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3-4 Fisiologia do sistema regulador24

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FISIOLOGIA DO SISTEMA REGULADOR
PROF. INGRID ALBUQUERQUE
SUBDIVISÃO SN AUTONÔMO
As meninges cranianas consistem em membranas que revestem o encéfalo imediatamente
internas ao crânio.
As principais funções das meninges são proteger o encéfalo de impactos, sustentar a
estrutura de para curso das artérias, veias e seios venosos e completar uma cavidade
preenchida por líquido, o espaço subaracnóideo, que é fundamental para a função normal
do encéfalo.
 As meninges são formadas por três camadas de tecido conjuntivo membranáceo:
1. Dura-máter: camada fibrosa externa espessa e resistente.
2. Aracnoide-máter: camada fina intermediária.
3. Pia-máter: delicada camada interna vascularizada.
MENINGES
MENINGES
A aracnoide-máter e a pia-
máter fundem-se ao redor 
dos nervos espinhais e 
cranianos após a saída da 
dura-máter. 
Juntas, formam 
a leptomeninge. 
São separadas uma da outra 
pelo espaço subaracnóideo, 
que contém líquido 
cerebrospinal (LCS ou 
líquor). Esse espaço 
preenchido por líquido 
ajuda a manter o equilíbrio 
do líquido extracelular no 
encéfalo.
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
 O líquido cefalorraquidiano é produzido pelo plexo coroide, que contém células ependimárias
especializadas, e flui para o interior dos ventrículos cerebrais.
 Já o espaço subaracnoídeo circula ao redor do encéfalo e da medula espinhal.
 É um líquido claro, incolor, com a função de manutenção de um ambiente constante e controlado para
proteção das células e estruturas cerebrais de toxinas endógenas e exógenas.
 A coleta do líquido cefalorraquidiano é importante para o diagnóstico de doenças do sistema nervoso,
por exemplo, meningite.
 A presença do líquido funciona como uma proteção mecânica para movimentos bruscos e súbitos.
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO I – CÉLULAS
Neurônio
 O SNC é constituído por centenas de bilhões de neurônios que se conectam,
funcionando como uma extensa comunicação, com a presença de receptores
capazes de receber referências internas e externas, que são transmitidas e
processadas, para que seja encaminhada a resposta aos órgãos denominados
efetores, que realizam as ações necessárias.
 Os neurônios são as células funcionais e as células presentes na neuróglia,
também chamadas de células da glia, que executam a sustentação e nutrição
no tecido nervoso.
Uma característica importante é a excitabilidade elétrica, pois são capazes de
responder a um estímulo e gerar um potencial de ação.O estímulo corresponde a
qualquer tipo de alteração do ambiente interno ou externo ao organismo que seja
suficientemente forte para que se inicie um potencial de ação.
 O potencial de ação é o impulso nervoso, que é um sinal elétrico que se propaga ao
longo da membrana do neurônio. A membrana sensibilizada permite a movimentação
iônica (como os íons sódio e potássio) do meio extracelular e intracelular por canais
iônicos presentes na membrana do neurônio.
 Os impulsos nervosos podem percorrer grandes distâncias em uma velocidade que
varia entre 0,5 a 130 metros por segundo.
Os neurônios são constituídos
pelo corpo celular (pericário ou
soma), dendritos e axônio.
A forma do corpo celular varia
conforme a localização e a
atividade funcional do neurônio,
podendo ser piramidal, estrelada,
fusiforme, piriforme ou esférica.
 No corpo celular, encontram-se o núcleo do neurônio e organelas
como o retículo endoplasmático rugoso, que é visualizado na
microscopia de luz, chamado de corpúsculo de Nissl.
Os dendritos são prolongamentos que aumentam a superfície celular
e são responsáveis pela recepção e integração de impulsos, são as
terminações aferentes, isto é, recebem os estímulos do meio ambiente,
de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.
Eles se ramificam, afilando até as extremidades e exibem pequenas
expansões bulbosas, as espículas dendríticas, onde ocorre o contato
com outros neurônios. Há uma perda de espículas dendríticas com a
idade e com a deficiência nutricional.
O axônio é um prolongamento eferente do neurônio:
conduz os impulsos a outro neurônio, a células musculares
ou glandulares. Ele é geralmente mais delgado e bem mais
longo que os dendritos e tem um diâmetro constante.
Ao longo do seu trajeto, o axônio pode emitir ramos
colaterais. A porção final do axônio é o telodendro. Ele se
ramifica e se dilata nas extremidades, onde há o contato
com a célula seguinte (botões sinápticos). Os locais de
contato entre dois neurônios ou entre um neurônio e a
célula efetora, como uma célula glandular ou uma célula
muscular, são as sinapses.
 O axônio é distinguido dos dendritos por não possuir retículo endoplasmático 
rugoso, não exibindo os grânulos basófilos. 
 A região do corpo celular onde nasce o axônio, o cone de implantação, é também 
desprovida dos corpúsculos de Nissl e é rica em microtúbulos e neurofilamentos. 
Morfologicamente os neurônios podem ser classificados de acordo com os prolongamentos.
 Neurônios bipolares, que apresentam dois prolongamentos, um dendrito e um axônio; ocorrem, por
exemplo, na retina, na mucosa olfatória e nos gânglios coclear e vestibular;
 Neurônios pseudounipolares, surgem na vida embrionária como neurônios bipolares, mas os dois
prolongamentos fundem-se próximo ao corpo celular; as arborizações terminais do ramo periférico
recebem estímulos dos ambientes interno ou externo, funcionando como dendritos, e esses estímulos,
sem passar pelo corpo celular, transitam pelo prolongamento que se dirige para o SNC, funcionando
como axônio; ocorrem nos gânglios sensoriais cranianos e espinais;
 Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares; é a maioria dos
neurônios, estão presentes no cérebro, no cerebelo e na medula espinal.
Funcionalmente podemos encontrar:
 Neurônios sensoriais (aferentes), que recebem estímulos sensoriais do meio 
ambiente e do próprio organismo e os conduzem ao SNC para o processamento, 
neurônios motores ou motoneurônios (eferentes), que transmitem a resposta a 
músculos e glândulas. 
 Neurônios Interneurônios, que apenas estão presentes no SNC e estabelecem 
conexões entre os neurônios; podem ser neurônios bipolares ou multipolares; 
 Neurônios motores (eferentes), que se originam no SNC e conduzem os impulsos 
para outros neurônios, glândulas ou músculos; são neurônios multipolares.
CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIA
 A neuróglia representa cerca de 
metade do volume do SNC, sendo 
apenas 10% formado pelos neurônios. 
 Devido a suas extensas ramificações, 
ocupam cerca de 50% do volume do 
encéfalo. 
 As células que constituem a neuróglia
são denominadas astrócitos, 
oligodendrócitos, micróglia, células 
ependimárias e as células de Schwann.
ASTRÓCITOS
São as maiores e mais numerosas células da glia do SNC, são células em formato de estrela que auxiliam na regulação 
da composição do líquido extracelular do SNC, mantendo o ambiente químico adequado para a geração do impulso 
nervoso, tendo um papel importante na nutrição dos neurônios.
Além disso, estimulam a formação de junções oclusivas entre as células endoteliais dos capilares, formando a barreira 
hematoencefálica.
Possui muitos prolongamentos, podendo ser subdivididos em astrócitos protoplasmáticos, que possuem muitas 
extensões curtas localizadas na substância cinzenta, e astrócitos fibrosos, que possuem prolongamentos longos 
situados na substância branca. 
OLIGODENDRÓCITOS
 Os oligodendrócitos possuem prolongamentos menores e são responsáveis pela 
formação e manutenção da bainha de mielina (multicamada de lipídeo e proteína) ao 
redor dos axônios dos neurônios do SNC. 
 A bainha de mielina aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso, e os 
neurônios que a possuem são classificados como mielinizados
MICROGLIAIS
 A micróglia são as menores células da Glia. É o conjunto de células
pequenas com prolongamentos finos e numerosas projeções.
 Estão presentes na substância cinzenta e na substância branca do SNC. São macrófagos especializados: atuam como células dendríticas
apresentadoras de antígenos, secretam citocinas e removem restos
celulares. De modo semelhante aos macrófagos, os seus precursores
(progenitores de granulócito/monócito) originam-se na medula óssea.
EPENDIMÁRIAS
São células de revestimento dos ventrículos cerebrais e do canal da medula.
Quando especializadas, as células ependimárias que revestem os ventrículos são
modificadas e formam o epitélio dos plexos coroides. Elas transportam água, íons
e proteínas, produzindo o líquido cerebrospinal, participam da regulação da
produção e do fluxo do líquido.
 Células de Schwann envolvem os axônios no SNP e formam a bainha
de mielina. Cada célula de Schwann mieliniza um único axônio, sendo
também capaz de envolver cerca de 20 ou mais axônios não
mielinizados.
 As fibras nervosas podem ser subdivididas em amielínicas, que contêm
dobras únicas de membrana ao redor de axônios de pequeno diâmetro,
e mielínicas, que possuem envoltórios concêntricos em axônios mais
calibrosos
 Os locais onde a bainha de mielina se interrompe são denominados nódulos
de Ranvier ou nó de Ranvier.
 Os internódulos são os intervalos em dois nódulos.
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	Slide 1: Fisiologia do sistema regulador
	Slide 2: Subdivisão SN AUTONÔMO
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	Slide 4: meninges
	Slide 5: Líquido cefalorraquidiano
	Slide 6: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO I – CÉLULAS
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	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15: Células da glia ou neuróglia
	Slide 16: ASTRÓCITOS
	Slide 17
	Slide 18: Oligodendrócitos
	Slide 19: Microgliais
	Slide 20: ependimárias
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23

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