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SOCIEDADE PIAUIENSE DE ENSINO SUPERIOR
INSTITUTO CAMILLO FILHO
CURSO: SERVIÇO SOCIAL
CLEUMAR ALVES DA SILVA PEREIRA
QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA: atuação da Estratégia Saúde da Família do bairro Satélite em Teresina - PI
TERESINA 
2010
CLEUMAR ALVES DA SILVA PEREIRA
QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA: atuação da Estratégia Saúde da Família do bairro Satélite em Teresina – PI
Monografia apresentada ao Curso de Serviço Social do Instituto Camilo Filho, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social, sob orientação da Profa. Esp. Mayra Soares Veloso.
Teresina
2010
CLEUMAR ALVES DA SILVA PEREIRA
QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA: atuação da estratégia saúde da família do bairro satélite em Teresina – PI
Monografia defendida no dia __/__ de 2011 e aprovada nessa mesma data por Banca Examinadora constituída pelo Curso de Serviço Social do Instituto Camillo Filho. 
BANCA EXAMINADORA
Profa. Esp. Mayra Soares Veloso
Presidente
Profa. Esp. Teresa Cristina Moura Costa
Profa. Esp. Francisca das Chagas Melo
Dedico a Deus, por estar comigo em todos os momentos. Aos meus pais, irmãos, sobrinho, cunhadas, e a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, pela força concedida a cada momento. A minha mãe, Tomásia Alves e meu pai, Manoel Gomes, pela oportunidade de fazer parte deste mundo como sua filha e por terem acompanhado todos os meus passos e acreditarem que eu conseguiria e pela compreensão de minha ausência durante o curso. 
Ao meu namorado Júnior, por acreditar em meu potencial, pelo incentivo e o apoio em todos os momentos durante o curso. As minhas cunhadas, Elizete e Raiane e meu sobrinho Marcos, que sempre me incentivaram para continuar.
Aos meus amigos de trabalho e vizinhos, que de alguma forma acreditaram em mim e, assim, eu pude chegar ao final desta jornada.
Aos professores do curso, que ministraram disciplina, aumentando assim meus conhecimentos. 
A minha orientadora, professora Mayra. 
A Minha turma, e em especial, a Josélia, pelo apoio recebido diariamente. Aos idosos, onde foi realizada a pesquisa de campo e pela a disponibilidade de cada um. Enfim, a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para que este curso se tornasse uma realidade. 
 
 
 
A juventude é o momento de estudar a sabedoria; a velhice é o momento de praticá-la.
			Jean Jaques Rousseau
LISTA DE SIGLAS
ACD
Auxiliar de Consultório Dentário
ACS
Agente Comunitário de Saúde
DIA
Diabetes Melittus
ESF
Estratégia Saúde da Família
FMS
Fundação Municipal de Saúde
 
HA
Hipertensão Arterial 
LOAS
Lei Orgânica da Assistência Social 
MC
Micro - Área 
MS
Ministério da Saúde
OMS
Organização Mundial de Saúde
PA
Pressão Arterial
PACS
Programa Agente Comunitário de Saúde
PMT
Prefeitura Municipal de Saúde
PNS
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
PNI
Política Nacional do Idoso
PSF
Programa Saúde da Família
SUAS
Sistema Único de Assistência Social 
SUS
Sistema Único de Saúde
SUDS
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde
UBS
Unidade Básica de Saúde
 
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 
Distribuição das Pessoas Idosas quanto a
Faixa Etária 46
GRÁFICO 2 
Distribuição das Pessoas Idosas quanto ao
Estado Civil 47
GRÁFICO3 
Distribuição das Pessoas Idosas quanto a
Escolaridade 48
GRÁFICO 4
Distribuição das Pessoas Idosas quanto ao Sexo 49
GRÁFICO 5
Distribuição das Pessoas Idosas quanto a Realização
de atividades 50
GRÁFICO 6
Distribuição das Pessoas Idosas quanto aos Problemas 
de Saúde 51
 
RESUMO
O estudo realizado, intitulado “Qualidade de Vida da Pessoa Idosa: atuação da Estratégia Saúde da Família do bairro Satélite em Teresina-PI”. Que tem como objetivo: A atuação da Estratégia Saúde da Família trazida às pessoas idosas para que se tenha qualidade de vida. A amostra foi composta por dez idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do bairro Satélite em Teresina-PI. Utilizou-se como referencial teórico: Moragas (1997), Negreiros (2003), Weber (2006). Realizou-se na coleta de dados perguntas abertas junto às pessoas idosas seguido de observação, sendo a entrevista realizada no domicílio de cada idoso acompanhado pelo Agente Comunitário de Saúde. O estudo consistiu numa pesquisa de campo e bibliográfica. Como resultado do estudo constatou-se que a Estratégia Saúde da Família proporciona às pessoas idosas que fazem acompanhamento de Hipertensão e Diabetes ao envelhecimento saudável e qualidade de vida como: orientação de uma alimentação saudável, estar envolvido em atividades físicas, sempre incentivando a ir às consultas mensais, além de tomar a medicação regulamente para o controle dessas doenças. Sendo o elo entre a população e a equipe o Agente Comunitário de Saúde. E as pessoas que não fazem parte desse grupo são menos acompanhadas, sendo que a equipe deve organizar suas ações com essa parte da população, para que também tenham qualidade de vida. 
Palavras chave: Pessoa idosa. Estratégia Saúde da Família. Qualidade de vida.
ABSTRACT
The study, entitled “Quality of Life of the Elderly: the role of the Family Health Strategy in the neighborhood Satellite Teresina PI. Which aims: The atuaction of the Family Strategy Health brought the elderly in order to have quality of life. The sample was composed often elderly enrolled in the district Satellite Teresina PI. It was used as a theoretical: Moragas (1997), Negreiros (2003), Weber (2006). Held in data collection with open question for the elderly followed by observation, and the interview conducted at the domicile of each sênior accompanied by Agent Communytie of Health. The result was a methodological fiel research and literature. As a resulto of the study concluded tha the Family Health Strategy provides the elderly Who make up the Hipertension and Diabetes and to health aging and quality of life as guidance for a healthy diet, being involved in physical activities, always encouraging to go to monthly visits Beside staking the medication regularly to control these diseases. Being the link between population and the Agent Communytarie of Health team. And people Who are not parto f that group are less monitored, and the team should organize their actions with this population, that we have quality of life.
Keywords: Elder. Family Health Strategy. Quality of life.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	 					 	 	 12
1- ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL COM QUALIDADE DE VIDA			 15
ENVELHECIMENTO: características gerais					 15
ENTENDIMENTO ACERCA DA QUALIDADE DE VIDA				 21
A CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA E A ALIMENTAÇÃO PARASE TER QUALIDADE DE VIDA E UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL		 24
 
2 - POLÍTICAS PÚBLICAS QUE ASSEGURA O DIREITO DA PESSOA 
IDOSA 			 29
2.1 AS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS A PESSOA IDOSA 	 29
2.2 A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: características gerais 	 35
3 - QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS IDOSAS: atuação da 
esf do bairro Satélite em Teresina - pi 41
3.1 INSTITUIÇÃO PESQUISADA 41
3.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS NA ESF AS PESSOAS IDOSAS 42
3.3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 44
3.4 IDOSOS QUE PARTICIPAM DA ESF DA EQUIPE 102 MC 04 NO 
BAIRRO SATÉLITE ZONA LESTE TERESINA PI 46
CONCLUSÃO 56
REFERÊNCIAS 58
APÊNDICES 61
ANEXOS 64
INTRODUÇÃO
Ao iniciar este estudo, observou-se em leituras realizadas o aumento da população mundial e a expectativa de vida das pessoas, isso devido a vários fatores, como a melhoria no sistema de saúde, condições sanitárias, ambientais, progresso tecnológicos e o auxilio da medicina preventiva. É importante enfatizar que há busca pelo o envelhecimento saudável e que deve fazer parte do curso de vida das pessoas em todas as faixas etárias para que se tenha um envelhecimento com qualidade de vida. 
A escolha do tema do estudo está relacionada à identificação da pesquisadora, em interesses pessoais, profissionais e acadêmicos. E conhecer os direitos da pessoa idosa para que se viva com qualidade de vida assistida pela Estratégia Saúde da Família. O tema escolhido foi sobre qualidade de vida das pessoas idosas e a atuação da Estratégia Saúde da Família do bairro Satélite em Teresina-PI. 
Paralelo ao estudo de campo realizou-se um estudo bibliográfico que permitiu a cobertura mais ampla do fenômeno pesquisado, tal interesse fez especificar um pensamento, o de conhecer a velhice com qualidade de vida como é denominado por alguns autores. Utilizou-se como referencial teórico, Mendes (1994), Moragas (1997), Negreiros (2003), Néri (2004) Neto (2006), dentre outros. 
O processo do envelhecimento será abordado de forma a contribuir para um melhor entendimento deste estudo. Buscando mostrar a importância da atuação que a Estratégia Saúde da Família-ESF possibilita a pessoa idosa a ter muitos anos de vida com mais saúde e assim conquistando qualidade de vida. Como objetivo deste estudo analisar qual a atuação da ESF para que a pessoa idosa tenha qualidade de vida e observar o grau de satisfação da pessoa idosa assistida pelo mesmo. 
Espera-se que todas as pessoas que são acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família da área 102, micro-área 04 do bairro Satélite em Teresina-PI, se esses profissionais atuam para que as pessoas idosas tenham qualidade de vida e vivam com mais satisfação e saúde.
Este estudo é baseado em uma pesquisa qualitativa que avalia os resultados individuais dos participantes, desenvolvida com idosos que são acompanhados pela ESF, no Bairro Satélite na cidade de Teresina-PI. A amostra escolhida foi pelo critério de intencionalidade que é a escolha de indivíduos que tem características relevantes para a pesquisa como: ter idade igual ou superior a sessenta anos, ser cadastrada pela equipe a mais de cinco anos e freqüentar a ESF pelo menos duas vezes ao ano e ser lúcido.
Foram entrevistados dez idosos sendo oito do sexo feminino e dois do sexo masculino, onde foram abordados na Unidade Básica de Saúde na equipe 102 mc 04 no Bairro Satélite zona leste de Teresina-PI, que acontecia uma reunião com os idosos de Hipertensão-HA e Diabetes-DIA e alguns observadores. O local da pesquisa se realizou no próprio domicilio das pessoas idosas durante o primeiro semestre do ano de 2010. 
Considerando o desejo de participar ficou marcado a visita domiciliar acompanhado pelo Agente Comunitário de Saúde-ACS, podendo recusar-se a qualquer momento e que as informações compartilhadas ficariam em sigilo, assim como suas identidades que utilizamos as letras do alfabeto para denominá-los, para que não ocorresse nenhum tipo de desgaste ou dano a eles.
Na coleta dos dados utilizou-se entrevista com perguntas abertas que duraram em média de 20 a 30 minutos, considerando respeitar os entrevistados, observando sua condição de desenvolvimento e sua disposição para realização da mesma. Sendo individual junto ao idoso, onde possibilitou o sujeito a oportunidade de se pronunciar sobre a temática em questão. E a observação que a pesquisadora julgou necessária durante e/ou após a entrevista.
Antes de aplicar o instrumento proposto foi apresentado, lido, explicado e posteriormente assinado pelos mesmos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que considera os aspectos éticos presentes na resolução n. 196/96 (Brasil, 1996), que normatiza a pesquisa em seres humanos. 
 Após a identificação das pessoas idosas que se constituíram como sujeito da pesquisa, elaborou-se o questionário contendo o nome com as iniciais, a idade, o grau de escolaridade, o estado civil, e o roteiro de perguntas a serem respondidos durante a entrevista. Este material constituía a identificação das pessoas idosas. Anexo a esta identificação estava o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual o sujeito autorizou a entrevista e a utilização de trechos da mesma de acordo com a vontade da pesquisadora.
Vale ressaltar que também foram explicados todos os passos da pesquisa, desde a identificação da pesquisadora, até a metodologia a ser utilizada, para que não houvesse dúvidas quanto à idoneidade desta. A forma que foi realizada cada entrevista foi de total escolha do sujeito, tendo a mesmo, liberdade para responder ou não às perguntas a eles direcionadas.
Para melhor compreensão do estudo, esse se encontra dividido em 3 (três) partes: capitulo 1, 2 e 3.
O capitulo 1 faz uma abordagem sobre o envelhecimento saudável com qualidade de vida, que aproxima ainda mais as pessoas de uma longevidade, com satisfação, discorrem também, sobre as características gerais desse processo, como sendo algo conseqüente de cuidados de toda uma vida. E esclarecendo pontos acerca do entendimento da qualidade de vida e a contribuição da atividade física e a alimentação para se ter qualidade de vida e um envelhecimento saudável. 
 O capitulo 2 discorre sobre políticas públicas que asseguram o direito da pessoa idosa ao envelhecimento saudável de atenção a este segmento social. E discorre sobre Estratégia Saúde da Família que assiste a pessoa idosa para que se tenha qualidade de vida e suas características gerais. 
 O capitulo 3 trata sobre a qualidade de vida das pessoas idosas e a atuação da Estratégia Saúde da Família do bairro satélite em Teresina-PI; instituição pesquisada; ações desenvolvidas na ESF as pessoas idosas; estrutura e funcionamento da Unidade de Saúde e a analise dos dados da pesquisa com os idosos da Estratégia Saúde da Família da equipe102 mc 04 no Bairro Satélite zona Leste de Teresina-PI. 
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1 - ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL COM QUALIDADE DE VIDA
ENVELHECIMENTO: características gerais
 Fonte: www.google.com.br/fotos+de+idosos
O envelhecimento é um processo na vida de todos os seres vivos, assim analisa-se sobre as características gerais do envelhecimento, como a cada dia vem aumentandoessa população e as concepções do envelhecer, sendo algo conseqüente de cuidados de toda uma vida. Atualmente, o tema envelhecimento é discutido de forma global, e em todas as suas dimensões, como a longevidade e qualidade de vida, entre outros, para que se possa obter uma melhor compreensão sobre este tema.
A cada ano, o aumento acelerado da população idosa vem crescendo e este fenômeno é mundial, o que vem contribuindo para esse aumento pode-se citar a redução da mortalidade infantil e as taxas de fertilidade, ou seja, as pessoas estão vivendo mais e sua esperança de vida aumentou e as mulheres estão tendo um menor número de filhos. Segundo Moragas (1997), os estudos demográficos previam a população aumentando significativamente com a diminuição da mortalidade e da fecundidade. 
Esse aumento da população se dá devido a diversas mudanças nos hábitos de vida como tendo cuidado com a melhoria nutricional, condições sanitárias, moradia, ambiente e a introdução de novas tecnologias na área dos cuidados médicos e outras, tornaram possível o prolongamento da esperança de vida da maior parte dos indivíduos e, conseqüentemente, levaram ao aumento absoluto do número de idoso na população. 
Apresentam-se segundo o (IBGE, 2000), que a expectativa de vida das pessoas, em 2025, crescerá seis vezes, sendo que a população de 60 anos aumentará 15 vezes mais e há previsões de que o Brasil ocupará em breve a sexta população do mundo em idosos. Ao mesmo tempo em que isso acontece, diferentes profissionais tem sido atraídos a estudar e pesquisar esta nova fase de vida e sua melhor forma de viver, buscando novas alternativas de compreensão deste tema. Como afirma Moragas (1997, p. 21):
Proporção de pessoas idosas em relação ao total da população atinge, atualmente, níveis superiores aos de qualquer outra época da história. Esta tendência é única em nossa época, e os peritos concordam que o número de pessoas idosas sobre o total da população crescerá em todos os países do mundo, considerando-se as melhorias no nível de vida e a redução na taxa de natalidade.
O envelhecimento é a terceira fase da vida em que normalmente todos os seres humanos devem chegar. Embora, as características do envelhecimento variem de pessoa para pessoa, um dos primeiros sinais da terceira idade aparece no corpo com as seguintes mudanças: pele enrugada, cabelos brancos, andar lento, cansaço, falta de energia, perda da capacidade visual e outros. O processo de envelhecer se inicia com o nascimento e termina com a morte. Nesse sentido, Netto (2005, p.44), conceitua o envelhecimento como:
Um processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, que determinam perda progressiva da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior incidência de processos patológicos, que determinam por levá-lo à morte.
Existem várias concepções sobre o envelhecimento que se caracteriza como uma fase de quem se tem muitas experiências ou que estar degradado, é a pessoa que todos devem ter respeito e que entra na aposentadoria. É a fase em que se perdem capacidades. Negreiros (2003, p.18) aponta algumas concepções:
A 1ª concepção sobre o envelhecimento é de um ancião respeitável advindo dos raros patriarcas com experiências acumuladas e valorizada. 2ª é de um velho caracterizando tudo que estar gasto. 3ª é o idoso significando pleno da idade, termo mais respeitoso, destinado em geral às camadas mais ricas da população. 4ª é a terceira idade a partir da noção de produção: a primeira etapa compreendendo a fase de preparação, a segunda de produtividade e a terceira de aposentadoria. 5º é a quarta idade a partir do que se associa a tradicional imagem de decadência e perda de capacidade física e psicossocial.
 A compreensão da velhice na sociedade implica em reconhecimento da sua dimensão histórica, cultural e social de forma que a representação social da pessoa idosa modificou-se ao longo do tempo. De acordo com o pensamento de Negreiros (2003), existem várias concepções sobre o envelhecimento das pessoas como já foi dito anteriormente. 
 No Brasil é caracterizada a terceira idade, a partir dos 60 anos ou mais, quando foi aprovada na Lei de n°8.842/94, que estabelece a Política Nacional do Idoso e define, no artigo segundo, a idade de 60 anos como início da terceira idade. 
 	 Na terceira idade, as pessoas ficam mais vulneráveis a ter doenças é a fase mais difícil para recuperação, porque todo o organismo está frágil, segundo Paschoal (2004, p. 113):
Os estudos sobre o envelhecimento mostram que a saúde na velhice depende muito de hábitos de vida saudáveis e de cuidados que a pessoa recebe ao longo de toda vida, a partir da infância e até mesmo antes de nascer. Esses estudos permitem afirmar que a velhice não é doença. No entanto, sabemos também, que as pessoas idosas são, em geral, mais vulneráveis, isto é, ficam mais sujeitas a adoecer e, quando adoecem, demoram mais a sarar.
	 Durante toda a vida, até chegar à terceira idade, as pessoas acabam por envelhecer precocemente, como se alimentando mal, consumindo gordura saturada, alimentos ricos em radicais livres, excesso de sal, fumo e bebida alcoólica, a falta de exercícios físicos, estresse, genética dentre outros. Quando esses fatores são praticados durante toda vida, retarda o processo de longevidade e não alcança um envelhecimento saudável.
Esse fenômeno do envelhecimento coloca várias dificuldades para a sociedade e o governo. Esse aumento vem acontecendo progressivamente no Brasil e não se projetou adequadamente para atender às necessidades dessa população que tanto cresce. O envelhecimento ainda é tratado muitas vezes, como um problema. 
Um ponto essencial a ser realizado seria a acessibilidade em todos os espaços que até o momento, ainda está muito precário; preparar os profissionais para receber esses novos sujeitos; pesquisar e estudar uma nova compreensão desta nova fase de vida, buscando um caminho novo na tentativa de oferecer oportunidade de trabalho, para que o mesmo se sinta importante e tenha uma ocupação, e que os serviços de saúde tenham mais qualidade e competência para o tratamento desta faixa etária. Com certeza, eles se tornariam mais independentes e se sentiriam atores importantes na sociedade. Minayo (2004, p. 28), ressalta a necessidade de se rever:
 - o período adotado até hoje para definir a inserção das pessoas nas atividades produtivas; 
- a organização dos serviços de saúde para que passe a contemplar em seu planejamento e práticas as necessidades específicas deste grupo;
- a formação de pessoas para lidar com as necessidades próprias desta população;
- a organização dos espaços, dos equipamentos e dos materiais dentro das moradias familiares, nas instituições sociais e nas ruas, para que os idosos possam viver protegidos, minimizando-se os riscos evitáveis de quedas e de outros agravos.
O envelhecimento é um processo complexo de mudanças ao longo da vida, é único para cada indivíduo. As pessoas idosas são como uma categoria independente do restante da sociedade, como um grupo que possui características próprias e é considerado como uma fase que afeta apenas uma parte da população. Alguns autores levam em consideração que inúmeros fatores podem influenciar o processo de envelhecimento. Beauvoir (1990, p.39) diz que: 
A velhice é multidimensional, não bastando, portanto, descrever de maneira analítica os diversos aspectos da velhice, o biológico, sócio econômico, o cultural, dentre outros e é afetado por eles, é no movimento indefinido desta circularidade que é preciso apreendê-la.
 	 O envelhecimento é uma fase de novas descobertas para as pessoas, pois ao chegar aos sessenta anos, quando é considerado idoso, ele já não se encontra comoanteriormente na juventude. Sua experiência adquirida durante anos lhe assegura uma maior conscientização de suas capacidades. O envelhecimento é único para cada indivíduo, que possui características próprias, segundo Moragas (1997, p. 17) existem três concepções de velhice:
 - velhice cronológica: é aquela em que o indivíduo atinge seus 65 anos de idade, fundamenta-se na velhice do organismo de cada um, é baseado nas idades tradicionais para a aposentadoria. A desvantagem desta concepção é quando se é comprovado os impactos diferentes do envelhecimento em cada pessoa.
 	 - velhice funcional: corresponde à tradicional relação de velhice e limitações. Este já é um conceito ultrapassado, pois o velho não mais representa a imagem de incapacidade que era implantado a tempo atrás. As barreiras que são implantadas aos idosos ainda hoje, são frutos de mitos sobre a velhice e não de deficiências reais que os velhos tenham.
 - velhice, como etapa vital: é a etapa de vida em que só se diferencia das outras, infância ou adolescência, por limitações objetivas e externas. Esta concepção é a que se equipara com a realidade nos dias de hoje.
O envelhecimento é único e heterogêneo para cada indivíduo, embora esse processo seja conseqüência natural da vida e que não pode evitá-la. O que se pode fazer é que o idoso possa viver nas melhores condições possíveis. 
Há, ainda, uma diferença significativa referente à expectativa de vida entre homens e mulheres. Esta diferença explica a chamada feminização da velhice no Brasil. O aumento da expectativa de vida evidencia novos índices entre os sexos, sendo distinto para homens e mulheres pelo fato da população feminina apresentar maior longevidade de que o masculino. 
 Estudos mostram que as mulheres vivem mais que os homens porque se consultam e fazem exames regularmente, fazem dieta adequada, cuidam de sua saúde fumam e bebem menos que os homens, e no trânsito onde acontecem muitas mortes, as mulheres são mais cuidadosas. São esses acontecimentos que fazem com que os homens percam sua vida mais cedo do que as mulheres segundo Berquó (1996, p.12):
Desde 1950 as mulheres têm correspondido maior esperança de vida ao nascer, ou seja, lhes tem cabido um maior número de anos por viver. Em 1980, enquanto era de 59 anos a esperança de vida para os homens, às mulheres correspondia 65 anos, ou seja, chance de viver 6 anos a mais do que os homens. Em 1991, esta diferença cresceu para 7 anos. Projeção para 2010 e 2020 mantém uma diferença em torno de 6 anos. 
	 As mulheres são dependentes e procuram os serviços de saúde com maior frequência, porque se consultam regularmente, ao contrário dos homens, que só procuram os serviços de saúde quando a situação já estiver bem séria. De acordo com Gama (2006, p. 80):
As mulheres são as maiores usuárias dos serviços de saúde, bem como compõem a maior parte dos trabalhadores do sistema, entretanto, elas ainda estão pouco representadas nos processos de decisão e de formulação de políticas públicas de saúde.
É importante lembrar que todas as pessoas envelhecem e sentem a falta de recursos e os cuidados de promoção, prevenção e de tratamento da saúde. Cabe a todos lutar para que se torne diferente o dia de amanhã.
As atividades desenvolvidas pelas pessoas idosas precisam ter mais significado vital, dependendo das condições financeiras e psicológicas de cada um. Viver mais é uma aspiração natural de qualquer sociedade, no entanto, é importante que se consiga agregar qualidade de vida há estes anos a mais. 
Segundo Lobato (2006, p.135), “a preocupação com as pessoas de mais idade tem levado profissionais de várias áreas como: enfermeiro, médico, psicólogo, assistente social e outros, a buscarem capacitação para o trabalho com as pessoas idosas”. 
Com estas capacitações, os profissionais e as pessoas idosas só têm a ganhar, já que esse fenômeno do envelhecimento aumenta a cada dia, precisa-se de mais conhecimento para o tratamento e o reconhecimento das pessoas idosas para que a mesma viva melhor e com qualidade de vida.
ENTENDIMENTO ACERCA DA QUALIDADE DE VIDA
 Fonte: www.google.com.br/imagens
Nos últimos anos, o debate do conceito de qualidade de vida é amplo e de acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS (1991), qualidade de vida na terceira idade, pode ser definida como a manutenção da saúde em maior nível possível, em todos os aspectos da vida humana: física, social, psíquica e espiritual. Qualidade de vida não significa apenas que o indivíduo ou grupo social tenha saúde física e mental, mas que esteja bem consigo mesmo e com a vida, com as pessoas que o cercam, por exemplo, a família e os amigos.
Antes, as pessoas não tinham a preocupação de cuidar de seu próprio corpo, e terminavam morrendo mais cedo e atualmente a expectativa de vida está bem mais alta. Hoje as pessoas estão envelhecendo com mais qualidade de vida que é o somatório de todo um processo de auto cuidado com a saúde, alimentação, higiene, dentre outros, que deve iniciar desde o nascimento até a velhice, começam a se cuidar ainda jovens, com cuidados com a alimentação sem excesso de sal, açúcar, gordura e de estar sempre praticando atividades físicas. Segundo Pacheco (2006, p.367), “envelhecer com saúde e manutenção da satisfação e qualidade de vida é uma meta entre aqueles que alcançam maior longevidade”.
Na atualidade, tem se fortalecido o desejo pelo corpo saudável, convívio social e manutenção da produtividade de cada indivíduo. É por essa necessidade de manutenção de si mesmo que se observam algumas mudanças no comportamento das pessoas idosas. A busca por um envelhecimento saudável, onde eles encontram sua própria beleza e saúde física social e mental. 
É nesse contexto que vale a pena ressaltar que programas foram e estão sendo criados para resgatar a dignidade do idoso, reduzir os problemas da solidão, quebrar os estereótipos e os preconceitos. Trata-se de valorizar o cidadão de mais idade, criando espaço para o treinamento do exercício da cidadania. 
O conceito para que se viva saudável é quando se vive muitos anos de vida com a ausência de doenças, por isso, um dos principais fatores para se ter qualidade de vida é ter saúde, para que assim, o idoso possa manter um bom equilíbrio físico e psicológico que segundo Veras (2003, p. 8), “o conceito de expectativa de vida saudável é usado para definir a média do número de anos que a pessoa é capaz de viver livre de doença”.
A pessoa idosa busca através das mudanças, um melhor envelhecer, ou seja, uma velhice saudável e com qualidade de vida. Abrangendo aspectos fundamentais, como o nível socioeconômico, o estilo de vida, o auto cuidado, o estado de saúde, a atividade intelectual, a atividade diária e em especial, no meio onde vive. De acordo com Paschoal (2004, p. 149), qualidade de vida é: 
A percepção de bem estar de uma pessoa que deriva de sua avaliação do quanto realizo tudo aquilo que idealiza como importante para uma boa vida e de seu grau de satisfação com que foi possível concretizar até aquele momento.
O sentimento de realização pode ser, em especial nas pessoas idosas, considerado como fator relevante ao contexto de qualidade de vida, especialmente ao idoso, pois este se percebe realizado e completo. Sabe-se que o conceito qualidade de vida está relacionado com o bem estar e a autoestima. 
Vale ressaltar que a velhice não torna o ser humano menos ou mais importante que os demais cidadãos. A falta de respeito aos direitos humanos e sociais no Brasil, colocam os idosos numa posição crítica tendo que ter mais cuidados nesta faixa etária de vida. 
Para que as pessoas da terceira idade tenham qualidade de vida é necessário em primeiro lugar, que a mesma aceite e encare que já é idosa, que ela aceite suas perdas e limitações, que deve cuidar mais ainda de sua saúde para que viva melhor e tenha maior expectativa de vida. 
O estilo de vida maissaudável colabora muito com um envelhecimento ativo, assim, também como uma alimentação saudável, uma boa noite de sono e, principalmente, realizar atividade física regularmente que pode ser caminhada, musculação, natação ou dança, mas sempre acompanhado de um profissional. 
Outro ponto importante para que se tenha qualidade de vida é o desenvolvimento de bons hábitos de higiene que inclui banhos diários, escovação dos dentes ao acordar e após as refeições, precedida do uso do fio dental, lavar sempre as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, respeitar o corpo em relação aos horários para se alimentar e dormir. Outra contribuição muito importante é o emocional que é um grande aliado para uma longevidade saudável. 
Existe indicadores que são apontados como critérios para se conseguir ter qualidade de vida na velhice, mais que ainda não foi possível relacionar o grau de importância de cada um. O que se sabe é que se as pessoas da terceira idade conseguissem realizar esses critérios, com certeza teriam bem estar na velhice. Segundo Neri (2004, p. 10): 
Vários elementos são apontados como determinantes ou indicadores de bem estar na velhice: longevidade; saúde biológica; saúde mental; satisfação; controle cognitivo; competência social; produtividade; atividade; eficácia cognitiva; status social; renda; continuidade de papeis familiares e ocupacionais, e continuidade de relações informais em grupos primários. 
Existem tantos pontos acerca da melhoria na qualidade de vida da pessoa idosa e de sua compreensão com relação ao envelhecimento. Fatores que acabam por ajudar um envelhecimento saudável do indivíduo, com um resultado em destaque maior perante os olhos desses novos idosos mais preocupados em envelhecer com saúde e de forma independente. 
Os benefícios ao idoso ocasionado através da prática regular de exercícios físicos e uma alimentação adequada, contemplam o ser humano em sua globalidade, atendem suas necessidades sociais e psicológicas. A prática dessas atividades é um direito a todos. É sugerida para a pessoa idosa a realização de trinta minutos de atividade física regular, pelo menos três vezes por semana para que assim, se encontre um bom rendimento corporal. 
A CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA E A ALIMENTAÇÃO PARA SE TER QUALIDADE DE VIDA E UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
 Fonte: www.google.com.br/fotos+de+idosos+atividade+física
Para se ter qualidade de vida é importante destacar a prática de atividade física e uma alimentação saudável constitui uns dos principais fatores que contribuem e estimulam uma expectativa de vida alongada, e em condições de exercer todos os papéis que o indivíduo exercia ou gostaria de exercer dentro da sociedade.
Atividade física interage para uma função do organismo do idoso, levantando às seguintes condições: o tempo altera o desempenho físico, mas a prática regular das atividades restringe tal alteração e mesmo que não assegure prolongamento do tempo de vida, garante o aumento do tempo da juventude, oferecendo proteção nas fases subseqüentes da vida. 
A atividade física é citada como componente mais importante para uma boa qualidade de vida. A busca pela vida sexual, pelo prazer, pela saúde e pela satisfação do bem estar pessoal vem crescendo significativamente, e estes benefícios podem ser encontrados na prática da atividade física. Segundo Debert (1997, p.33), são vários os fatores que contribuem para a qualidade de vida na velhice, tais como:
Atividade física freqüente;
2- Visitas regulares ao médico, que são fundamentais para prevenir, diagnosticar e tratar possíveis doenças para que tenha uma melhor qualidade de vida;
Lazer;
Atividade sexual;
Um bom relacionamento familiar;
Alimentação saudável;
Acompanhamento psicoterápico no sentido de uma boa orientação, redução nos exercício para controlar ansiedade e depressão;
Preparo para mudanças, pois esta preparação só acontecerá se os direitos do idoso forem respeitados.
Para a pessoa idosa é importante que ela participe de alguma atividade, seja em casa, fazendo atividades do lar ou atividade física, por exemplo, fazer caminhada ou participar de algum grupo de dança, grupo de convivência e outros, mas deve estar acompanhado de uma pessoa que se sinta segura, seja ela da família ou não. Todas essas atividades ajudam no resgate de autoestima, superação de doenças, recuperação da memória, além de propiciar em novos conhecimentos e do desenvolvimento de novas habilidades. 
Os exercícios regulares aumentam a longevidade, melhorando a energia do indivíduo, sua disposição e saúde de um modo geral. Melhorando também o seu nível intelectual e seu raciocínio, sua velocidade de reação e o seu convívio social, ou seja, seu estilo de vida que é a sua própria qualidade de vida. 
A realização de atividade física trás vários benefícios para as pessoas da terceira idade, tanto biológicos, psicológicos e sociais. Contribui para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento, mas se a pessoa já estiver com alguma patologia, à prática de atividade física orientada por um profissional pode ser importante para controlar a doença, e evitar a sua progressão e reabilitar o idoso. De acordo com Miranda (2002, p.2), a prática regular da atividade física é acompanhada de inúmeros benefícios como:
Melhora da sensibilidade a insulina, levando a um melhor controle glicêmico, que pode prevenir o desenvolvimento de diabetes; (...) o aumento na capacidade física, elasticidade e equilíbrio, diminuindo o risco de quedas; efeitos benéficos sobre a pressão arterial sistêmica e ainda muito importante para os idosos são as evidências de prevenção ou retardo do declínio cognitivo. 
A atividade física deve ser sempre estimulada não só com a terceira idade, mas em todas as idades e vale lembrar que a saúde depende muito do estilo de vida das pessoas. Segundo o Caderno de Atenção Básica (2007, p. 21), “é preciso lembrar que saúde não é apenas uma questão de assistência médica e de acesso a medicamentos. A promoção de estilo de vida saudável é encarada pelo sistema de saúde como uma ação estratégica”.
 Os benefícios da atividade física podem ser observados na tabela a seguir: 
TABELA 2: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA CORPORAL/ATIVIDADE FÍSICA
	- Melhor funcionamento corporal, diminuindo as perdas funcionais, favorecendo a preservação da independência
	- Diminuição da ansiedade, do estresse, melhora do estado de humor e da auto-estima
	- Redução no risco de morte por doenças cardiovasculares
	- Melhora a função intestinal 
	- Melhora do controle da pressão arterial 
	- Melhora de quadros álgicos 
	- Manutenção da densidade mineral óssea, com ossos e articulações mais saudáveis
	- Melhora a resposta imunológica
	- Melhora a postura e o equilíbrio
	- Melhora a qualidade de sono
	- Melhor controle do peso corporal
	- Ampliação do contato social
	- Melhora o perfil lipídico
	- Correlações favoráveis com redução do tabagismo e o abuso de álcool e drogas 
	- Melhor utilização da glicose
	- Melhora a enfermidade venosa periférica
Fonte: Brasil, Ministério da Saúde (2007).
As pessoas que deixam de ser sedentárias melhoram muito a saúde e a qualidade de vida. Todas as pessoas devem estar sempre praticando algum tipo de atividade física, desde as mais simples até as mais sofisticadas para ter maior prazer em viver mais e melhor com saúde e bem estar. A atividade física regular contribui para a melhoria de todo o sistema circulatório. Antes de começar qualquer atividade física, deve-se procurar um especialista e fazer uma avaliação geral.
A pessoa idosa deve aproveitar seu tempo livre para cuidar mais de si, pois mesmo dispondo de tempo, este continua a se manter com a necessidade de dinamismo e evolução. A pessoa idosa continua a demonstrar sua eficiência de várias formas, participando mais da família, sociabilizando com vizinhos e amigos, praticandoesporte, tudo não apenas em prol de sua saúde física, mas também de sua saúde mental. 
Em relação à alimentação saudável, ela é uma das principais contribuições para se ter um envelhecimento ativo, o Ministério da Saúde vem investindo cada vez mais na divulgação e no desenvolvimento de programas que aproximem crianças e adultos de uma vida mais saudável. 
Tal preocupação fez com que o Ministério da Saúde desenvolvesse e distribuísse um Guia da Alimentação Saudável que foi utilizado como base para outros programas por todo o território brasileiro. Visualizar o “Guia Alimentar Dez Passos para uma Alimentação Saudável”, em anexo. Esses foram adaptados principalmente, para as pessoas da terceira idade, segundo o Ministério da Saúde (2007, p.186).
O Sistema Único de Saúde (SUS) contempla muito bem o fator alimentação. O art. 3° da Lei n° 8.080/90 define que a alimentação constitui um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde da população e no art. 6°, dentre as atribuições estão estabelecidas, como atribuições especificas do SUS, “a vigilância nutricional e orientação alimentar”. 
No processo de envelhecimento, a importância da alimentação é comprovada por estudos epidemiológicos, clínicos e de intervenção, que tem demonstrado a ligação entre o tipo de dieta e o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo, as cardíacas, coronarianas, cérebrovasculares, vários tipos de cânceres, diabetes, cáries dentárias, distúrbios gastrointestinais e várias doenças ósseas e de articulações. 
A importância da alimentação saudável não é apenas para a população idosa, mas para a população de todas as idades, porque serão eles os idosos do futuro que devem ser trabalhados ainda jovens para que se tornem idosos saudáveis e com mais qualidade de vida. Segundo o Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde (2007, p.20):
Os profissionais da Atenção Básica devem dar orientações gerais relacionadas à alimentação da pessoa idosa, em especial nas situações de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade e hipercolesterolêmica dentre outros. 
Percebe-se que se essas orientações fossem realmente realizadas com maior freqüência, principalmente para as pessoas idosas que são portadoras de doenças crônicas, teriam menos complicações em sua saúde, nessa faixa etária e melhor ainda, para as pessoas que não têm essas doenças, pois estariam evitando muitas doenças relacionadas com uma alimentação incorreta. 
Ter uma vida longa e saudável vem se tornando cada vez mais importante para as pessoas idosas em todo o mundo. Temos no Brasil várias Leis e Políticas Públicas que asseguram o direito de envelhecer com qualidade de vida. No próximo capítulo serão apresentadas algumas dessas políticas, voltadas especialmente ao idoso, para que se tenha uma população mais saudável com vida longa. 
2 - POLÍTICAS PÚBLICAS QUE ASSEGURA O DIREITO DA PESSOA IDOSA
2.1 AS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS A PESSOA IDOSA
 
 Fonte: www.google.com.br/fotodacapadoestatutodoidoso
O envelhecimento é hoje um fenômeno universal, no Brasil esse processo de envelhecer poderá triplicar até o ano de 2025, pois se estima que os idosos atinjam uma cifra aproximada de 30 milhões de pessoas, o equivalente a 15% da população brasileira (IBGE, 2000). Pensando nisso, modificações têm sido feitas como, por exemplo: a Política Nacional do Idoso que foi promulgada em 1994 e regulamentada em 1996, que assegura os direitos sociais à pessoa idosa.
Explicam-se as políticas públicas de atenção ao idoso, pois com esse crescimento, fica evidente a necessidade do avanço dessas políticas para proporcionar a todos um envelhecimento bem sucedido com qualidade de vida. O Artigo 1º da PNI diz que: “A Política Nacional do idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade”.
Antes do SUS existir, havia dois modelos de saúde, o que cuidava das doenças em massa, com grande grupo de pessoas. Esse tratamento era feito quando as pessoas já estavam doentes e o outro era a prática curativa. A diferença entre as duas e em que uma o tratamento era coletivo e a outra era individual. Que segundo Mendes (1994, p.20), “o sanitarismo significa o combate a doenças de massa e o assistencial é a pratica médica curativa, individual, assistencialista e especializada”. 
O movimento sanitário foi um dos acontecimentos que deu apoio a política de saúde e vem sendo construindo desde meados dos anos 70. Conseguiu avançar na elaboração da proposta de fortalecimento do setor público, pois segundo Bravo (2006, p.33), “em 1986, aconteceu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que é o marco histórico mais importante na trajetória da Política Pública de saúde neste país. Foi aprovada nesta conferência, a bandeira da reforma sanitária”. Com a tarefa de reformular bases para um sistema de saúde brasileiro. 
Essa conquista não foi fácil, pois havia dois blocos antagônicos: um que defendia a privatização dos serviços de saúde e o outro que defendia as idéias da reforma sanitária que pode ser resumido como a democratização do acesso, a universalização das ações e a descentralização com o controle social, que significa a participação da sociedade na elaboração, implantação e fiscalização das Políticas Públicas (BRAVO, 2006). 
A partir de 1987, com a criação, por Decreto Federal, do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde, o SUDS, que deu origem a convênios específicos firmados entre união e os estados. Segundo Mendes (1994, p.44), “os principais movimentos executados após a implantação do SUDS foram à desconcentração para os estados”. 
O processo de implantação do SUS, que é uma conquista de todos, cujos princípios e diretrizes foram definidos nos anos de 1980 e formulados na Constituição Federal de 1988, verifica-se que essa nova maneira de entender saúde está incluída nessa Constituição e foi regulamentada no ato da publicação da Lei número 8.080/90, o Sistema Único de Saúde (SUS), que se sustenta nos princípios de eqüidade, integralidade, universalidade, descentralização e controle social. Conforme indicado no artigo 196 da Constituição Federal:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
A Política Nacional do Idoso amplia significativamente os direitos dos idosos, já que desde a LOAS, datada de 07 de dezembro de 1993, as prerrogativas de atenção a este segmento haviam sido garantidas de forma restrita, um dos grandes avanços em políticas de proteção social aos idosos brasileiros foi dado pela Constituição de 1988; dentre outros se destacam a equivalência da universalização do direito à saúde e a garantia da assistência social não contributiva, regulamentada pela Lei Orgânica de Assistência Social que é o Benefício de Prestação Continuada, atualmente responsável por grande parte dos rendimentos dos idosos brasileiros.
No Brasil, o Ministério da Saúde definiu a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e esta tem como diretrizes, a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção da capacidade funcional e a reabilitação da capacidade funcional comprometida, dentre outros aspectos. De acordo com a Portaria n°1.395/GM, de 10 de dezembro de 1999:
A Política Nacional de Saúde do Idoso foi promulgada em 1994 e regulamentada em 1996 e assegura direitos sociais a pessoa idosa, criando condições de promoção, autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito a saúde nos diversos níveis do atendimento do SUS. 
Esta foi revisada pela portaria GM/MS n°2528/2006 que reafirmou os princípios da Política Nacional do Idoso no âmbito do SUS, e que teve ainda como meta, a atenção a saúde adequada e digna para os idososbrasileiros principalmente, os considerados frágeis ou vulneráveis. 
Após muitos anos de embate político, em que as organizações sociais dos idosos (associações, federações e Confederação Nacional dos Aposentados e Pensionistas, Associação Nacional de Gerontologia e outras) reivindicavam a aglutinação em uma só norma das diversas postulações legais acerca de seus direitos, em 1º de Outubro de 2003, foi sancionada a Lei 10.741, denominada de Estatuto do Idoso, que tem como objetivo, assegurar os direitos sociais dos idosos. Como essas leis passaram a ser regulamentadas comstatus de estatuto, permitem ao Ministério Público uma atuação mais rápida, já que está tudo concentrado num só documento (BRASIL, 2003).
Surge um cenário de crise no atendimento à pessoa idosa, exigindo uma reformulação em toda a estrutura disponível de responsabilidade do governo e da sociedade civil. Segundo o Estatuto do Idoso (Lei n°10.741 de 01 de outubro de 2003), no seu artigo terceiro, deixa claro o dever da família, da sociedade e do Estado assegurar os direitos de cidadania dos idosos, garantindo sua participação na comunidade, na defesa da dignidade, bem-estar e do direito à vida aos idosos.
O Estatuto do Idoso, que representou uma grande conquista social e um marco na garantia de direitos, tem como objetivo, criar condições para promover a longevidade com mais saúde e qualidade de vida, colocando em prática, ações voltadas às pessoas idosas no direito à saúde, tanto na prevenção e recuperação da mesma. De acordo com Artigo do Estatuto do Idoso destacado a seguir:
Art.15º É assegurada a atenção integral á saúde do idoso, por intermédio do sistema único de saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e continuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial ás doenças que afetam preferencialmente os idosos. 
A compreensão do artigo exposto permite afirmar que a Lei atende o direito e a garantia do atendimento a população idosa, seja ela no próprio domicílio ou fora dele, assegurando a atenção integral à saúde do idoso a qualquer momento que vier precisar. 
Outra Política que assegura o direito do idoso é a Lei Estadual de nº 5.244, de 13 de junho de 2002, também conhecida como Lei Dra. Aglair Alencar Setúbal, alterada pela Lei nº 5.479, de 10 de agosto de 2005, que dispõe sobre a Política Estadual do Idoso e objetiva assegurar os direitos do idoso para que tenha a melhoria da qualidade de vida de todo o Estado do Piauí. De acordo com o artigo da Legislação da Pessoa Idosa (2007, p. 89) destacado a seguir:
Art.4º A Política Estadual do Idoso reger-se-á pelo seguinte princípio: I - a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos de cidadania, garantindo sua participação na comunidade defendendo sua dignidade, bem estar e o direito à vida.
A compreensão do artigo exposto permite compreender que em primeiro lugar, a família, a sociedade e o Estado devem manter e assegurar os direitos do idoso para que o mesmo viva com dignidade e tenha maior prazer em viver com bem estar e qualidade de vida. 
Também, em 2006, foi publicado o Pacto pela Saúde do SUS (Portaria GM/MS 399/2006), no qual a saúde do idoso é elencado como uma das seis prioridades pactuadas entre as esferas de governo do SUS, Ministério da saúde e Representantes Municipais. O Pacto pela Saúde possui três prioridades articuladas e integradas, essas são: Pacto pela Vida, que significa uma ação prioritária no campo da saúde e a saúde do idoso que tem como um dos seus objetivos, a busca a atenção integral; Pacto de Gestão, que estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado e Pacto em Defesa do SUS, que envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS, como políticas de Estado, mais do que políticas do governo. 
No ano de 2008, o Pacto pela Vida sofreu algumas alterações. O Ministério da Saúde, através da Portaria n°325/GM, de 21 de fevereiro de 2008, considerando a revisão das prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida e os indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde, constataram a necessidade de estabelecer os fluxos e rotinas do processo unificado de pactuação dos indicadores do Pacto pela Saúde para o ano de 2008. 
Acerca do envelhecimento, espera-se compreender e respeitar o direito da pessoa idosa tendo responsabilidade de repassar os conhecimentos para todos eles, para que os mesmos tenham compreensão e conheçam os seus direitos sociais e a promoção de sua autonomia, integração e participação na sociedade. Fernandes (1997, p. 23), esclarece quatro pontos especiais: 
- Tratamento equitativo, através de reconhecimento de direitos pela contribuição social, econômica e cultural do indivíduo idoso em sua sociedade, ao longo de sua vida:
	 - Direito à igualdade, por meio de processo que combatam todas as formas de discriminação, como aquela que macula o período da aposentadoria; 
 - Direito à autonomia, estimulando a participação social e familiar, enquanto possuir lucidez, indicando opções e compartilhando dos estudos, propostos e exames de sugestões que digam respeito à sua vivencia cotidiana;
 - Direito a dignidade, uma recomendação histórica que inclui o respeito a sua imagem, assegurando- lhe consideração nos múltiplos aspectos que garantam satisfação de viver a velhice.
Todos esses pontos citados fazem reconhecer o direito das pessoas idosas, seja ela durante a aposentadoria, estimulando a participação de todos na vivência da pessoa idosa e, principalmente, para a satisfação de viver a velhice.
A situação da pessoa idosa no Brasil é bastante preocupante, apesar da existência de uma vasta legislação, essas ainda não estão efetivamente implantadas e/ou muitas vezes, o próprio idoso e a família não sabe ou não conhece os direitos da pessoa idosa, pois é muito importante que se promova e amplie de forma que todos conheçam essa legislação. 
Com este aumento do número de idosos, exigirá uma atenção especial dos serviços de assistência social e de saúde. Desenvolver políticas que atendam a essa demanda. Cabe a todos se responsabilizar e fiscalizar, se realmente todos os atores envolvidos estão fazendo cada um a sua parte para que estes direitos sejam respeitados e realizados. 
Observa-se, portanto, que do ponto de vista da normatização legal, o envelhecimento é protegido no Brasil, no entanto, isso não é suficiente para assegurar a implantação plena desses direitos. Desse modo, a participação do idoso e da família, quer seja em associações, centro de convivência, enfim nos mais diversos espaços da vida social é fundamental como forma de resistência às ações políticas que insiste em negar direito conquistado.
Pode-se notar que a política da atenção ao idoso é ampla e um tanto complexa, principalmente, no desdobramento efetivo de suas ações, todavia, é uma política que exige leis para garantir e assegurar os direitos sociais que lhe são cabíveis, criando condições para favorecer sua autonomia, integração e participação efetiva e a qualidade de vida na sociedade.
A garantia desses direitos aos idosos é um ganho expressivo para o desenvolvimento positivo da sociedade e do país, pois esta é mais uma forma de respeito e fortalecimento destes e para aqueles que ainda estão por envelhecer de forma mais saudável e com qualidade de vida mais adequada. 
Sendo que a saúde é um dos maiores indicadores de qualidade de vida no mundo inteiro e é direito de todo cidadão. E uma das formas mais atuais de reorganização do sistema de saúde local é a Estratégia de Saúde da Família, que dá assistência hospitalar individualizada para uma assistência coletiva, nos diversos níveis de atenção a saúde. Orientando tanto na promoção, prevenção e a recuperação da saúde de toda a população idosa assistida pela equipe.
2.2 A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: característicasgerais
 
 Fonte: www.google.com.br/imagens
No Brasil, concretamente acontece descentralização da saúde e uma dessas políticas que se têm caracterizado por essa descentralização foi o início do PACS que foi o Programa de Agente Comunitário de Saúde institucionalizado em 1991, tido como antecessor do Programa Saúde da Família e segundo o Ministério da Saúde. Ele foi desenhado de modo a compor uma etapa de transição para uma estratégia mais abrangente, denominada Programa de Saúde da Família, cuja implantação teve início em março de 1994. 
Entretanto, é preciso repetidamente dizer que os Programas Agentes Comunitários de Saúde e o Programa Saúde da Família, constituem estratégias direcionadas para contribuir na reorientação do modelo assistencial, a partir da atenção básica, que de acordo com o Ministério da Saúde significa (BRASIL, 2007, p.12):
- Caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
- A Saúde da Família, estratégia priorizada pelo Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica, tem como principal desafio promover a reorientação das práticas e ações de saúde de forma integral e contínua, levando-as para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.
A expansão e a qualificação da atenção básica, organizadas pela Estratégia Saúde da Família, compõem parte do conjunto de prioridades políticas apresentadas pelo Ministério da Saúde e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde. Essa concepção supera a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados, pelos quais assumem responsabilidades. 
A mudança na política de formação de recursos humanos, na área de saúde. Segundo Weber (2006, p.15), “Programa de Saúde da Família (PSF) é uma política de saúde do Governo Federal, implantado no país, em 1994 e vigente até os dias de hoje”. Foi inspirado no Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) desenvolvido desde 1987, no Estado do Ceará. Weber (2006, p.99), diz que o programa prioriza ações de: 
Prevenção de doenças e a promoção da saúde junto á comunidade, estabelece uma relação permanente entre os profissionais de saúde e a população assistida, marcada por um atendimento humanizado e resolutivo dos problemas de saúde mais freqüentes. O programa representa um importante avanço em direção aos princípios estabelecidos na constituição federal: amplo acesso aos serviços de saúde, atenção integral, adequada às necessidades individuais e coletivas, com qualidade e alta resolutividade, para todos os brasileiros.
A ação de governo relativa ao ESF busca estimular a implantação de Equipes de Saúde da Família, que tem como característica, a responsabilidade territorial e descrição de famílias. A Unidade de Saúde da Família atua com equipe multiprofissional, que geralmente são constituídas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, dentistas e auxiliares de consultório dentário, sendo formadas por meio de processo seletivo variável em cada município (Ministério da Saúde, 2007).
Esta equipe tem possibilidade de atuar nas unidades de saúde, domicílios e municípios, visando à reorientação das práticas assistenciais básicas, com ênfase nas ações de prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde. O público alvo compreende a população residente na área de abrangência das Equipes de Saúde da Família.
Na equipe, deve ter um número máximo de 1 ACS para cada 400 pessoas no setor urbano e 1 ACS para cada 280 pessoas no rural. Todos os integrantes da equipe devem ter jornada de trabalho de 40 horas semanais, e é função da Administração Municipal assegurar o cumprimento de horário integral - jornada de 40 horas semanais. Todos os membros da Estratégia Saúde da Família são lotados nas equipes através de concurso público, onde é realizada a prova de conhecimentos em português, conhecimentos do SUS e conhecimentos específicos da área (Ministério da Saúde, 2007).
 Uma das ações de prevenções no atendimento a pessoa idosa pode ser destacada, a visita domiciliar que garante o vínculo e o acesso da equipe da saúde ao contexto familiar, orientando para uma melhor qualidade de vida. Durante a sua realização, a equipe do ESF consegue observar e identificar hábitos de vida que devem ser discutidos, estimulado ou aconselhando, favorecendo a manutenção da saúde de cada pessoa assistida. 
 Definindo-se como um modelo de assistência à saúde que desenvolve ações de promoção e proteção à saúde do indivíduo, da família e da comunidade por intermédio de equipes de saúde, realizando o atendimento no nível de atenção primária, constituindo o Programa Saúde da Família que é a porta de entrada do Sistema de Saúde que segundo o Ministério da Saúde (2007) deve:
Contribuir para a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde, imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas unidades básicas de saúde, com definição de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população. 
A Estratégia Saúde da Família, de acordo com o Ministério da saúde, se expressa como uma estratégia para melhorar, contribuir e auxiliar com hábitos saudáveis e qualidade de vida, com serviços de atenção básica que trabalha, buscando a promoção da saúde e prevenção das doenças para o ser humano, seja ela criança, adolescente, adulto ou idoso.
Caracteriza-se como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial e tem por base, a implantação de equipes multiprofissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde e são responsáveis por um número predeterminado de famílias localizadas numa área delimitada.
Os profissionais das equipes de saúde devem residir no município onde atuam, trabalhando em regime de dedicação integral. Por sua vez, para garantir a vinculação e identidade cultural com as famílias sob sua responsabilidade, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), também devem residir nas respectivas áreas de atuação. Segundo o Ministério da Saúde (2010), são algumas atribuições das equipes de saúde da família:
Intervir sobre os fatores de risco ao qual a comunidade estar exposta; Prestar assistência integral, permanente e de qualidade; Realizar atividades de educação e promoção da saúde; Estimular a organização das comunidades para exercer o controle social das ações e serviços de saúde.
Um documento importante de grande relevância no Programa Saúde da Família é o SIAB, um Sistema de Informação de Atenção Básica que é territorializado, cujos dados são gerados por profissionais de saúde das Equipes de Saúde da Família. O sistema possibilita a localização especial de problemas de saúde e a alimentação do banco de dados criado exclusivamente para armazenar informações sobre atenção básica.
O Sistema de Informação de Atenção Básica utilizado serve para avaliar os resultados obtidos com o desenvolvimento de atividades das equipes do ESF e estudar as características das pessoas, dos domicílios e das condições de saneamento em que vivem as famílias sob responsabilidade das equipes. As informações são coletadas em âmbito domiciliar e em unidades básicas nas áreas cobertas pelo ESF e o PACS. Segundo a Revista Brasileira Saúde da Família (2008), os principais instrumentos de coleta de dados do SIAB são:
1. Ficha de cadastro das famílias e levantamento de dados sócio- sanitários, preenchida pelo agente comunitário de saúde (ACS) no momento do cadastramento das famílias, sendo atualizada permanentemente.
2. Fichas de acompanhamento de grupos de risco e de problemas de saúde prioritários, preenchidas mensalmentepelos agentes comunitários de saúde, no momento de realização das visitas domiciliares.
3. Fichas de registro de atividades, procedimentos e notificações, produzidas mensalmente por todos os profissionais das equipes de saúde.
Considerando o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família para melhoria da qualidade de vida das pessoas, foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), pelo Ministério da Saúde, com a Portaria GM nº 154, de 24 de Janeiro de 2008, Republicada em 04 de Março de 2008. Vem atuar em parceria com os profissionais das Equipes Saúde da Família (ESF), antigo Programa de Saúde da Família (PSF). 
Apresentando, segundo o Art. 1º da Portaria, o NASF tem por objetivo "ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolutibilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização, a partir da atenção básica". (Revista Brasileira Saúde da Família, 2008, p.38). 
O trabalho no NASF deve ser coletivo e de caráter preventivo junto à população, sem que sirvam de porta de entrada para a Estratégia Saúde da Família. Cada equipe realiza de forma independente, atividades com os usuários. A idéia é aumentar a qualidade de vida para prevenir os agravos à saúde. Palestras, visitas domiciliares e também formação de grupos são algumas formas de promover a prevenção e a reabilitação junto à comunidade, todas essas atividades acontecem em conjunto com Agentes Comunitários de Saúde.
Geralmente, estabelecem-se como prioridades, alguns grupos populacionais, como crianças com idade inferior a cinco anos, onde o agente comunitário de saúde pesa todos os meses e verifica o cartão de vacina, gestantes, pessoas com tuberculose ou hanseníase, hipertensos e diabéticos. Sendo que esses dois últimos grupos constituem os principais fatores de risco para as doenças do aparelho circulatório. Entre suas complicações mais frequentes e decorrentes encontram-se: o infarto agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral, a insuficiência renal crônica, a insuficiência cardíaca, as amputações de pés e pernas e a cegueira definitiva. (REVISTA BRASILEIRA SAÚDE DA FAMÍLIA, 2008).
A identificação precoce dos casos e o estabelecimento do vínculo entre os portadores e as Unidades Básicas de Saúde são elementos imprescindíveis para o sucesso do controle desses agravos. O acompanhamento e o controle da hipertensão arterial e do diabetes mellitus no âmbito da atenção básica poderá evitar o surgimento e a progressão das complicações dessas doenças.
Sendo que as pessoas que tenham hipertensão são acompanhadas todo o mês, sendo pesadas, verificada a pressão arterial, o recebimento da medicação e recebe orientações de como controlar essa doença. Os procedimentos realizados são: quando suspeita de casos, encaminhar para diagnóstico sendo acompanhados e orientados com medidas educativas e preventivas e de promoção da saúde, para o controle dessas doenças. (SESAPI/SI-API, 2009).
Com o controle dessas doenças, se reduzirá o número de internações hospitalares, bem como a mortalidade, devido a esses agravos. Com o acompanhamento e tratamento dessas doenças, as pessoas idosas terão mais qualidade de vida. Os usuários são atendidos sempre pela mesma equipe, o que fortalece a relação com a comunidade e o controle dessas doenças, como a hipertensão e a diabetes. 
Outra ação importante da Estratégia Saúde Família é a imunização, onde o Agente Comunitário de Saúde passa em todas as residências dos idosos, notificando se todos foram imunizados, no caso de quem não pode ir até a UBS, a equipe vai até o idoso. Esta vacinação é uma das estratégias para reduzir morbidade por doenças respiratórias nas pessoas a partir dos 60 anos, apresentando impacto indireto na diminuição das internações hospitalares e dos gastos com medicamento para o tratamento de infecções secundárias. 
A Estratégia Saúde da Família é considerada estratégia para organização da atenção básica nos municípios. Em muitos municípios, as pessoas já não falam Estratégia Saúde da Família, mas sim, Saúde da Família. Isto porque a Saúde da Família vem demonstrando ser o modelo da assistência à saúde que mais se aproxima das pessoas. Explica-se no próximo capítulo, a Instituição pesquisada, onde são desenvolvidas algumas ações com as pessoas idosas na Unidade Básica de Saúde, sua estrutura e funcionamento no bairro Satélite em Teresina-Piauí.
3 - QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS IDOSAS: atuaçâo da esf do bairro Satélite em Teresina-pi
INSTITUIÇÃO PESQUISADA
A Estratégia Saúde da Família é vinculada a Fundação Municipal de Saúde, também denominada FMS com sede e foro na cidade de Teresina-PI, fica localizada no bairro Aeroporto. O prazo de duração da FMS é indeterminado e, em caso de extinção, o seu patrimônio reverterá à Prefeitura Municipal de Teresina. 
A Estratégia Saúde da Família é dividida em áreas e essas áreas são subdivididas em micro- áreas, cada equipe acompanha de 600 a 1000 famílias ou, no máximo 4.500 habitantes em uma determinada área da comunidade, definido como território de abrangência. No bairro Satélite funcionam três equipes Estratégia Saúde da Família. A pesquisa foi realizada na área 102 e micro área 04. (CADERNO DO ALUNO PROFAE, 2002). 
O ponto de apoio das equipes se localiza na Unidade Básica de Saúde no bairro Satélite na Rua Talma Iram Leal, número 4064, na zona Leste de Teresina-PI. A mesma foi inaugurada no dia 23 de março de 2010. Onde o posto abriga as três equipes a Estratégia Saúde da Família, que exerciam suas atividades dentro do hospital do bairro Satélite e agora foram transferidas para um local mais adequado para o desempenho de suas atividades. Uma das equipes que é a 101 vai atender a população no turno da manhã e as outras duas, que são as equipes 102 e 103, no turno da tarde.
A Estratégia Saúde da Família, cujo principal objetivo é reorientar as políticas de atenção à saúde, representando uma concepção de saúde centrada na promoção da qualidade de vida. A principal mudança esperada com a implantação da Estratégia Saúde da Família é a mudança de enfoque, ao invés de dar atenção à doença, a preocupação está centrada na prevenção e atenção à saúde.
O trabalho da Estratégia Saúde da Família não é só entrar nas casas das famílias, mas também nas igrejas, associações de moradores, escolas públicas e privadas isto é, nas instituições formadoras de indivíduos, sujeitos históricos e coletivos para o desenvolvimento de suas atividades.
3.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ÀS PESSOAS IDOSAS NO BAIRRO SATÉLITE.�
As ações da equipe são voltadas para os vários aspectos de saúde dos indivíduos, identificando juntos aos mesmos, suas necessidades e propondo soluções para o problema. Age de forma preventiva, contribuindo realmente para a organização da demanda através do conhecimento da comunidade que se pretende assistir e do estabelecimento de prioridades junto aos seus moradores. 
A Estratégia Saúde da Família deve estar organizada para acolher, além da demanda espontânea e programada, as necessidades de saúde da pessoa idosa, com perdas funcionais e dependência para a realização das atividades de vida diária que necessitem de atendimento no domicílio. 
Todos da equipe, juntos ou individualmente, atendem às famílias e desenvolvem atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças através do acompanhamento domiciliar, entre outros procedimentos. Uma das atribuições comuns a todos os profissionais da Equipe é planejar, programar e realizar as ações que envolvem a atenção à saúde da pessoa idosa, em sua área de abrangência e identificar e acompanhar pessoas idosas frágeis ou em processo de fragilização.
Se toda a equipe for reunida e trabalhar sempre junto, repassando tudo que acontece em sua área de trabalho será melhor, tanto para cada membro da equipe, como para toda população assistida. Pois será identificado cada problema e com a ajuda de todos da equipe,chegarão a resultados positivos, pois uma equipe unida é um tripé para o sucesso. 
As ações do Médico devem ser de caráter integral, além de encaminhar a especialidades e internações e ter a responsabilidade pelo acompanhamento desses idosos até a sua melhora. Uma das atribuições do Médico da Equipe Saúde da Família é encaminhar, quando necessário, a pessoa idosa a serviços de referências de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referências locais e mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento. 
O Médico deve dar atenção total para as pessoas que ele assiste, se o mesmo observar que não conseguirá atender certa demanda, deve estar encaminhando para um profissional capaz de resolver o problema, mas nunca tentar fazer o que não é de sua competência. 
O Enfermeiro deve observar o trabalho de toda a equipe, pois ele é o responsável pelas ações realizadas, além de fazer a visita domiciliar, se aproximando mais ainda da população idosa. Uma das atribuições do Enfermeiro é colocar em prática a atenção integral às pessoas idosas, além da assistência domiciliar, quando necessário e supervisionar e coordenar o trabalho do Agente Comunitário de Saúde e da equipe de enfermagem.
O Enfermeiro é responsável pelo trabalho de toda equipe, especialmente, as ações do Agente Comunitário de Saúde. Deve estar atento a qualquer problema, dando sempre apoio quando for necessário. 
Na Unidade de Saúde e no domicílio, o Auxiliar de Enfermagem realiza procedimentos de sua competência, bem como fornece orientação sanitária nos espaços comunitários. Umas de suas atribuições da Equipe Saúde da Família são participar do planejamento e organização das atividades a serem desenvolvidas e discutir a forma como a equipe desenvolverá o trabalho.
O Auxiliar de Enfermagem pode está orientando as pessoas idosas e aos seus familiares sobre a importância da correta utilização de medicamentos, alimentação e higiene para que as pessoas idosas vivam com saúde e qualidade de vida. 
As ações desenvolvidas pelo Dentista da equipe sobre educação e promoção de saúde bucal, como escovação e aplicação de flúor, além de pequenas restaurações e encaminhamentos para serviços odontológicos especializados e visita domiciliar, dependendo de cada usuário precisar ou não de uma visita.
Uma das atribuições do Dentista da Equipe Saúde da Família é orientar a pessoa idosa, aos familiares e/ou sobre a importância da higienização da boca e da prótese e realizar assistência domiciliar, quando necessário. 
O Dentista da Estratégia Saúde da Família tem um papel muito importante, pois é ele que vai orientar as devidas informações de higienização da saúde da boca, por ser a porta de entrada de muitas doenças.
As atividades desenvolvidas pelo Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) é realizar palestras, transmitindo informações sobre promoção à saúde e prevenção dos principais agravos em saúde bucal, orientando a realização de higiene bucal através de escovação e uso do fio dental. Uma das atribuições do Auxiliar de Consultório Dentário da Equipe Saúde da Família é acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal da pessoa idosa junto aos demais profissionais da equipe e realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal. 
O Auxiliar de Consultório Dentário deve estar sempre acompanhando o Dentista e pode realizar palestras relacionadas com a limpeza da boca e auxiliar durante todas as visitas nos domicílios e instituições das pessoas assistidas juntamente com o dentista.
O Agente Comunitário de Saúde é o elo entre as famílias e o serviço de saúde, realizando orientação de práticas mais saudáveis para a vida das famílias e visitas domiciliares, sendo supervisionado por toda a equipe. Umas das atribuições do Agente Comunitário de Saúde são cadastrar todas as pessoas idosas de sua micro área e manter o cadastro atualizado; identificar e encaminhar o idoso frágil à Unidade de Saúde; preencher a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. (Visualizar o modelo em anexo). 
Um papel importante dos Agentes Comunitários de Saúde em relação às pessoas idosas é de estar sempre acompanhando e cadastrando cada momento de saúde ou doenças desses sujeitos que são tão frágeis e que necessitam de atenção especial. 
O trabalho das equipes da Estratégia Saúde da Família contribui para que mais pessoas alcancem as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, o envelhecimento ativo e saudável é o grande objetivo nesse processo, as ações coletivas na comunidade e as atividades de grupo são indispensáveis para uma melhor qualidade de vida das pessoas idosas onde as mesmas irão compartilhar todos os momentos.
3.3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
A Estratégia Saúde da Família atua em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas, na promoção e prevenção da saúde. Essa tem como parceira, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e o Governo Federal, sendo as duas mantedoras de recursos materiais e financeiros.
A Estratégia Saúde da Família da área 102 micro área 04, funciona de segunda a sexta-feira, das 13 às 18 horas com diversas atividades são elas:
Consulta de Hipertensão e Diabetes: Nos dias de segunda e terça-feira, das 13 às 18 horas. Tem como objetivo, a captação das pessoas hipertensas e diabéticas pela adoção de uma estratégia de verificação dos níveis de pressão arterial em qualquer indivíduo assistido e também o acompanhamento das pessoas que já fazem o tratamento. São realizados curativos nas pessoas diabéticas com lesões; acompanhamento da autoadministração de medicamentos via oral ou injetável; verificação de glicemia capilar e o agendamento para o retorno das pessoas às consultas necessárias ao seu acompanhamento. 
Visita Domiciliar: Na quinta-feira das 13 às 18 horas. Tem como objetivo observar a realidade na qual as pessoas vivem, detectando fatores relacionados à ocorrência de hipertensão e diabetes, como o tabagismo, dieta inadequada e outros. Assim, é possível discutir com as pessoas as modificações que produzirão benefícios para a saúde. Além da visita às pessoas faltosas ou necessitadas de cuidados domiciliares. 
Palestras: Na sexta-feira das 13 às 18 horas. Tem como objetivo a realização de atividades de educação em saúde e em grupo que favorecem o esclarecimento de dúvidas comuns aos participantes e a reflexão em conjunto sobre os estilos de vida que poderão trazer maiores benefícios para todos. As palestras também se realizam nas escolas mais próximas da Unidade de Saúde. Quanto mais descontraído estiverem os participantes, melhor será o andamento das atividades. 
A Unidade Básica de Saúde do bairro Satélite em Teresina conta com uma estrutura física ampla que envolve: um espaço para recepção com umas trinta cadeiras; um espaço de espera para consultas com uma televisão, um bebedouro e um ventilador. A farmácia possui uma geladeira para a conservação dos medicamentos que necessitam de uma temperatura mais baixa, uma mesa, uma cadeira, três armários e um ar condicionado.
Na sala de vacina, encontra-se uma mesa, duas cadeiras, um armário e um ar condicionado para um melhor atendimento às pessoas que precisarem de vacinação. O SAME é composto por quatro armários, uma mesa, duas cadeiras, um telefone e um ar condicionado para melhor administração e o atendimento das pessoas que forem marcar consultas. 
 A sala da administração possui duas mesas, duas cadeiras, um ventilador, um armário, um telefone e um computador para uma melhor administração. Possuem também quatro consultórios de atendimento todos compostos de uma mesa, duas cadeiras, um armário, uma maca e um ar condicionado para um melhor atendimento individual onde tem atendimento de um clínico geral, hipertensão, diabetes, gestante e crianças. 
 Possuem um consultório de atendimento odontológico composto de quatro cadeiras, sendo duas de atendimento e duas para o acompanhante, um armário e uma mesa onde são feitos o atendimento para adultos e crianças. A unidade possui um depósito para material

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