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Apostila de Anatomia Médica I Gustavo Koiti Kondo João Reinoldo Goi Jr. 1ª. Edição Prefácio Caro estudante, Esta apostila foi criada para auxiliar o acompanhamento das aulas práticas da disciplina de Anatomia Médica I. Ela constitui uma forma resumida e simplificada do conteúdo, tendo como único objetivo facilitar o entendimento e memorização das estruturas vistas em aula. Sendo assim, não substitui a consulta à literatura indicada nem abrange de forma completa o conteúdo teórico. Além disso, lembramos que foi escrita por acadêmicos, e não está livre de possíveis erros − pelos quais pedimos sinceras desculpas. Esperamos que ela ajude não só na passagem pela disciplina, mas também na construção de uma infinitesimal parte do conhecimento que será necessário em sua futura prática médica. Cordialmente, Gustavo Koiti Kondo e João Reinoldo Goi Jr. Setembro de 2013. Agradecimentos Nossos sinceros agradecimentos ao Professor Dr. Silvio Bettega pela supervisão e orientação no projeto desta apostila. Ao mesmo e ao Professor Dr. Sérgio Luiz Rocha pelo incentivo e por tornarem possível a realização e conclusão deste trabalho. Aos dois pelo apoio e aos colegas pelo ambiente amigável criado nas monitorias, dando origem não só às boas recordações entre todos os participantes, mas também a um ambiente de aprendizagem e troca de informações entre alunos, monitores e professores. Por fim, nosso agradecimento especial a Camila Roginski Guetter pelas ilustrações e esquemas que contribuíram em muito para o enriquecimento da didática desta apostila. Gustavo Koiti Kondo e João Reinoldo Goi Jr. Sumário Parte I ............................................................................................. 5 Generalidades ............................................................................ 6 Membro Inferior .......................................................................... 9 Membro Superior ....................................................................... 24 Parte II ........................................................................................... 41 Tórax ..................................................................................... 42 Diafragma ................................................................................ 48 Abdome .................................................................................. 50 Região Inguinal .......................................................................... 54 Dorso ..................................................................................... 56 Parte III .......................................................................................... 58 Cabeça ................................................................................... 59 Hemicabeça ............................................................................. 70 Pescoço .................................................................................. 79 Referências Bibliográficas ................................................................... 83 Parte I 6 Generalidades Fundamentos de Terminologia Anatômica 1. Posição anatômica É utilizada para uma descrição mais precisa das estruturas corporais e relações entre estas, de modo a evitar ambiguidades. Corpo Humano em Posição Anatômica: Em pé. Cabeça e olhar voltados para frente. Braços ao lado do corpo, com as palmas voltadas anteriormente. Membros Inferiores próximos, com os pés paralelos. 2. Planos Anatômicos Mediano: plano vertical, que divide o corpo ao meio em lado direito e esquerdo. Sagitais: planos verticais, paralelos ao plano mediano. Frontais (Coronais): planos verticais que formam ângulos retos com o plano mediano; dividem o corpo em partes anteriores e posteriores. Transversos: planos horizontais, que formam ângulos retos com o Plano Mediano e com planos frontais; dividem o corpo em partes superiores e inferiores. 3. Termos de Relação e Comparação Utilizados para comparar a posição das diferentes estruturas. Superior: mais próximo do Vértice (ponto mais alto do crânio). Inferior: mais próximo da planta do pé. Cranial: em direção ao crânio. Caudal: em direção aos pés, ou à cauda (representada pelo Cóccix). Anterior (Ventral): relativo à região ou superfície frontal do corpo (em alguns casos, como para estruturas do encéfalo, também é usado o termo Rostral – relativo à proximidade da face). Posterior (Dorsal): relativo à região ou superfície traseira do corpo. Medial: mais próximo do Plano Mediano. Lateral: mais distante do Plano Mediano. Plantar: relativo à face inferior/base do pé (em oposição ao termo Palmar, relativo à região equivalente na mão). Superficial: mais próximo da superfície corporal externa. Profundo: mais distante da superfície corporal externa. Externo: distante do centro de uma dada estrutura. 7 Interno: próximo ao centro de uma dada estrutura. Proximal: mais próximo da inserção de um membro ou estrutura linear. Distal: mais distante da inserção de um membro ou estrutura linear. Observação: Existem também Termos Associados como Superomedial ou Inferolateral, que descrevem duas relações ao mesmo tempo. 4. Termos de Movimento Flexão: diminuição do ângulo de uma articulação. Extensão: aumento do ângulo/retificação de uma articulação. Adução: aproximação do Plano Mediano. Abdução: afastamento do Plano Mediano. Circundação: movimentos de flexão, extensão, adução e abdução realizados de forma sequencial. Rotação: movimento giratório em torno de um eixo longitudinal. Pronação: rotação medial do Rádio, que fica cruzado em relação à Ulna (com o braço estendido, a palma ficará voltada inferiormente). Supinação: rotação lateral do Rádio, que se descruza em relação à Ulna (com o braço estendido a palma da mão ficará voltada superiormente). Eversão: afastamento da planta do pé do Plano Mediano (“girar” o pé lateralmente). Inversão: aproximação da planta do pé do Plano Mediano (“girar” o pé medialmente). Oposição: movimento de encontro da polpa do polegar com a polpa dos outros dedos. Reposicionamento: retorno do polegar para a posição anatômica a partir da Oposição. Protusão: movimento anterior (por exemplo, na mandíbula). Retrusão: movimento posterior. Protração: movimento anterolateral (usado principalmente para descrever os movimentos da escápula). Retração: movimento posteromedial (usado principalmente para descrever os movimentos da Escápula). Elevação: deslocamento para cima (como no movimento do “dar de ombros” para alguém). Depressão: deslocamento para baixo. Observação: Para alguns movimentos especiais a lógica da extensão/flexão pode mudar. No caso do pé, pode-se usar dois termos de flexão: Flexão Plantar e Flexão Dorsal (Dorsiflexão). Na Flexão Plantar, (ficar na ponta dos pés), não há diminuição do ângulo da articulação – pelo contrário, ele aumenta. 8 Na Dorsiflexão, por sua vez, há diminuição de tal ângulo. Tipos de articulações 1. Sinoviais Presença de Cápsula Articular (camada fibrosa e membrana sinovial). LíquidoSinovial lubrificante. Típicas de movimentos. Tipos de articulações sinoviais e seus respectivos movimentos: Plana Movimentos de deslizamento em um único plano (uniaxiais). Gínglimo Flexão e extensão (uniaxiais). Selar Flexão e extensão; abdução e adução. Movimentos em dois planos (biaxiais). Também realizam os movimentos em sequência, ou seja, Circundação. Elipsoideas Flexão e extensão, abdução e adução. Biaxiais, mas com movimentos mais limitados em um dos planos. Sua Circundação é mais limitada que a das articulações selares. Esferoideas Flexão e extensão, abdução e adução, rotação medial e rotação lateral além de Circundação. Logo, vários planos de movimento (multiaxiais). Trocoideas (Pivô) Rotação em torno de um eixo (uniaxiais). 2. Fibrosas União forte por tecido fibroso. De forma geral, sua movimentação é mais limitada. As Sindesmoses (Ex.: membrana interóssea), as Gonfoses (articulação entre o dente e seu alvéolo) e as Suturas Cranianas são Articulações Fibrosas. 3. Cartilagíneas Sincondroses (Cartilagíneas Primárias) Presença de cartilagem hialina. Temporárias (em geral, desaparecem durante o desenvolvimento). Presentes na Lâmina Epifisial (relacionada ao crescimento). Sínfises (Cartilagíneas Secundárias) União forte de fibrocartilagem. Ex.: Discos Intervertebrais. Atuação Muscular 1. Agonista Principal músculo que responsável por realizar determinado movimento. 2. Antagonista Músculo que se opõe à ação do 9 Agonista. 3. Fixador Estabiliza a partes proximais para realização de movimentos nas partes distais. 4. Sinergista Auxilia a ação do músculo agonista, sendo mais fraco ou mecanicamente desfavorecido quando comparado àquele. Diferenciação: Artérias x Veias Uma dúvida que costuma aparecer durante o começo do contato com as aulas práticas é sobre como diferenciar uma artéria de uma veia, afinal, nas peças anatômicas de rotina tais estruturas não apresentam a coloração didática presente em atlas de anatomia. No entanto, sua diferenciação geralmente é simples se considerarmos alguns aspectos. Como são submetidas a menor pressão, veias possuem uma parede (especificamente, a túnica média) mais fina em relação ao seu lúmen (cavidade do vaso) quando comparadas com as artérias. Ou seja: Veia: lúmen amplo e parede fina. Artéria: lúmen menor e parede espessa. Além disso, as veias médias costumam acompanhar aos pares cada artéria média. Assim, para uma dada artéria de tamanho médio, temos geralmente duas veias acompanhantes, todas dentro de um mesmo compartimento - uma bainha fibrosa. Tal fato faz com que, ao pulsar, a artéria ajude a fazer o sangue das veias fluir. Membro Inferior Ossos 1. Osso do Quadril (Ilíaco) Ílio Corpo do Íleo Asa do Íleo Fossa Ilíaca Face Glútea Linha Glútea Anterior Linha Glútea Posterior Linha Glútea Inferior Espinha Ilíaca Anterossuperior Espinha Ilíaca Anteroinferior Espinha Ilíaca Posterossuperior Espinha Ilíaca Posteroinferior Incisura Isquiática Maior Crista Ilíaca Lábio Externo Lábio Interno Linha Intermédia Tubérculo Ilíaco Tuberosidade Ilíaca Face Auricular do Íleo 10 Linha Arqueada Ísquio Corpo do Ísquio Ramo do Ísquio Espinha Isquiática Espinha Isquiática Menor Túber Isquiático Púbis Eminência Iliopúbica Ramo Superior do Púbis Ramo Inferior do Púbis Tubérculo Púbico Crista Obturatória Sulco Obturatório Linha Pectínea do Púbis Face Sinfisial Observações: Forame Obturado Grande abertura arredondada localizada entre o Ísquio e o Púbis. Acetábulo Grande cavidade articular constituída pela união de Ílio, Ísquio e Púbis. Face Semilunar do Acetábulo Margem/Limbo do Acetábulo Incisura do Acetábulo Fossa do Acetábulo 2. Fêmur Cabeça do Fêmur Fóvea da Cabeça do Fêmur Colo Anatômico do Fêmur Colo Cirúrgico do Fêmur Trocanter Maior Trocanter Menor Linha Intertrocantérica Crista Intertrocantérica Fossa Trocantérica Linha Pectínea do Fêmur Tuberosidade Glútea do Fêmur Corpo/Diáfise do Fêmur Linha Áspera do Fêmur Lábio Medial da Linha Áspera do Fêmur Lábio Lateral da Linha Áspera do Fêmur Linha Espiral Forame Nutrício Linha Supracondilar Medial Linha Supracondilar Lateral Face Poplítea Côndilo Medial do Fêmur Côndilo Lateral do Fêmur Fossa Intercondilar do Fêmur Face Patelar Epicôndilo Medial do Fêmur Epicôndilo Lateral do Fêmur Tubérculo do Adutor 3. Patela Base da Patela Ápice da Patela Face Articular da Patela Face Anterior da Patela 11 Observações: Em sua posição anatômica, a Patela possui ápice voltado inferiormente e base voltada superiormente. Com a Base da Patela voltada para você e Face Anterior voltada superiormente, é possível determinar se a Patela é direita ou esquerda, soltando-a em uma superfície plana. O lado para o qual a Patela tombar, corresponde ao seu lado no corpo. Lado Direito = Patela Direita Lado Esquerdo = Patela Esquerda 4. Tíbia Côndilo Lateral da Tíbia Côndilo Medial da Tíbia Área Intercondilar Anterior Área Intercondilar Posterior Eminência Intercondiar Tubérculo Intercondilar Medial (da Eminência Intercondilar) Tubérculo Intercondilar Lateral (da Eminência Intercondilar) Face Articular Superior Tubérculo de Gerdy Linha Oblíqua da Tíbia Tuberosidade da Tíbia Forame Nutrício da Tíbia Margem Medial da Tíbia Margem Interóssea da Tíbia Margem Anterior da Tíbia Face Medial da Tíbia Face Lateral da Tíbia Face Posterior da Tíbia Sulco para a Inserção do Tendão do Músculo Semimembranáceo Linha para o Músculo Sóleo Sulco Maleolar Maléolo Medial Face Articular do Maléolo Medial Face Articular Inferior Observações: Tubérculo de Gerdy Inserção do Trato Iliotibial 5. Fíbula Cabeça da Fíbula Ápice da Cabeça da Fíbula Colo da Fíbula Margem Anterior da Fíbula Margem Interóssea da Fíbula Margem Posterior da Fíbula Crista Medial da Fíbula Face Medial da Fíbula Face Lateral da Fíbula Face Posterior da Fíbula Maléolo Lateral Fossa do Maléolo Lateral Sulco do Maléolo Lateral Face Articular do Maléolo Lateral Observação: A Fossa do Maléolo Lateral é Posterior, o que ajuda na determinação da posição anatômica da Fíbula. 12 6. Tálus Cabeça do Tálus Colo do Tálus Tróclea do Tálus Processo Posterior do Tálus Tubérculo Medial do Processo Posterior do Tálus Tubérculo Lateral do Processo Posterior do Tálus Sulco do Tendão do Músculo Flexor Longo do Hálux 7. Calcâneo Corpo do Calcâneo Tróclea Fibular Seio do Tarso Sustentáculo do Tálus Tuberosidade do Calcâneo Processo Medial da Tuberosidade do Calcâneo Processo Lateral da Tuberosidade do Calcâneo Sulco do Tendão do Músculo Flexor Longo do Hálux 8. Cuboide Tuberosidade do Cuboide Sulco do Tendão do Músculo Fibular Longo 9. Navicular Tuberosidade do Navicular 10. Cuneiforme Medial 11. Cuneiforme Intermédio 12. Cuneiforme Lateral 13. Ossos Metatarsais I,II,III,IV,V (numeração feita de Medial para Lateral) Tuberosidade do V Metatarsal Base do (I,II,III,IV,V) Metatarsal Corpo do (I,II,III,IV,V) Metatarsal Cabeça do (I,II,III,IV,V) Metatarsal Exemplos: Cabeça do II Metatarsal Corpo do IV Metatarsal 14. Osso Sesamoide Medial 15. Osso Sesamoide Lateral 16. Falanges São 5 Proximais, 4 Médias e 5 Distais. O Hálux não possui Falange Média Falange Proximal Base da Falange Proximal Corpo da Falange Proximal Cabeça da Falange Proximal Falange Média Base da Falange Média Corpo da Falange Média Cabeça da Falange Média Falange Distal Base da Falange Distal Corpo da Falange Distal Cabeça da Falange Distal Tuberosidade da Falange Distal 13 Fáscias 1. Fáscia Muscular da Coxa ou Fáscia Lata Trato Iliotibial Hiato Safeno 2. Fáscia Cribriforme Cobre o Hiato Safeno 3. Fáscia Poplítea Recobre a Fossa Poplítea 4. Fáscia Muscular da Perna ou Fáscia Crural Retináculo Superior dos Músculos Extensores Retináculo Inferior dos Músculos Extensores Retináculo Superior dos Músculos Fibulares Retináculo Inferior dos Músculos Fibulares Membrana Interóssea 5. Fáscia Muscular do Pé Aponeurose Plantar Retináculo dos Músculos Flexores Músculos da Região Glútea Músculo Glúteo Máximo Músculo Glúteo Médio Músculo Glúteo Mínimo Músculo Piriforme Músculo Gêmeo Superior Músculo Obturador Interno Músculo Gêmeo Inferior Músculo Quadrado Femoral Observações: Tríceps Femoral: Músculo Gêmeo Superior Músculo Obturador Interno Músculo Gêmeo Inferior Esses três músculos inserem-se por meio de um tendão comum na Fossa Trocantérica. 14 Músculos da Região Glútea Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Glúteo Máximo Linha Glútea Posterior Face Dorsal do Sacro e Cóccix Ligamento Sacrotuberal Trato Iliotibial Tuberosidade Glútea do Fêmur Nervo Glúteo Inferior Extensão e Rotação Lateral da Coxa Glúteo Médio Entre as Linhas Glúteas Posterior e Anterior Trocanter Maior do Fêmur Nervo Glúteo Superior Abduz e Roda Medialmente a Coxa Glúteo Mínimo Entre as Linhas Glúteas Anterior e Inferior Tensor da Fáscia Lata Espinha Ilíaca Anterossuperior Trato Iliotibial Tensiona a Fáscia Lata Abduz e Roda Medialmente a Coxa Piriforme Face Ventral do Sacro Ligamento Sacrotuberal Trocanter Maior do Fêmur Nervo para o Músculo Piriforme Rotação Lateral com a Coxa Estendida Abduz a Coxa Fletida Estabiliza a Cabeça do Fêmur no Acetábulo T rí c e p s F e m o ra l Gêmeo Superior Espinha Isquiática Fossa Trocantérica Nervo para o Músculo Obturador Interno Obturador Interno Membrana Obturatória Gêmeo Inferior Túber Isquiático Nervo para o Músculo Quadrado Femoral Quadrado Femoral Tubérculo quadrado na crista Intertrocantérica Rotação Lateral da Coxa 15 Músculos da Coxa 1. Região Anterior da Coxa Músculo Tensor da Fáscia Lata Músculo Sartório Músculo Pectíneo Músculo Reto Femoral Músculo Vasto Medial Músculo Vasto Intermédio Músculo Vasto Lateral Músculo Iliopsoas Músculo Ilíaco Músculo Psoas Maior Músculo Psoas Menor Observação: Quadríceps Femoral Músculo Reto Femoral Músculo Vasto Medial Músculo Vasto Intermédio Músculo Vasto Lateral O Músculo Iliopsoas é o principal Flexor da Coxa. O Músculo Sartório é o músculo mais longo do corpo. O Músculo Psoas Menor nem sempre está presente. 2. Região Medial da Coxa Músculo Adutor Longo Músculo Adutor Curto Músculo Adutor Magno Porção Adutora do Músculo Adutor Magno Porção do Jarrete do Músculo Adutor Magno Músculo Grácil Músculo Obturador Externo Observação: Sanduíche de Curto: o Músculo Adutor curto se encontra entre os Músculos Adutor Longo e Adutor Magno. 3. Região Posterior da Coxa Músculo Semitendíneo Músculo Semimembranáceo Músculo Bíceps Femoral Cabeça Longa do Músculo Bíceps Femoral Cabeça Curta do Músculo Bíceps Femoral Observações: “Pata-de-Ganso” Formada pelos tendões dos Músculos Sartório, Grácil e Semitendíneo. Músculos do Jarrete Músculo Semitendíneo Músculo Semimembranáceo Cabeça Longa do Bíceps Femoral Os Músculos do Jarrete possuem três características em comum: Fixação Proximal no Túber Isquiático Inervação pela Divisão Tibial do Nervo Isquiático Ação de Flexão da Perna e Extensão da Coxa 16 A Cabeça Longa do Músculo Bíceps Femoral não faz parte do grupo dos Músculos do Jarrete, pois é invervada pela Divisão Fibular Comum do Nervo Isquiático. A Porção do Jarrete do Músculo Adutor Magno tabém não faz parte do grupo dos Músculos do Jarrete, pois não flexiona a perna, apenas faz extensão da coxa. Músculos da Região Anterior da Coxa Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Sartório Espinha Ilíaca Anterossuperior Pata-de-Ganso Nervo Femoral Flete, Abduz e Roda Lateralmente a Coxa Flete a Perna Pectíneo Ramo Superior do Púbis Linha Pectínea do Fêmur Nervo Femoral (pode ser inervado pelo Nervo Obturatório, também) Aduz , Flete e Roda Medialmente a Coxa Il io p so a s Psoas Maior T12 –L5 e Discos Intervertebrais Associados Trocanter Menor do Fêmur Nervos Lombares L1, L2 e L3 Flexão da Coxa Estabilização do Quadril Psoas Menor T12 – L1 e Discos Intervertebrais Associados Linha Pectínea do Púbis Arco Iliopectíneo Nervos Lombares L1 e L2 Ilíaco Crista Ilíaca Fossa Ilíaca Asa do Sacro Ligamentos Sacroilíacos Anteriores Tendão do Psoas Maior Trocanter Menor do Fêmur Nervo Femoral Q u a d rí c e p s F e m o ra l Reto Femoral Espinha Ilíaca Anterossuperior Base da Patela via Tendão do Quadríceps; Tuberosidade da Tíbia via Ligamento Patelar Extensão da Perna Flexão da Coxa Vasto Medial Linha Intertrocantérica Lábio Medial da Linha Áspera do Fêmur Extensão da Perna Vasto Lateral Trocanter Maior do Fêmur Lábio Lateral da Linha Áspera do Fêmur Vasto Intermédio Corpo do Fêmur 17 Músculos da Região Medial da Coxa Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Obturador Externo Membrana Obturatória Fossa Trocantérica Nervo Obturatório Rotação Lateral da Coxa Grácil Corpo e Ramo Inferior do Púbis Pata-de-Ganso Aduz a Coxa Flete e Roda Medialmente a Perna Adutor Longo Corpo do Púbis Linha Áspera do Fêmur Aduz a Coxa Adutor Curto Linha Pectínea do Fêmur Linha Áspera do Fêmur A d u to r M a g n o Porção Adutora Ramo Inferiordo Púbis Ramo do Ísquio Tuberosidade Glútea do Fêmur Linha Áspera do Fêmur Linha Supracondilar Medial Porção do Jarrete Túber Isquiático Tubérculo do Adutor Divisão Tibial do Nervo Isquiático Extensão da Coxa Músculos da Região Posterior da Coxa Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Semitendíneo Túber Isquiático Pata-de- Ganso Divisão Tibial do Nervo Isquiático Extensão da Coxa Flexão da Perna Semimembranáceo Parte posterior do Côndilo Medial da Tíbia B íc e p s F e m o ra l Cabeça Longa Cabeça da Fíbula Cabeça Curta Linha Áspera do Fêmur Linha Supracondilar Lateral do Fêmur Divisão Fibular do Nervo Isquiático Flexão da Perna 18 Músculos da Perna 1. Compartimento Anterior da Perna Músculo Tibial Anterior Músculo Extensor Longo dos Dedos Músculo Extensor Longo do Hálux Músculo Fibular Terceiro Observação: O Músculo Fibular Terceiro nem sempre está presente. 2. Compartimento Lateral da Perna Músculo Fibular Longo Músculo Fibular Curto 3. Compartimento Posterior da Perna Músculo Gastrocnêmio Cabeça Medial do Músculo Gastrocnêmio Cabeça Lateral do Músculo Gastrocnêmio Músculo Sóleo Músculo Flexor Longo dos Dedos Músculo Flexor Longo do Hálux Músculo Tibial Posterior Músculo Plantar Músculo Poplíteo Observações: Tríceps Sural: Cabeça Medial do Músculo Gastrocnêmio Cabeça Lateral do Músculo Gatrocnêmio Músculo Sóleo Quiasma Crural: cruzamento dos Tendões dos Músculos Tibial Posterior e Flexor Longo dos Dedos. Quiasma Plantar: cruzamento dos Tendões dos Músculos Flexor Longo dos Dedos e Flexor Longo do Hálux. Músculos do Compartimento Anterior da Perna Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Tibial Anterior Côndilo Lateral da Tíbila Corpo da Tíbia Membrana Interóssea Cuneiforme Medial Base do I Metatarsal Nervo Fibular Profundo Dorsiflexão do Tornozelo Inversão do Pé Extensor Longo dos Dedos Falanges Médias e Distais dos Quatro Dedos Laterais Extensão dos Quatro Dedos Laterais Dorsiflexão do Tornozelo Extensor Longo do Hálux Corpo da Tíbia Membrana Interóssea Falange Distal do Hálux Extensão do Hálux Dorsiflexão do Tornozelo Fibular Terceiro Tuberosidade do V Metatarsal Eversão do Pé Dorsiflexão do Tornozelo 19 Músculos do Compartimento Lateral da Perna Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Fibular Longo Cabeça da Fíbula Corpo da Fíbula Base do I Metatarsal Cuneiforme Medial Nervo Fibular Superficial Eversão do Pé Flexão Plantar Fibular Curto Corpo da Fíbula Tuberosidade do V Metatarsal Músculos do Compartimento Posterior da Perna Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação T rí c e p s S u ra l G a st ro c n ê m io Cabeça Lateral Côndilo Lateral do Fêmur Tuberosidade do Calcâneo por meio do Tendão do Calcâneo Nervo Tibial Flexão Plantar Flexão da Perna Cabeça Medial Face Poplítea do Fêmur Sóleo Linha para o Músculo Sóleo Corpo da Tíbia Cabeça da Fíbula Corpo da Fibular Flexão Plantar Plantar Linha Supracondilar Lateral do Fêmur Tendão do Calcâneo Poplíteo Côndilo Lateral do Fêmur Menisco Lateral Corpo da Tíbia, superiormente à Linha para o Músculo Sóleo Destrava a articulação do joelho na Flexão da Perna Flexor Longo do Hálux Corpo da Fíbula Membrana Interóssea Falange Distal do Hálux Flexão do Hálux Flexão Plantar Flexor Longo dos Dedos Corpo da Tíbia, inferiormente à Linha para o Músculo Sóleo Falanges Distais dos Quatro Dedos Laterais Flexão dos Quatro Dedos Laterais Flexão Plantar Tibial Posterior Corpo da Tíbia, inferiormente à Linha para o Músculo Sóleo Membrana Interóssea Navicular Cuboide Cuneiformes II, III e IV Metatarsais Flexão Plantar Inversão do Pé 20 Inervação da Região Glútea Nervo Isquiático Nervo Glúteo Superior Nervo Glúteo Inferior Nervo para o Músculo Pirifome Nervo para o Músculo Obturador Interno Nervo para o Músculo Quadrado Femoral Observações: O Nervo Isquiático, embora passe pela região, não inerva nenhum músculo. O Nervo Isquiático passa inferiormente ao Músculo Piriforme. O Músculo Piriforme é considerado “músculo satélite”. Estruturas que passam superiormente a ele ganham o adjetivo superior. Ex.: Nervo Glúteo Superior (está superior ao Músculo Piriforme). Analogamente, estruturas que passam inferiormente a esse músculo ganham o adjetivo “inferior”. Ex.: Artéria Glútea Inferior (está inferior ao Músculo Piriforme). Inervação da Coxa 1. Região Anterior da Coxa Nervo Femoral 2. Região Medial da Coxa Nervo Obturatório 3. Região Posterior da Coxa Divisão Tibial do Nervo Isquiático Divisão Fibular Comum do Nervo Isquiático Inervação do Joelho Nervo Femoral Divisão Tibial do Nervo Isquiático Divisão Fibular Comum do Nervo Isquiático Nervo Safeno Nervo Obturatório Inervação da Perna 1. Compartimento Anterior da Perna Nervo Fibular Profundo 2. Compartimento Lateral da Perna Nervo Fibular Superficial 3. Compartimento Posterior da Perna Nervo Tibial Vascularização da Região Glútea Artéria Glútea Superior Artéria Glútea Inferior Veia Glútea Superior Veia Glútea Inferior 21 Vascularização da Coxa 1. Região Anterior da Coxa Artéria Femoral Veia Femoral 2. Região Medial da Coxa Artéria Obturatória Veia Obturatória 3. Região Posterior da Coxa Artéria Femoral Profunda Veia Femoral Profunda Vascularização do Joelho Artéria Femoral Veia Femoral Artéria Poplítea Veia Poplítea Observações: A vascularização, a rigor, é feita pelos Ramos Geniculares das artérias listadas acima. Artéria e Veia Poplítea são continuações, respectivamente, da Artéria Femoral e Veia Femoral. A mudança de nome ocorre após a passagem pelo Hiato dos Adutores. Vascularização da Perna 1. Compartimento Anterior da Perna Artéria Tibial Anterior Veia Tibial Anterior 2. Compartimento Lateral da Perna Artéria Fibular Veia Fibular 3. Compartimento Posterior da Perna Artéria Tibial Posterior Veia Tibial Posterior Observação: Para cada artéria da perna, geralmente há duas veias que a acompanha numa mesma bainha de tecido conjuntivo. As veias recebem a mesma nomenclatura que as artérias. Ex.: Há uma artéria tibial posterior e duas veias tibiais posteriores numa mesma bainha de tecido conjuntivo. Drenagem Venosa Superficial do Membro Inferior Veia Safena Magna Desemboca na Veia Femoral Veia Safena Parva Desemboca na Veia Poplítea Relações Anatômicas 1. Trígono Femoral Limites: 22 Superior: Ligamento Inguinal Medial: Músculo Adutor Longo Lateral: Músculo Sartório Assoalho: Músculo Iliopsoas Músculo Pectíneo MúsculoAdutor Longo Conteúdo: Nervo Femoral Artéria Femoral Veia Femoral Anel Femoral/Espaço Vazio Observações: As Hérnias Femorais frequentemente entram pelo Anel Femoral/Espaço Vazio. Mnemônico para lembrar o conteúdo do Trígono Femoral: “NAVE no bolso”. De LATERAL para MEDIAL temos: N = Nervo Femoral A = Artéria Femoral V = Veia Femoral E = Espaço Vazio 2. Canal dos Adutores Limites: Superior: Interseção do Músculo Sartório com o Músculo Adutor Longo Inferior: Hiato dos Adutores Posteromedial (Assoalho): Músculo Adutor Longo e Músculo Adutor Magno Lateral: Músculo Vasto Medial Anterior (Teto): Músculo Sartório Conteúdo: Artéria Femoral Veia Femoral Nervo Safeno Nervo para o Músculo Vasto Medial 3. Hiato dos Adutores Abertura formada pelas fixações distais das Porções Adutora e do Jarrete do Músculo Adutor Magno. Conteúdo: Artéria Femoral Veia Femoral Observação: O Nervo Safeno e o Nervo para o Músculo Vasto Medial não passam pelo Hiato dos Adutores, e sim por fora do mesmo. 4. Fossa Poplítea Limites: Teto: Fáscia Poplítea e pele Súperomedial: Tendão do Músculo Bíceps Femoral Súperolateral: Tendões dos Músculos Semitendíneo e Semimembranáceo 23 Ínferomedial: cabeça medial do Músculo Gastrocnêmio Ínferolateral: cabeça lateral do Músculo Gastrocnêmio Conteúdo: Artéria Poplítea Veia Poplítea Nervo Tibial Nevo Fibular Comum Linfonodos e Vasos Poplíteos Observações: Mnemônico para lembrar o conteúdo da Fossa Poplítea: “NeVA na fossa” De SUPERCIAL para PROFUNDO, temos: Ne: nervos Fibular Comum e Tibial V: veia Poplítea A: artéria Poplítea 5. TTVANT TTVANT: mnemônico para facilitar a memorização da disposição dos tendões e estruturas vasculonervosas na altura do calcanhar. De ANTERIOR para POSTERIOR, temos: T: tendão do Músculo Tibial Posterior T: tendão do Músculo Flexor Longo dos Dedos V: veias Tibiais A: artéria Tibial N: nervo Tibial T: tendão do Músculo Flexor Longo do Hálux PERNA DIREITA Clínica 1. Pé em Gota Alteração resultante de problemas no Nervo Fibular Comum (por uma lesão próxima à cabeça da Fíbula, por exemplo). Nela o pé fica “caído”, em constante flexão plantar, pois os músculos dos compartimentos anterior e lateral da perna não conseguem atuar. 2. Fissura da Cabeça/Colo da Fíbula O forte Músculo Bíceps Femoral se insere na região da cabeça da Fíbula, um osso comparativamente frágil. Sendo assim, caso o primeiro esteja muito hipertrofiado, em desequilíbrio com o grupamento anterior, ou ocorra uma situação de encurtamento muscular abrupto, pode ocorrer de o colo da fíbula trincar e apresentar uma fissura (ou em casos extremos sofrer avulsão). 24 Membro Superior Ossos 1. Clavícula Extremidade External Extremidade Acromial Corpo da Clavícula Sulco do Músculo Subclávio Impressão do Ligamento Costoclavicular Impressão do Ligamento Coracoclavicular Tubérculo Conoide Linha Trapezóidea Observações: A Face Superior é Lisa ao passo que a Face Inferior apresenta o Sulco do Músculo Subclávio e as Impressões Ligamentares. 2/3 são mediais e convexos anteriormente e 1/3 é lateral e côncavo anteriormente. 2. Escápula Margem Superior da Escápula Margem Lateral da Escápula Margem Medial da Escápula Ângulo Inferior da Escápula Ângulo Superior da Escápula Ângulo Lateral da Escápula Incisura da Escápula Processo Coracoide Acrômio Ângulo do Acrômio Espinha da Escápula Fossa Supraespinal Fossa Infraespinal Fossa Subescapular Sulco dos Vasos Circunflexos da Escápula Incisura Espinoglenoidal Colo da Escápula Cabeça da Escápula Tubérculo Infraglenoidal Tubérculo Supraglenoidal Cavidade Glenoidal 3. Úmero Cabeça do Úmero Colo Anatômico do Úmero Colo Cirúrgico do Úmero Tubérculo Maior do Úmero Crista do Tubérculo Maior do Úmero Tubérculo Menor do Úmero Crista do Tubérculo Menor do Úmero Sulco Intertubercular Corpo/Diáfise do Úmero Sulco do Nervo Radial Tuberosidade para o Músculo Deltoide Epicôndilo Lateral do Úmero Epicôndilo Medial do Úmero Crista Supraepicondilar Lateral do Úmero Crista Supraepicondilar Medial do Úmero Fossa Radial Fossa Coronoidea Fossa do Olécrano Sulco do Nervo Ulnar 25 Capítulo do Úmero Tróclea do Úmero Observações: O Epicôndilo Lateral do Úmero é o local de origem da maioria dos Músculos Extensores. O Epicôndilo Medial do Úmero é local de origem da maioria dos Músculos Flexores. 4. Ulna Olécrano Incisura Troclear Processo Coronoide da Ulna Incisura Radial Crista do Músculo Supinador Tuberosidade da Ulna Corpo/Diáfise da Ulna Forame Nutrício Cabeça da Ulna Circunferência Articular da Cabeça da Ulna Processo Estiloide da Ulna Face Anterior da Ulna Face Posterior da Ulna Face Medial da Ulna Margem Interóssea da Ulna Margem Posterior da Ulna Observações: A Ulna não se articula diretamente com os ossos do carpo. 5. Rádio Cabeça do Rádio Circunferência Articular da Cabeça do Rádio Colo do Rádio Tuberosidade do Rádio Corpo/Diáfise do Rádio Forame Nutrício Incisura Ulnar Processo Estiloide do Rádio Tubérculo Dorsal do Rádio Sulco dos Músculos Extensores Radial Curto e Radial Longo do Carpo Face Anterior do Rádio Face Lateral do Rádio Face Posterior do Rádio Margem Anterior do Rádio Margem Posterior do Rádio Margem Interóssea do Rádio Observações: “O Polegar é a antena do Rádio”. Dessa forma, sabemos que o Rádio é lateral à Ulna quando em supinação. É o Rádio que gira sobre a ulna, promovendo a supinação ou pronação, na Articulação Radioulnar. 6. Escafoide Tubérculo do Escafoide 7. Semilunar 8. Piramidal 9. Pisiforme 26 10. Trapézio Tubérculo do Trapézio 11. Trapezoide 12. Capitado 13. Hamato Hâmulo do Hamato Observações: Primeira Fileira do Carpo: Escafoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. Segunda Fileira do Carpo: Trapézio, Trapezoide, Capitato e Hamato. Sulco do Carpo: Concavidade formada pelos ossos do carpo e seus acidentes (Tubérculo do Escafoide, Tubérculo do Trapézio, Hâmulo do Hamato). O Osso Pisiforme é considerado como um osso Sesamoide. 14. Metacarpos I,II,III,IV,V (Numeração feita de Lateral para Medial) Processo Estiloide do III Metacarpal Base do (I,II,III,IV,V) Metacarpal Corpo do (I,II,III,IV,V) Metacarpal Cabeça do (I,II,III,IV,V) Metacarpal Exemplos: Corpo do IV Metacarpal Cabeça do III Metacarpal 15. Falanges São 5 proximais, 4 médias e 5 distais. O Polegar, assim como o Hálux, não possui Falange Média. Falange Proximal Base da Falange Proximal Corpo da Falange Proximal Cabeça da Falange Proximal Falange Média Base da Falange Média Corpo da Falange Média Cabeça da Falange Média Falange Distal Base da Falange Proximal Corpo da FalangeProximal Cabeça da Falange Proximal Observação: A Articulação Carpometacárpica do Polegar é Sinovial do tipo Selar. Fáscias 1. Fáscia Peitoral Fáscia Axilar 2. Fáscia Clavipeitoral 3. Fáscia Deltoidea 4. Fáscia Supra-Espinal 5. Fáscia Infra-Espinal 6. Fáscia do Braço Septo Intermuscular Medial 27 Septo Intermuscular Lateral Aponeurose do Músculo Bíceps Braquial 7. Fáscia do Antebraço Retináculo dos Músculos Extensores Retináculo dos Músculos Flexores/Lingamento Carpal Transverso Observação: Na realidade, é o Ligamento Carpal Palmar que faz o papel de Retináculo dos Músculos Flexores, mas ainda não houve mudança na nômina anatômica em relação a esse tema. 8. Fáscia da Palma Fáscia Tenar Fáscia Hipotenar Aponeurose Palmar Músculos Toracoapendiculares Anteriores Peitoral Maior Peitoral Menor Subclávio Serrátil Anterior Posteriores Trapézio Latíssimo do Dorso Romboide Menor Romboide Maior Levantador da Escápula Músculos do Ombro Músculo Deltoide Músculo Redondo Maior Músculo Redondo Menor Músculo Supraespinal Músculo Infraespinal Músculo Subscapular Observações: Alguns músculos do ombro possuem função comum de fixar a Cabeça do Úmero na Cavidade Glenoidal, estabilizando a Articulação Glenoumeral. Esses músculos, então, são classificados como músculos do Manguito Rotador. Músculos do Manguito Rotador: Músculo Supraespinal Músculo Infraespinal Músculo Subescapular Músculo Redondo Maior 28 Músculos Toracoapendiculares A n te ri o re s Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Peitoral Maior Cabeça Clavicular: face Anterior da Metade Medial da Clavícula Sulco Intertubercular do Úmero Nervos Peitorais Medial e Lateral Adução e Rotação Medial do Úmero Move a Escápula Anterior e Inferiormente Cabeça Clavicular: flexão do Úmero Cabeça Esternocostal: extensão do Úmero Cabeça Esternocostal: face Anterior do Esterno, Aponeurose do Músculo Oblíquo Externo, Seis Primeiras Cartilagens Costais. Peitoral Menor 3ª-5ª Costelas Processo Coracoide da Escápula Nervo Peitoral Medial Move a Escápula Anterior e Inferiormente Serrátil Anterior 1ª-8ª Costelas Margem Medial da Escápula Nervo Torácico Longo Protração e Rotação da Escápula Subclávio Junção da 1ª Costela com sua Cartilagem Costal Sulco do Músculo Subclávio Nervo para o Músculo Subclávio Fixação e Depressão da Clavícula 29 Músculos Toracoapendiculares Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação P o st e ri o re s Trapézio Linha Nucal Superior Protuberância Occipital Externa Ligamento Nucal Processos Espinhosos de C7-T12 Espinha da Escápula Acrômio Terço Lateral da Clavícula Nervo Acessório (NC XI) Parte Ascendente: elevação da Escápula. Parte Transversa: Retração da Escápula Parte Descendente: depressão da Escápula Juntas: Retração da Escápula Latíssimo do Dorso Crista Ilíaca Fáscia Toracolombar Processos Espinhosos de T7-T12 3 ou 4 Costelas Inferiores Sulco Intertubercular do Úmero Nervo Toracodorsal Extensão, Adução e Rotação Medial do Úmero Romboide Menor Ligamento Nucal Processos Espinhosos das Vértebras C7-T1 Margem Medial da Escápula Nervo Dorsal da Escápula Retração da Escápula Fixação da Escápula da Parede Torácica Inclinação Inferior da Cavidade Glenoidal Romboide Maior Processos Espinhosos de T2-T5 Levantador da Escápula Tubérculos Posteriores dos Processos Transversos de C1-C4 Margem Medial da Escápula Nervos Dorsal da Escápula e Cervical Elevação da Escápula Gira a Cavidade Glenoidal Inferiormente 30 Músculos do Ombro Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Deltoide Terço Lateral da Clavícula Acrômio Espinha da Escápula Tuberosidade para o Músculo Deltoide do Úmero Nervo Axilar Parte Anterior: flexão e Rotação Medial do Braço Parte Média: abduz o Braço Parte Posterior: extensão e Rotação Lateral do Braço Juntas: abdução do Braço a partir dos 15° M a n g u it o R o ta d o r Redondo Menor Margem Lateral da Escápula Tubérculo Maior do Úmero Rotação Lateral do Braço Fixa a Cabeça do Úmero na Cavidade Glenoidal Infraespinal Fossa Infraespinal da Escápula Nervo Supraescapular Supraespinal Fossa Supraespinal da Escápula Abdução do Braço até os 15° Fixa a Cabeça do Úmero na Cavidade Glenoidal Subscapular Fossa Subescapular Tubérculo Menor do Úmero Nervo Subscapular Rotação Medial e Adução do Braço Fixa a Cabeça do Úmero na Cavidade Glenoidal Redondo Maior Ângulo Inferior da Escápula Sulco Intertubercular do Úmero Adução e Rotação Medial do Braço 31 Músculos do Braço 1. Compartimento Anterior do Braço Músculo Coracobraquial Músculo Braquial Músculo Bíceps Braquial Cabeça Longa do Músculo Bíceps Braquial Cabeça Curta do Músculo Bíceps Braquial Observações: O Músculo Coracobraquial é perfurado pelo Nervo Musculocutâno. O Músculo Braquial é o principal flexor do Antebraço. Músculos que se inserem no Processo Coracoide da Escápula: Músculo Peitoral Menor Músculo Coracobraquial Cabeça Curta do Músculo Bíceps Braquial 2. Compartimento Posterior do Braço Músculo Tríceps Braquial Cabeça Longa do Músculo Tríceps Braquial Cabeça Medial do Músculo Tríceps Braquial Cabeça Lateral do Músculo Tríceps Braquial Ancôneo Observação: Cuidado, não existe Cabeça Curta do Músculo Tríceps Braquial. 32 Músculos do Compartimento Anterior do Braço Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Coracobraquial Processo Coracoide da Escápula Corpo do Úmero Nervo Musculocutâneo Adução e Flexão do Braço Braquial Corpo do Úmero Processo Coronoide da Ulna Tuberosidade da Ulna Flexão do Antebraço B íc e p s B ra q u ia l Cabeça Curta Processo Coracoide da Escápula Tuberosidade do Rádio Fáscia do Antebraço por meio da Aponeurose Bicipital Supinação e Flexão do Antebraço Cabeça Longa Tubérculo Supraglenoidal da Escápula Compartimento Posterior do Braço Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação T rí c e p s B ra q u ia l Cabeça Longa Tubérculo Infraglenoidal da Escápula Olécrano Nervo Radial Extensão do Antebraço Cabeça Lateral Corpo do Úmero, superiormente ao Sulco do Nervo Radial Cabeça Medial Corpo do Úmero, inferiormente ao Sulco do Nervo Radial Ancôneo Epicôndilo Lateral do Úmero 33 Músculos Antebraço 1. Compartimento Anterior do Antebraço Camada Superficial Músculo Pronador Redondo Músculo Flexor Radial do Carpo Músculo Palmar Longo Músculo Flexor Ulnar do Carpo Camada Média Músculo Flexor Superficial dos Dedos Camada Profunda Músculo Flexor Profundo dos Dedos Músculo Flexor Longo do Polegar Músculo Pronador Quadrado Observação: O Músculo Pronador Quadrado é o principal pronador do antebraço. 2. Compartimento Posterior do Antebraço Camada Superficial Músculo Braquiorradial Músculo Extensor Radial Longo do Carpo Músculo Extensor Radial Curto do Carpo Músculo Extensor dos Dedos Músculo Extensor do Dedo Mínimo Músculo Extensor Ulnar do Carpo Camada Profunda Músculo Supinador Músculo Extensor do Indicador Músculo Abdutor Longo do Polegar Músculo Extensor Curto do Polegar Músculo Extensor Longo do Polegar Observação: “Sanduíche de Curto”: o Músculo Extensor Curto do Polegar se encontra entre os Músculos Abdutor Longo do Polegar e Extensor Longo do Polegar. 34 Músculos do Compartimento Anterior do Antebraço Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação C a m a d a S u p e rf ic ia l Pronador Redondo Epicôndilo Medial do Úmero Processo Coronóide da Ulna Face Lateral do Rádio Nervo Mediano Pronação e Flexão do Antebraço Flexor Radial do Carpo Epicôndilo Medial do Úmero II Metacarpal Flexão e Abdução da Mão Palmar Longo Retináculo dos Músculos Flexores Aponeurose Palmar Flexão da Mão Tensiona a Aponeurose Palmar Flexor Ulnar do Carpo Pisiforme Hâmulo do Hamato V Metacarpal Nervo Ulnar Flexão e Adução da Mão C a m a d a I n te rm e d iá ri a Flexor Superficial dos Dedos Epicôndilo Medial do Úmero Margem Anterior do Rádio Falanges Médias dos Quatro Dedos Mediais Nervo Mediano Flexão das Falanges Médias C a m a d a P ro fu n d a Flexor Profundo dos Dedos Faces Medial e Anterior da Ulna Membrana Interóssea Falanges Distais dos Quatro Dedos Mediais Nervo Ulnar (parte medial) Nervo Interósseo Anterior (parte lateral) Flexão das Falanges Distais Flexor Longo do Polegar Face Anterior do Rádio Membrana Interóssea Falange Distal do Polegar Nervo Interósseo Anterior Flexão do Polegar Pronador Quadrado Face Anterior da Ulna Face Anterior do Rádio Pronação do Antebraço 35 Músculos do Compartimento Posterior do Antebraço Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação C a m a d a S u p e rf ic ia l Braquiorradial Crista Supraepicondilar Lateral do Úmero Face Lateral do Rádio, próximo ao Processo Estiloide Nervo Radial Flexão do Antebraço Extensor Radial Longo do Carpo II Metacarpal Extensão e Abdução da Mão Extensor Radial Curto do Carpo Epicôndilo Lateral do Úmero III Metacarpal Nervo Radial Profundo Extensor dos Dedos Falanges Médias e Distais dos Quatro Dedos Mediais Nervo Interósseo Posterior Extensão dos Quatro Dedos Mediais Extensor do Dedo Mínimo Falanges Média e Distal do Dedo Mínimo (V Quirodáctilo) Extensão do Dedo Mínimo C a m a d a P ro fu n d a Supinador Epicôndilo Lateral do Úmero Fossa do Músculo Supinador Faces Lateral, Posterior e Anterior do Rádio Nervo Radial Profundo Supinação do Antebraço Extensor do Indicador Membrana Interóssea Face Posterior da Ulna Falanges Média e Distal do II Quirodáctilo Nervo Interósseo Posterior Extensão do Indicador Abdutor Longo do Polegar Face Posterior da Ulna Face Posterior do Rádio Membrana Interóssea I Metacarpal Abdução e Extensão do Polegar Extensor Longo do Polegar Face Posterior da Ulna Membrana Interóssea Falange Distal do Polegar Extensão da Falange Distal Extensor Curto do Polegar Face Posterior do Rádio Membrana Interóssea Falange Proximal do Polegar Extensão da Falange Proximal 36 Plexo Braquial 1. Raízes C5 C6 C7 C8 T1 Observação: As raízes do Plexo Braquial passam entre os Músculos Escalenos Anterior e Médio. 2. Troncos Tronco Superior = C5 + C6 Tronco Médio = C7 Tronco Inferior = C8 + T1 Observação: Cada tronco emite uma divisão anterior e uma divisão posterior. 3. Fascículos Fascículo Lateral: formado pelas divisões anteriores dos Troncos Superior e Médio. Fascículo Medial: formado pela divisão anterior do Tronco Inferior. Fascículo Posterior: formado pelas divisões posteriores dos Troncos Superior, Médio e Inferior. Observação: Cada fascículo emite ramos terminais. 4. Ramos Terminais Fascículo Lateral Nervo Músculocutâneo Raiz Lateral do Nervo Mediano Fascículo Medial Nervo Ulnar Raiz Medial do Nervo Mediano Fascículo Posterior Nervo Radial Nervo Axilar Inervação do Ombro Nervo Axilar Nervo Subespular Anterior Posterior Nervo Supraescapular Inervação do Braço 1. Compartimento Anterior do Braço Nervo Musculocutâneo Nervo Mediano Nervo Ulnar Observação: Embora passem pelo braço, os Nervos Mediano e Ulnar não inervam nenhum músculo dessa região. 2. Compartimento Posterior do Braço Nervo Radial Inervação do Antebraço 1. Compartimento Anterior do Antebraço 37 Nervo Mediano Nervo Ulnar Nervo Interósseo Anterior 2. Compartimento Posterior do Antebraço Nervo Radial Nervo Radial Profundo Nervo Interósseo Posterior Vascularização do Ombro Artéria Axilar Veia Axilar Observações: A Artéria Axilar é apenas a continuação da Artéria Subclávia. A transição de uma para outra se dá na Borda Lateral da 1ª Costela. A Artéria Axilar é divida em três partes tendo como referência o Músculo Peitoral Menor. Partes da Artéria Axilar: 1ª Parte Artéria Torácica Superior 2ª Parte Artéria Torácica Lateral Artéria Toracoacromial 3ª Parte Artéria Circunflexa Posterior do Úmero Artéria Circunflexa Anterior do Úmero Artéria Subescapular Observe que o número da parte da Artéria Axilar corresponde ao número de ramos dessa parte. Isso facilita a memorização. 1ª Parte = 1 ramo 2ª Parte = 2 ramos 3ª Parte = 3 ramos A Artéria Subescapular é o maior ramo da Artéria Axilar e se subdivide em outros dois ramos: Artéria Circunflexa da Escápula Artéria Toracodorsal Vascularização do Braço 1. Compartimento Anterior do Braço Artéria Braquial Veia Braquial Observação: A Artéria Braquial se situa entre o tendão do Músculo Bíceps Braquial e o Nervo Mediano. 2. Compartimento Posterior do Braço Artéria Braquial Profunda Veia Braquial Profunda Vascularização do Antebraço 1. Compartimento Anterior Artéria Ulnar Artéria Interóssea Comum Artéria InterósseaAnterior Veia Ulnar Veia Interóssea Comum 38 Veia Interóssea Anterior 2. Compartimento Posterior Artéria Radial Artéria Interóssea Posterior Veia Radial Veia Interóssea Posterior Observações: As Artérias Interósseas Anterior e Posterior são ramos da Artéria Interóssea Comum (ramo da Artéria Ulnar). Portanto, cuidado. A Artéria Interóssea Posterior não é ramo da Artéria Radial. Da mesma forma que na perna, há duas veias para uma artéria, na região do antebraço. Ou seja, há duas Veias Ulnares para uma Artéria Ulnar. Drenagem Venosa Superficial do Membro Superior Veia Cefálica Veia Basílica Veia Intermédia do Antebraço Veia Intermédia do Cotovelo Observação: Em 30% dos casos, a Veia Intermédia do Cotovelo é substituída pelas Veias Intermédias Cefálica e Basílica. Relações Anatômicas 1. Espaços Espaço Triangular Limites: Superior: Músculo Redondo Menor. Inferior: Músculo Redondo Maior. Lateral: Cabeça Longa do Músculo Tríceps Braquial. Conteúdo: Artéria Circunflexa da Escápula Espaço Quadrangular Limites: Superior: Músculo Redondo Menor. Inferior: Músculo Redondo Maior. Lateral: Úmero. Medial: Cabeça Longa do Músculo Tríceps Braquial. Conteúdo: Artéria Circunflexa Posterior do Úmero Nervo Axilar Espaço Radial Limites: Superior: Músculo Redondo Maior. Lateral: Úmero. 39 Medial: Cabeça Longa do Músculo Tríceps Braquial. Conteúdo: Artéria Braquial Profunda Nervo Radial Observação: Todas as estruturas citadas como conteúdo dos espaços, necessariamente, passam do conteúdo anterior do braço para o compartimento posterior. 2. Tabaqueira Anatômica Limites: Anterior: Tendões dos Músculos Abdutor Longo do Polegar e Extensor Curto do Polegar. Posterior: Tendão do Músculo Extensor Longo do Polegar. Assoalho: Ossos Escafoide e Trapézio Teto: fáscia, tecido subcutâneo e pele. Conteúdo: Artéria radial Processo Estiloide do Rádio Base do 1º Metacarpal 3. Fossa Cubital Limites: Superior: linha imaginária que une os epicôndilos medial e lateral do úmero. Medial: músculos flexores do antebraço cuja fixação proximal é o Epicôndilo Medial do Úmero. Lateral: músculos extensores do antebraço cuja fixação é o Epicôndilo Lateral do Úmero. Assoalho: Músculos Braquial e Supinador. Teto: Fáscias do Braço e Antebraço, tecido subcutâneo e pele. Conteúdo: Artéria Braquial Artéria Ulnar Artéria Radial Veias Acompanhantes Nervo Mediano Nervo Radial 40 Tendão do Músculo Bíceps Braquial Clínica 1. Lesão do Nervo Mediano Lesões no Nervo Mediano comprometem a função de parte do compartimento anterior do antebraço. Devido a isto, quando é solicitado para a pessoa afetada flexionar os dedos, somente será possível com o anular e o mínimo, ficando os demais estendidos. A este sinal, dá-se o nome de Mão em Benção. 2. Lesão do Nervo Radial (“Queda do Punho”) Lesões no Nervo radial irão afetar a função do compartimento posterior do antebraço, e com isto a extensão do punho é comprometida. Logo, o mesmo fica em constante flexão (caído). 3. Lesão do Nervo Ulnar Lesões no Nervo Mediano comprometem a função de parte do compartimento anterior do antebraço. Entretanto, de forma diferente do que ocorre em lesões do Nervo Mediano, a pessoa afetada não consegue flexionar além dos dedos mais laterais, o mínimo e o anular (inclusive de forma mais pronunciada). Tal sinal é chamado de Mão em Garra. 4. Síndrome do Túnel do Carpo Qualquer situação que possa reduzir o tamanho do túnel do carpo acaba por comprimir o Nervo Mediano, sua estrutura mais sensível. Neste caso, o indivíduo terá dificuldade em realizar movimentos como o de abotoar uma camisa, com perda de força e coordenação no polegar. Para solucionar tal problema pode ser necessária uma incisão dividindo o Retináculo dos Músculos Flexores. Parte II 42 Tórax Ossos 1. Costelas Típicas Cabeça da Costela Crista da Cabeça da Costela Face Articular Superior Face Articular Inferior Colo da Costela Tubérculo da Costela Face Articular (para o processo transverso) Corpo da Costela Ângulo da Costela Face Externa Face Interna Sulco da Costela Atípicas 1ª Costela Sulco da Veia Subclávia Sulco da Artéria Subclávia Tubérculo do Músculo Escaleno Anterior 2ª Costela Tuberosidade do Músculo Serrátil Anterior 10ª Costela Articula-se com apenas uma vértebra 11ª Costela Articula-se com apenas uma vértebra Não possui colo nem tubérculo 12ª Costela Articula-se com apenas uma vértebra Não possui colo nem tubérculo Observações: Geralmente há 12 Costelas em um indivíduo normal. Aquelas que se articulam com o esterno através de uma cartilagem costal própria (1ª à 7ª) são denominadas verdadeiras. Já as que se articulam através da união com a cartilagem costal da 7ª são chamadas falsas (8ª A 10ª). As duas últimas (11ª E 12ª) não se articulam com o esterno, sendo consideradas flutuantes (subtipo das falsas). 2. Esterno Manúbrio Incisura Jugular Incisuras Claviculares Ângulo do Esterno ou Ângulo de Louis Corpo do Esterno Incisuras Costais Processo Xifoide Observação: O Ângulo do Esterno também pode ser chamado de Articulação 43 Manubrioesternal (ou Ângulo de Louis). 3. Vértebras Generalidades Corpo Vertebral Pedículos Lâminas Forame Vertebral Incisura Vertebral Superior Incisura Vertebral Inferior Processo Espinhoso Processo Transverso Processos Articulares Superiores Processos Articulares Inferiores Observações: A sucessão dos forames quando as vértebras estão alinhadas forma o Canal Vertebral, local no qual está alojada a Medula Espinal. A Coluna Vertebral é formada por 33 vértebras: 7 cervicais 12 torácicas 5 lombares 5 sacrais 4 coccígeas. O Arco Vertebral é formado pelos pedículos, lâminas e porção posterior do corpo de uma dada vértebra. O espaço entre uma Incisura Vertebral Inferior e a Incisura Vertebral Superior da vértebra seguinte chama-se Forame Intervertebral, e por ele sai o Nervo Espinal correspondente. Vértebras Cervicais C1 (Atlas) Arco Anterior Tubérculo Anterior Fóvea do Dente Tubérculo para o Ligamento Transverso do Atlas Arco Posterior Tubérculo Posterior Sulco da Artéria Vertebral Massa Lateral Face Articular Inferior da Massa Lateral para o Áxis Face Articular Superior da Massa Lateral para o Côndilo Occipital Processo Transverso Forame Transversário C2 (Áxis) Dente do Áxis ou Processo Odontóide do Áxis Face Articular Anterior (para a Fóvea do Dente ou Arco Anterior do Atlas) Face Articular Posterior (para o Ligamento Transverso do Atlas) Face Articular Superior Processo Espinhoso Processo Transverso Forame Transversário Pedículo 44 Características Comuns às Vértebras Cervicais Típicas (C3 À C7) Processo Uncinado ou Unco do Corpo Sulco do Nervo Espinal Tubérculo Anterior do Processo Transverso Tubérculo Posterior do Processo Transverso ForameTranversário ou do Processo Tranverso Observações: Dentro dos Forames Transversários (a partir de C6) passam as Artérias Vertebrais e suas veias acompanhantes. O forame de C7 não possui conteúdo relevante. Por possuir um Processo Espinhoso saliente, visível e palpável na porção posterior da transição entre pescoço e tórax, C7 é chamada de Vértebra Proeminente. Vértebras Torácicas Fóvea Costal do Processo Transverso Fóveas Costais Inferiores Fóveas Costais Superiores Observação: O corpo das vértebras torácicas apresenta o formato de um coração (cordiforme), e seu grande processo espinhoso é voltado inferiormente, de modo a proteger a medula vertebral de possíveis danos. Vértebras Lombares Processos Acessórios Processos Costiformes Processos Mamilares 4. Sacro Face Pélvica (Vista Anterior) Forames Sacrais Anteriores Linhas Transversas Promontório do Sacro Face Dorsal (Vista Posterior) Crista Sacral Mediana Fusão dos Processos Espinhosos correspondentes Cristas Sacrais Mediais Fusão dos Processos Articulares correspondentes Cristas Sacrais Laterais Fusão dos Processos Transversos correspondentes Forames Sacrais Posteriores Cornos Sacrais Hiato Sacral Canal Sacral Processo Articular Superior Face Auricular do Sacro Tuberosidade Sacral Incisura Sacral Superior 5. Cóccix Cornos Coccígeos 45 Processo Transverso do Cóccix Observações: A Fóvea Costal do Processo Transverso se articula com a face articular presente no Tubérculo da Costela. Os Processos Acessórios e Mamilares servem de inserção para pequenos músculos não vistos nas práticas. Vértebras das regiões de transição (cervical para torácica, ou torácica para lombar) apresentam semelhanças quanto ao tamanho e formato, podendo gerar confusão para diferenciá-las. Uma maneira fácil de evitar dúvidas consiste em verificar a presença de Fóveas Costais, característica exclusiva das vértebras torácicas. O Sacro possui um formato aproximadamente piramidal, com uma base, duas “asas” e um ápice. Assim como o Sacro, o Cóccix possui um ápice e uma base. Fáscias 1. Fáscia Peitoral Cobre Músculo Peitoral Maior 2. Fáscia Clavipeitoral Cobre o Músculo Peitoral Menor e o Músculo Subclávio 3. Fáscia Endotorácica Reveste a parte interna da Caixa Torácica 4. Membrana Intercostal Externa Continuação dos Músculos Intercostais Externos na região anterior, próxima ao esterno. Está situada anteriormente ao Músculo Intercostal Interno. 5. Membrana Intercostal Interna Na região próxima às vértebras, no local onde estariam os Músculos Intercostais Internos e Íntimos. Está situada profundamente ao Músculo Intercostal externo. Principais Músculos do Tórax 1. Parede Torácica Músculo Intercostal Externo Músculo Intercostal Interno Músculo Intercostal Íntimo Músculo Serrátil Posterior Inferior Músculo Serrátil Posterior Superior Músculo Subcostal Músculo Transverso do Tórax Observação: O sentido das fibras dos Músculos Intercostais corresponde aos Oblíquos do Abdome: 46 Músculo Intercostal Externo = Músculo Oblíquo Externo Intercostal Interno = Músculo Oblíquo Interno 2. Músculos Toracoapendiculares Peitoral Maior Peitoral Menor Subclávio Serrátil Anterior Observação: Outros Músculos Toracoapendiculares são vistos nas seções de Membro Superior e Dorso. 3. Diafragma Torácico Músculos da Parede Torácica Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Intercostal Externo Margem Inferior das Costelas Margem Superior das Costelas Abaixo Nervo Intercostal Elevação das costelas durante a Inspiração forçada Intercostal Interno Parte Interóssea: depressão das costelas Parte Intercondral: eleva as costelas Intercostal Íntimo Subcostal Face Interna das Costelas, perto de seus ângulos Margem Superior da 2ª ou 3ª costelas abaixo Mesma ação dos intercostais Internos Transverso do Tórax Face Posterior da parte inferior do Esterno Face interna das 2ª -6ª cartilagens costais Depressão das Costelas Serrátil Posterior Superior Ligamento Nucal Processos Espinhosos de C7-T3 Margens Superiores da 2ª-4ª costelas 2°-5° Nervos Intercostais Eleva as Costelas Serrátil Posterior Inferior Processos Espinhosos de T11-L2 Margens Inferiores da 8ª-12ª costelas Nervos Espinais T9-T12 Deprime as Costelas 47 Vascularização do Tórax Suprimento Arterial Aorta Tronco Braquiocefálico (lado Direito) Artéria Carótida Comum Direita Artéria Subclávia Direita Artéria Carótida Comum Esquerda Artéria Subclávia Esquerda Artérias Torácicas Internas (ramos das Artérias Subclávias) Tronco Costocervical (de cada lado) Artéria Cervical Profunda Artéria Intercostal Suprema Tronco Tireocervical (de cada lado) Artéria Supraescapular Artéria Cervical Transversa Artéria Tireoidea Inferior Artérias Vertebrais Artérias Intercostais Posteriores Uma para cada Espaço Intercostal 1ª e 2ª: ramos da Intercostal Suprema do lado correspondente. As demais: ramos da Parte Torácica da Aorta Descendente. Artérias Intercostais Anteriores Duas para cada Espaço Intercostal. Ramos da Torácica Interna ou Musculofrênica (7ª À 9ª). Os dois últimos Espaços Intercostais (10º E 11º) não possuem Intercostais Anteriores devido ao reduzido tamanho das Costelas Flutuantes. Artérias Axilares Drenagem Venosa Veias Braquiocefálicas Sistema Ázigos Veia Ázigos Veia Hemiázigos Veia Hemiázigos Acessória Veia Cava Superior Vasos Linfáticos Ducto Torácico Ducto Linfático Direito Observações: Os ductos linfáticos são responsáveis pela drenagem da linfa até o Ângulo Venoso de cada lado (encontro da Veia Subclávia com a Veia Jugular interna). O Ducto Torácico drena a linfa de quase todo o corpo, com exceção das metades direitas do tórax, dorso, pescoço e cabeça. Tal território é drenado pelo ducto linfático direito. Inervação do Tórax Nervos Intercostais Nervo Subcostal Nervo Peitoral Medial Nervo Peitoral Lateral 48 Nervo Torácico Longo Observações: Os Nervos Intercostais, juntamente com as estruturas vasculares de mesmo nome passam no Sulco da Costela. De SUPERIOR para INFERIOR, a ordem das estruturas é “VAN”: V = Veia Intercostal Anterior/Posterior A = Artéria Intercostal Anterior/Posterior N = Nervo Intercostal O Plano Neurovascular por qual passam estas estruturas é entre o Músculo Intercostal Interno e Músculo Intercostal Íntimo. Clínica A palpação da articulação entre o Manúbrio e o Corpo do Esterno (Ângulo do Esterno) ajuda na identificação do segundo espaço intercostal, um importante ponto de ausculta. A Coluna Vertebral possui duas curvaturas primárias, presentes já ao nascimento: Torácica ou Cifose Sacral Além disso, possui duas curvaturas secundárias, que surgem no desenvolvimento posterior: Cervical Lombar ou Lordose O aumento patológico da curvatura torácica chama-se Hipercifose, e o aumento da curvatura lombar, Hiperlordose. A Escoliose caracteriza-se por desvios laterais dacoluna. A degeneração do Anel Fibroso com o extravasamento do Núcleo Pulposo do Disco Intervertebral caracteriza a Hérnia de Disco. Os Tubérculos Anteriores de C6 são proeminentes e podem ser utilizados como ponto de referência para encontrar a Artéria Carótida Comum e comprimi-la, em caso de necessidade. Como consequência, são chamados de Tubérculos Caróticos. A lesão do Nervo Torácico Longo causa o sinal da Escápula Alada, devido à falta de ação do Músculo Serrátil Anterior. Este sinal se deve à saída da escapula de sua posição normal, junto ao tórax. Diafragma Principal músculo da respiração. Desce durante a contração, diminuindo a pressão dentro da caixa torácica, o que leva à entrada de ar e 49 expansão da mesma (fenômeno da inspiração). Centro Tendíneo do Diafragma Parte Muscular Parte Esternal Parte Costal Cúpula Direita Cúpula Esquerda Pilar Direito (maior, forma o Hiato Esofágico) Pilar Esquerdo Ligamento Arqueado Mediano (junto ao Hiato Aórtico) Ligamentos Arqueados Mediais (anteriores ao Músculo Psoas Maior) Ligamentos Arqueados Laterais (anteriores ao Músculo Quadrado do Lombo) Ligamentos Frenicopericárdicos (superiormente, na face torácica) Observação: A expiração normal é um fenômeno passivo que se deve à retração dos pulmões e caixa torácica. Sendo assim, ao relaxar, o diafragma sobe e ocorre a diminuição do volume interno do tórax. Vascularização Artérias Frênicas Superiores (ramos da Aorta Torácica) Artérias Frênicas Inferiores (ramos da Aorta Abdominal) Artéria Musculofrênica Artéria Pericardicofrênica (ramo da Artéria Torácica Interna) Observação: Embora tenha pequenas diferenças, a drenagem venosa segue padrões semelhantes. Inervação Nervos Frênicos (inervação motora e sensitiva) Nervos Intercostais (inervação sensitiva – porções periféricas) Nervos Subcostais (inervação sensitiva – porções periféricas) Aberturas Diafragmáticas 1. Forame da Veia Cava Abertura no Centro Tendíneo, à direita do Plano Mediano. Conteúdo: Veia Cava Inferior Ramos terminais do Nervo Frênico Direito 2. Hiato Aórtico Abertura mediana, na porção posterior do Diafragma (relacionada ao Ligamento Arqueado Mediano). Conteúdo: Aorta Ducto Torácico 50 3. Hiato Esofágico Abertura formada pelo pilar Direito do Diafragma (embora esteja situada a esquerda do Plano Mediano). Conteúdo Esôfago Troncos Vagais (Anterior e Posterior) Observações: O Pilar Direito do Diafragma, ao envolver o Hiato Esofágico, forma uma espécie de “esfíncter” e ajuda a evitar o refluxo do conteúdo estomacal. Durante a contração do Diafragma, o diâmetro do Forame da Veia Cava aumenta. Somando- se a isto a diminuição da pressão dentro da caixa torácica, o que ocorre é um auxílio no retorno venoso a partir da Veia Cava Inferior. Tal influência no fluxo sanguíneo não acontece com o Hiato Aórtico, o qual não é exatamente uma perfuração no diafragma além de não estar aderido à Aorta. Abdome Fáscias 1. Fáscia de Camper Panículo Adiposo 2. Fáscia de Scarpa Estrato Membranáceo 3. Bainha do Músculo Reto Abdominal Aponeuroses dos Músculos Obliquo Externo, Obliquo Interno e Transverso Do Abdome Linha Arqueada Observação: Linha Arqueada: é o limite da mudança de sentido das fibras aponeuróticas entre os ¾ superiores e o ¼ inferior do abdome 51 4. Fáscia Transversal Continua posteriormente e recebe o nome das estruturas que está revestindo Observações: As Aponeuroses dos Músculos Oblíquos e Músculo Transverso do Abdome formam a Bainha do Músculo Reto do Abdome e, ao continuar até o Plano Mediano, formam a Linha Alba. Músculos do Abdome 1. Parede Anterolateral Músculo Oblíquo Externo Músculo Oblíquo Interno Músculo Reto Abdominal Músculo Transverso do Abdome Músculo Piramidal (inconstante) Observações: Enquanto o sentido das fibras do Músculo Obliquo Externo é Ínferomedial (“mão no bolso”), no Músculo Obliquo Interno é Súperomedial. Logo, o Músculo Obliquo Externo de um lado atua concomitante ao Músculo Obliquo Interno do lado oposto. 2. Parede Posterior Músculo Ilíaco Músculo Psoas Maior Músculo Psoas Menor Músculo Quadrado do Lombo 52 Músculos da Parede Anterolateral do Abdome Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Reto do Abdome Sínfise Púbica Crista Púbica Processo Xifoide 5ª -7ª Cartilagens Costais Nervos Toracoabdominais Flexão do Tronco Compressão das Vísceras Abdominais Oblíquo Externo Faces Externas das 5ª -12ª Costelas Linha Alba Tubérculo Púbico Crista Ilíaca Flexão e Rotação do Tronco Compressão das Vísceras Abdominais Oblíquo Interno Fáscia Toracolombar Crista Ilíaca Ligamento Inguinal Linha Alba Linha Pectínea do Púbis Margens Inferiores das 10ª-12ª costelas Transverso do Abdome Fascia Toracolombar Crista Ilíaca Ligamento Inguinal Faces Internas das 7ª -12ª Costelas Linha Alba Crista Púbica Linha Pectínea do Púbis Compressão das Vísceras Abdominais Piramidal Corpo do púbis e ligamento púbico anterior Linha Alba Nervo Intercostal Tensão da Linha Alba 53 Músculos da Parede Posterior do Abdome Músculo Fixação Proximal Fixação Distal Inervação Ação Psoas Maior T12 –L5 e Discos Intervertebrais Associados Trocanter Menor do Fêmur Nervos Lombares L1, L2 e L3 Flexão da Coxa Estabilização do Quadril Psoas Menor T12 – L1 e Discos Intervertebrais Associados Linha Pectínea do Púbis Arco Iliopectíneo Nervos Lombares L1 e L2 Ilíaco Crista Ilíaca Fossa Ilíaca Asa do Sacro Ligamentos Sacroilíacos Anteriores Tendão do Psoas Maior Trocanter Menor do Fêmur Nervo Femoral Quadrado do Lombo Margem inferior da 12ª costela Processos Transversos Lombares Crista Ilíaca Ligamento Iliolombar Nervos Espinais T12, L1-L4 Flexão Lateral e Extensão da Coluna Fixa a 12ª Costela durante a Inspiração 54 Vascularização do Abdome Suprimento Arterial Ramos Terminais da Artéria Torácica Interna Artéria Musculofrênica Artéria Epigástrica Superior Artérias Intercostais (10ª e 11ª) Artéria Subcostal Artéria Femoral Artéria Epigástrica Superficial Artéria Circunflexa Ilíaca Superficial Artéria Ilíaca Externa Artéria Epigástrica Inferior Artéria Circunflexa Ilíaca Profunda Observação: As Artérias Epigástricas Superiores e Inferiores se anastomosam dentro da Bainha do Músculo Reto do Abdome. Drenagem Venosa A Veia Epigástrica Superficial e a Veia Circunflexa Ilíaca Superficial drenam para a Veia Safena Magna. A drenagem venosa restante segue o mesmo padrão da vascularização arterial. Inervação Nervos Toracoabdominais Nervos Subcostais Nervo Ílio-Hipogástrico Nervo Ílioinguinal Nervo Genitofemoral Nervo Obturatório Nervo Femoral Tronco Lombossacral Observações: Na parede posterior do abdome, de SUPERIOR para INFERIOR, temos: Nervo Subcostal Nervo Ilio-Hipogástrico Nervo Ilioinguinal. O Nervo Genitofemoral perfura o Músculo Psoas Maior. O Nervo Obturatório é medial ao Músculo Psoas Maior. O Nervo