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Gravidez na adolescência

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UNIFOA – FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL – 4º ANO
QUESTÃO SOCIAL, SUJEITOS SOCIAIS E CIDADANIA II (INFÂNCIA, JUVENTUDE E TERCEIRA IDADE)
Danielle Ermida Faria
Eliane de Brito Pinheiro
Lany Fernandes do Carmo Batista
Larissa Peixoto dos Santos
VOLTA REDONDA
2018
UNIFOA – FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL – 4º ANO
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
VOLTA REDONDA
2018
SUMÁRIO
	Introdução
	..........................
	05
	Gravidez na adolescência
	..........................
	05
	Causas de uma gravidez precoce
	..........................
	06
	Consequências e riscos de uma gravidez precoce
	..........................
	07
	Riscos para o bebê
	..........................
	08
	Riscos para a adolescente
	..........................
	08
	O que explica a gravidez precoce
	..........................
	08
	A responsabilidade dividida
	..........................
	10
	Alguns métodos contraceptivos
	..........................
	11
	Aborto
	..........................
	11
	O papel do Assistente Social nesse contexto
	..........................
	12
	Leis importantes
	..........................
	13
	Lei do planejamento familiar
	..........................
	13
	Lei do aborto
	..........................
	14
	Conclusão
	..........................
	15
	Bibliografia
	..........................
	16
INTRODUÇÃO
	O trabalho em questão tem como objetivo mostrar algumas causas e consequências da “Gravidez na Adolescência”, fazendo uma breve reflexão acerca dos fatos e riscos iminentes por conta da mesma, envolvendo educação familiar e planejamento, como também fatores econômicos, culturais, morais, biológicos e sociais. Queremos assim apontar não só as causas e consequências, mas todo o processo da gravidez precoce que provoca mudanças comportamentais e estruturais na vida de cada um dos envolvidos.
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
	A gravidez na adolescência é a que ocorre entre 10 a 20 anos, de acordo com a (OMS) Organização Mundial de Saúde, sendo ainda considerada uma gestação de alto risco. Isso é decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém-nascido, além de acarretar problemas sociais e biológicos. A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas. 
	 A adolescência é um momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional. No entanto, a gravidez na adolescência não é um fato novo, mas esse problema está alcançando índices cada vez mais altos, exigindo especial atenção principalmente quando se questiona a dimensão que esse problema vem alcançando. 
	O Brasil apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. Porém, o Ministério da Saúde indica que houve uma redução de 17% no número de mães entre 10 a 19 anos, no período de 2004 a 2015.
	
Segundo Araújo, Rayanne Lima Dantas de. et al (2015):
Apesar de atualmente mais informações estarem disponíveis sobre sexualidade e métodos anticoncepcionais, as adolescentes continuam engravidando, levando ao abandono dos estudos, a prejuízos profissionais futuros e a conflitos familiares, sendo assim diante do exposto surge a preocupação e com isto questionamos será que essas adolescentes estão cientes das complicações e consequências que esse acontecimento pode acarretar para a vida das mesmas? 
	
 CAUSAS DA GRAVIDEZ PRECOCE
	A gravidez precoce pode ocorrer em todas as classes sociais, porém a incidência é mais frequente nas famílias de baixa renda. No entanto, há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam a gravidez no início da vida reprodutiva, tais como:
Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;
Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente; 
Dificuldade e vergonha das meninas em negociar o uso do preservativo pelo parceiro;
Ingenuidade e submissão;
Violência;
Abandono;
Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de autonomia através da maternidade;
Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce;
O ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade sexual.
De acordo com Foucault (1988, p.10):
Durante muito tempo, a sexualidade foi cuidadosamente confiscada pela família conjugal, esta por sua vez a observou na função de reprodução. No espaço social, como no coração de cada moradia, um único lugar de sexualidade reconhecida era o quarto dos pais. As crianças eram tidas como “sem sexo”, dessa forma considerava-se uma boa razão para interditá-lo, para proibi-las de falar dele. 
CONSEQUÊNCIAS E RISCOS DE UMA GRAVIDEZ PRECOCE
	Toda gravidez precoce é considerada de alto risco, tanto para a mãe adolescente, quanto para o bebê, necessitando assim ser acompanhada por profissionais da saúde capacitados e qualificados para que possam diminuir ou até mesmo evitar o impacto das consequências, de maneira que esse período da gestação ainda que difícil e assustador, não se torne um “um bicho de sete cabeças”, mas que seja compreendido e tenha seus impactos atenuados. O que por muitas vezes não ocorre, devido a falta de informações, apoio familiar, financeiro, do próprio parceiro da adolescente e a dificuldade de acesso para acompanhamento médico.
	A maioria das adolescentes que engravidam abandonam os estudos para que possam cuidar do filho(a), o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica de familiares.
	Esses fatores acabam por contribuírem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como a criança. 
	Além disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes.
	A situação socioeconômica e a falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, importância da amamentação e vacinação da criança.
	Também é grande o número de adolescentes que submetem a abortos inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. O aborto além de ser um crime, em nosso país, é uma das principais causas de morte de gestantes. Por ser uma prática criminosa não há serviços especializados o que o obriga as mulheres que optam por essa estratégia, a se submeterem a serviços precários, verdadeiros matadouros de seres humanos, colocando em risco a própria vida.
	Isso tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma das principais causas de morte materna.
	Tudo isso acarreta prejuízo às crianças, impacto na saúde pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da gestante.
	Até que ponto somos responsáveis enquanto pais e sociedade? E até onde o Estado se omite nas mesmas, acabando por negligenciar esses fatos?
 Riscos para o bebê:
Nascer prematuro;
Baixo peso ao nascer;
Má formação;
Alto índice de óbitos;
Entre outros.
 Riscos para a adolescente
Diminuição da autoestima da adolescente;
Problemas afetivos entre a mãe e o bebê;
Risco de vida para a mãe e bebê;
Risco de eclampsia;
Depressão pós-parto;
Aborto;
Entre outros.
 
O QUE EXPLICA A GRAVIDEZ PRECOCE?
Existe uma série de fatores que poderiam contribuir para o aumento da incidência de gestantes adolescentes. O baixo nível socioeconômico é um deles porque, às vezes, como já disse, a gravidez representa oportunidade de ascensãosocial. Além disso, a baixa escolaridade também pesa nesse contexto.
Metade das adolescentes que atendemos no HC já tinha interrompido os estudos antes de engravidar. Isso nos permite pensar que se tivessem continuado a estudar e a receber estímulos pedagógicos e culturais como acontece com as meninas de classe social mais abonada, talvez nem pensassem numa gestação, porque de uma forma ou outra, a escola representa um fator de proteção para elas.
Outro fator que poderia ser pontuado é a desestruturação familiar. Notamos nessas adolescentes grávidas certa dificuldade de relacionamento com os pais. Na verdade, a dificuldade é maior com o pai, tanto que o grande medo é contar pra ele que estão grávidas retarda, em muitos casos, o início do pré-natal. 
Do ponto de vista biológico, alguns autores destacam como fator importante a menarca, ou seja, a primeira menstruação que vem ocorrendo cada vez mais precocemente, graças talvez a melhora da alimentação ou a interferência do clima. No início do século, na Europa desenvolvida, as meninas menstruavam em média aos 17 anos. Hoje, a média é 12 anos e a idade vem baixando sistematicamente o que, de certa forma, pode favorecer o início precoce da atividade sexual. No entanto, se fizermos uma retrospectiva histórica, veremos que a gravidez na adolescência não é novidade. Existe há muito tempo. É bem provável que nossas bisavós e talvez nossas avós tenham engravidado ainda adolescentes, pois as mulheres se casavam muito cedo. Acontece que o papel da mulher na sociedade moderna mudou. Talvez, por isso, a gravidez precoce chame toda a atenção. Espera-se que a adolescente estude, trabalhe não que engravide e tenha filhos com tão pouca idade.
	
	Segundo Araújo, Rayanne Lima Dantas de, et al (2015):
Apesar de atualmente mais informações estarem disponíveis sobre sexualidade e métodos anticoncepcionais, as adolescentes continuam engravidando, levando ao abandono dos estudos, a prejuízos profissionais futuros e a conflitos familiares, sendo assim diante do exposto surge a preocupação e com isto questionamos ,será que essas adolescentes estão cientes das complicações e consequências que esse acontecimento pode acarretar para a vida das mesmas? 
A RESPONSABILIDADE DIVIDIDA
	Toda vez que se fala em gravidez na adolescência, logo o pensamento se remete a menina/criança grávida e a partir desse momento passa a ser dela toda a responsabilidade de gerar e cuidar de um bebê. E onde entra o pai nessa história? Muitas vezes a sociedade esquece-se de colocar ao pai a responsabilidade que lhe é de direito assumir.
	E quando falamos assumir, não estamos falando em casamento com a adolescente grávida, mas sim a paternidade que essa adolescente esta carregando dentro de si, que, pois muitas vezes, esse “relacionamento entre eles” não chegam até o fim da gestação. E quando chegam, têm maturidade para assumirem e sustentarem uma família?
	A resposta na maioria dos casos é quase sempre a mesma: quem acaba assumindo essa responsabilidade são os avós, sendo eles maternos ou paternos. Mesmo muitas vezes a responsabilidade financeira sendo dos avós, os pais adolescentes acabam abandonando os estudos (na maioria dos casos em família de classe baixa e abaixo da linha da pobreza) e não mais retornando. Às vezes, porém, esses avós acabam atrapalhando ao assumir o papel das mães e, por isso talvez tenha aumentado o índice de reincidência de gravidezes na adolescência. A menina engravida de novo porque considera fácil cuidar de um bebê, que está longe de ser verdade. Só é fácil se alguém o fizer por ela. A mãe adolescente que tem sob sua responsabilidade cuidar da criança, no momento em que for rever os planos para o futuro (se existem obstáculos sem filhos, imagine com eles), vai pensar duas vezes antes de engravidar de novo. 
	Considerando a experiência extraída nos consultórios, adolescentes de melhor nível socioeconômico, em geral, optam por interromper a gestação e os garotos acabam concordando com elas, já que a gravidez precoce iria atrapalhar os planos de ambos para o futuro.
	
ALGUNS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
	Muitos são os métodos usados para prevenir gravidez indesejada e também doenças. Vamos citar aqui os mais usados e conhecidos:
Planejamento familiar: é um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez indesejada. Todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos informativos e educacionais que assegurem essa prática; 
Preservativo Feminino: Um pouco parecido com o masculino, onde a mulher coloca dentro da vagina criando uma barreira entre o esperma e o caminho;
Contraceptivos de emergência ou pílulas do “dia seguinte” (não disponível na rede do SUS). Tem um enorme número de eficácia quando usado conforme a indicação, mas não previne doenças. Não é um método que se pode usar frequentemente;
Pílulas anticoncepcionais: são pílulas que tem que serem tomadas diariamente no mesmo horário e com uma pausa semanal para que ocorra o fluxo sanguíneo. Existem hoje no mercado as pílulas de uso intermitente, sem a necessidade de pausas;
Camisinha masculina: muito conhecida para a prevenção de doenças, mas muito pouco como prevenção de uma gravidez indesejada.
Segundo Daddorian (2007) nos dias atuais nos quais os adolescentes tem acesso a todo tipo de informação, através da mídia, revistas, internet não se pode dizer que a gravidez nessa fase seja reflexo da falta de conhecimentos sobre métodos contraceptivos.
ABORTO
	O aborto é a interrupção da gravidez, que pode ser espontâneo ou induzido, quando não se desenvolve naturalmente ou por problemas da mulher. No Brasil a legislação permite que o aborto seja realizado apenas em caso de estupro, risco à vida da mãe ou anencefalia.
	Vale ressaltar que, no Brasil onde o aborto é considerado crime os índices de óbitos de gestantes ocorrem com frequência nas clínicas clandestinas sem a menor condição de realizarem o procedimento, tanto quanto medicamentos abortivos que acabam por colocar cada vez mais a vida de adolescentes e mulheres em geral na linha de risco. Enquanto que, nos países no qual o aborto é legalizado houve uma queda substancial de abortos e óbitos de gestantes. No entanto, as mulheres que possuem melhores condições financeiras, ainda que corram riscos, podem recorrer à clinicas particulares onde os procedimentos são realizados com mais segurança. O aborto envolve questões morais, éticas, religiosas e outras que tornam o assunto muito complexo e polêmico. É muito importante saber dos riscos que representa para a saúde da mulher e das consequências que isso pode trazer para o resto da sua vida. Sendo que o estudo global chega à conclusão que a criminalização do aborto não é a solução para a diminuição da prática, mas sim políticas públicas de planejamento familiar, acesso à saúde e informação.
	
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NESSE CONTEXTO	
	Na contradição da sociedade capitalista, a riqueza é produzida pela maior parte da população, mas é apropriada por uma pequena parte expressando uma distribuição desigual da riqueza marcada por uma sociedade dividida em classes. Divisão na qual estão presentes a exploração, a dominação, e a exclusão dos sujeitos sociais, que demonstram a construção e manutenção de subalternidade de alguns sujeitos. Nesta relação às contradições das desigualdades sociais são naturalizadas, como que sendo uma parte da característica humana, e não como algo que foi construído social e culturalmente pela sociedade capitalista. (FERREIRA, 2010)
De acordo com Iamamoto (1998, p.27):
	Nesta sociedade as famílias que vivem em condição de vulnerabilidade social têm dificuldades no acesso a vários tipos de serviços como saúde, educação, trabalho, dentre outros que prejudicam ainda mais sua condição. Neste contexto insere-se o trabalho do assistente social, que tem sua intervenção situada nas várias expressões da questão social. Expressõesnas áreas da família, saúde, habitação, assistência social pública, etc. 
		Cabe aos profissionais, responsáveis pela formulação de políticas públicas dentre os quais estão os assistentes sociais, considerarem essas realidades, a fim de possam intervir diretamente nas questões que mais expressam os motivos pelos quais, ainda hoje, nessa sociedade da informatização muitas adolescentes ficam grávidas por desejarem ou não, mais na maioria das vezes sem um planejamento.
		Segundo Iamamoto, (1988), o assistente social precisa garantir uma sintonia do Serviço Social com os tempos atuais, rompendo com a visão focalizada, presa nos limites profissionais e institucionais. Além de ter que desenvolver a capacidade de decifrar a realidade, construindo intervenções criativas para efetivar direitos, de modo que seja propositivo e não somente executivo. Mas, para que isso aconteça, e até mesmo o mercado de trabalho demanda isto, o profissional de Serviço Social, além de executor, precisa trabalhar na formulação e gestão de políticas públicas e sociais.
		Nós enquanto estudantes do Serviço Social e futuros profissionais, comprometidos com o projeto ético politico, devemos estar sempre atentos a esse conjunto de realidades, entendendo seus significados de forma a criar políticas públicas adequadas que atenuem essas desigualdades sociais e justifiquem a nossa luta. 
 
	LEIS IMPORTANTES
Lei do Planejamento Familiar
	A Lei sobre o planejamento familiar, nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, regula o inciso 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.
CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Art. 1º - O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto nesta Lei.
Art. 2º - Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como um conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
Art. 3º - O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde.
Art. 4º O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.
Art. 5º - É dever do Estado, através do Sistema Único de Saúde, em associação, no que couber, às instâncias componentes do sistema educacional, promover condições e recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem o livre exercício do planejamento familiar.
Art. 6º - As ações de planejamento familiar serão exercidas pelas instituições públicas e privadas, filantrópicas ou não, nos termos desta Lei e das normas de funcionamento e mecanismos de fiscalização estabelecidos pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde.
	No total são 25 artigos, onde citamos aqui os de mais importância.
Lei do Aborto
Aborto é crime no Brasil, sendo previsto nos artigos 124 a 127 do Código Penal. As penalidades são relativas:
A gestante que decide abortar (1 a 3 anos);
A quem realiza o aborto (3 a 10 anos);
Ou a quem leva uma gestante, considerada incapaz, a abortar (3 a 10 anos).
 O artigo 128 apresenta as exceções que são aceitas. Em caso de estupro, quando a mulher denuncia na polícia e faz exame de corpo delito; e nos casos de indicação médica, quando a gravidez traz risco de vida para a mulher (aborto terapêutico).
	Há possibilidade de interromper a gravidez também quando o feto não tem condições de sobreviver, ou seja, se o cérebro não se desenvolve, condição chamada anencefalia.
CONCLUSÃO
	Em suma, o mundo moderno, sobretudo no decorrer do século vinte e início do século vinte e um vem passando por inúmeras transformações nos mais diversos campos: econômico, político, social.
	Essa situação favoreceu o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de informações e liberdade recebida por esses jovens os levam a banalização de assuntos como o sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência. A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões problemáticas. As escolas e os sistemas de educação estão muito mais preocupados em dar conta das matérias cobradas no vestibular, como: física, química, português, matemática, etc., do que em discutir questões de cunho social. Dessa forma, temas como sexualidade, gravidez, drogas, entre outros, ficam restritos, quase sempre, aos projetos, feiras de ciência, semanas temáticas, entre outras ações pontuais. Os governos, por sua vez, também se limitam as campanhas esporádicas. Ainda sim, em geral essas campanhas não primam pela conscientização, mais apenas pela informação a respeito de métodos contraceptivos. Diante dessa realidade o número de pais e mães adolescentes cresce a cada dia. Além disso, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Lei nº 9.263 de 1996, art. 227 refere ao amparo à criança e o adolescente da seguinte forma:
	“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta propriedade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda negligência, discriminação, exploração, violência e opressão.”
	 
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Rayanne Lima Dantas de, et al. Gravidez na adolescência: consequências voltadas para a mulher. INTESA, Pombal – PB, 2015. V. 9, nº 1, p. 15-22. Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/3189-9921-1-PB%20(1).pdf. Acesso em maio de 2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 498 p. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em maio de 2018.
GONZAGA, Andrea Dalila. Gravidez na adolescência: reflexo da falta de orientação? Um debate a cerca das informações prestadas. Disponível em:
Tcc.bu.ufsc.br>Sscocial303738. Acesso em maio de 2018.
LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2011/09/planejamento-familiar. Acesso em maio de 2018.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS. Disponível em: https://www.vivasuavida.com.br/pt/metodos-contraceptivos/contraceptivos-curta-duracao/camisinha-masculina/. Acesso em maio de 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informações sobre gravidez na adolescência. Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Desktop/Gravidez%20na%20adolesc%C3%AAncia/Informa%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20Gravidez%20na%20Adolesc%C3%AAncia.html. Acesso em maio de 2018.
VARELLA, Drauzio. Gravidez na adolescência. Entrevista com a Dra. Adriana Lippi Waissman. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br//entrevistas-2/gravidez-na-adolescencia-2/. Acesso em maio de 2018.

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