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FISIOLOGIA DO SISTEMA REGULADOR PROF. INGRID ALBUQUERQUE SUBDIVISÃO SN AUTONÔMO As meninges cranianas consistem em membranas que revestem o encéfalo imediatamente internas ao crânio. As principais funções das meninges são proteger o encéfalo de impactos, sustentar a estrutura de para curso das artérias, veias e seios venosos e completar uma cavidade preenchida por líquido, o espaço subaracnóideo, que é fundamental para a função normal do encéfalo. As meninges são formadas por três camadas de tecido conjuntivo membranáceo: 1. Dura-máter: camada fibrosa externa espessa e resistente. 2. Aracnoide-máter: camada fina intermediária. 3. Pia-máter: delicada camada interna vascularizada. MENINGES MENINGES A aracnoide-máter e a pia- máter fundem-se ao redor dos nervos espinhais e cranianos após a saída da dura-máter. Juntas, formam a leptomeninge. São separadas uma da outra pelo espaço subaracnóideo, que contém líquido cerebrospinal (LCS ou líquor). Esse espaço preenchido por líquido ajuda a manter o equilíbrio do líquido extracelular no encéfalo. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO O líquido cefalorraquidiano é produzido pelo plexo coroide, que contém células ependimárias especializadas, e flui para o interior dos ventrículos cerebrais. Já o espaço subaracnoídeo circula ao redor do encéfalo e da medula espinhal. É um líquido claro, incolor, com a função de manutenção de um ambiente constante e controlado para proteção das células e estruturas cerebrais de toxinas endógenas e exógenas. A coleta do líquido cefalorraquidiano é importante para o diagnóstico de doenças do sistema nervoso, por exemplo, meningite. A presença do líquido funciona como uma proteção mecânica para movimentos bruscos e súbitos. FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO I – CÉLULAS Neurônio O SNC é constituído por centenas de bilhões de neurônios que se conectam, funcionando como uma extensa comunicação, com a presença de receptores capazes de receber referências internas e externas, que são transmitidas e processadas, para que seja encaminhada a resposta aos órgãos denominados efetores, que realizam as ações necessárias. Os neurônios são as células funcionais e as células presentes na neuróglia, também chamadas de células da glia, que executam a sustentação e nutrição no tecido nervoso. Uma característica importante é a excitabilidade elétrica, pois são capazes de responder a um estímulo e gerar um potencial de ação.O estímulo corresponde a qualquer tipo de alteração do ambiente interno ou externo ao organismo que seja suficientemente forte para que se inicie um potencial de ação. O potencial de ação é o impulso nervoso, que é um sinal elétrico que se propaga ao longo da membrana do neurônio. A membrana sensibilizada permite a movimentação iônica (como os íons sódio e potássio) do meio extracelular e intracelular por canais iônicos presentes na membrana do neurônio. Os impulsos nervosos podem percorrer grandes distâncias em uma velocidade que varia entre 0,5 a 130 metros por segundo. Os neurônios são constituídos pelo corpo celular (pericário ou soma), dendritos e axônio. A forma do corpo celular varia conforme a localização e a atividade funcional do neurônio, podendo ser piramidal, estrelada, fusiforme, piriforme ou esférica. No corpo celular, encontram-se o núcleo do neurônio e organelas como o retículo endoplasmático rugoso, que é visualizado na microscopia de luz, chamado de corpúsculo de Nissl. Os dendritos são prolongamentos que aumentam a superfície celular e são responsáveis pela recepção e integração de impulsos, são as terminações aferentes, isto é, recebem os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios. Eles se ramificam, afilando até as extremidades e exibem pequenas expansões bulbosas, as espículas dendríticas, onde ocorre o contato com outros neurônios. Há uma perda de espículas dendríticas com a idade e com a deficiência nutricional. O axônio é um prolongamento eferente do neurônio: conduz os impulsos a outro neurônio, a células musculares ou glandulares. Ele é geralmente mais delgado e bem mais longo que os dendritos e tem um diâmetro constante. Ao longo do seu trajeto, o axônio pode emitir ramos colaterais. A porção final do axônio é o telodendro. Ele se ramifica e se dilata nas extremidades, onde há o contato com a célula seguinte (botões sinápticos). Os locais de contato entre dois neurônios ou entre um neurônio e a célula efetora, como uma célula glandular ou uma célula muscular, são as sinapses. O axônio é distinguido dos dendritos por não possuir retículo endoplasmático rugoso, não exibindo os grânulos basófilos. A região do corpo celular onde nasce o axônio, o cone de implantação, é também desprovida dos corpúsculos de Nissl e é rica em microtúbulos e neurofilamentos. Morfologicamente os neurônios podem ser classificados de acordo com os prolongamentos. Neurônios bipolares, que apresentam dois prolongamentos, um dendrito e um axônio; ocorrem, por exemplo, na retina, na mucosa olfatória e nos gânglios coclear e vestibular; Neurônios pseudounipolares, surgem na vida embrionária como neurônios bipolares, mas os dois prolongamentos fundem-se próximo ao corpo celular; as arborizações terminais do ramo periférico recebem estímulos dos ambientes interno ou externo, funcionando como dendritos, e esses estímulos, sem passar pelo corpo celular, transitam pelo prolongamento que se dirige para o SNC, funcionando como axônio; ocorrem nos gânglios sensoriais cranianos e espinais; Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares; é a maioria dos neurônios, estão presentes no cérebro, no cerebelo e na medula espinal. Funcionalmente podemos encontrar: Neurônios sensoriais (aferentes), que recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo e os conduzem ao SNC para o processamento, neurônios motores ou motoneurônios (eferentes), que transmitem a resposta a músculos e glândulas. Neurônios Interneurônios, que apenas estão presentes no SNC e estabelecem conexões entre os neurônios; podem ser neurônios bipolares ou multipolares; Neurônios motores (eferentes), que se originam no SNC e conduzem os impulsos para outros neurônios, glândulas ou músculos; são neurônios multipolares. CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIA A neuróglia representa cerca de metade do volume do SNC, sendo apenas 10% formado pelos neurônios. Devido a suas extensas ramificações, ocupam cerca de 50% do volume do encéfalo. As células que constituem a neuróglia são denominadas astrócitos, oligodendrócitos, micróglia, células ependimárias e as células de Schwann. ASTRÓCITOS São as maiores e mais numerosas células da glia do SNC, são células em formato de estrela que auxiliam na regulação da composição do líquido extracelular do SNC, mantendo o ambiente químico adequado para a geração do impulso nervoso, tendo um papel importante na nutrição dos neurônios. Além disso, estimulam a formação de junções oclusivas entre as células endoteliais dos capilares, formando a barreira hematoencefálica. Possui muitos prolongamentos, podendo ser subdivididos em astrócitos protoplasmáticos, que possuem muitas extensões curtas localizadas na substância cinzenta, e astrócitos fibrosos, que possuem prolongamentos longos situados na substância branca. OLIGODENDRÓCITOS Os oligodendrócitos possuem prolongamentos menores e são responsáveis pela formação e manutenção da bainha de mielina (multicamada de lipídeo e proteína) ao redor dos axônios dos neurônios do SNC. A bainha de mielina aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso, e os neurônios que a possuem são classificados como mielinizados MICROGLIAIS A micróglia são as menores células da Glia. É o conjunto de células pequenas com prolongamentos finos e numerosas projeções. Estão presentes na substância cinzenta e na substância branca do SNC. São macrófagos especializados: atuam como células dendríticas apresentadoras de antígenos, secretam citocinas e removem restos celulares. De modo semelhante aos macrófagos, os seus precursores (progenitores de granulócito/monócito) originam-se na medula óssea. EPENDIMÁRIAS São células de revestimento dos ventrículos cerebrais e do canal da medula. Quando especializadas, as células ependimárias que revestem os ventrículos são modificadas e formam o epitélio dos plexos coroides. Elas transportam água, íons e proteínas, produzindo o líquido cerebrospinal, participam da regulação da produção e do fluxo do líquido. Células de Schwann envolvem os axônios no SNP e formam a bainha de mielina. Cada célula de Schwann mieliniza um único axônio, sendo também capaz de envolver cerca de 20 ou mais axônios não mielinizados. As fibras nervosas podem ser subdivididas em amielínicas, que contêm dobras únicas de membrana ao redor de axônios de pequeno diâmetro, e mielínicas, que possuem envoltórios concêntricos em axônios mais calibrosos Os locais onde a bainha de mielina se interrompe são denominados nódulos de Ranvier ou nó de Ranvier. Os internódulos são os intervalos em dois nódulos. UM PASSO POR VEZ E VOCÊ NUNCA ESTARÁ NO MESMO LUGAR ! Slide 1: Fisiologia do sistema regulador Slide 2: Subdivisão SN AUTONÔMO Slide 3 Slide 4: meninges Slide 5: Líquido cefalorraquidiano Slide 6: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO I – CÉLULAS Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15: Células da glia ou neuróglia Slide 16: ASTRÓCITOS Slide 17 Slide 18: Oligodendrócitos Slide 19: Microgliais Slide 20: ependimárias Slide 21 Slide 22 Slide 23