curvas de Indiferença são curvas que representam um conjunto : Marcar somente uma opção 
CORRETA
( ) de cestas que geram diferentes níveis de satisfação ao consumidor
( ) de produtos de consumo dentro ou fora das Restrições do consumidor
( ) de produtos que geram algum nível de satisfação ao consumidor
( ) de cestas que geram o mesmo nível de satisfação ao consumidor
( ) de produtos que geram diferentes tipos de níveis de satisfação ao consumidor 
6) Assinale a alternativa correta no que se refere às definições de bens pelo seu uso (ou 
utilização).
( ) Bens de uso intermediário são utilizados para transformarem bens em outros bens 
econômicos.
( ) Bens de capital atendem diretamente às necessidades humanas, ou seja, dos consumidores
( ) Bens econômicos são ilimitados na sua utilização por serem abundantes na economia.
( ) Bens de uso final são os bens que já sofreram transformações necessárias para seu uso ou 
consumo.
( ) Bens de consumo duráveis acabam com a sua utilização em um espaço curto de tempo para o 
consumidor
Aula 05: Elasticidades
Introdução
Nesta aula 5 de Microeconomia, iremos aprender a calcular e a analisar as reações que 
possam ocorrer de uma dada variável em função das modificações de outras variáveis 
quaisquer, constituindo-se em um estímulo (ou não) aos consumidores e ofertantes ao 
transacionarem um determinado produto em um mercado.
Princípios
De acordo com as leis da oferta e da demanda estudadas nas aulas anteriores, indica-se a 
direção, ou mesmo o sentido, pela mudança dos preços de um produto (seja ele um bem ou 
um serviço qualquer) em um determinado mercado.
Melhor dizendo, quando o preço deste produto sobe, a demanda tende a diminuir e a oferta 
(deste mesmo produto) tende a aumentar. Em sentido contrário, o preço caindo, a demanda 
tende a aumentar e a oferta a cair. Porém, essa lei não informa adequadamente o quantum a 
mais (ou a menos) os consumidores irão demandar ou os produtores poderão ofertar em 
função das modificações dos preços do produto em questão. 
Para isso, o conceito de elasticidade é usado com o objetivo de mensurar a sensibilidade que 
as pessoas possam ter frente a mudanças em variáveis econômicas. E é em função dessas 
explicações que ao longo desse capítulo iremos nos deter.
Tipos de Elasticidades
A) A Elasticidade-Preço da Demanda ou da Procura (Epd)
Define-se como elasticidade-preço da demanda (Epd) ao cálculo relacionado à maneira pela 
qual são medidas quantitativamente as reações que os consumidores possam ter às 
mudanças nos preços de determinadas mercadorias por meio da razão entre dois 
percentuais, isto é, a variação percentual na quantidade demandada (∆%Qd) dividida pela 
mudança (ou variação) percentual no preço do produto (∆%Pp):
Epd = (∆%Qd)/(∆%Pp) 
Cabe destacar que, conforme Pindyck & Rubinfeld, o resultado da Epd é sempre negativo em 
função da lei da demanda. Ao mesmo tempo, é importante fazer a classificação da demanda 
dos produtos em função da Epd. Neste sentido, ao que se refere à reação dos consumidores, 
o quadroa seguir discorre que a demanda por um determinado produto pode ser classificada 
como elástica, inelástica ou de elasticidade unitária.
B) Outros Tipos de Elasticidades
b.1) Elasticidade-Preço da Oferta (Epo)
A elasticidade-preço da oferta (Epo) mensura quantitativamente a reação dos vendedores às 
mudanças no preço do produto. Essa reação é também calculada pela razão entre dois 
percentuais: a variação percentual na quantidade ofertada (∆%Qo), dividida pela mudança 
(variação) percentual no preço do produto (∆%Pp), conforme a fórmula a seguir.
Epo = (∆%Qo)/(∆%Pp)
É importante salientar que dos determinantes que afetam a Epo, o tempo é 
significativamente importante, porque, em geral, a elasticidade de curto prazo será diferente 
da de longo prazo. Portanto, quanto maior tende a ser o tempo, as firmas têm a 
possibilidade de reagir mais intensamente às variações de preços, e a curva de oferta 
tenderá a se tornar cada vez mais elástica.
Podem-se ter as seguintes situações dos resultados da Epo:
Epo > 1: produto de oferta elástica.
Epo = 1: produto de oferta inelástica.
Epo < 1: elasticidade-preço da oferta unitária.
Epo = (∆%Qo)/(∆%Pp)
Segundo Vasconcellos, pelas páginas 77 e 85, como no caso da demanda, a elasticidade-
preço da oferta também pode ser calculada no ponto ou no arco, ou seja, de acordo com o 
valor do intercepto da curva de oferta, prova-se que:
B) Outros Tipos de Elasticidades
b.2) Elasticidade-Renda (da Demanda) (Erd)
É utilizada para medir a reação dos consumidores a mudanças na renda. Mais formalmente, 
mede a variação da demanda dos consumidores (∆%Qd) em função das mudanças da renda 
dos consumidores (∆%R).
Erd = (∆%Qd)/(∆%R)
Para bens normais, há uma relação positiva entre renda e quantidade demandada, logo a 
elasticidade renda é positiva (ou seja, Erd > 0). Porém, para bens inferiores, há uma relação 
negativa entre a quantidade demandada e a renda do consumidor (isto é, Erd < 0). Quando 
o bem é considerado como sendo de consumo normal, isto que dizer que a demanda 
aumenta, quando a renda aumenta. Sendo de consumo inferior, ao aumentar a renda, faz 
com que a demanda pelo bem de consumo inferior tenha uma queda. 
Por outro lado, é importante destacar que se Erd >1, o bem é conceituado com um bem 
superior (ou um bem de luxo), pois dada uma variação da renda, o consumo acaba variando 
mais que proporcionalmente. E se a Erd = 0, o bem é chamado de bem de consumo saciado. 
Isto significa que variações na renda não alteram a demanda por esse bem.
B) Outros Tipos de Elasticidades
b.3) Elasticidade-Cruzada (da Demanda) (Ecd)
Refere-se à medida da variação percentual na quantidade demandada de um produto X (∆
%QX), de acordo com a mudança percentual no preço de outro produto qualquer Y (∆%PY).
Para bens substitutos (ou concorrentes) há uma relação positiva entre quantidade 
demandada do produto X e variação de preço do substituto Y, logo a elasticidade cruzada (da 
demanda) dos produtos substitutos tem um resultado positivo. Mas, para bens 
complementares há uma relação negativa entre quantidade demandada do produto X e a 
variação do preço do bem complementar Y, logo a elasticidade cruzada (da demanda) dos 
produtos complementares tem um resultado negativo.
Portanto: 
i) Se Ecd > 0: os bens X e Y são substitutos ou concorrentes (havendo, por exemplo, 
aumento do preço do bem Y, aumenta a demanda pelo bem X, coeteris paribus).
ii) Se Ecd < 0: os bens X e Y são complementares (existindo, por exemplo, aumento do 
preço de Y, diminui a demanda do bem X, coeteris paribus).
Relações entre Elasticidades e as Políticas do Governo na Formação de Preços
Conforme podemos perceber, na medida em que há um aumento de imposto, a curva de 
oferta se desloca para cima e para a esquerda, de acordo com o gráfico acima. Mas a 
questão, portanto, que se deve verificar é a de quem irá arcar com a maior parte do 
imposto, ou seja, o consumidor ou o produtor. E, nesse caso, isso irá depender justamente 
da elasticidade, nesse caso, da demanda pelo bem. 
Observando-se os gráficos a seguir, há diferenças na inclinação da curva de demanda. 
Podemos reparar que a primeira curva de demanda tende mais para a horizontal, isso 
demonstra que ela pertence ao segmento mais elástico da demanda e, nesse sentido, com o 
aumento do imposto, a maior parcela deste irá ser paga pelos ofertantes ou produtores.
Por outro lado, a segunda curva de demanda tende mais para a vertical, demonstrando que o 
trecho relevante para análise apresenta demanda inelástica e, nesse sentindo, quem irá 
absorver a maior parcela a ser paga do aumento do imposto é justamente os consumidores.
Portanto, com uma demanda elástica, os consumidores acabam diminuindo 
significativamente o consumo pelo bem, dada a elevação dos preços em consequência do 
aumento do imposto. E com uma demanda inelástica, os consumidores acabam não tendo 
expressivamente, muitas possibilidades de fugir do aumento de preços provocado pela 
elevação do imposto.
EXERCÍCIOS AULA 05
1) Sabendo-se que a receita total (RT) é obtida pela multiplicação entre o preço e a quantidade do 
produto Y, ou seja, RT = Py · Qy, e o produto tem demanda inelástica, se o vendedor aumentar o 
preço do produto, sua receita total irá:
( ) manter-se constante, pois a Δ% Qy < Δ% Py.
( ) manter-se constante, pois a Δ% Qy > Δ% Py.
( ) manter-se constante, pois a Δ% Qy = Δ% Py.
( ) aumentar, porque a Δ% Qy < Δ% Py.
( ) diminuir, porque a Δ% Qy > Δ% Py.
2) Um produto X possui elasticidade-preço da demanda, em termos absolutos, igual a 0,5. Sua 
demanda tem como característica ser:
( ) elástica.
( ) inelástica.
( ) perfeitamente inelástica.
( ) unitária.
( ) perfeitamente elástica.
3) A elasticidade-preço da demanda de um bem é igual a 0,5 em termos absolutos. Se o preço 
desse produto aumentar em 10%, a quantidade demandada deverá:
( ) diminuir em 7%.
( ) aumentar em 15%.
( ) aumentar em 10%.
( ) diminuir em 5%.
( ) diminuir em 20%.
4) Para um preço de R$ 32 a quantidade demandada é de 60. Uma redução de $ 8 no preço faz 
com que a quantidade demandada aumente 50%. Calcular o coeficiente da Elasticidade-preço da 
demanda.
( ) - 0.2
( ) - 2.0
( ) 0.2
( ) 2.0
( ) 1.0
5) Sabendo-se que a Elasticidade-Preço da Demanda por um determinado produto , apresenta um 
coeficiente de 2,5. Com um aumento de preço de 10%, a quantidade demandada : 
( ) Nada ocorre
( ) Aumenta em 10% 
( ) Diminui em 10% 
( ) Aumenta em 25% 
( ) Diminui em 25% 
 
6) Leia atentamente as considerações abaixo e marque a alternativa correta. 
I - Se a curva de demanda for totalmente vertical, a demanda é totalmente inelástica.
II - Se a curva de demanda for totalmente horizontal, a demanda é infinitamente elástica.
III - Se a curva de demanda tem uma inclinação positiva, a demanda é normalmente unitária.
( ) II e III são verdadeiras e I é falsa.
( ) I e II são verdadeiras e III é falsa.
( ) I, II e III são verdadeiras.
( ) I, II e III são falsas.
( ) I e III são verdadeiras e II é falsa.
Aula 6: Análise da teoria da produção
Introdução
Nesta aula, será apresentado o comportamento das unidades de produção, as quais são 
denominadas de firmas ou empresas, por meio da discussão e da análise a respeito dos 
princípios básicos do processo de produção.
Você irá estudar o comportamento 
de uma firma numa economia de mercado, relacionado à sua quantidade de produção. Esta 
produção é uma função da utilização dos fatores ou recursos utilizados no processo 
produtivo.
Função de Produção: Função que mostra a relação entre o volume – ou a quantidade – de 
recursos de produção utilizadosno processo produtivo com o volume – ou a quantidade – 
final de produto que pode ser obtido.
Uma função de produção em sua forma mais simples, coeteris paribus, pode ser 
demonstrada da seguinte maneira:
Teoria da Produção: 
Assim como a teoria dos cursos da produção e dos rendimentos de uma empresa, são itens 
que serão discutidos ao longo dessas nossas aulas, relacionados à teoria da firma em 
microeconomia.
Esta teoria explica o comportamento de uma empresa quando esta desenvolve a sua 
atividade produtiva em um mercado. Sabendo-se que a firma (ou empresa) é definida como 
sendo uma unidade de produção que atua de maneira racional no setor e no mercado em 
que participa, a mesma, por causa disso, procura maximizar os resultados relativos à sua 
produção, bem como ao seu lucro.
Toda e qualquer função de produção na análise microeconômica supõe uma dada eficiência 
técnica, ou seja, a empresa produz uma produção máxima possível, apresentados os seus 
níveis de trabalho e capital (bem como de tecnologia).
Processo Produtivo: 
Refere-se à melhor técnica utilizada por meio do emprego dos fatores de produção, onde a 
empresa produz uma determinada quantidade do seu produto.
qx = f (K, N)/t
K = Refere-se às máquinas, equipamentos, instalações, edificações, por exemplo, utilizados 
por uma determinada firma para produzir o seu produto final.
N = Capital humano, diz respeito à capacidade de trabalho (bem como empresarial) utilizada 
pela empresa para gerar a sua produção.
É importante salientar que o conceito de função de produção é diferente do de função de 
oferta!
Função Oferta: A ideia se refere mais propriamente dito ao econômico, pois depende dos 
preços dos fatores de produção.
Função de produção: Esta vinculado ao físico, ou mesmo ao tecnológico. Melhor dizendo, 
está ligado, e isso não podemos nos esquecer, à relação entre às quantidades (físicas) do 
produto da firma com a dos fatores de produção que serão utilizados (no processo de 
produção).
Função Cobb-Douglas: Há um tipo específico de função de produção que cabe estudar e 
que se chama função Cobb-Douglas. Esta pode ser empregada pela seguinte expressão:
W = valor do parâmetro que mede o grau de desenvolvimento tecnológico
a e b = constantes que informam sobre a importância relativa dos fatores capital e trabalho, 
respectivamente, no processo produtivo.
Vamos supor que você, ao longo de um determinado tempo, analisou o processo de 
produção da sua empresa. Tendo feito isso, você determina que esta produção se comporta 
de acordo com esta função de Cobb-Douglas e desenha a seguinte relação:
Se a empresa dispuser ao longo deste tempo de 50 funcionários e 2 máquinas, qual o valor 
da quantidade de produção a ser produzida?
Ao entendermos o que é função Cobb-Douglas, vamos partir para as análises de longo e de 
curto prazos no estudo da teoria da empresa. Neste sentido, define-se como sendo:
• Longo Prazo: Ao período de tempo que demonstra quando todos os fatores de produção 
são variáveis, em função do aumento do tamanho da empresa.
• Curto Prazo: Ao período de tempo onde pelo menos um dos recursos de produção está fixo, 
ou seja, não varia de função do nível de produção.
Nos livros de fundamentos de economia, geralmente, o capital (K) é considerado o fator fixo 
e o trabalho (N) o fator variável a curto prazo.
Longo Prazo 
Conforme está colocado no quadro anterior, tem-se o longo prazo de uma firma quando 
todos os fatores de produção são variáveis, isto é, não existem fatores fixos de produção.
Desta maneira, há uma questão central que deve ser respondida qual seja: quando variam 
ao mesmo tempo as dotações de capital (K) e de trabalho (N), qual impacto que pode 
ocorrer sobre o volume (ou quantidade) de produção da empresa?
A resposta a esta questão depende das formas assumidas pela função de produção, e, neste 
sentido, devemos nos deter na apreciação do comportamento relacionado aos parâmetros a 
e b n da função Cobb-Douglas, cujos resultados são significativos para a análise de longo 
prazo.
Em um primeiro caso, diz-se que há economias (ou rendimentos) de escala crescentes 
quando a variação dos fatores de produção causa uma variação mais que proporcional na 
quantidade de produção, tem-se aí o resultado de que: (a+b) > 1
Na segunda forma, há economias (ou rendimentos) de escala constantes se a variação dos 
fatores de produção gera uma variação na mesma proporção da quantidade de produção (ou 
produto), ou seja, resulta-se de que (a+b) = 1
E em terceiro e último caso, diz que há economias (ou rendimentos) de escala descentes 
(também chamadas de deseconomias de escala) quando a mudança dos fatores de produção 
causa uma variação menos que proporcional no
 produto da empresa, e aí temos que (a+b) < 1
Em função do que foi explicado, percebe-se que há o que podemos conceituar como sendo 
rendimentos de escala.
Tal conceito exprime a maneira pela qual a quantidade de produção – ou a quantidade do 
produto – da empresa aumenta de acordo com a agregação dos fatores de produção quando 
a empresa aumenta o seu tamanho (ou estrutura) no longo prazo. 
Desta forma, é possível representar graficamente os três tipos de rendimentos de escala. 
Para isso, há necessidade de que possamos admitir que a distância entre as isoquantas 
represente a escala de produção para identificar o comportamento dos rendimentos 
(marginais) de escala.
Nessas condições, respeitada a escala, as isoquantas deslocam-se para a direita revelando o 
aumento do nível de produção de uma empresa, conforme está sendo apresentado pelo 
gráfico a seguir, por meio das curvas de de q1, q2 e q3. A partir daí, tem-se a visualização 
gráfica de que quando a distância entre essas isoquantas:
Diminui: está ocorrendo os rendimentos crescentes da escala.
Aumenta: o caso é de rendimentos decrescentes de escala.
Constante: Têm-se rendimentos constantes de escala.
Análise da produção a Longo Prazo
Exemplos de algumas das razões que contribuem para que haja a existência de rendimentos 
decrescentes de escala, são eles:
• Excesso de divisão de trabalho fazendo com que haja certa perda da visão global da 
empresa, bem como dos seus objetivos;
• Dificuldade de gestão e bem como de supervisão;
• Limitação da produção dos produtos;
• E impossibilidade física de aumentar determinado fator de produção.
É importante explicar nesse contexto que uma isoquanta pode ser definida como sendo uma 
linha (ou uma curva) onde várias combinações possíveis dos fatores (K e N) permitem obter 
a mesma quantidade de produção (q).
No gráfico em questão, por exemplo, todas as combinações dos fatores K e N sobre a curva 
q1 permitem obter a mesma quantidade de 1.000 unidades do produto.
O mesmo acontece com as curvas de q2 cuja quantidade é de 2.000 unidades. 
E de q3 que é de 3.000 unidades do produto.
Cabe destacar que:
(a) Para uma mesma quantidade de produção (seja em q1, q2, ou q3) se aumentar a 
quantidade de um fator de produção, a quantidade do outro fator é reduzida, daí o porquê de 
a declividade ser negativa nas isoquantas. 
(b) A taxa marginal de substituição técnica (TMST) traduz (ou calcula) o aumento da 
utilização de um fator para compensar a diminuição da utilização do outro fator para 
compensar a diminuição da utilização do outro fator de produção, de forma a manter o 
mesmo nível de produção.
(c) Como estas linhas estão organizadas em conjunto, este é definido como sendo um mapa 
de isoquantas.
Destaca-se que as isoquantas: 
(a) Não se cruzam, pois uma combinação de fatores de produção não poderia proporcionar 
dois níveis de produção distintos
(b) Têm sempre inclinação negativa, sendo convexas. (TMST = (ΔK/ΔN)
Análise da produção a Curto PrazoO curto prazo é o período no qual pelo menos um dos fatores de produção é considerado 
fixo. A partir daí precisamos analisar o que acontece com a produção de uma firma caso se 
varia a quantidade de um dos fatores de produção enquanto o outro fator permanece fixo. O 
diagrama a seguir se refere a esta discussão, e o ponto central da mesma é a definição 
conceitual da lei dos rendimentos (marginais) decrescentes. Esta lei pode ser enunciada 
imaginando uma empresa produtora, por exemplo, de produtos agrícolas e que serão mais 
tarde enlatados para a comercialização.
A área de produção (K) é uma área de terra ampla e muito grande para ser cultivada, não 
existindo, inicialmente, trabalhadores (N) para trabalhar nesta área de terra.
Entretanto, num primeiro estágio de produção (estágio I), contrata-se um trabalhador para 
cultivá-la, rendendo certa quantidade de produto para esta empresa.
Como a área é ampla, a contratação de outro trabalhador aumentará ainda mais a produção 
e podemos considerar que este processo tenha uma continuidade. Neste sentido, a produção 
neste primeiro estágio cresce em proporções cada vez maiores.
Fator de produção fixo é aquele que a quantidade não é alterada em função do nível de 
produção, enquanto o fator variável é aquele cuja quantidade utilizada varia de acordo com o 
nível de produção.
A lei dos rendimentos decrescentes não pode ser confundida com o conceito de rendimento 
decrescente (ou deseconomia de escala). 
Este conceito está relacionado com a análise da produção a longo prazo, onde todos os 
fatores são variáveis, enquanto a lei dos rendimentos decrescentes diz respeito à discussão 
sobre a produção de uma firma no curto prazo, supondo sempre que, pelo menos um dos 
fatores permanece fixo no processo de produção.
Para um segundo estágio de produção (estágio II), chega-se até certo ponto (momento) em 
que, dado o limite do fator de produção fixo (a terra), os acréscimos da contratação de novos 
trabalhadores irão aumentar o nível de produção, mas tal aumento se fará em proporções 
cada vez menores.
Em um terceiro estágio de produção (estágio III) chega-se a um ponto (máximo) de 
trabalhadores pela área da terra, fazendo com que, pós este ponto, a contratação de mais 
um trabalhador acabará reduzindo (ou diminuindo) a produção da firma (da empresa).
A curva de produção total (q) do desenho a seguir reflete esses três estágios de produção.
Paralelo a isso, as curvas de produtividade marginal (PMq) e de produtividade média (Pme) 
são construídas de acordo com a curva da produção total (q). Assim, o formato dessas 
curvas se deve a lei dos rendimentos (marginais) decrescentes. Cabe destacar que:
a) A produtividade média do trabalho (Pme) é a relação entre a produção total (q) e o 
número de trabalhadores (N) utilizados na produção da empresa. Matematicamente, temos:
PMe = (q)/N
b) A produtividade marginal do trabalho (PMq) é a variação da produção (Δq) derivada da 
variação no emprego do fator trabalho (ΔN). Matematicamente, temos:
PMg = (Δq / ΔN)
Como pode ser percebido no diagrama a seguir, a PMg é inicialmente crescente, atinge um 
máximo no emprego dos trabalhadores (antes, portanto, que a produtivdade média) e depois 
passa a ser decrescente.
Formato típico das curvas da função de produção, de produtividade média e de produtividade 
marginal. 
De acordo com o gráfico, podemos fazer algumas considerações importantes.
A primeira delas é que notamos que a curva da produtividade média começa a ter uma 
inclinação para baixo depois de ter sido cortada no seu ponto de máximo pela curva de 
produtividade marginal.
Se a PMg começa a cair no momento em que esta passa a ser menor que a Pme, estará 
puxando, portanto, esta última para baixo.
Na verdade, a produtividade marginal é o acréscimo no total produzido pelo último trabalhador 
absorvido. Se a produtividade deste for menor que a média de todos os trabalhadores absorvidos 
anteriormente, se somente se, estará puxando esta média total para baixo. 
A segunda consideração diz respeito ao momento em que no gráfico visualizamos que 
quando a produtividade marginal começa a cair, a curva da produção total (q) passa a ser 
convexa (era côncava até então).
Esta inflexão existente refere-se à passagem da fase, da PMg crescente para a decrescente. 
Paralelo a isso, observa-se que quando q é máxima, a PMg é igual a zero e quando esta 
produtividade se torna negativa, q começa a cair.
EXERCÍCIOS AULA 06
1) A elasticidade-preço cruzada da demanda mede, especificamente, a alteração percentual da:
( ) renda do consumidor, em função do preço do produto Y.
( ) demanda do produto X, em função do preço do produto Y.
( ) oferta do produto X, de acordo com o preço desse produto X.
( ) demanda do produto X, em função do preço desse produto X.
( ) demanda do produto X, de acordo com a renda do consumidor.
2) O conceito de elasticidade da demanda busca calcular a sensibilidade da resposta dos 
consumidores devido às mudanças de preços de um dado produto ou na renda. Assinale qual das 
alternativas abaixo apresenta, de forma correta, o conceito de elasticidade renda da demanda. 
( ) Para um bem elástico, quando os consumidores obtém um aumento de 10% na renda, a 
quantidade demandada se reduz em 20%.
( ) Para um bem elástico, quando os consumidores obtém um aumento de 20% na renda, a 
quantidade demandada aumenta em 10%.
( ) Para bens superiores, quando os consumidores obtém um aumento de 10% na renda, a 
quantidade demandada se reduz em 5%.
( ) Para bens inferiores, quando os consumidores obtém um aumento na sua renda, a quantidade 
demandada destes bens se reduz.
( ) Para um bem inelástico, quando os consumidores obtém um aumento de 5% na renda, a 
quantidade demandada aumenta em 15%.
 
3) As alternativas abaixo referem-se às elasticidades. Marque a que está correta.
( ) Se a variação da quantidade é menor do que a do preço, a demanda é unitária.
( ) Se a demanda é elástica, o seu resultado é menor que 1.
( ) Quando dois produtos são substitutos, a elasticidade-preço da oferta é maior que 1.
( ) Quando dois produtos são complementares, a elasticidade cruzada da demanda é positiva.
( ) Se o produto é considerado de consumo normal, a elasticidade-renda da demanda é positiva.
4) A elevação do preço do bem Y promoveu uma redução no consumo do bem Z. Tudo o mais 
constante, os bens X e Y são:
( ) substitutos.
( ) normais.
( ) inferiores.
( ) complementares.
( ) de Giffen.
Aula 07: Os custos de produção de uma firma
Introdução
Nesta aula explica-se o que são os custos de produção, suas peculiaridades e suas análises 
gráficas. Tais discussões são importantes para se entender como as unidades de produção 
tendem a determinar o comportamento da sua oferta, dados os objetivos que as empresas 
possam ter, na produção do seu produto final.
Segundo Vasconcellos, no estudo da microeconomia, a teoria da produção, conforme já 
estudamos, prende-se mais as questões tecnológicas, ou físicas, entre os insumos e a 
quantidade de produção. Já os custos de produção, prendem-se mais aos valores monetários 
que tendem a ser gastos com a utilização desses insumos (ou fatores) de produção e que 
determinarão a chamada curva de oferta da firma.
Nesta seção iremos ver o comportamento dos custos (de produção) da empresa (ou da 
firma) associado à produção de determinada quantidade de um dado produto (bem ou 
serviço). Neste caso, novamente, é utilizada a distinção entre o curto e o longo prazo.
Custos de produção a curto prazo
No caso do período de tempo de curto prazo, pelo menos um dos fatores de produção está 
fixo e, neste sentido, o custo total (CT) da firma é formado pela soma do custo associado à 
utilizaçãodo fator de produção fixo (CF) mais o custo pela utilização do fator de produção 
variável (CV). Melhor dizendo, esquematicamente, tem-se: CT = CF + CV
O comportamento do custo de produção pode ser visto melhor a partir do diagrama a seguir, 
onde:
Como se pode observar pela figura, o custo total (assim como o custo variável, com exceção 
do custo fixo) tende a aumentar em função do aumento da quantidade produzida. Uma vez 
que o tamanho da firma é constante a curto prazo, a curva de custo total terá a mesma 
forma do custo variável.
Por outro lado, se pegarmos a fórmula do custo total a curto prazo e dividirmos pela 
quantidade produzida (q), teremos os custos médios, isto é: CTMe = CVMe + CFMe Ao 
mesmo tempo se trabalharmos com a relação entre a variação do custo total (ΔCT) com a 
variação da quantidade de produção (Δq), tem-se o que é definido como custo marginal, 
sendo este o custo de se produzir uma unidade a mais (extra) do produto da firma, ou seja: 
CMg = (ΔCT / Δq).
Cabe destacar que os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a 
curto prazo.
Graficamente, verificamos os seguintes diagramas a seguir relacionando as curvas de custos 
médios e de custo marginal.
Graficamente, verificamos os seguintes diagramas a seguir relacionando as curvas de custos 
médios e de custo marginal.
Os formatos destas curvas estão inclusos ao que nós estudamos na teoria da produção a 
curto prazo, ou seja, à lei dos rendimentos decrescentes (ou dos custos crescentes). Mas 
cabe destacar que a primeira figura acima mostra que o custo fixo médio (CFMe) é 
decrescente ao longo do processo produtivo. Por que? A explicação é simples, ou seja, o 
custo fixo (CF) permanece inalterado (invariável) e na medida em que se aumenta o volume 
de produção, o CFMe irá diminuindo (tendendo a ter um valor igual a zero). Como o custo 
total médio é o resultado da soma entre o custo fixo médio e o custo variável médio, sendo o 
CFMe maior do que zero, o CTMe será maior do que o CVMe, mas as duas curvas de CTMe e 
de CVMe tendem a se aproximar em função do aumento de q.
Graficamente, as curvas de custo total médio, de custo variável médio e de custo marginal 
são curvas com formatos em U. Isto quer dizer que, inicialmente, estes custos são 
decrescentes, pois ha pouca quantidade de trabalho para uma grande quantidade de capital, 
o custo total cresce em proporções cada vez menores e, neste sentido, há uma queda dos 
custos médios (total e variável) e do custo marginal. Atinge-se um ponto de mínimo, isto 
significa que satura-se a utilização do capital (que é fixo). Pós este ponto, os custos são 
crescentes, pois a contratação de mais trabalho tende a não trazer aumentos proporcionais 
de produção, melhor dizendo, o custo total cresce em proporções cada vez maiores e os 
custos médios e marginal são crescentes. A todo esse processo tem-se o que os economistas 
definem como sendo a lei dos custos crescentes (em curto prazo).
Custos de produção a longo prazo
A longo prazo, conforme já estudado por nós, todos os fatores de produção são variáveis, 
incluindo o tamanho ou a dimensão da empresa. Neste sentido, o custo total é igual ao custo 
variável: como CF = 0 >>> CT = CV; da mesma forma, temos que: CTMe = CVMe , que 
chamaremos de CMeLp.
Sabendo-se que o comportamento dos custos de longo prazo está relacionado ao tamanho 
ou dimensão (da planta de produção) para poder operar neste espaço de tempo, a curva de 
custo médio total a longo prazo terá também um formato em U. Este formato refere-se ao 
que os economistas e administradores chamam de economias de escala, onde todos os 
fatores de produção (inclusive a dimensão da empresa) estão variando.
Isocusto
Segundo Vasconcellos, “(...) Da mesma forma que o consumidor, coeteris paribus, deve 
obedecer a uma restrição orçamentária, a empresa também costuma ter um orçamento 
definido, que será utilizado na aquisição dos fatores produtivos.” (p. 131). Por esta 
colocação, podemos dizer que toda a empresa tem o seu orçamento e este é transmitido 
pelo custo total de que a empresa apresenta em função dos preços (r e w) dos seus fatores 
de produção. A partir daí podemos, então explicar o que é isocusto.
A curva de isocusto (ou linha de isocusto) representa um conjunto de todas as combinações 
possíveis dos fatores (K e N) de produção que mantém constante o orçamento (ou o custo 
total) da empresa. Sendo que essa curva é apresentada a partir da expressão: 
CT = wK + RN
Para concluir, é interessante notar que, dados os preços dos fatores (w e r), se, conforme 
são apresentadas as setas azuis, a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá 
reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o orçamento gasto, por isso a 
inclinação da isocusto ser negativamente inclinada.
EXERCÍCIO AULA 07
1) As proposições abaixo dizem respeito a um momento pelo qual passa uma dada curva de 
possibilidades de produção. Supondo um deslocamento dessa curva para baixo e para esquerda, 
tal deslocamento pode ter como origem (assinalando a alternativa correta):
I - um aumento (ou melhoria) da tecnologia;
II - uma queda dos custos de produção;
III - uma queda da produção dos bens;
IV - um aumento das necessidades dos consumidores. 
( ) III é verdadeira e I, II e IV são falsas.
( ) I, II, III e IV são verdadeiras.
( ) I, II, III e IV são falsas.
( ) I é verdadeira e II, III e IV são falsas.
( ) II é verdadeira e I, III e IV são falsas.
2) Suponha uma dada curva de possibilidade de produção para dois bens (X e Y). Aponte a 
alternativa ERRADA sobre um dado ponto
( ) Sobre a curva de possibilidades de produção, esse ponto demonstra a combinação mínima de 
recursos de produção que a organização utiliza para se produzir o máximo de X e Y.
( ) À esquerda e dentro da área formada entre os eixos X e Y com a curva de possibilidades de 
produção, esse ponto demonstra que há desemprego de recursos de produção.
( ) Sobre a curva de possibilidades de produção, esse ponto apresenta a combinação máxima de 
produção obtida dos bens X e Y quando da plena utilização dos fatores de produção, dada a 
tecnologia.
( ) À direita e fora dessa curva, esse ponto demonstra que a organização não pode produzir ao 
nível desse ponto em função dos recursos existentes disponíveis, dada uma determinada 
tecnologia.
( ) Sobre a curva de possibilidades de produção, esse ponto indica que a organização está, em 
decorrência de uma dada tecnologia, gerando uma produção máxima dos dois bens X e Y, pela 
melhor combinação dos recursos de produção. 
3) Exemplos de Custo Fixo, são : Marcar somente uma opção CORRETA
( ) Eletricidade na linha de Produção e Aluguel de Espaço Fabril
( ) Matéria Prima e Eletricidade na linha de produção
( ) Matéria Prima e Aluguel de Espaço Fabril
( ) Aluguel de Espaço Fabril e Matéria Prima
( ) Aluguel de Espaço Fabril e Salários da Diretoria
4) Pontos à direita e fora da curva de possibilidades de produção significam que (assinalando a 
alternativa correta):
( ) não poderão ser atingidos com os recursos disponíveis
( ) poderão ser atingidos com os recursos existentes
( ) na organização produtiva, ocorre subemprego dos fatores disponíveis.
( ) na organização produtiva, ocorre superemprego dos recursos existentes
( ) na organização produtiva, há desemprego dos fatores disponíveis.
5) Dada uma curva de possibilidades de produção, havendo um deslocamento dessa curva para 
baixo e para esquerda, tal deslocamento pode ter como origem (marcando a alternativa correta):
( ) um aumento (ou melhoria) da tecnologia.
( ) uma queda da quantidade utilizada dos fatores de produção.
( ) um aumento das necessidades dos consumidores.
( ) uma queda dos custos de produção.

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