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Concurso de Pessoas 
Classificação 
Monossubjetivos 
Crimes que podem ser praticados por uma só pessoa 
ou por mais de uma em concurso eventual. Ex.: 
homicídio. 
Plurissubjetivos 
Delitos que só podem ser cometidos por duas ou mais 
pessoas, sendo, por isso, também conhecidos como 
crimes de concurso necessário. Ex.: crime de 
quadrilha. Nesses crimes, as condutas podem ser: 
a) paralelas, em que os agentes auxiliam-se 
mutuamente; 
b) convergentes, quando as condutas encontram-se 
gerando o resultado; 
c) contrapostas, em que os envolvidos agem uns 
contra os outros. 
Co-autoria 
Existe quando duas ou mais pessoas praticam ato de execução do crime 
conjuntamente. Ex.: duas pessoas mantêm a cabeça da vítima sob a água 
para afogá-la. Na co-autoria, a adequação típica é imediata. 
Participação 
Diz respeito àquele que não realiza ato de execução, mas, de alguma forma, 
concorre, intencionalmente, para o crime. Por consequência, responde pelo 
delito. Na participação, a adequação típica é mediata. 
A participação 
pode ser 
Moral 
Quando o agente induz ou instiga outrem à prática do crime. 
Ex.: estímulo verbal para que outro mate a vítima; 
Material 
Quando o agente auxilia na execução do crime, sem, todavia, 
realizar diretamente o ato de execução. Ex.: emprestar um 
revólver para o assassino, ciente de suas intenções. 
Crimes de mão 
própria 
São aqueles cuja conduta descrita no tipo penal só pode ser executada por 
uma única pessoa e, por isso, são incompatíveis com o instituto da co-autoria. 
Admitem, entretanto, a participação. Ex.: dirigir veículo sem habilitação 
gerando perigo de dano. 
 
 
 
Requisitos para a 
existência do 
concurso de 
pessoas 
a) pluralidade de condutas; 
b) relevância causal das condutas; 
c) liame subjetivo; 
d) identidade de crimes para todos os envolvidos (salvo exceções). 
Participação 
impunível 
O ajuste, a determinação, a instigação e o auxílio não são puníveis quando 
não chega a iniciar-se a execução do crime. 
Teoria unitária ou 
monista 
Regra segundo a qual todos os envolvidos em um fato criminoso devem 
responder pelo mesmo crime. 
Exceções 
 
a) cooperação dolosamente distinta – no caso de concurso de agentes, caso 
um deles tenha tido intenção de participar de crime menos grave, responderá 
apenas por este; 
b) gestante que consente no aborto responde pelo crime do art. 124 do 
Código Penal, enquanto aquele que realiza o ato abortivo com o seu 
consentimento comete crime mais grave previsto no art. 126; 
c) crime de corrupção passiva para o funcionário público que recebe 
vantagem indevida e corrupção ativa para o particular que oferece tal 
vantagem. 
Observação: A participação de menor importância não constitui exceção à 
teoria monista, mas apenas causa de diminuição de pena em que haverá 
redução de 1/6 a 1/3 da reprimenda. 
Autoria colateral 
Ocorre quando duas pessoas querem cometer um mesmo tipo de crime 
contra a mesma vítima e agem ao mesmo tempo, sem que uma saiba da 
intenção da outra. Suponha-se que duas pessoas atirem na vítima ao mesmo 
tempo, sendo que uma delas acerta o disparo e a outra erra. Nesse caso, 
quem acertou responde por crime consumado e a outra por tentativa. 
Autoria incerta 
Ocorre quando, na autoria colateral, não se consegue apurar quem provocou 
o resultado, hipótese em que ambos respondem por crime tentado. 
Autoria mediata 
O agente serve-se de pessoa sem discernimento para executar para ele o 
delito. O executor é usado como mero instrumento por atuar sem vontade ou 
sem consciência do que está fazendo e, por isso, só responde pelo crime o 
autor mediato. Ex.: induzir uma criança a colocar veneno no copo da vítima. 
 
 
Comunicabilidade 
das elementares 
Nos termos do art. 30 do Código Penal, as elementares comunicam-se aos 
partícipes, quer sejam subjetivas ou objetivas, desde que conhecidas por 
eles. 
Comunicabilidade 
das 
circunstâncias 
Objetivas Comunicam-se aos partícipes, desde que conhecidas por eles. 
Subjetivas Não se comunicam.

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